quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

GREGOS NOTÁVEIS


GREGOS NOTÁVEIS
Por Ernídio Migliorini E-mail:ernidiomigliorini@gmail.com
PLATÃO
filósofo grego  nasceu em Atenas, provavelmente em 427 a.C. e morreu em 347 a.C. É pensador grego, influenciou profundamente a filosofia ocidental. Suas idéias baseiam-se na diferenciação do mundo entre as coisas sensíveis (mundo das idéias e a inteligência) e as coisas visíveis (seres vivos e a matéria). Começou seus trabalhos filosóficos após estabelecer contato com Sócrates.; tornou-se seguidor e discípulo de Sócrates. Em 387 a.C, fundou a Academia, uma escola de filosofia para recuperar e desenvolver as idéias e pensamentos socráticos. Convidado pelo rei Dionísio, Siracusa, ensinou filosofia na corte. Em Atenas, na Academia, atuou na pesquisa de diversas áreas do conhecimento: ciências, matemática, retórica (arte de falar em público), além da filosofia. Suas obras: Apologia de Sócrates, O Banquete,  A República. Idéias de Platão para a educação:  valorizava os métodos de debate e conversação como formas de alcançar o conhecimento; os alunos deveriam descobrir as coisas superando os problemas impostos pela vida. A educação deveria funcionar como forma de desenvolver o homem moral e dedicar esforços para o desenvolvimento intelectual e físico dos alunos. Oferecer aulas de retórica, debates, educação musical, geometria, astronomia e educação militar. Os alunos de classes menos favorecidas,  deveriam trabalhar a partir dos 13 anos de idade. A educação da mulher deveria ser a mesma aplicada aos homens.
Frases de Platão "O belo é o esplendor da verdade". "O que mais vale não é viver, mas viver bem". "Vencer a si próprio é a maior de todas as vitórias". "O amor é uma perigosa doença mental". "Praticar injustiças é pior que sofrê-las". "A harmonia se consegue através da virtude". "Teme a velhice, pois ela nunca vem só". "A educação deve possibitar ao corpo e à alma toda a perfeição e a beleza que podem ter".
SÓCRATES
Sócrates nasceu em Atenas, provavelmente no ano de 470 aC, um pensador da Grécia Antiga. Sócrates fundou  a filosofia ocidental. Influenciado pelo filósofo grego: Anaxágoras. Seus estudos e pensamentos discorrem sobre a essência da natureza  da alma humana. Um dos homens mais sábios e inteligentes; demonstrava a necessidade de levar o conhecimento para os cidadãos gregos. Seu método era o diálogo através da palavra. Seus discípulos: Platão e Xenofontes. Sócrates não deixou por escrito seus pensamentos. Não foi muito bem aceito por parte da aristocracia grega, defendia idéias contrárias ao funcionamento da sociedade grega. Criticou a sua cultura, porque não ajudavam no desenvolvimento intelectual dos cidadãos gregos. Suas idéias inovadoras atraíram a atenção dos jovens atenienses. Suas qualidades de orador e inteligência aumentaram a sua popularidade. A elite mais conservadora de Atenas encarou Sócrates como um inimigo público e um agitador em potencial. Foi preso, acusado de pretender subverter a ordem social, corromper a juventude e provocar mudanças na religião grega. Em sua cela, foi condenado a suicidar-se tomando um veneno chamado cicuta, em 399 AC.
Frases e pensamentos de Sócrates:- A vida que não passamos em revista não vale a pena viver.
- A palavra é o fio de ouro do pensamento.- Sábio é aquele que conhece os limites da própria ignorância.- É melhor fazer pouco e bem, do que muito e mal.- Alcançar o sucesso pelos próprios méritos. Vitoriosos os que assim procedem.- A ociosidade é que envelhece, não o trabalho.- O início da sabedoria é a admissão da própria ignorância.- Chamo de preguiçoso o homem que podia estar melhor empregado.- Há sabedoria em não crer saber aquilo que tu não sabes.- Não penses mal dos que procedem mal; pense somente que estão equivocados.- O amor é filho de dois deuses, a carência e a astúcia.- A verdade não está com os homens, mas entre os homens.- Quatro características deve ter um juiz: ouvir cortesmente, responder sabiamente, ponderar prudentemente e decidir imparcialmente.- Quem melhor conhece a verdade é mais capaz de mentir.


- Sob a direção de um forte general, não haverá jamais soldados fracos.- Todo o meu saber consiste em saber que nada sei.- Conhece-te a ti mesmo e conhecerás o Universo de Deus.
ANÁXAGORAS
Nasceu em Clazômene (hoje Kilizman), na atual Turquia, em 500 a. C., e se mudou para Atenas.. Entre seus alunos: Péricles, Tucídides, Eurípedes, Demócrito e Sócrates. Ensinou em Atenas durante trinta anos, acusado de impiedade por sugerir que o Sol é uma massa de ferro candente e que a Lua, procede da Terra, e é uma rocha que reflete a luz do Sol. Fugiu para a Jônia, em Lâmpsaco (vizinha da atual cidade de Lapseki, na Turquia), onde, deixou-se morrer de fome em 428 a. C. Anaxágoras formou ali uma escola famosa, ganhando estima e consideração. Para Anaxágoras, tudo está em tudo, pois em cada coisa há uma partícula "homeomerias"( sementes nas quais os germens das coisas não aparecem devido à sua extrema pequenez.) de todas as demais, o que permite explicar que a vida ocorre por meio de uma transformação permanente. Foi um dualista, acrescentou o "nous" - espírito ou inteligência(uma força de natureza imaterial capaz de ordenar as coisas - a causa motora e ordenadora que promove a separação dos elementos contidos no "magma" original). - aos elementos físicos que compõem a realidade. Elaborou uma doutrina finalista do mundo, que seria ordenado segundo a melhor disposição para o homem., doutrina admitida e seguida por Platão (nos diálogos "Fédon", "Filebo" e "Timeu"); também foi adotada por Aristóteles. Foi o primeiro a explicar o fenômeno dos eclipses solares.
ARISTÓTELES
filósofo grego, Aristóteles (384 - 322 a.C.), nasceu em Estágira, colônia jônica  da Macedônia. Filho de Nicômaco, médico do rei Amintas, favorecido para seus estudos.
Em 367 a.C., com 17 anos, foi enviado para a Academia de Platão em Atenas, permanecendo por 20 anos, como discípulo e professor, com
o gosto pelos conhecimentos experimentais e a natureza e  metafísicos. Ausentou-se por 12 anos, permanecendo na Ásia menor, numa comunidade de platônicos estabelecida em Assos (Trôade). Reinava  em Assos e Atarneo, o tirano Hérmias, em cuja corte passou três anos. Casou com Pítias sua irmã. E retirou-se para Mitilene. Faleceu Pítias, casou com Hérpilis, da qual nasceu Nicômaco, a quem dedicou o livro Ética.
Em 343 ou 342 para a corte do rei Felipe II, em Pela, como educador de seu filho Alexandre (356-323 a.C.).  por dois anos. Voltou Aristóteles para Atenas, pelo ano 335 a. C., com Teofrasto. Auxiliado por Alexandre que o prestigiava, fundou o Liceu (cerca de 334 a.C.) no ginásio do templo de Apolo. Criou escola própria. Em dez anos de atividade, um centro de adiantados estudos e os mestres se distribuíam por especialidades, e ciências positivas. Falecido Alexandre prematuramete em 323 a.C., ativado o partido nacionalista, a situação se tornou difícil para Aristóteles.
A sua filosofia de idéias objetivas ocasionou a reação do sacerdote Eurimedote, que o acusava de impiedade. Aristóteles de optou por retirar-se de Atenas, deixando o Liceu sob a direção de Teofrasto. Oculto em uma sua propriedade em Cálcis, de Eubea, morreu aos 62 anos. O Liceu teve continuidade, e também a Academia de Platão. Aristóteles, discípulo de Platão, "tinha a voz débil, pernas delgadas e olhos pequenos; vestia sempre com esmero, anéis e cortava a barba". A estátua, dele o apresenta com a testa e a cabeça menor, que a de Platão; cabelo aparado, barba não alongada; boca pequena, lábios finos. Foi o maior dos mestres. O nome Escola Peripatética derivou do fato de Aristóteles dar aulas com voz amena, ao mesmo tempo em  que passeava pelos caminhos do ginásio.
OBRAS DE ARISTOTELES: Categorias, Interpretação,  Analíticos ( Primeiros e Segundos) e  Tópicos. Física, Céu, Geração, Corrupção e Meteorológicos. Alma, Parva Naturalia e História dos Animais; Metafísica, Ética ,Grande Moral, Política e a Constituição de Atenas. Retórica e Poética.
Domínios de Investigação: filosofia assentada na observação minuciosa da natureza, da sociedade e dos indivíduos, de forma enciclopédica. A sua idéia fundamental: classificar tudo, dividindo as coisas segundo a sua semelhança ou diferença, obedecendo a perguntas simples: Como é esta coisa ? (o gênero). O que é que a difere de outras que lhe são semelhantes? ( a diferença). hierarquizava todas as coisas, de uma forma ordenada. Lógica: o sistema que permite estabelecer um conjunto de princípios e regras formais por meio dos quais se torna possível distinguir as conclusões falsas das verdadeiras. Física: a  chave da natureza das coisas, a forma como se comportam no presente, e o que potencialmente virão a transformar-se. A constituição das coisas segundo a teoria dos quatro elementos: água, terra, fogo e ar. Os corpos celestes, menos a terra, constituídos por um quinto elemento puro e incorruptível. O universo  concebido de forma hierarquizada, tendo no centro a terra, girando à sua volta todos os corpos celestes. Biologia: Aristóteles, tinha como tarefa investigar,  descobrir e classificar as formas do mundo material; numa observação sistemática dos seres vivos, vermes ou insetos; registrou perto de 500 classes diferentes de animais, e dissecou aproximadamente 50 tipos. dividiu o mundo animal entre vertebrados e invertebrados; sabia que a baleia não era um peixe e que o morcego não era um pássaro, mas que ambos eram mamíferos.
Política: preocupou-se em elaborar uma listagem tão completa sobre os diferentes modelos políticos do seu tempo. Enumerou um total de 158 constituições de cidades ou países diferentes. Partindo da sua diversidade procurou as suas semelhanças e diferenças, pondo em evidência o que constituía a natureza de cada regime.
HOMERO
Homero, poeta da Grécia Antiga, autor das obras "Ilíada" e "Odisséia", que reconstituem, com riqueza de detalhes, a civilização grega.
Estima-se, que Homero tenha vivido entre os séculos 9 e 8 a.C., e o limite estipulado de sua vida vai até 700 a.C. nascido em Esmirna ou na Ilha de Quios, na Grécia.
A "Ilíada" narra a Guerra de Tróia e é associada a reflexões sobre a vida do homem e sua relação com os deuses. "Odisséia" conta as aventuras do herói Ulisses, em sua volta para a ilha de Ítaca. Ambas as obras foram compostas em hexâmetros.
Homero correu o mundo conhecido em sua época, de volta da Espanha, em Ítaca, contraiu uma doença nos olhos. No percurso de volta, anotou nomes, datas e características físicas, enquanto recebia hospedagem em troca de poesias. Homero tinha origem plebéia e pode ter nascido cego, pela origem de seu nome em grego, que significa "aquele que não vê". "Odisséia" escrita no fim de sua vida.
Outras obras: "Tebaida", os "Hinos Homéricos", "Batracomiomaquia".
DIÓGENES
Nasceu em 412 a.C., Sinope (Grécia), morreu em 323 a.C., Corinto (Grécia)
Representante da Escola Cínica, fundada por Antístenes, Diógenes de Sinope viveu em Atenas e Corinto. Sua maneira de viver extravagantemente simples e o repúdio aos costumes civilizados transformaram-no em assunto de muitas anedotas. Segundo um desses relatos, Alexandre, o Grande, durante sua estada em Corinto, viu Diógenes deitado, expondo-se ao sol. Alexandre perguntou-lhe, então, o que poderia fazer por ele. "Não te interponhas entre mim e o sol", respondeu Diógenes. Ao que Alexandre teria retrucado: "Se eu não fosse Alexandre, desejaria ser Diógenes". Ele vivia num grande tonel de barro no Metrôon, ou santuário da Mãe dos Deuses, em Atenas.

PITÁGORAS

       Pitágoras nasceu aproximadamente em 570 a.C., na ilha grega de Samos, de família modesta. Seu pai, Mnesarchus sua mãe, Pythais , a pitonisa do oráculo de Delfos avisou os pais de Pitágoras que o filho seria um homem de extrema beleza, inteligência e bondade, e iria contribuir para o benefício de todos os homens. Chamaram-lhe Pitágoras em homenagem à pitonisa. Dentre as lendas alguns asseguram que ele era um deus com a forma de homem. Tinha uma marca de nascimento na coxa. Pitágoras revelou-se uma criança prodígio. Teve como mestres Hermodamas de Samos, Ferécides de Siros, Pherekydes, Thales de Mileto e Anaximandro. Os dois últimos de matemática e de astronomia.
Pitágoras realizou inúmeras viagens e peregrinações. No Egito, onde permaneceu cerca de 25 anos. Aos 56 anos, a Samos. Fundou uma escola,  mas fracassou. Partiu para a Magna Grécia, em Itália, em Crotona, e fundou uma escola, que era uma comunidade filosófica, religiosa e política. Para entrar, os candidatos eram submetidos a provas, físicas e psicológicas. Teriam que doar todos os seus bens pessoais para um fundo comum e seguir todas as regras do seu mestre, tais como: serem vegetarianos, não usarem peles de animais, não comerem feijão e atribuírem a Pitágoras todas as descobertas que fizessem. Filosóficamente todo o Universo era regido pelo número e suas relações; consideravam quatro graus de sabedoria: Aritmética, Astronomia, Geometria e Música. Na Astronomia, a terra era esférica, sendo uma estrela entre as estrelas, onde todas se moviam em torno de um fogo central. As distâncias das estrelas ao fogo central coincidiam com intervalos musicais. numa harmonia das estrelas. E que uma ordem domina o universo; na sucessão de dias e noites, no alternar das estações e no movimento circular e perfeito das estrelas. Crença religiosa da transmigração das almas. Proibia o consumo de carne entre os seus discípulos. Em relação à música, observaram que havia uma relação entre a altura dos sons e o comprimento das cordas da lira. Daí surgiram os termos matemáticos "média harmônica"  e "progressão harmônica". Concluíram que a relação entre a altura dos sons e a largura da corda da lira seria responsável pela existência da harmonia musical.
Para a linguagem pitagórica, "número" é sinônimo de harmonia. O número, considerado como essência das coisas,  constituído pela soma de pares e ímpares, enceram noções opostas, conciliações de opostos, a harmonia. Os pitagóricos, porém, valorizavam mais o limitado: os pares, que o ilimitado: os ímpares. Os números pares eram femininos e os ímpares, com exceção do 1, eram masculinos. O 1 o gerador de todos os  números. O 5, era o símbolo do casamento, era a soma do feminino 2, com o 3. Os números perfeitos; dependia do número de divisores. Os números mais importantes e raros eram aqueles cujos divisores somados produziam eles mesmos, e estes eram chamados de perfeitos. Por exemplo: O número 6 tem como divisores 1, 2  e 3, somados = 6. Os perfeitos são 28, 496, 8128, 33550336  e o sexto é 8589869056.
A noção de potências: a potência física, a potência elétrica e a potência atômica. Segundo a escola de Pitágoras, o calculo de potências baseava-se na soma de números ímpares:
- O primeiro número ímpar é o 1, então:1^2=1
- Os primeiros dois números ímpares são o 1 e 3, então: 2^2= 1+3
- Os primeiros três números ímpares são o 1, 3 e 5, então: 3^2= 1+3+5
- Se pretendêssemos calcular 9^2
   9^2= 1+3+5+7+9+11+13+15+17= 81, isto é, 9^2 é igual à soma dos primeiros 9 números ímpares.
Pitágoras ficou conhecido pelo Teorema de Pitágoras: Em qualquer triângulo retângulo, o quadrado da hipotenusa é igual à soma dos quadrados dos catetos.
Pitágoras morreu em 475a.C.
HIPÓCRATES
      Hipócrates o ‘pai da medicina, nasceu na Grécia, em Cós, ilha grega do Dodecaneso, em 460 a.C. na mesma época dos filósofos gregos Sócrates e Platão.
Sua família legava de uma geração para a outra a prática da Medicina. Hipócrates percorreu toda a Grécia e chegou até o Oriente Próximo. Ele comandou a Escola de Cós, que via a enfermidade como um mecanismo mórbido que deve ser analisado em suas variadas manifestações, independente de sua causa original.
A medicina como o ofício de cuidar do doente, conforme as regras estabelecidas pela própria práxis, sob a inspiração do exame atento e detalhado da situação em questão. Este movimento na área da saúde é completamente atrelado à presença de Hipócrates em sua liderança.
O Pai da Medicina estabeleceu, em sua prática, quatro princípios fundamentais:
1.            jamais prejudicar o enfermo;
2.            não buscar aquilo que não é possível oferecer ao paciente;
3.            lutar contra o que está provocando a enfermidade;
4.            Acreditar no poder de cura da Natureza.
Desta forma o verdadeiro médico, para cumprir os preceitos de Hipócrates, precisa seguir algumas normas, como:
1.            Combater a raiz da enfermidade através de seus opostos;
2.            Atuar habilmente;
3.            Agir no organismo enfermo com equilíbrio e bom senso;
4.            Oferecer ao doente a necessária educação;
5.            Cuidar do indivíduo levando em conta sua singularidade, seu tipo físico, sexo, faixa etária, entre outros fatores;
6.            Perceber o momento mais adequado de intervir no tratamento;
7.            Levar em conta não só a fração do organismo afetada, mas o seu todo;
8.            Sempre se deixar guiar pela ética.
Hipócrates criou a doutrina dos quatro humores – sangue, fleugma ou pituíta, bílis amarela e bílis negra – para melhor entender o funcionamento do corpo humano, englobando a própria personalidade do Homem. Conforme estes humores alcançam o necessário equilíbrio, a saúde está presente no organismo; se um deles está em menor proporção ou em quantidade excessiva, o desequilíbrio se instaura, provocando dor e enfermidades. Esta visão hipocrática perdurou até o século XVIII.
Oferecia três espécies de tratamento – a sangria, para acabar com os excessos; o purgante, com o objetivo de complementar a purificação do organismo; e a dieta, para prevenir a constituição dos maus humores. O contato com a natureza. Para Hipócrates, as doenças estavam igualmente relacionadas ao meio ambiente, ao clima, a uma determinada raça e à alimentação. Seus principais conceitos estão contidos em sua obra Aforismos e  Juramento de Hipócrates.
DEMÉTRIO
Demetrio filósofo grego filho de Fanostrato,  (345-283), natural de Falero,  discípulo de Teofrasto. representante da escola peripatética, Governou o povo ateniense por dez anos, em nome de Cassandro da Macedónia. e foi honrado com 360 estatuas de bronze. Harpalo, por ordem de Alexandre foi a Atenas, e fez na gestão de Demétrio coisas utilíssimas para a  pátria, lhe aumentou os recursos e lhe distinguiu com propriedades, embora não tendo  sangue nobre. Com a morte de Cassandro, mudou-se para Alexandria onde  ajudou Ptolomeu I a organizar a famosa biblioteca de Alexandria, no Egito, foi quem preparou a primeira coletânea das fábulas de Esopo, que chegaram aos nossos dias através dos escritos do monge bizantino Maximus Planudes, mais de trezentas fabulas, como: “A raposa e as uvas”, “O leão e o rato”, “A galinha e a pomba”, “A galinha dos ovos de ouro”, e  “A águia e a coruja”. Demétrio é incumbido de desenvolver a cultura das letras, das ciências e das artes.  Foi responsável pela criação do Museu e da Biblioteca. Todos os elementos da dinastia dos Ptolomeus se distinguiram pela proteção dos homens da cultura.  Demétrio de Falero, o primeiro bibliotecário de Alexandria, tinha esta receita: “Não há homem mais infeliz do que aquele que nunca passou por adversidades”.
Foi sentenciado a pena capital achando-se ausente. Derrubaram as suas estatuas, venderam, e outras fizeram com elas urinóis; acusaram de ilegítima a sua nobreza. Por temer  Antígono, foi para o Egito; viveu ali com desanimo,  estando dormindo, foi mordido na mão por uma áspide e morreu. E lhe compuserem o seguinte verso: “Matou o sábio Demetrio não  vibrando luzes,
senão negros infernos pelos  olhos.”
DEMÓSTENES
Político e o maior  orador grego.
384 - 322 a. C., nascido em Atenas, associou a honradez política com o ideal democrático. De família rica, mas com a fortuna herdada perdida pelos seus tutores, decidiu dedicar-se à oratória, submetendo-se a uma severa preparação que moldou seu caráter inflexível: era gago, para superar o defeito colocava pedrinhas na boca durante os exercícios, à beira-mar. Derrotou brilhantemente ante os tribunais seu tutor Áfobo (363 a. C.). Trabalhou como logógrafo, redigindo discursos para particulares que iam defender suas próprias causas nos tribunais. Sua preocupação com o expansionismo de Filipe II da Macedônia constituiu o tema central de seus discursos mais célebres, as Filípicas (351-341 a. C.), em que conclamava os concidadãos a resistirem ao invasor macedônio e, depois da derrota de Atenas, em Queronéia (338 a. C.), tornou-se o mais aguerrido líder da facção antimacedônica. Seu mais famoso discurso escrito foi Oração da coroa (330 a. C.), contra Alexandre o Grande, sucessor de Filipe, após ter recebido dos atenienses, em reconhecimento por sua luta em defesa Demóstenes
da liberdade, uma coroa de ouro, e ser atacado por seu inimigo Ésquines, defensor da política macedônica, que argumentou ser ilegal essa homenagem. A resposta de Demóstenes naquele discurso, considerado obra-prima da oratória, foi tão brilhante que Ésquines acabou exilado. Acusado de cumplicidade com Hárpalo, lugar-tenente de Alexandre que saqueara o tesouro real (324 a. C.), fugiu de Atenas, mas com a morte de Alexandre o Grande, foi chamado de volta pelos atenienses (323 a. C.), e novamente os incitou à guerra contra os macedônios. Depois da derrota de Atenas, o general macedônio Antíparo mandou capturá-lo. Refugiado na ilha de Caláuria, para não ser preso suicidou-se com veneno.
PÉRICLES
Estadista nascido ateniense 495 - 429 a. C e governador de Atenas (463-431 a. C.), governo que marcou o surgimento da civilização helênica como potência científica da Antigüidade, época de maior esplendor desta civilização e da consolidação do sistema democrático ateniense. Filho de uma família de elite, influente  nas finanças e na política, descendente dos pisistrádidas e dos alcmeônidas, e educado por filósofos, tornou-se general,  entrou na política e foi eleito estratego, o general superior, ou Generalíssimo, na Grécia antiga (463 a. C.), derrotando o líder aristocrata Címon, com uma plataforma de reformas democráticas. Posição de acentuada responsabilidade social, que além de lhe atribuir o comando das forças de terra e de mar, permitia-lhe influir no controle da fazenda pública e na política interna e externa do estado. Reelegeu-se, anualmente, durante mais de 30 anos. Célebre orador e estrategista, tornou-se o principal artífice da expansão imperial de Atenas como potência comercial da Grécia. Instalou novas colônias e ampliou a hegemonia ateniense sobre 400 cidades-estado, através da Liga de Delos, contra os persas. No seu governo, Atenas entrou numa fase francamente expansionista, monopolizou o comércio marítimo e tiranizou seus aliados da confederação de Delos. Esta política levou ao longo conflito com Esparta, que culminou com a disputa armada conhecida como Guerra do Peloponeso (431-404 a. C.). Durante o período inicial de governo, enfrentou grandes dificuldades, sobretudo quando a peste começou a dizimar a população ateniense. Reprimiu brutalmente as rebeliões e governou sob forte oposição. Foi a maior figura política da história de Atenas. A organização definitiva da democracia ateniense teve nele seu mais eficaz agente. Entre as reformas mais significativas suprimiu o direito de veto dos membros do Areópago, assembléia formada pela aristocracia, e implantou a figura do tribunal popular dos heliastas, cidadãos que se reuniam ao ar livre, ao nascer do sol, para deliberar sobre assuntos de Atenas, que passou a ter também funções judiciais, até então privativas dos arcontes, os magistrados. Abriu o acesso ao arcontado a todos os cidadãos e estabeleceu também a remuneração dos juízes e dos assistentes da assembléia popular, com o objetivo de atrair cidadãos menos favorecidos para o exercício da atividade pública, e suspendeu as restrições políticas que impediam o acesso dos tetes, proletários atenienses a altos cargos do estado. Porém os cidadãos legítimos de Atenas do seu século constituíam menos de dez por cento da população. Os demais habitantes eram estrangeiros com seus filhos  e os escravos. O próprio governador contribuiu para a manutenção deste estado de coisas apresentando uma lei que excluía dos direitos políticos todo aquele que não fosse nascido do matrimônio legítimo de dois cidadãos atenienses, o que atingia os filhos de casamentos mistos, em que apenas um dos cônjuges era cidadão ateniense. Ironicamente, depois o próprio generalíssimo foi vítima desta lei quando não pode casar-se com sua grande companheira marital e política e mãe de um de seus filhos, Aspásia, por ser nascida em Mileto, Ásia Menor,  hoje Turquia Realizou grandes construções em Atenas, como o Partenon, e estimulou as artes e a cultura. Quando a Liga de Delos foi derrotada por Esparta e uma forte peste matou um terço da população ateniense, foi responsabilizado por essas desgraças e perdeu a eleição (431 a. C.). Reelegeu-se estratego (429 a. C.), mas morreu vítima da peste que grassava sobre a península da Ática.
HERÓDOTO

Historiador grego (484 a.C.-420 a.C.). Precursor dos historiadores, é autor da primeira grande narrativa histórica do mundo ocidental antigo - pai da história. Nasceu em Halicarnasso, cidade grega da Ásia Menor, hoje Bodrum, na Turquia. Viajou pelo Egito, Líbia, Síria, Babilônia, Lídia e Frígia. Participou da fundação de Túrio, colônia grega no sul da Itália (443 a.C.). Escreveu  Historíai (Histórias), série de monografias em que relata as Guerras Médicas, entre gregos e persas.  As histórias são narradas na primeira pessoa e intercaladas com diálogos entre os principais personagens. Heródoto expõe os fatos sem muita preocupação em comentá-los. Mesmo assim, exalta os feitos de seus conterrâneos. O episódio final da narrativa mostra a rivalidade entre as cidades-estados de Atenas e Esparta, que leva à Guerra do Peloponeso (431 a.C.). Morre em Túrio.

LICURGO
Legendário legislador militar espartano, (700 - 650 a. C) , .fundador da maior parte das instituições políticas e militares de Esparta, fez desta cidade-estado um modelo único entre as cidades da antiga Grécia. Cidade-estado erguida pelos dóricos no Peloponeso. Segundo Heródoto, o legislador pertencia a uma das duas estirpes que se revezavam no poder e se inspirou nas instituições de Creta para criar as de Esparta. Segundo Xenofonte, ele implantou as instituições logo após a invasão da Lacônia pelos dóricos. Já Plutarco afirmou ter sido ele o introdutor dos poemas de Homero em Esparta.
EPAMINONDAS
Epaminondas (em grego: παμεινώνδας, c. 418 a.C. - 362 a.C.) foi um general e político grego do século IV a.C.. foi responsável pela condução de mudanças na cidade-estado de Tebas transformando-a na nova potência hegemônica da Grécia, substituindo Esparta. redesenhou o mapa político da Grécia, fragmentou antigas alianças, criou novas e supervisionou a construção de cidades inteiras. teve grande influência militar, desenvolvendo e implementando diversas e muito importantes táticas de batalha. Antes de seu mandato, Tebas se encontrava sob domínio espartano: Epaminondas conseguiu melhorar a capacidade militar de Tebas situando-a em uma posição proeminente no quadro geopolítico do mundo helênico, criando a hegemonia tebana. No processo, acabou com a supremacia militar espartana na Batalha de Leuctra e libertou os hilotas de Messénia, um grupo de gregos do Peloponeso que tinham sido reduzidos à servidão sob as ordens de Esparta durante cerca de 200 anos.
chamado de "o primeiro homem da Grécia", Epaminondas é lembrado por uma década de campanhas (desde 371 a 362 a.C.) que deram forma e força aos grandes poderes da Grécia e que pavimentou o caminho para a posterior conquista da Macedônia.
TEMÍSTOCLES
Temístocles 525 - 460 a. C. General grego nascido em Atenas, cuja habilidade política e militar transformou Atenas na maior potência naval helênica e tornou possível a vitória sobre os invasores persas. Filho de um aristocrata ateniense e de uma concubina estrangeira, obteve a cidadania graças a uma lei (508 a. C.), que tornou atenienses todos os homens livres residentes na cidade. Eeit como arconte, a mais importante autoridade jurídica e administrativa de Atenas (493 a. C.). Responsável direto pela estratégia e derrota dos persas de Xerxes I, na batalha naval de Salamina, foi aclamado como herói nacional. Empenhado na reconstrução de Atenas e na fortificação da cidade, a qualquer custo, para enfrentar o poderio de Esparta, foi combatido pela aristocracia e finalmente foi banido pelo conselho de nobres, o Areópago (471 a. C.). Acusado de peculato, passou por vários países até obter refúgio na Pérsia, onde, embora antes inimigo, gozava de enorme respeito, tanto que lhe foi confiado o governo da Magnésia, na Anatólia e lá permaneceu até morrer.
PELÓPIDAS
Pelópidas (??? - 364 a.C.) foi um político e militar tebano. Membro de uma distinta família de considerável fortuna, que gastava com seus amigos, enquanto se dedicava a levar a vida de um atleta. Em 384 a.C. serviu num contingente tebano enviado para enfrentar os espartanos em Mantineia, e foi nessa batalha que se feriu perigosamente, sendo salvo por Epaminondas.
À época em que os espartanos tomaram Tebas (383 a.C. ou 382 a.C.), fugiu para Atenas, de onde passou a conspirar para a libertação de sua cidade. Em 379 a.C. ele e seus partidários atacaram seus oponentes políticos e sublevaram o povo tebano contra a guarnição espartana estacionada na cidade, fazendo-a render-se. A partir desse ano, elegeu-se Boeotarca e, por volta de 375 a.C., logrou vencer uma considerável força espartana enviada para sufocar a rebelião. Essa sua vitória se deveu, principalmente, ao emprego do Batalhão Sagrado de Tebas, um corpo de elite composto por 300 soldados profissionais. Em 370 a.C., acompanhou Epaminondas em sua campanha triunfal no Peloponeso e, em 369 a.C., em resposta a um pedido de ajuda da Tessália, comandou um exército contra o tirano Alexandre de Feres. Após expulsar Alexandre, entrou na Macedônia, onde arbitrou uma disputa entre pretendentes ao trono. Ao partir, visando assegurar a influência de Tebas na região, levou consigo vários reféns macedônios, um dos quais seria, mais tarde, o rei Felipe II, pai de Alexandre Magno. Em 364 a.C., comandou outra campanha contra Alexandre de Feres, vencendo-o na Batalha de Cinoscéfalos. Todavia, desejoso de matar Alexandre com suas próprias mãos, lançou-se ao ataque sem a necessária proteção, sendo morto pela guarda pessoal do tirano.
“Não discutamos, porque isto não é eficaz.  Qualquer pessoa pode arranjar argumentos a seu favor; porque tem o  seu próprio ponto de vista. Um irritado, nenhum argumento, aceitará, por melhor que seja. . Não gravemos o mal alheio em nossa mente., Preguemos a Verdade  e a  pratiquemos. Distingamos o que é bem e  o que é mal. Acendamos a luz, e a treva desaparece. (EM).”






















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