quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

APARÊNCIAS


APARÊNCIAS
Atualmente e cada vez mais, ao invés de autenticidade, sinceridade e originalidade, proliferam as meras aparências. Porque as pessoas precisam: de aplauso, se sentir amadas, buscar segurança e aprovação. Sempre querendo passar uma imagem positiva.
>Nas entrevistas de empregos os candidatos repetem o que imaginam que deve ser dito.
>São todos felizes, motivados, corretos.
>Ninguém comete falhas, ninguém erra, nunca teve um ato ridículo. O mundo precisa de pessoas mais simples, verdadeiras e autênticas.
>Para ser uma pessoa de sucesso, precisa ser diretor de uma multinacional, ter carro importado, viajar de primeira classe. Importante é que o filho possa se orgulhar de seus pais, embora humildes. O mundo precisa de pessoas mais simples e transparentes. Heróis de verdade são aqueles que trabalham para realizar seus projetos de vida, e não para impressionar os outros. São pessoas que sabem pedir desculpas e admitir que erraram. 
>A maior parte das pessoas esconde as  suas raízes.
>O indivíduo passa décadas em um emprego que não o faz se sentir realizado, mas o faz se sentir seguro. 
>O pai quer preparar o filho para o futuro e coloca o menino em aulas de inglês, informática. A preparação de uma criança para o futuro é ela poder ser criança. Não se pode extrair a infância dos filhos.
>O mundo virou um mundo de faz-de-conta.
>Qual é o seu defeito? Todos respondem que o defeito é não pensar na vida pessoal, ser dedicado ao trabalho e não descansar o suficiente. É considerado quem é bom em conversar, em fingir. São promovidos aqueles que fazem o jogo do poder.
>Temos um modelo de gestão que premia pessoas mal preparadas, arrogantes, que não têm a humildade de se preparar, que não têm capacidade de ler um livro até o fim e não se preocupam com o conhecimento. Não adianta  assumir uma função para a qual não está preparado.
>O ter consegue substituir o ser, que fica reforçado pelo parecer. As pessoas parece que sabem, parece que fazem, parece que acreditam. Deixamos-nos levar por essa necessidade de sermos perfeitos em tudo e de valorizar a aparência. Isto vem do vazio que sentimos. A gente continua valorizando ídolos e arrimos.
>O conceito muda quando a expectativa não se comprova.
>É comum colocar a culpa nos outros. Há uma tendência a reclamar, dar desculpas e acusar alguém. Eu vejo as pessoas escondendo suas humanidades.
>As escolas ensinam aos alunos a serem covers dos ídolos e dos bem sucedidos. As escolas deveriam ajudar o aluno a desenvolver as suas próprias potencialidades.
>As pessoas têm buscado sonhos que não são seus. A sociedade quer instituir que todos têm de ter sucesso, como se ele não tivesse significados individuais. Tem de estar feliz todos os dias. Tem que comprar tudo o que puder. Tem de fazer as coisas do jeito certo. Jeito certo não existe. Não há um caminho único para se fazer as coisas. As metas são interessantes para o sucesso, mas não para a felicidade. Felicidade não é uma meta, mas um estado de espírito.
“Maioria, mesmice, modismo, falta de personalidade e desqualificação individual são alguns dos insumos desta multidão deslumbrada, que navega na euforia inapta. (EM).”










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