terça-feira, 30 de junho de 2015

PROBABILIDADES E POSSIBILIDADES


PROBABILIDADE  e POSSIBILIDADE
PROBABILIDADE: É a chance de ocorrência de um evento.
Conceitos:
>Evento: É um dos subconjuntos de um espaço amostral, que é escolhido como um dos possíveis.
>Evento Simples: São formados por um único elemento do espaço amostral. Ex. A = { 5 } é a representação de um evento simples do lançamento de um dado cuja face para cima é divisível por 5. Nenhuma das outras possibilidades são divisíveis por 5.
>Evento Certo: É aquele que sempre dará um resultado esperado. Ex. No lançamento de um dado é certo que a face que ficará para cima, terá um número divisor de 720, porque 720 = 6! = 6 . 5 . 4 . 3 . 2 . 1, qualquer um dos números da face de um dado é um divisor de 720, pois 720 é o produto de todos eles. O conjunto A = { 2, 3, 5, 6, 4, 1 } representa um evento certo pois ele possui todos os elementos do espaço amostral S = { 1, 2, 3, 4, 5, 6 }.
>Evento Impossível: É aquele cuja soma dos seus elementos é superior aos elementos do espaço amostral; é representado por A = {}.
>Evento União: É aquele que contém todos os elementos dos seus conjuntos anteriores. Ex. Seja A = { 1, 3 } e B = { 3, 5 }, ambos ímpares, então C = { 1, 3, 5 }.
>Evento Intersecção: É aquele que contém apenas os elementos comuns dos seus conjuntos anteriores. Ex. Seja A = { 2, 4 } e B = { 4, 6 }, então C = { 4 }.
>Eventos Mutuamente exclusivos: Quando dois conjuntos não possuem entre si elementos comuns. Ex. Seja A = { 1, 2, 3, 6 } e B = { 5 }.

>Evento Complementar: É aquele complementa um evento utilizando todos os elementos do espaço amostral. Ex. Seja A = { 1, 3, 5 } um número ímpar, o seu evento complementar é A = { 2, 4, 6 } um número par.
>Estatística: relacionada à probabilidade, incluindo: eventos independentes, probabilidade dependente, análise combinatória, teste de hipóteses, estatística descritiva, variáveis aleatórias, distribuições de probabilidade, regressão e estatística inferencial.
>Experimento Aleatório: É aquele que quando repetido em iguais condições, pode fornecer resultados diferentes, são resultados explicados ao acaso. Sempre nas mesmas condições, e se obtém resultados diferentes, que estão previstos dentro dos possíveis resultados para este experimento, isto ocorre devido ao acaso, não se pode ter a absoluta certeza do resultado de cada um destes eventos. No lançamento de uma moeda ao chão para ter a face que ficou para cima, o resultado é imprevisível, pois tanto pode dar cara, quanto pode dar coroa.
Se for lançado  um dado, o resultado será mais imprevisível ainda, pois aumenta o número de possibilidades de resultado.
>Espaço Amostral: É o conjunto de todos os resultados possíveis de um experimento aleatório. Representado pela letra S ou (Ώ). Existem espaços amostrais finitos e infinitos.
>Espaço amostral S finito  equiprovável: Quando os seus eventos elementares têm probabilidades iguais de ocorrência.
Cálculo da Probabilidade: É o número de casos favoráveis dividido pelo número de casos possíveis. Num jogo de cara ou coroa, a probabilidade é de 1/2, um resultado satisfatório a cada dois lances, probabilidade é de "um para dois", ou "50% de chance".    Os lances sucessivos são independentes, o que significa que a cada lance o cálculo deve ser refeito.
>Casos possíveis no lançamento de duas moedas; 

1) cara na moeda A e cara na moeda B (favorável) 
2) cara na moeda A e coroa na moeda B (favorável) 
3) coroa na moeda A e cara na moeda B (favorável) 
4) coroa na moeda A e coroa na moeda B (não favorável) 
Temos 3 casos favoráveis dentro de 4 casos possíveis. Probabilidade de 3/4 ou 75%.
>Jogo de dados: 
Num jogo de um dado, a probabilidade de obter o número 6 é de 1/6. Para obter a soma 12 no lançamento de 2 dados,   Temos 36 combinações possíveis, a probabilidade é de 1/36.   Para ter a soma  10, a probabilidade é de 3/36 = 1/12.
Ex. Um dado é lançado, observada a face de cima. O espaço amostral é { 1, 2, 3, 4, 5, 6}
a- Ocorrência de um número par, o evento é { 2, 4, 6}.
b- Ocorrência de um número primo, o evento é { 2, 3, 5}.
c- Ocorrência de um número ímpar maior que 3, o evento é {5}.
d- Ocorrência de um número primo maior que 5, o evento é { }, sendo n = 1 e Ώ = 6.

>Loterias, bingos e similares:   
As probabilidades nos jogos: loterias, bingos, jogos de cassinos e similares; a probabilidade de o jogador ganhar é menor do que a de perder. Definido o espaço amostral com n elementos, se te sempre uma quantidade 2n de eventos possíveis, com a existência sempre do conjunto vazio { }.
A probabilidade: É o número associado à possibilidade de ocorrência de um determinado evento aleatório, escolhido, dentro dos de um espaço amostral. Sendo  n e Ώ a quantidade de elementos do evento e do espaço amostral respectivamente.
Apresentação do resultado da probabilidade: Pode ser na forma de tanto possível para tanto provável ou também percentualmente.
POSSIBILIDADE: É a  propriedade ou condição de alguma coisa que pode ser ou acontecer. Estado do que pode ocorrer ou tende a acontecer. É algo que pode acontecer, provavelmente, mas tem uma relação de incerteza.
Sinônimos de Possibilidade: acaso, casualidade, contingência e eventualidade.
Diferença entre Probabilidade Possibilidade: Os termos probabilidade e possibilidade designam situações diferentes.
Probabilidade, da mesma forma que a Possibilidade, é qualquer coisa que pode acontecer. Só que na Probabilidade tem-se uma estimativa de quanto pode ou não  acontecer.
Probabilidade: é algo duvidoso, porém que já se tem uma estimativa de quanto pode ou não  acontecer. As probabilidades são números associados aos diferentes desfechos de uma situação em andamento, cada desfecho caracteriza uma possibilidade diferente para essa situação. Para calcular uma probabilidade, enumeram-se, caso a caso, todas as possibilidades de desfecho da situação estudada, depois os casos favoráveis são selecionados e contados e, a partir das quantidades encontradas para o número de casos favoráveis e para o número de total de casos, calcula-se a probabilidade de que um dos casos favoráveis aconteça dentro desse universo de possibilidades composto por todos os casos.
Até prova em contrário tudo é possível. Tudo, absolutamente tudo é possível. Se ainda não foi feito é porque alguém ainda não conseguiu fazer, depois disto deixa de ser impossível.
 Provável: é algo que pode acontecer, que tem determinada chance de acontecer. Certas coisas são mais prováveis que outras. Como tudo é possível de acontecer, o provável marca  as chances de que algo ocorra.
a diferença entre "provável" e "possível"
- "provável": quase certo, com grande chance de ocorrer; DEVE acontecer
- "possível": que tem grande chance de acontecer, embora não seja garantido; PODE acontecer.

“Tudo é possível em determinada situação, todavia, em função das circunstâncias que cercam este caso, é pouco proTvável que ocorra tal evento. (EM).”

quinta-feira, 25 de junho de 2015

É VÁLIDO LER

É VÁLIDO LER
E-mail: ernidiomigliorini@gmail.com
>O primeiro degrau para o sucesso em qualquer atividade é interessar-se em executá-la.
>A mais rigorosa concepção a ser implantada no espírito de um iniciante, é que a educação específica não é um curso escolar, mas, sim um curso de vida, para o qual o estudo escolar de poucos anos é apenas uma preparação. Porque uma existência exitosa exige aplicação do verdadeiro e real conhecimento das coisas e do seu adequado fazer.
>Não permitamos que as nossas concepções sobre as manifestações originem-se de palavras ouvidas ou lidas. Observemos e, então, raciocinemos, comparemos e julguemos. Mas inicialmente observemos. Que a palavra seja nossa escrava e não a nossa mestra.
>O ato importante é retirar de cada caso uma lição para a nossa educação. O valor da experiência não está em ver muito, mas em enxergar com sabedoria.

>perde uma preciosa qualidade aquele  que abandona a cultura geral.
>Quando as nossas observações são expressivas, devemos socializá-las para o benefício comum.
>Ensinemos o aluno a observar, fornecendo-lhe a plenitude dos fatos a observar e as lições nascerão dos próprios fatos.
>O mestre eficiente não se coloca nas alturas, bombeando conhecimento sob alta pressão a recipientes passivos; ele é um mediador mais iniciado, ansioso para auxiliar os iniciantes.
>Nada alcança tanta longevidade na mente de um aprendente, quanto à aprendizagem mediada com didática e cultura por um professor categorizado.
>O professor apenas pode instilar conhecimento, colocar o estudante no caminho certo, fornecer-lhe métodos, orientá-lo como estudar e, em primeiro lugar, capacitá-lo a discernir o essencial. O que o professor pode ensinar não é tudo, mas deve ser o fundamental.
>Freqüentemente a ignorância pode ser atormentadora; é, porém mais aceitável do que a presunção de segurança que permanece sobre uma delgada camada de pseudo conhecimento.
“Quando o “pode tudo” exigido como uso e costume, pela maioria desqualificada moralmente, como é o caso desta época; isto é sinal de grande preocupação com o nosso futuro. (EM).”



segunda-feira, 22 de junho de 2015

ENVELHECER


ENVELHECER
E-mail: ernidiomigliorini@gmail.com
O envelhecimento  é um processo natural.  É a 2ª Lei da Termodinâmica, a Lei da Entropia, assim expressa: A energia de um corpo tende a se degenerar e com isso a desordem do sistema aumenta”.  Com a lógica de que: tudo que foi composto será decomposto, tudo que foi construído será destruído, tudo foi feito para acabar.   Os membros se enfraquecem e os sentidos se embotam.   Portanto, deve-se enfatizar a vivência, aproveitando e desfrutando desta dádiva, conscientemente,   e concentrando-se  num dia de cada vez; tendo em mente que só se vive o agora; o passado já expirou e o futuro quando chega é presente.  
As rugas e as outras marcas da velhice são naturais e inevitáveis e atingem todos os indivíduos. É necessário permitir que o passado se torne passado.  Como um dos pré-requisitos da felicidade. O futuro é o tempo que resta e por ser finito, deve ser bem aproveitado. 
É necessário aceitar as leis da natureza,  discretamente, sem alarde ou lamentação, evitando a ociosidade e a auto-comiserção; achando motivação nas pequenas coisas; lembrando que aquilo que não pode ser mudado, tem que ser assimilado naturalmente. 
O apego ao passado, ao que foi e não pode mais ser é causa do sofrimento, assim como querer que dure o que não foi feito para durar.  Não tem como viver uma fase que passou. Deve-se  controlar as emoções destrutivas e os impulsos mais sombrios, colocando em seu lugar pensamentos positivos e de alento.   A vida é o que importa.  Concentrar-se nisto.  A sabedoria consiste em aceitar os nossos limites.
Nós não temos que experimentar todas as coisas, passar por todas as estradas e conhecer todas as cidades. Procurar  fazer o que pode ser feito com o que está disponível.  Coisas do passado não nos pertencem mais.  Quem tem muito dentro de si precisa ter pouco do que está fora. A mente positiva é edificante e tem um poder imensurável.
 Podemos ser idosos, sem sermos senis. Podemos ter idade e não necessariamente estarmos combalidos. Consegue-se esta qualidade de vida com cuidados alimentares, exercitando-se com a própria rotina diária e principalmente, alimentando a mente de pensamentos saudáveis, otimistas, de esperança, de sinergia e de ânimo para sentir-se útil, ativo e independente. Saber envelhecer com dignidade e interpretar os seus sinais inevitáveis, é uma prova de sabedoria, cultura, competência e habilidade e denota aplicação inteligente da experiência adquirida.
“Para uma mente energética, confiante e voluntariosa; uma existência regrada e com bons hábitos; a idade é apenas uma questão cronológica. (EM).”




sexta-feira, 19 de junho de 2015

A DÍVIDA PÚBLICA


A DÍVIDA PÚBLICA
dívida pública é uma forma de complementar o financiamento do Estado. Se o Estado não arrecada o suficiente, ele se endivida para o ingresso de recursos para financiar todo o conjunto de obrigações que tem. O Estado contrai dívidas, junto ao Sistema Financeiro para complementar esta insuficiência.     Quando ocorre o ingresso dos recursos financiados, nos cofres do Estado, acontece uma contra partida real; mas, por ocasião da amortização desta dívida, ocorre um fenômeno perverso de quebra da bilateralidade citada acima.
Formato da colocação no Mercado Financeiro dos Títulos da Dívida Pública: Para captar recursos financeiros para o custeio dos seus encargos, o Estado emite “Títulos da Dívida Pública”; os investidores adquirem estes papéis, que tem prazo de vencimento e recebem o retorno do investimento acrescido de juros. Este processo é gerido pelo Banco Central e pela rede de agentes financeiros credenciados. A sua compra direta é feita por meio dos leilões. O Tesouro Nacional lança os títulos da dívida pública e o Banco Central vende. Ele anuncia um leilão e só podem participar desse leilão instituições credenciadas, os dealers. São os grandes bancos do mundo. Que compram diretamente da boca do caixa. É uma aplicação altamente rentável. Eles só compram diretamente.
Superávit Primário: O Estado procura controlar as suas contas, para atingir superávit primário, destinado a prover os recursos para a amortização dos juros da sua Dívida Pública. O superávit primário ocorre quando os gastos primários estão abaixo das receitas primárias. Gastos primários são todos os gastos, com exceção da dívida e dos seus juros. Superávit primário significa uma sobra de recursos no tesouro federal, no cotejo entre estas duas variáveis: ingressos e saídas.
Crescimento Exponencial da Dívida Pública:
Existe um sistema da dívida, que pela forma como ela é negociada e amortizada, produz em decorrência, um desvio de recursos públicos em direção ao sistema financeiro. Um esquema controlado por bancos e grandes empresas, que se configura no pagamento dos juros da dívida, sem uma contrapartida real; quebrando a idéia de ser para complementar os recursos em benefício de todos. Quando se contrata dívida para pagar juros, se  está transformando juros em uma nova dívida sobre a qual vai incidir juros. É juros sobre juros. Gerando uma despesa em escala exponencial, sem contrapartida. A dívida tem vida própria e se retroalimenta, porque o juro vai virar capital. E, sobre aquele capital, vai incidir novos juros. E os juros seguintes, de novo vão se transformando em capital, isto é exponencial. Porque o mercado, os dealers estão aceitando novos títulos da dívida como pagamento em vez de receber dinheiro moeda. Gerando um continuo processo de privatização, com a entrega de patrimônio cada vez mais estratégico, cada vez mais lucrativo: privatização de aeroportos, telefônicas, empresas de energia elétrica, hidrelétricas, siderúrgicas.


O banco, o dealer, que compra o título da dívida é quem estabelece os juros. Ele estabelece os juros que ele quer. Ele só compra quando o juro chega no patamar que ele quer. E eles sempre compram com deságio. Se o investidor individual compra no Tesouro Direto, não vai ter desconto. Ele vai ter que pagar uma comissão e não vai interferir nos juros.
“Entre a realidade e a ficção existe um vácuo e também uma utopia; cuja concretude ainda é aleatória. (EM).”




quinta-feira, 18 de junho de 2015

A RELEVÂNCIA DO DOMÍNIO DO IDIOMA INGLÊS

A RELEVÂNCIA DO DOMÍNIO DO IDIOMA INGLÊS
Quem tem pretensão de ser competitivo na economia global precisa dominar o idioma inglês; porque é este que permeia as relações internacionais, o sistema informatizado e outras especificações e referenciais de praticamente tudo.
Uma soma de fatores faz um país pouco competitivo na economia global, principalmente, a existência de profissionais desqualificados. No cenário da  competitividade internacional, o domínio do inglês é  essencial. Dificuldade com o desempenho em inglês torna um profissional menos competitivo
Segundo o Fórum Econômico Mundial, no ranking que avalia a competitividade global dos países. Entre os diferentes fatores que justificam às suas performances estão as questões tributárias, regulamentações trabalhistas, falta de infraestrutura, processos burocráticos e a mão de obra pouco qualificada.
O problema da qualificação profissional se refere às características do sistema de educação e ao direcionamento para um ensino que prepare os jovens para um mercado multifacetado, onde dominar idiomas, especialmente o inglês, é quesito básico. A referência sobre esta afirmação é o Índice de Proficiência em Inglês da EF Education First, empresa de educação internacional que promove um estudo anual que se tornou referencial.
A oferta de idiomas logo nos primeiros anos da vida escolar é uma necessidade nas escolas e nos cursos em redes especializadas. O mercado de escolas de idiomas estará entre os que mais crescerão, segundo a Associação Brasileira de Franchising (ABF).
 Uma das recomendações, é que no segmento educacional privado se priorize o investimento em metodologias atualizadas e eficazes e em capacitação de professores. O que igualmente deve primar nas redes de escolas de idiomas, especializadas nesse conhecimento,  com  um planejamento de desenvolvimento sólido que possa garantir a presença de professores qualificados em todas as suas unidades e o alcance de resultados de aprendizagem dos alunos.
Um fator muito importante é o país ter uma cultura de incentivo ao aprendizado do inglês, na fase infantil do educando, para já sair do ensino fundamental com um excelente nível de proficiência no idioma. Com gestores educacionais, responsáveis por gerar os necessários bons resultados, a única maneira de implementar processos eficazes e gerar mudanças, geradoras de capacidade competitiva.
“Enquanto não se reinstale a Telepatia; a linguagem idiomática oral e escrita é a forma convencional de comunicação no planeta Terra. (EM).”


quarta-feira, 17 de junho de 2015

COMODATO E MÚTUO


COMODATO E MÚTUO
COMODATO: É o Empréstimo gratuito de alguma coisa que deve ser restituída em tempo pré-estabelecido pelas partes interessadas. Segundo o Código Civil Brasileiro, Lei n.º 10.406, de 10 de janeiro de 2002, em seus artigos 579 a 585 é o contrato bilateral, gratuito, pelo qual alguém como comodante entrega a outrem, como comodatário, coisa infungível, para ser usada temporariamente e depois restituída. Pelo fato da coisa ser infungível, gera para o comodatário a obrigação de restituir um corpo certo. No Direito Romano, o comodato é considerado espécie de contrato real.
O comodante guarda a propriedade da coisa e o comodatário adquire a posse, podendo valer-se dos interditos possessórios. O comodante pode ser o proprietário, o usufrutuário ou o locatário, desde que autorizado pelo locador.
Para a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, se o bem imóvel for dado em comodato verbal, por prazo indeterminado, "é suficiente para a sua extinção a notificação ao comodatário da pretensão de retomada do bem, sendo prescindível a prova de necessidade imprevista e urgente do bem."
É um contrato não solene, podendo ser oral, mesmo quando envolver bens imóveis, principalmente no âmbito rural. A forma escrita é recomendável. É contrato unilateral, porque somente o comodatário assume obrigações. A gratuidade é o que faz a diferença entre comodato e locação.
Contrato em que alguém entrega a outra pessoa coisa NÃO FUNGÍVEL para ser usada temporariamente e depois restituída. É um empréstimo gratuito, uma cessão de uso, pelo qual se transfere apenas a posse do bem, não se transmite seu domínio.

Segundo dispõe a súmula 573 do Supremo Tribunal Federal do Brasil, a saída física de máquinas, utensílios e implementos a título de comodato, não constitui fato gerador do imposto sobre circulação de mercadorias.
Características principais do comodato: A gratuidade do contrato e a infungibilidade do objeto. A característica do contrato de comodato é a sua gratuidade, pelo uso de coisa imóvel.
Comodato modal: É o empréstimo gratuito e temporário de bem infungível, com a obrigação do comodatário de cumprir determinados encargos transcendentes à normalidade, podendo atingir pesos elevados ,sem contudo perderem o caráter da gratuidade .
Código Civil Brasileiro, Lei n.º 10.406, de 10 de janeiro de 2002:
CAPÍTULO VI. Do Empréstimo , Seção I Do Comodato 

Art. 579. O comodato é o empréstimo gratuito de coisas não fungíveis. Perfaz-se com a tradição do objeto. 

Art. 580. Os tutores, curadores e em geral todos os administradores de bens alheios não poderão dar em comodato, sem autorização especial, os bens confiados à sua guarda. 

Art. 581. Se o comodato não tiver prazo convencional, presumir-se- lhe-á o necessário para o uso concedido; não podendo o comodante, salvo necessidade imprevista e urgente, reconhecida pelo juiz, suspender o uso e gozo da coisa emprestada, antes de findo o prazo convencional, ou o que se determine pelo uso outorgado. 

Art. 582. O comodatário é obrigado a conservar, como se sua própria fora, a coisa emprestada, não podendo usá-la senão de acordo com o contrato ou a natureza dela, sob pena de responder por perdas e danos. O comodatário constituído em mora, além de por ela responder, pagará, até restituí-la, o aluguel da coisa que for arbitrado pelo comodante. 

Art. 583. Se, correndo risco o objeto do comodato juntamente com outros do comodatário, antepuser este a salvação dos seus abandonando o do comodante, responderá pelo dano ocorrido, ainda que se possa atribuir a caso fortuito, ou força maior. 

Art. 584. O comodatário não poderá jamais recobrar do comodante as despesas feitas com o uso e gozo da coisa emprestada. 

Art. 585. Se duas ou mais pessoas forem simultaneamente comodatárias de uma coisa, ficarão solidariamente responsáveis para com o comodante
Fungível: Algo que se consome no primeiro uso. Infungível ou Não fungível: É aquela coisa que não pode ser substituída por outra da mesma espécie, qualidade e quantidade, podendo ser móvel ou imóvel.
Modelo de Contrato de Comodato:
CONTRATO DE COMODATO DE MÓVEIS RESIDENCIAIS

IDENTIFICAÇÃO DAS PARTES CONTRATANTES

COMODANTE: (Nacionalidade), (Estado Civil), (Profissão), Carteira de Identidade nº (xxx), C.P.F. nº (xxx), residente e domiciliado na Rua (xxx), nº (xxx), bairro (xxx), Cep (xxx), Cidade (xxx), no Estado (xxx);

COMODATÁRIO: (Nacionalidade), (Estado Civil), (Profissão), Carteira de Identidade nº (xxx), C.P.F. nº (xxx), residente e domiciliado na Rua (xxx), nº (xxx), bairro (xxx), Cep (xxx), Cidade (xxx), no Estado (xxx).

As partes acima identificadas têm, entre si, justo e acertado o presente Contrato de Comodato de Móveis Residenciais, que se regerá pelas cláusulas seguintes e pelas condições descritas no presente.

DO OBJETO DO CONTRATO

Cláusula 1ª. O presente contrato tem como OBJETO, a transferência, pelo COMODANTE ao COMODATÁRIO, dos direitos de uso e gozo dos móveis residenciais descritos a seguir: (xxx) (Descrever detalhadamente os móveis residenciais)1.

DA DEVOLUÇÃO

Cláusula 2ª. O COMODATÁRIO deverá restituir os móveis ao COMODANTE quando for por este solicitado, nas mesmas condições em que estavam quando o recebeu, respondendo pelos danos ou prejuízos causados2.

Cláusula 3ª. A devolução deve-se dar no prazo de (xxx) (Número por extenso) dias após o COMODATÁRIO ter recebido o aviso, que lhe será enviado através do Correio.

DA RESCISÃO

Cláusula 4ª. É assegurado às partes a rescisão do presente contrato a qualquer momento, devendo, entretanto, comunicar à outra parte com antecedência mínima de (xxx) dias.

Cláusula 5ª. O descumprimento, pelos contratantes, do disposto nas presentes cláusulas também ensejará a rescisão deste instrumento.

DA DURAÇÃO

Cláusula 6ª. Este contrato é de prazo indeterminado3.

CONDIÇÕES GERAIS

Cláusula 7ª. O presente contrato inicia-se a partir da assinatura pelas partes.

Cláusula 8ª. Este contrato deve ser registrado no Cartório de Registro de Títulos e Documentos.

DO FORO

Cláusula 9ª. Para dirimir quaisquer controvérsias oriundas do CONTRATO, as partes elegem o foro da comarca de (xxx);

Por estarem assim justos e contratados, firmam o presente instrumento, em duas vias de igual teor, juntamente com 2 (duas) testemunhas.

(Local, data e ano).

(Nome e assinatura do Comodante)

(Nome e assinatura do Comodatário)

(Nome, RG e assinatura da Testemunha 1)

(Nome, RG e assinatura da Testemunha 2)

Contrato de Comodato de Telefone Celular
Tem como objeto a transferência dos direitos de uso de gozo do telefone celular especificado sob as condições de obrigações, devolução, rescisão e duração estabelecidas.
 Contrato de Comodato de Imóvel Rural
Empréstimo gratuito da gleba de terra de propriedade do comodante. Dispõe sobre as obrigações do comodatário, prazo e foro competente.
 Contrato de Comodato de Imóvel para Moradia de Empregado
A comodante cede imóvel de sua propriedade ao comodatário, devendo este utilizar-se do mesmo somente para fins residenciais, não podendo locá-lo ou sublocá-lo.
 Contrato de Comodato de Equipamento de Som
Tem por objeto a transferência dos direitos de uso e gozo de equipamentos de som, estabelecendo obrigações, duração, devolução e rescisão.
 Contrato de Comodato de Computadores
Transfere os direitos de uso e gozo dos computadores descritos. Dispõe sobre obrigações, duração, devolução, multa e rescisão.
MÚTUO: É o  empréstimo de coisa fungível, consumível, cuja restituição é de coisa do mesmo gênero e quantidade.
Diferença entre Comodato e Mútuo: O mútuo é um empréstimo de consumo, ao passo que o comodato é um empréstimo de uso. Outra diferença está no objeto: o mútuo alcança apenas bens fungíveis, e, o comodato bens infungíveis. O mutuário desobriga-se restituindo coisa da mesma espécie, qualidade e quantidade, mas, o comodatário só se libera da obrigação restituindo a própria coisa emprestada. O mútuo acarreta a transferência do domínio, o que não ocorre no comodato. O mútuo permite a alienação da coisa emprestada, ao passo que o comodatário é proibido de transferir o bem a terceiro.
Código Civil Brasileiro, Lei n.º 10.406, de 10 de janeiro de 2002:
CAPÍTULO VI. Do Empréstimo , Seção Seção II Do Mútuo






Art. 586. O mútuo é o empréstimo de coisas fungíveis. O mutuário é obrigado a restituir ao mutuante o que dele recebeu em coisa do mesmo gênero, qualidade e quantidade.

Art. 587. Este empréstimo transfere o domínio da coisa emprestada ao mutuário, por cuja conta correm todos os riscos dela desde a tradição.

Art. 588. O mútuo feito a pessoa menor, sem prévia autorização daquele sob cuja guarda estiver, não pode ser reavido nem do mutuário, nem de seus fiadores.

Art. 589. Cessa a disposição do artigo antecedente:

I - se a pessoa, de cuja autorização necessitava o mutuário para contrair o empréstimo, o ratificar posteriormente;

II - se o menor, estando ausente essa pessoa, se viu obrigado a contrair o empréstimo para os seus alimentos habituais;

III - se o menor tiver bens ganhos com o seu trabalho. Mas, em tal caso, a execução do credor não lhes poderá ultrapassar as forças;

IV - se o empréstimo reverteu em benefício do menor;

V - se o menor obteve o empréstimo maliciosamente.

Art. 590. O mutuante pode exigir garantia da restituição, se antes do vencimento o mutuário sofrer notória mudança em sua situação econômica.

Art. 591. Destinando-se o mútuo a fins econômicos, presumem- se devidos juros, os quais, sob pena de redução, não poderão exceder a taxa a que se refere o art. 406permitida a capitalização anual.

Art. 592. Não se tendo convencionado expressamente, o prazo do mútuo será:

I - até a próxima colheita, se o mútuo for de produtos agrícolas, assim para o consumo, como para semeadura;

II - de trinta dias, pelo menos, se for de dinheiro;

III - do espaço de tempo que declarar o mutuante, se for de qualquer outra coisa fungível.

A luz mental potencializa a apropriação do conhecimento; a luz física dissipa as trevas e os seus entraves. (EM).”



terça-feira, 16 de junho de 2015

RESENHA

RESENHA
Resenha-resumo:
     É um texto que resume o conteúdo de um livro, de um capítulo, de um filme, de uma peça de teatro ou de um espetáculo, sem  crítica ou julgamento de valor. Um texto informativo, o objetivo principal é informar o leitor.
Resenha-crítica:
     É um texto que, resume o objeto, faz uma avaliação sobre ele, uma crítica, apontando os aspectos positivos e negativos. Um texto de informação e de opinião, denominado recensão crítica.
A resenha crítica requer um resumo informativo ou indicativo, uma análise interpretativa, capacidade de relacionar os elementos do texto lido com outros textos, autores e idéias sobre o tema em questão, e também a opinião daquele que escrever a resenha, contextualizando o texto que está sendo analisado.
  Resenha Crítica é a apresentação do conteúdo de uma obra, acompanhada de uma avaliação crítica. Expõe-se claramente e com certos detalhes o conteúdo da obra, o propósito da obra e o método que segue para posteriormente desenvolver uma apreciação crítica do conteúdo, da disposição das partes, do método, de sua forma ou estilo e, se for o caso, da apresentação tipográfica, formulando um conceito do livro.
A resenha crítica consiste na leitura, resumo e comentário crítico de um livro ou texto. Para a elaboração do comentário crítico, utilizam-se opiniões de diversos autores da comunidade científica em relação às defendidas pelo autor e se estabelece todo tipo de comparação com os enfoques, métodos de investigação e formas de exposição de outros autores.

Elaboração da Resenha Crítica:
Ao elaborar uma resenha crítica resumir o assunto, apontar as deficiências e os pontos que poderiam ser melhor trabalhados, destacando os pontos fortes. Como uma síntese, a resenha deve mesclar momentos de pura descrição com momentos de crítica direta. O texto deve ser uno, fluído e as opiniões devem estar dialogadas com as do autor resenhado ao longo do texto todo. A resenha não deve ser muito extensa, seu  texto corrido,  sem separações físicas entre as partes da resenha, como a subdivisão do texto em resumo, análise e julgamento.
1. Situar o texto no contexto da vida e da obra do autor, no contexto da cultura de sua especialidade, do ponto de vista histórico e do ponto de vista teórico;
2. Explicar os pressupostos filosóficos do autor que justifiquem as suas posturas teóricas;
3. Aproximar e associar as idéias do autor expressas na unidade com outras idéias relacionadas à mesma temática;
4. Exercer uma atitude crítica frente às posições do autor em termos de:
a) coerência interna da argumentação;
b) validade dos argumentos empregados;
c) originalidade do tratamento dado ao problema;
d) profundidade de análise do tema;
e) alcance de suas conclusões e conseqüências;
f) apreciação e juízo pessoal das idéias defendidas.;
O resenhista: A resenha, por ser um resumo crítico, exige que o resenhista seja alguém com conhecimentos na área, uma vez que avalia a obra, julgando-a criticamente.
Objetivo da resenha:
     O objetivo da resenha é divulgar objetos de consumo cultural: livros, filmes peças de teatro.
Veiculação da resenha:
     A resenha é, em geral, veiculada por jornais e revistas.
Extensão da resenha:
     A extensão do texto-resenha depende do espaço que o veículo reserva para esse tipo de texto. Não é um texto longo.
O que deve constar numa resenha:
O título
A referência bibliográfica da obra
Alguns dados bibliográficos do autor da obra resenhada
O resumo, ou síntese do conteúdo
A avaliação crítica
O título da resenha:
     A resenha tem título, e pode ter subtítulo.
A referência bibliográfica do objeto resenhado:
     Constam da referência bibliográfica:
Nome do autor
Título da obra
Nome da editora
Data da publicação
Lugar da publicação
Número de páginas
Preço
O resumo do objeto resenhado:
     O resumo que consta numa resenha apresenta os pontos essenciais do texto e seu plano geral. Pode-se resumir agrupando num ou vários blocos os fatos ou idéias do objeto resenhado. Resumir de acordo com a ordem dos fatos, das partes e dos capítulos.
Como se inicia uma resenha:
Começar citando imediatamente a obra a ser resenhada. Ou escrever um ou dois parágrafos relacionados com o conteúdo da obra.
A crítica:
  Na resenha crítica a postura crítica deve estar presente desde a primeira linha, resultando num texto em que o resumo e a voz crítica do resenhista se interpenetram. O tom da crítica poderá ser moderado, respeitoso, agressivo.  
COMO FAZER UMA RESENHA CRÍTICA
A resenha requer interpretação de texto. Antes de começar a escrever o resumo crítico deve se certificar de ter feito uma boa leitura do texto, identificando:
1. QUAL O TEMA TRATADO PELO AUTOR?
2. QUAL O PROBLEMA QUE ELE COLOCA?
3. QUAL A POSIÇÃO DEFENDIDA PELO AUTOR COM RELAÇÃO A ESTE PROBLEMA?
4. QUAIS OS ARGUMENTOS CENTRAIS E COMPLEMENTARES UTILIZADOS PELO AUTOR PARA DEFENDER SUA POSIÇÃO?
Para começar uma RESENHA CRÍTICA tem que haver A ANÁLISE PESSOAL SOBRE O TEXTO. Que é a capacidade de relacionar os elementos do texto lido com outros textos, autores e idéias sobre o tema em questão, contextualizando o texto que está sendo analisado. Para fazer a análise, certificar-se de ter:
- INFORMAÇÕES SOBRE O AUTOR, SUAS OUTRAS OBRAS E SUA RELAÇÃO COM OUTROS AUTORES;
- ELEMENTOS PARA CONTRIBUIR PARA UM DEBATE ACERCA DO TEMA EM QUESTÃO;
- CONDIÇÕES DE ESCREVER UM TEXTO COERENTE E COM ORGANICIDADE.
O texto deve apresentar:
NOS PARÁGRAFOS INICIAIS, UMA INTRODUÇÃO À OBRA RESENHADA, APRESENTANDO:
- O ASSUNTO/ TEMA;
- O PROBLEMA ELABORADO PELO AUTOR;
- E A POSIÇÃO DO AUTOR DIANTE DESTE PROBLEMA.
NO DESENVOLVIMENTO, A APRESENTAÇÃO DO CONTEÚDO DA OBRA, ENFATIZANDO:
- AS IDÉIAS CENTRAIS DO TEXTO;
- OS ARGUMENTOS E IDÉIAS SECUNDÁRIAS.
NO FIM UMA CONCLUSÃO APRESENTANDO A CRÍTICA PESSOAL:
- UMA AVALIAÇÃO DAS IDÉIAS DO AUTOR FRENTE A OUTROS TEXTOS E AUTORES;
- UMA AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DO TEXTO, QUANTO À SUA COERÊNCIA, VALIDADE, ORIGINALIDADE, PROFUNDIDADE, ALCANCE.
Exigências de conteúdo:
_ Toda resenha deve conter uma síntese, um resumo do texto resenhado, com a apresentação das principais idéias do autor;
_ Uma análise aprofundada de pelo menos um ponto relevante do texto, escolhido pelo resenhista;
_ Um julgamento do texto, feito a partir da análise empreendida no item acima.
Exigências de forma:
_ A resenha deve ser pequena, ocupando até duas laudas de papel A4 com espaçamento 1,5;
_ É um texto corrido, sem separações físicas entre as partes da resenha com a subdivisão do texto em resumo, análise e julgamento. A resenha deve sempre indicar a obra que está sendo resenhada.
“O tempo na realidade não existe. Existem eventos e durações, que se convencionou chamar de tempo. (EM).”