quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

A COMPLEXIDADE CEREBRAL




A COMPLEXIDADADE CEREBRAL
Considerações relevantes:

O cérebro transforma as mensagens sensoriais em percepções conscientes, envolvendo milhões de neurônios. A pessoa mantém uma visão estável do que é. A percepção espacial é biologicamente inata e também construída culturalmente. Vemos o que existe e interpretamos e reinventamos o que percebemos.  O inconsciente influencia as escolhas, organiza as memórias, desejos e experiências, mesmo que desejemos esquecê-las. Os sentidos captam informações que nos escapam racionalmente. Ocorrem situações em que a pessoa percebe que está sonhando e  pode até influenciar a oniricidade. Temos a capacidade de direcionar a mente de forma consciente. O cérebro até este momento é apenas relativamente compreensível. A vida interna e a mente são subjetivas. Os instrumentos da Neurociência, ainda não conseguem, proporcionar uma explicação plena da experiência consciente. As oscilações neurais permitem a percepção das cores e formas. O corpo e o cérebro são externos, expostos e objetivos; a mente é interna, oculta e subjetiva. A linguagem categoriza e utiliza  o conhecimento de acordo com princípios  lógicos e classificar observações como verdadeiras ou falsas. Algumas células cerebrais cartografam a geografia do corpo humano. Porque as células do cérebro, em qualquer nível do sistema nervoso, representam eventos que ocorrem em alguma parte do organismo. A mente consciente está intimamente associada ao senso de um “eu”, uma base da perspectiva em primeira pessoa.

O inicio da existência humana:
O feto fica adormecido no útero, com capacidade de se movimentar, ao nascer, ao inspirar pela primeira vez, aciona a experiência consciente. O ser humano realiza tarefas complexas de forma inconsciente. O pensamento no cérebro de um recém nascido é surpreendentemente constatável. Crianças de um ano de idade têm uma assinatura cerebral semelhante à associada à percepção consciente de adultos; com uma velocidade do sinal elétrico um terço menor.
Percepção: A percepção é carregada de significado e é única para cada indivíduo. O ganho de percepção aumenta com a excitação dos neurônios. O input inicial provoca rapidamente uma ação coletiva em todo o agrupamento de neurônios; e esta atividade se propaga, originando uma descarga extensa. Substâncias modulares oriundas de várias áreas cerebrais, formam sinapses e aumentam a sensibilidade ao estímulo. Na dinâmica geral da percepção, o cérebro procura a informação, orientando o indivíduo a olhar, escutar e cheirar. O cérebro planeja cada ação sucessiva e se prepara com base em ações passadas, estímulos sensoriais e sínteses perceptivas. O ato de percepção é um passo no caminho, que  o cérebro percorre para crescer, organizar-se e contatar com o ambiente, para modificá-lo em seu benefício.
A auto percepção:
As pessoas mudam física e psiquicamente, mas, mantém uma visão estável de quem são; porque várias áreas cerebrais processam esta percepção. Conhecer-se a si mesmo, com uma  auto-imagem realista, um sinal de mente saudável. O “eu” é o produto da confluência de  um conjunto de estruturas cerebrais e psíquicas e está sempre em movimento. Vários fatores interferem neste processo da formação do “eu”: forma de criação, fatos existenciais marcantes, aspectos biológicos celulares e de conexões neurais, mas com um auto-retrato consistente, baseado num núcleo da identidade. Os pensamentos, emoções e experiências são considerados como propriedade do indivíduo. Quando o indivíduo sente empatia por um outro, sempre distingue os estados mentais que pertencem a cada um. Ao nascer a criança está em estado de indissociação com a sua mãe e o ambiente, não percebe os seus limites físicos. Entre 3 e 5 meses, faz as primeiras tentativas de controlar movimentos corporais. Com um ano e meio reconhece a sua imagem no espelho; aos 24 meses de idade assimila conceitos de “eu” e “meu”, na idade pré-escolar faz amigos e faz comparações e forma a auto-imagem; depois expandem sua identidade e desenvolvem habilidades sociais. O sentido de propriedade do corpo e a responsabilidade pelos próprios movimentos e ações; a consciência das  próprias  emoções. O cérebro contém circuitos especializados para distinguir entre estímulos internos e externos. O conhecimento adquirido através da experiência e considerado de cima para baixo.
O Inconsciente: Habita no indivíduo, influencia as suas escolhas, uma instância psíquica que organiza memórias, desejos e experiências, algumas que a pessoa prefere esquecer e se revela em sonhos, afetividades, deejos e fantasias. O conhecimento sobre o inconsciente e bastante restrito ainda. Muitas operações neurocerebrais, envolvendo memória, emoções e tomadas de decisão ocorrem inconscientemente. Como também a linguagem, ideologia e trocas entre sistemas simbólicos. O inconsciente é diferente de inconsciência; não se resolve, não é um estado patológico.  Características do inconsciente: impulsos ou idéias incompatíveis podem existir simultaneamente; os significados podem ser facilmente deslocados de uma imagem para outra; muitos significados podem ser reunidos numa única imagem; os processos inconscientes são atemporais, sem ordem cronológica; independe da realidade externa, representa a realidade interna.
Mensagens Subliminares: Os sentidos captam informações que escapam à consciência e provocam reações cerebrais mensuráveis. O cérebro entende palavras, interpretam a mímica dos rostos, decifra símbolos e capta sons. A ação dos estímulos subliminares se manifesta no tempo da reação. Os estímulos não captados  conscientemente, provocam reação mensurável pelo cérebro. Não existe uma manipulação profunda dos julgamentos e decisões. Os estímulos subliminares são elaborados de acordo com a atividade que a pessoa está executando naquele momento. Os aromas influem nas decisões. Os estímulos são percebidos da maneira consciente quando se prolongam, além do fato, no cérebro, pelo processo de reverberação.
Sonhos Lúcidos: Mesmo dormindo, ocorrem situações em que pessoa sabe que está sonhando e influencia o próprio sono. Um estado entre  sono e vigília. Os sonhos levam a mundos paralelos marcados por emoções. Imagens e sentimentos agradáveis ou pesadelos; o acontecimento sonhado, geralmente não se submete à vontade do que está sonhando; nem passado,nem futuro, uma realidade segundo o sonhado. Constata-se que várias pessoas denunciam sonhos semelhantes. O sonho não tem consciência. Ocasionalmente são antecipados nos sonhos fatos prestes a acontecer. Os sonhos acontecem mais durante a fase do sono denominada REM – Rapid eyes movement. As eventuais comunicações no sonho são de natureza telepática. Para aumentar a possibilidade de ter sonhos lúcidos: perguntar várias vezes durante o dia: será que estou acordado?; olhar no espelho, para  testar a realidade, acordado ou dormindo?; organizar  um diário dos sonhos, anotando o que foi sonhado, logo ao acordar; antes de dormir concentrar-se no que deseja sonhar, detalhadamente.
Desligamento do Cérebro: A anestesia funciona porque consegue suprimir o estado de consciência; que após é restaurada sem qualquer seqüela. Uma interrupção da atividade elétrica cerebral, suspendendo a capacidade de comandar e transmitir  informações. É a redução da atividade cerebral em geral.
Direcionamento consciente da mente: A capacidade de direcionamento da mente, de forma consciente, traduz a possibilidade de  escolher o queremos pensar, para condicionar favoravelmente a nossa consciência. Estado mental de atenção plena se caracteriza por um estado de consciência calmo e concentrado, associado ao bem estar físico e mental.
“O cósmico é contemplativo com aqueles que  procuram praticar o bem e se propõem a alcançar objetivos construtivos. (EM).”


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