quinta-feira, 16 de agosto de 2012

PARA EXERCITAR O VERNÁCULO

PARA EXERCITAR O VERNÁCULO
Por ERNÍDIO MIGLIORINI  E-mail: ernidiomigliorini@gmail.com

CRASE: Não se usa a crase:  antes de palavra masculina; antes de artigo indefinido; antes de verbo; antes de expressão de tratamento; antes de pronomes pessoais, indefinidos e demonstrativos; quando o “a” está no singular, e a palavra seguinte está no plural; quando, antes do “a”, existir preposição.
ASPECTOS GRAMATICAIS:
      1-Antes dos pronomes possessivos (minha, tua, sua nossa, vossa…), o uso dos artigos definidos é facultativo. A preposição “a” antes de um pronome possessivo feminino singular, o uso do acento da crase é facultativo.
2-Formas corretas: “Mesmo os derrotados parece que estão felizes.”/ “Ela tinha dito que faria, mas não fez.”  /Em português escreve-se: “Vietnam.” / As línguas indígenas são ágrafas, no plural a escrita será: “Os tupis, pataxós...” / O adjetivo Anexo deve ser grafado assim: “Segue anexo o relatório; Segue anexa a nota fiscal; Seguem anexos os relatórios; Seguem anexas as notas fiscais.” / Inflamação do Intestino é: “Desinteria.” /Dificuldade na deglutição, para comer: “DISFAGIA.”/ Dificuldade de digerir, na digestão: “DISPEPSIA.”/ dificuldade na fala, na dicção: “DISLALIA.”/ Dificuldade na respiração: “  DISPENEIA.”/ Distúrbio de ritmo: “DISRITMIA.”/ Estudo do intestino e das suas funções: “ENTEROLOGIA.”/ O evento será na madrugada de domingo.”/ “Em nível”, só quando houver um nível. “Ao nível do mar.”/ “Ante o exposto.”/ “Respeito pelo Adversário.”/ “Um óculos.” Só apresentam forma plural: “núpcias, pêsames, óculos,  parabéns…” / EXOTÉRICO: “Ensinamento  em escolas da antiguidade grega,  transmitido ao público sem restrição: dialético, provável, verossímil.” ESOTÉRICO: “Ensinamento  em escolas filosóficas da antiguidade grega,  reservado aos discípulos completamente instruídos; compreensível apenas por poucos, obscuro, hermético.”
ESOTERISMO: “ Doutrina ou atitude de espírito que preconiza que o ensinamento da verdade científica, filosófica ou religiosa, reservado e restrito a iniciados…;  abrange um complexo conjunto de doutrinas práticas e ensinamentos de teor religioso,  espiritualista,  oriental,  ciências ocultas, associadas a técnicas terapêuticas.”/

3-No Brasil fala-se a língua portuguesa, com o modo brasileiro, o idioma nacional comum, com as variantes regionais. As diferenças lingüísticas em relação a Portugal estão mais na pronúncia, vocabulário, sintaxe e na linguagem corrente do brasileiro, mas os morfemas permanecem. As variantes sócio-econômicas são: vulgar, popular, coloquial, culto…); as variantes expressivas (linguagem da prosa, linguagem poética). As diferenças são fonéticas ( A pronúncia das vogais  no Brasil,  pronuncia-se bem todas as vogais tônicas ou átonas. Em Portugal, a tendência é só pronunciar bem as vogais tônicas e não colocam os pronomes átonos (me, te, se, o, lhe, nos…) no início da frase. no Brasil, as vogais átonas são pronunciadas como se fossem tônicas, os pronomes átonos são colocados no início da frase.), semânticas ou sintáticas.
4-O uso dos estrangeirismos, sempre que possível aportuguesar as expressões ou traduzi-las, salvo quando não há condições. Palavras aportuguesadas corretas e com pronuncia literal: Bufê, boate, balé, guidão, chassi, chique, batom, avalancha, cabina, camionete (a), conhaque, marrom,  vermute.
GLOSSÁRIO:
*Crase: é a contração entre a preposição "a" e o artigo definido feminino singular "a". Representada pelo acento grave.
*Pronomes:

Pronomes pessoais: substituem ou acompanham o substantivo. Onde a 1ª pessoa é a que fala;  2ª pessoa é com quem se fala
3ª pessoa é a de quem se fala. /eu, tu, ele, nos vós, eles. Os pronomes pessoais classificam-se em retos e oblíquos: São  retos, quando atuam como sujeito da oração. São  oblíquos, quando atuam como complemento (objeto direto ou indireto). Pronomes oblíquos átonos: me, te, o, a, lhe, se, nos, vos, os, as, lhes. Pronomes oblíquos tônicos: mim, ti, ele, ela, si, nós, vós, eles, elas
.Pronomes de tratamento: tem a função  de designar as pessoas do discurso.
Pronomes possessivos: meu(s), teu(s), seu(s), nosso(s), vosso (s), dele(s); minha(s), tua(s), sua(s), nossa(s), vossa(s), dela(s)

Pronomes demonstrativos: este(s), esta(s), isto……………..se refere a algo que está perto da pessoa que fala.
esse(s), essa(s), isso…………….se refere a algo que esta perto da pessoa que ouve.
aquele(s), aquela(s), aquilo…se refere a algo distante de ambos.
Pronomes indefinidos:São imprecisos, vagos. Se referem à 3ª pessoa do discurso. Podem ser variáveis (se flexionando em gênero e número) ou invariáveis.
São formas variáveis: algum(s), alguma(s), nenhum(s),nenhuma(s), todo(s), toda(s), muito(s), muita(s), pouco(s), pouca(s), tanto(s), tanta(s), certo(s), certa(s), vário(s), vária(s), outro(s), outra(s), certo(s), certa(s), quanto(s), quanta(s), tal, tais, qual, quais, qualquer, quaisquer. São formas invariáveis: quem, alguém, ninguém, outrem, cada, algo, tudo, nada..
Pronomes interrogativos; São empregados para formular perguntas diretas ou indiretas. Podem ser variáveis ou invariáveis.
Variáveis: qual, quais, quanto(s), quanta(s).
Invariáveis: que, onde, quem.
Pronomes relativos: São os que relacionam uma oração a um substantivo que representa. se classificam em variáveis e invariáveis.
Variáveis: o(a) qual, os(as) quais, quanto(s), quanta(s), cujo(s), cuja(s).
Invariáveis:que, quem, onde.
Expressões de  Tratamento: Vossa Senhoria, Sua ou Vossa Excelência, Meritíssimo, Reverendíssimo, Ilustríssimo, Senhor, Senhora, Sua ou Vossa Majestade...
Preposição: é a palavra invariável que liga dois elementos da oração, subordinando o segundo ao primeiro, o regente e o regido; é o termo que liga substantivo a substantivo, verbo a substantivo, substantivo a verbo, adjetivo a substantivo, advérbio a substantivo. Essenciais: À, "ao" - a - ante - até - após - com - contra - de - desde - em - entre - para - per - perante - por - sem - sob - sobre - trás.

Acidentais:

afora, menos, salvo, conforme, exceto, como, que, consoante, segundo, durante, mediante.
Artigo: é a  palavra que precede o substantivo para determiná-los ou indeterminá-los. Os artigos definidos (o, a, os, as). Os artigos indefinidos (um, uma , uns, umas). Os artigos definidos são "declináveis" combinam com algumas preposições, formando os seguintes casos:
  • Genitivo: do, da, dos, das (preposição "de")
  • Locativo: no, na, nos, nas (preposição "em")
  • Dativo: ao, à, aos, às (preposição "a")
  • Ablativo: pelo, pela, pelos, pelas (preposição "por")
  • Comitativo: co, coa, cos, coas (preposição "com")
  • Genitivo: dum, duma, duns, dumas (preposição "de")
  • Locativo: num, numa, nuns, numas (preposição "em").
Morfema: É a unidade mínima  que pode ser dividida uma palavra: os seus três elementos menores: prefixo,  radical,  sufixo. Cada um desses elementos é um morfema da língua portuguesa, e nenhum deles pode ser fragmentado, do ponto de vista morfológico: todos são unidades mínimas. Cada um desses morfemas é usado para construir outras palavras.
Sintaxe: A Sintaxe é a parte da gramática que estuda a disposição das palavras na frase e a das frases no discurso, e  a relação lógica das frases entre si.
Tônicas e átonas: No primeiro caso o acento é forte; no segundo e mais fraco.
Vernáculo: é o nome que se dá à língua nativa de um país ou de uma localidade.
O termo tem origem no latim vernaculum. Está sempre associado a falar e escrever corretamente a língua pátria.

“A qualidade é algo sem mistura. É ou não é. (EM).”










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