terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

PRESERVAÇÃO

PRESERVAÇÃO
E-mail: ernidiomigliorini@gmail.com
Os problemas socioambientais afetam a todos. E levarão às empresas a inovar conjuntamente, na busca para a solução da sua problemática. Nem sempre investir em sustentabilidade dá lucro. Mas não é mais admissível pensar só em resultados. A mudança de paradigma é uma questão de sobrevivência da espécie.
A Gestão lida com pessoas, para obter ótimos resultados econômicos; mas não pode ignorar o fato de que a confiança social está em colapso. Há pouca criatividade, no que  é sustentável. Não se é capaz de solucionar os problemas ambientais só com tecnologia. É necessário um novo modelo de estratégia corporativa, que proporcione criatividade, sustentabilidade e, acima de tudo, sobrevivência. Com as empresas perseguindo um propósito independente dos resultados. As empresas precisam gerar bons resultados econômicos; ser uma empresa com propósito é ter um negócio que gere influência positiva. É fazer a diferença sempre que puder e até usar essa diferença para ampliar o negócio se isso for viável.
 A competição deve obedecer a regras; não usar mão de obra infantil; não dar propinas embora gere benefícios e outras práticas não aceitáveis. As empresas precisam encontrar formas de criar valor social para o seu produto e para a sua própria institucionalidade. Para se  criar modelos de negócio mais sustentáveis e lucrativos, precisa-se de criatividade, de pensar nos problemas de maneiras diferentes. Usar os recursos de modo mais eficiente e mudar a direção.
É fundamental entender que ser sustentável é ser eficiente, é usar os recursos como energia elétrica, água, matérias-primas de maneira mais eficaz. Um contexto de  recessão pode ser uma ótima oportunidade para repensar isso detalhadamente. Usar os recursos de maneira mais eficaz gera maior lucratividade. Todo mundo está ocupado com outras coisas, perdendo oportunidades de se diferenciar de seus concorrentes; porque há uma nova pressão dos consumidores no sentido de produtos e serviços que contemplem às preocupações sociais e ambientais. E essa pressão vai se acelerar. Com os consumidores mais dispostos a adquirir produtos e serviços sustentáveis, A hostilidade com quem não se importa com sustentabilidade vai aumentar.
Uma empresa bem-sucedida mostrando que se importa com o meio ambiente em um lugar bem resolvido. Onde  têm água tratada, ambientes de trabalho salubres; tem os consumidores querendo ter uma relação com esta empresa e acham que ela está contribuindo para a sustentabilidade. Quando as organizações pesam custos e benefícios de ser sustentáveis na balança, o prato dos benefícios parece mais leve. Há um tipo de benefício que muitas se esquecem de pôr na balança: a alegria dos colaboradores quando trabalham para fazer a diferença socioambientalmente, e não só para deixar os acionistas mais ricos.
Existem causas que realmente motivam os funcionários: empresas empreendedoras, nas quais as pessoas fazem aquilo em que acreditam, com elevado grau de paixão e comprometimento de seu pessoal, seu desempenho econômico é satisfatório. As  oportunidades de negócios vêm da cadeia de fornecimento e de ouvir o que o consumidor quer, em vez de fazer o que se acha que ele quer. E isso vale para as oportunidades de ser mais sustentável também. Há muita preocupação de que os empregos se evaporem, com a tecnologia, ou com a redução da produção e do consumo, por não haver preservação ambiental. Não precisa optar entre meio ambiente e emprego; pode-se fazer os dois. É melhor ter esperanças, tentar algo novo e ver no que isso vai dar do que nos fecharmos e ficarmos lamentando. Estabelecer um cenário de esperança e ela pode ser refeita da seguinte maneira: sair de uma situação em que só pensamos em nós mesmos para outra em que agimos como comunidade.
Todos nós precisamos enxergar os problemas ambientais como uma preocupação individual e coletiva. Pensar na necessidade de investir em novas matrizes energéticas ou no problema da limitação da água, investimentos-chave para o futuro, que podem gerar empregos e, consequentemente, os consumidores com poder de compra. Essa é a transição que precisamos fazer. Isso requer mudar o pensamento-base da competição. Não pensar nas empresas apenas como competitivas. Para prosperar, com regras, solidariamente com os interesses preservacionais da espécie. Se elas começam a competir de qualquer jeito, destroem as estruturas que lhes permitem ser boas organizações e acabam destruindo a sociedade de que fazem parte. A competição, utilizada com sabedoria, é uma fonte enorme de inovação e crescimento. Tudo deve ser feito com uma noção de equilíbrio, pensando histórica-filosofia e sociologicamente.
O desafio das empresas de todos os portes e como podem fazer a diferença em prol da sustentabilidade sem se transformar em organizações sem fins lucrativos. É submeter as principais decisões estratégicas a uma matriz que cruza tempo e pessoas, para criar valor social. Hoje as decisões se concentram no quadrante que reúne “eu + agora”. Os gestores precisam fazer com que essas decisões migrem, cada vez mais, para quadrantes que envolvam  “nós” e “mais tarde”, colocando a maior parte possível delas no quadrante que soma “nós + mais tarde”.  A outra parte é obedecer a regras para competir, seguindo o lema: gerar lucro decente de maneira decente.

“O emprego é uma das três mais importantes fontes de felicidade das pessoas; e os microempreendimentos são relevantes para a criação de empregos. (EM).”

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