quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

CENÁRIO MUNDIAL

CENÁRIO MUNDIAL
O mundo está instabilizado. Os fundamentos que norteavam as ações internas e externas das nações estão abalados, perdendo a unicidade dos componentes das suas estruturas concepcionais, vendo perecer o seu carisma, perdendo espaço filosófico e ideológico, enfim à beira de um caos anárquico.
A ordem está ultra fragilizada; o sistema de liberdade de fazer, ter, conservar, progredir, acumular, circular, manifestar-se, conquanto tudo se contenha num conceito ético e moral, está ameaçado.
Desenha-se no ar, uma era pós-ocidental. Convém ter em mente os benefícios advindos do Ocidente para todo o planeta, em todos os campos, especialmente no âmbito da ciência, das artes, da educação, da cultura e da saúde.
Os riscos são abrangentes e atentam contra a ordem, contra a verdade. Apontam para um vácuo de poder, uma escalada militar, insegurança internacional e abalo dos pilares sustentáculos de instituições, padrões, valores e princípios.
A multi lateralidade, a negociação, a formação de blocos de interesse comum, a flexibilização de fronteiras, estão passando por um processo de pouca colaboração, gerando divergência em prejuízo da convergência de boas relações internacionais.
Uma retórica populista, licenciosa de querer ter, sem contribuir para construir as fontes de recursos, permanecendo na ociosidade e clamando por assistencialismo e paternalismo.
Expressões e intenções de lançar o conceito de que nada é verdade e tudo é possível. A desinformação e a sua capacidade de influenciar as estruturas políticas e minar as narrativas dos meios de comunicação tradicionais, como um fenômeno pós-verdade. Esta situação tem claras repercussões sobre a confiança dos cidadãos nos políticos e continua se deteriorando, criando um círculo vicioso que ameaça à democracia.
O terrorismo inflado por motivação religiosa é um fenômeno agravante da instabilização mundial. Manifesta-se no Oriente e no Ocidente, criando um clima de tensão permanente e incerteza sobre o próximo alvo.
A problemática política está repercutindo profundamente na economia mundial, gerando além da sua efetiva realidade crítica, o comportamento de não dispender e não investir, até que o quadro melhore. Os governos e as autoridades estão cada vez mais impotentes para lidarem com a imensidão de problemas de cada país e, em contrapartida aumenta a insatisfação popular; que tende para o assistencialismo e paternalismo de um lado e, pela quebra da ordem pública, violência desenfreada, exceção comportamental, modismo vulgar, ridículo, involução de padrões estéticos, de outro lado.
É inevitável e absolutamente necessário o levante de uma nova era. Com novos e eficazes paradigmas para todos os setores, restabelecendo a qualidade de tudo; para que haja o domínio da lógica, do adequado, do eficaz com moral, ética, bons costumes, com a finalidade e objetivo de tudo, sempre preservando o equilíbrio, o bem estar social. A atividade econômica como um meio de suprimento de recursos necessários e utilidade prática na existência das pessoas. Uma educação que contemple o cognitivo, mas ao mesmo tempo, contribua para a construção de uma cidadania consciente e sadia, com respeito à dignidade pessoal e às instituições. Mesmo que as atividades sejam mercantis, econômicas, financeiras, negociais, produtivas de bens duráveis e de consumo, que decorra preservando valores, princípios, virtudes e espiritualidade. Afinal, o agente operacional e funcional, nunca deixa de ser a sua essência: um ser humano sujeito à normas sociais, morais e transcendentais. Só assim, teremos, de fato, um mundo melhor e vivível!
O mundo só vai ficar estável, previsível e sustentável; se cada indivíduo, independente de qualquer norma, coerção, ou monitoramento; agir espontaneamente e responsavelmente, sempre de maneira solidariamente correta, pensando na construção e manutenção do bem comum, o grande tesouro almejado por todos.
“Dia virá em que cada cidadão será governado pela sua própria sã consciência e bom senso. Então a harmonia residirá aqui e atrairá magneticamente a felicidade. (EM).”


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