quinta-feira, 2 de julho de 2015

ORIGEM DA PONTUAÇÃO GRÁFICA




ORIGEM DA PONTUAÇÃO GRÁFICA
E-mail: ernidiomigliorini
   
Til (~): Surgiu para substituir uma letra “m” ou “n”, que tornava nasal a vogal anterior.
&: Para substituir a palavra latina “et” (e). Que significa entrelaçamento.
@: Para substituir a preposição latina “ad”, que tinha o sentido de “casa de”. Aparecia entre a quantidade de unidades da mercadoria e o preço. A sua denominação como arroba, porque @ lembra a sua inicial. A palavra “arroba” vem do árabe “ar-ruba”, que significa “a quarta parte”. Ao desenvolver o primeiro programa de correio eletrônico (“e-mail”), Roy Tomlinson aproveitou o sentido @ (“at”), disponível no teclado, e utilizou-o entre o nome do usuário e o nome do provedor. Assim, “fulano@provedor X” ficou significando “fulano no provedor X”.
Os termos "fulano", "beltrano" e "sicrano": "Fulano" vem do árabe fulân,  significa "tal". Por volta do século 13, os espanhóis usavam "fulano" como pronome: fulana casa (tal casa), fulano sujeito (tal sujeito). "Beltrano" vem do nome próprio Beltrão, ou Beltrand, de origem francesa, O nome acabou levando a terminação "ano" influenciada pelo "fulano". A origem de "sicrano" tem três hipóteses: "sicra" pode tanto se tratar de um derivado da palavra securu, do latim, do desfiguramento de um nome próprio.
Estas formas designam vagamente alguém que não se tem interesse em nomear, ou o seu nome é desconhecido. Usam-se as demais depois de haver utilizado a primeira. Tais pronomes podem ser substantivados. Nota-se um traço pejorativo no seu uso.
Expressões equivalentes, que ocorrem em outras línguas:
Inglês: Tom, Dick, and Harry;
Espanhol: Fulano, Zutano y Mengano;
Italiano: Tizio, Caio, e Sempronio;
Russo: Ivanov, Petrov, Sidorov;
Persa: Are, Oore, Shamsi Kooreh;
Sueco: Andersson, Pettersson och Lundström.
O Alfabeto: Apareceu na Grécia, composto apenas por letras maiúsculas. E também os diacríticos: o acento agudo, o acento grave e o acento circunflexo, na era helenística, entre os sécs. IV e I a.C..
A educação baseava-se no latim, aprendia-se a ler e a escrever em latim antes de se aprender a escrever e a ler na própria língua. As línguas vernáculas apresentavam sons que não existiam em latim, obrigando os falantes a modificar o alfabeto latino.
Ponto de exclamação !: Foi criado por Aristófanes de Bizâncio no século II a.C.. Foi reintroduzido na escrita internacional no século I a.C. pelos romanos. Do Latim exclamare, “gritar alto”, de ex-, intensificativo, mais clamare, “gritar, chamar”. Introduzido na impressão inglesa no século XV, para indicar ênfase, e denominado como "sinal de admiração ou de exclamação". Na ortografia alemã e na brasileira, a exclamação surgiu na primeira impressão de suas respectivas Bíblias (Alemanha: 1797; Brasil: 1748). Na sinalização de trânsito, o ponto de exclamação significa perigo, surpresa, espanto, arrebatamento, entusiasmo, cólera e dor. Adicionado ao ponto de interrogação, reforça simultaneamente dúvida, surpresa e descontentamento. Também é usado após: Imperativo, Interjeição e Vocativo.
Ponto e vírgula ;: Os gráficos italianos inventaram o ponto-e-vírgula e a vírgula, no séc. XV. Para separar orações, porque marca uma pausa mais longa que a da vírgula e menor que a do ponto.
Ponto .:  Tem o  nome derivado do Latim punctus, “ponto, picada”, particípio passado de pungere, “fincar, espetar, picar”. “pequeno furo feito por algo aguçado”, passou a significar “pequeno sinal, partícula, mancha” e  tomou o sentido atual. O Sinal de Ponto final surgiu em 3000 a.C.
Dois pontos : Surgiram no séc. XVI.
Apóstrofo ‘: Para indicar a supressão de uma letra, surgiu no século XVI, no Francês. Seu nome vem do Grego apostrophos, “ato de virar, de afastar”, formado por apo, “para fora”, mais strephein, “virar”.
Barra /: Para separar datas, dizer “ou”, simbolizar o sinal de percentagem %. O seu nome vem do Latim barra, “tranca de porta, travessa”.
Sinais diacríticos: Cedilha, til e trema. Do Grego diakritikós, “aquele que pode distinguir, que consegue separar”, do verbo diakrinein, “separar um de outro”, formado por dia-, “através, por meio de”, mais krino, “separar, discernir, distinguir”.
Acento: Do Latim accentus, “tom, canção ajuntada à fala”, particípio passado do verbo accinere, formado por a-, “junto”, mais canere, cantar. São sinais que servem para indicar a subida ou descida do tom de voz ou se a vogal a ser emitida é aguda ou grave.
Acento circunflexo ^: Do Latim circumflexus, “dobrado ao redor”, formado por circum, “ao redor”, que deriva de circus, “forma redonda, anel”, mais flexus, “dobrado, fletido”, particípio passado de flectere, “dobrar”.
Acento agudo ´: Indica um aumento de freqüência na voz; torna aguda a vogal por ele marcada. Do Latim acus, “agulha, objeto cortante, pontudo”.
Acento Grave `: Para mostrar a crase, do Grego krasis, “fusão, mistura”, união do artigo feminino com preposição ou pronome demonstrativo. Do Latim gravis, “pesado, solene, som de baixa freqüência”.
Trema ¨: Usado sobre o “U” depois do “Q” ou “G” para indicar que ele não é mudo. Do Grego trema, “pequeno furo; cada um dos buracos de um dado”. Sinônimo diérese, do Latim diairesis, “separação das vogais de um ditongo”, do Grego diairein, “dividir, separar”.
Cedilha: Sinal que, colocado sob a letra “C”, a faz soar como “SS”. Deriva do Espanhol zetilla, “pequena Z”, de zeta, “Z”, que deriva do Grego zeta, “Z”. Os escribas da Espanha escreviam, em letra cursiva,o “Z” com a parte de cima  encurvada e aumentada que o traço superior acabou parecendo um “C”.
Parênteses ( ): Do Grego parenthesis, “colocado ao lado”, do verbo parentithenai, “colocar ao lado de”, formado por para, mais tithenai, “colocar, pôr”. É para isto que esse sinal serve para “colocar ao lado” de outra uma idéia ou informação. Em 1734, em Portugal.
Reticências ...: Do  Latim reticentia, “silêncio”, do verbo reticere, “manter-se quieto, fazer silêncio”, que se forma por re-, intensificativo, mais tacere, “calar, não falar”. É um sinal que se usa quando se quer dar a entender que há mais no assunto do que se escreveu…Em 1606 na língua portuguesa.
Ponto de Interrogação ?: Surgiu no Século XV. Do Latim interrogare, “perguntar”, formado por inter, “entre”, mais rogare, “perguntar, pedir, questionar”. O ponto interrogação era uma variante da letra Q em forma de um gancho. Este sinal era uma abreviatura da palavra latina QUAESTIO (pergunta).
Vírgula ,: Surgiu no Século XVI. Do Latim virgula, diminutivo de virga, “verga, vara, trave, ramo”. O nome foi escolhido devido à forma do sinal.
Hífen -:  Do Grego hyphén, “em conjunto com”,  serve para unir palavras que assumem um sentido diferente de quando estavam separadas.
Asterisco *: De áster, estrela, por semelhança de forma.
Aspas “: Surgiram no séc. XVII.
Parágrafo §: O símbolo do parágrafo era  um triângulo retângulo com um dos lados numa linha horizontal superior e outro numa vertical.
Surgimento dos Sinais de pontuação: Os primeiros sinais surgiram no Império Bizantino, o ponto já era usado no antigo Egito, com funções eram diferentes.  Os espaços em branco só apareceram no séc. VII, na Europa, quando o ponto passou a finalizar as frases. A maioria surgiu na Europa entre os séculos XIV e XVII. Para facilitar a leitura e a compreensão dos textos. O período em que o hábito de ler, crescia com o surgimento da impressão tipográfica, que exigiu que houvesse a padronização e simplificação dos sinais. O ancestral da pontuação, o ponto já era usado no antigo Egito em textos poéticos e no ensino de crianças na escrita hierática, letra de fôrma que simplificava os hieróglifos. O ponto na Idade Média era inserido antes do nome do herói ou de um personagem importante da narrativa, por respeito ou enfatização. Até o séc. IV, os textos eram escritos sem pontuação, as mensagens ou textos escritos tinham que ser interpretados por quem os lia. Os monges medievais que organizaram à separação que atualmente usamos. Atribui-se o uso da acentuação ao gramático de Alexandria chamado Aristófanes de Bizâncio (260 a. C.). A partir do século sétimo que a separação das palavras se tornou freqüente e a partir do século nono que a acentuação e a pontuação, foram postas em prática. Só no século 17 elas entram plenamente em uso.
“O fenômeno do fenômeno está no próprio fenômeno. (EM).”






Nenhum comentário:

Postar um comentário