terça-feira, 4 de junho de 2013

A INEGÁVEL QUALIDADE ESPECIAL DO POVO JUDEU

A INEGÁVEL QUALIDADE ESPECIAL DO POVO JUDEU
O Povo Judeu dispersado pelo mundo todo, tem a capacidade de assimilar os usos e costumes da cada cultura e região e permanecem livremente; prosperam como banqueiros, advogados, médicos, professores, contadores, comerciantes, empresários em todas as áreas, cientistas de renome, militares com tecnologias de ponta, artífices, artistas e todas as facetas. São reconhecidamente diferenciados e enquanto se mantém, na condição pura de depositários dos oráculos divinos prosperam e longevam. Sempre encontram espaço e subsistem renovados. Na história deste povo não coincidências e nem acasos. Segundo os seus sábios tudo o que ocorre é segundo um vasto plano Divino.
Segundo a análise Rabínica, a passagem do Povo Judeu pelo Egito é plena de significados e simbologia. O exílio no Egito é protótipo dos Exílios Futuros. O êxodo é um fenômeno cósmico acima do tempo e do espaço e abrange acontecimentos passados e futuros. Israel foi convidado para deslocar-se para o Egito. Depois, por temer o seu poderio quiseram expulsá-lo. No principio os egípcios foram delicados e no final duros. O Faraó temia e tinha que ter cautela com este povo e por isto agia astuciosamente. O próprio Faraó, pessoalmente, começou a fabricar tijolos, os que viam isto se juntavam a ele nesta tarefa, incluindo os filhos de Israel, que produziam uma quantidade enorme de tijolos; ao final da jornada o astucioso Faraó determinou que contassem o que fora produzido. Isto feito o Faraó ordenou esta será a porção que devereis entregar todo o dia. Inicialmente os judeus entenderam isto como honra e merecimento diante do Faraó, mas redundou em servidão. Na verdade os judeus sempre foram temidos pelos povos, pela sua capacidade inquestionável de fazer com sucesso; de multiplicar e multiplicarem-se.
Na sabedoria de Israel é marcante: “Todo o impulso dentro da natureza humana, toda predisposição da qual a humanidade é herdeira, toda a tendência ou inclinação pessoal, pode ser um fator positivo ou negativo, na dependência de como é usada, se permanece ou não sob controle racional.”
Até a misericórdia em momento errado, poder negativa. O patriotismo pode ser fortemente meritório ou totalmente destrutivo. Em suma, em tudo tem que haver discernimento, análise, ponderação e muita reflexão sobre as intenções daqueles dos quais procedem as manifestações.
O Povo de Israel no Egito foi contaminado pelas forças do mal e da iniquidade; sofreu degradação moral, a servidão moral, muito mais dilacerante do que a servidão física e com perniciosa influência sobre a mente humana. Israel aprendeu o estilo de vivência dos egípcios e copiou as suas decadentes maneiras. O maior perigo para os judeus no Egito não estava nas cadeias físicas, mas na ameaça da morte mental, pela assimilação da cultura egípcia. Era a terceira e mais maléfica modalidade de servidão: Luxo, posses materiais, Estar integrado nas mais elevadas e superiores camadas sociais egípcias e assimilando tudo daquela cultura sem perceber a queda moral e espiritual. Quem faz um homem pecar causa mais estrago do que aquele que  o mata.
A maioria dos Judeus vivenciava no Egito total opulência e fausto. Cujo sucesso material foi uma das causas da sua decadência. Muitos judeus se egipcizaram. Não tinham vontade e nem queriam deixar o Egito. Alcançaram um imenso sucesso patrimonial e comercial no Egito. Eram proprietários de terras, muitas delas eram alugadas para os egípcios. Este povo além de todas as competências, habilidades e capacidades superiores a qualquer povo, possuíam um poder de multiplicação demográfica misterioso; as suas mulheres, rotineiramente concebem sêxtuplos. Esta capacidade, que marca o Povo Judeu e sempre o destacou, fez com que muitas nações temessem este poderio, como foi o caso dos Moabitas, não permitindo acesso de Israel ao seu território, durante o êxodo no deserto por quarenta anos.
As três formas de escravidão: Nascido escravo-> nasceu e viveu toda a sua existência na escravidão, nunca experimentou algo diferente; sofre menor dano psicológico, não possuir profundo anseio de liberdade. Livre que é escravizado-> Não tem motivação para produzir desempenhos com entusiasmo; qualquer atributo potencial ou engenhosidade ficam à disposição para alcançar a liberdade. Grande e continuo é o anseio por liberdade. Escravo que não sabe que é escravo-> O mais trágico para a mente humana. Pensava que era livre, mas estava sendo escravo das suas paixões, do seu dinheiro, dos seus bens materiais, dos símbolos do sucesso, dos seus vícios e maus hábitos; percebe ter vivenciado tudo inutilmente, desperdiçou o seu tempo e experimenta o supremo tormento psicológico.
O Povo Judeu sofreu muitas formas de escravidão: Tirania de Imperadores e Reis, perseguições, campos de concentração, discriminação; mas tinham a consciência de tudo isto passaria e sempre procuraram  amparo no espiritual. Fincando cada vez mais fundo as suas raízes.
Ainda segundo a sabedoria Rabínica, Adão e Caim pecaram por tentar fazer as coisas ao seu modo e não de acordo com o Perfeito Plano Divino. Cain, como a geração do Dilúvio procuraram a sua felicidade na aquisição de bens materiais. Lameque e outros patriarcas tomavam duas mulheres, uma para a procriação, a outra esterilizada só para satisfação do seu prazer. Esta geração se caracterizava pela depravação sexual, poder e roubo. A Torre de Babel tem profundos significados e manifesta de maneira concreta a intenção dos homens de fazerem as coisas segundo a sua maneira. Dando a ideia de ruptura, de descoberta de novos recursos ligados à teoria do átomo; tudo para invadir os mistérios de Deus, do Cosmo e conquistarem a absoluta invencibilidade.
Abraão proclamou a existência de um Único Deus. Em Abraão foi concedida uma nova oportunidade à humanidade para se redimir. Jacó foi o marco para o Exílio no Egito. Abraão, Isaque e Jacó associados formam uma nação que não pode ser destruída.
Aarão precedeu a Moisés, já exercia o seu ministério sacerdotal e, nestas circunstâncias não queria Moisés quebrar esta precedência profética. Moisés corporificava o Torá. Por isto alegava dificuldade em falar a língua egípcia ou outro idioma incompatível.
Aarão era um pacificador mui sábio. Se via dois discutindo, ia primeiro a um deles e dizia o seu irmão está triste e angustiado, quando este havia removido a ira do seu coração; ia até o outro e fazia a mesma coisa; quando os dois se reencontravam já estavam reconciliados e reatavam a amizade. Aarão personificava a bondade.
O Egito, para Israel, representava naquele momento a materialização de todo o conhecimento humano adquirido versus o  Torá, a força espiritual. Moisés era capaz de aplicar esta força libertária.
A serpente foi criada na condição de rei dos animais, a sua sabedoria estava próxima à do homem; era o animal mais astuto.
As pragas do Egíto, uma punição por terem feito com que os judeus os servissem. As pragas mostram a tenebrosa cultura egípcia, da qual Israel tinha que ser libertado, para evitar enganos no futuro.
Praga de Sangue: Um prodígio que transcende as fronteiras da natureza. Só as águas utilizadas pelos Israelitas eram puras, se os egípcios as tocassem se transformavam em sangue; com isto os israelitas tornaram-se ricos, vendendo água aos egípcios.  O natural com o sobrenatural; o costumeiro com o miraculoso. O Rio Nilo: místico, eterno, poderoso chave da prosperidade, fonte de irrigação, fonte de tudo, virou nada nesta primeira praga. Projeto de homem não prevalece. A água virou sangue, os peixes morreram, tudo ficou imundo, repugnante e inútil. A própria praga destroça alguns e eleva outros, conquanto entendam a mensagem do evento. A redenção prometida era iniciada. A qualidade efêmera das riquezas terrenas era manifestada. “Os homens se mantém unidos àquilo que estão familiarizados muito depois de a sua credibilidade ter sido desmentida.” A moralidade verdadeira é aquela enraizada na religião ou na espiritualidade e no respeito.  As instituições geralmente estão moralmente vazias; como os egípcios diante da praga do sangue nas águas, relutavam em cavar nas proximidades do Nilo, em busca de águas “saudáveis”.  Do imundo somente se extrairá imundície. Ao invés do reconhecimento da sua total insensatez e de buscarem os verdadeiros caminhos espirituais, morais e éticos. Que a praga do sangue tentava transmitir como lição.
Praga das rãs: Apontou para a insensatez do modo de existir dos egípcios. Afetou todos os aspectos, mostrando que tudo estava incorreto, era um impacto consequencial pleno de caos.
Praga dos insetos: Foram criados por força extranatural demarcando a cessação do trabalho dos judeus com tijolos; com retorno à Causa Primeira, a Fonte de todos os Elementos.
Praga dos Animais selvagens: É uma lição das limitações. O corpo aspira àquilo que está além das suas possibilidades legal e moralmente, ai ocorre o ato epidêmico de roubar. Adão só tinha uma restrição, mas pecou. A Lei das Limitações e o conceito de “Esferas de Influências Fixas e Definitivas.” No Egito a rebelião contra a Lei da Limitações foi alastrante. Os judeus não fariam mais tijolos, então seriam ocupados em capturar animais para fins de guerra.
Praga da Pestilência: simbolizou o perigo do poder excessivo. Demonstrando a misericórdia Divina, atenuando a Justiça Divina.
Praga das Sarnas: O relacionamento do homem com o seu próprio corpo. A perversão sexual. O Suicídio. Atentados à boa saúde.
Praga do Granizo: Para aprender a lição de ouvir. Seis órgãos servem o homem. Três ele não domina: o olho, o ouvido e o nariz; três tem domínio: a boca, a mão e o pé.
Praga dos gafanhotos: A lição da visão. Para completar a lição da audição. Cobrirão a Terra.
Praga das Trevas: Todos os caminhos dos homens sem luz. Para mostrar que só Deus é o Verdadeiro Caminho.
Praga dos Primogênitos: Simboliza a morte dos ímpios, os filhos à semelhança comportamento de Cain. Aqueles que precedem à morte dos que serão tragados pelo Mar Vermelho, a destruição final dos ímpios, dos quais não haverá memória. Porque tudo se fará novo. Só o Israel Espiritual será restaurado para a existência na Vida Eterna, na Terra Purificada, segundo o Plano Divino.
“Nada acontece por acaso; tudo é correlacionado a fatos passados, presentes ou futuros; os eventos precisam acontecer de acordo com a lógica, finalidade e estratégia do seu motivo de ser no contexto cósmico. (EM).”



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