sexta-feira, 13 de novembro de 2015

GRÉCIA

GRÉCIA
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Grécia, grego e Grécia, do latim graecus e  Graécia, localizada em região acidentada da Península Balcânica. Os primeiros povos a ocupar a Grécia foram os Pelasgos em 2000 a.C., depois povos de descendência indo-européia. Aqueus (deram origem aos primeiros centros urbanos gregos: Argos, Tirinto e Micenas), eólios e jônios formaram cidades autônomas, com economia agrícola e comércio marítimo. A civilização grega legou práticas políticas, conceitos estéticos e preceitos. Cuja história remonta de 2000 anos a.C. Os gregos são chamados de Helenos porque na Antiguidade, a Grécia era Hélade. Os primórdios da civilização grega estão relacionados ao processo de ocupação dos povos arianos que chegaram à Hélade. São muitas as diferenças entre a Grécia moderna e a Grécia Antiga. O mundo grego antigo estendia-se por uma área muito maior do que o território grego atual. Atualmente a Grécia constitui um Estado, cujo nome oficial é "República Helênica". A Grécia Antiga nunca foi um Estado unificado com governo único. Era um conjunto de cidades-Estado independentes entre si, com características próprias embora a maioria delas tivesse seus sistemas econômicos parecidos.
No Período Pré-Homérico (XX – XII a.C.), A formação dos primeiros grandes centros urbanos ascensão da civilização creto-micênica comércio marítimo, invasões dóricas volta às pequenas comunidades agrícolas.
No Período Homérico (XI – VIII a.C.),  Comunidades gentílicas, importantes núcleos sociais e econômicos, genos, uma família desenvolvia atividades agrícolas de maneira coletiva e dividiam igualmente as riquezas oriundas de sua força de trabalho. O pater, patriarca que determinava a organização das ações administrativas, judiciárias e religiosas. Os parentes próximos do pater a classe dos Eupátridas, os Georgoi (“agricultores”), a classe de pequenos proprietários de terras, os Thetas (“marginais”), não tinham propriedade agrícola. Genos se mobilizam em defesa de seus territórios através das fratrias. A formação das primeiras Cidades-Estado, as pólis gregas, em torno da acrópole no ponto mais alto da cidade, congregava os palácios e templos. O poeta Homero (A autor de “Ilíada” e “Odisséia”), forneceu grandes informações sobre esse período da história grega, o tempo em que as comunidades gentílicas organizaram os povos helênicos. No século XII a. C., os dórios empreenderam uma violenta invasão que destruiu vários centros urbanos da Hélade.
Entre os séculos VIII e VI a.C., Fase Arcaica da Grécia Antiga, elite de proprietários de terra, conglomerados demográficos e políticos e as cidades-Estado da Grécia Antiga.
No período Clássico, do século V até o IV a.C., a autonomia política das cidades-Estado, grandes conflitos, Guerras Médicas (490 – 479 a.C.), conflito onde os persas tentaram invadir a Grécia a partir de seu domínio sobre as colônias da Ásia Menor, união militar das cidades-Estado possibilitou a vitória dos gregos, cidades da Grécia Antiga lutam entre si. O governo de Péricles e a Guerra do Peloponeso, entre 431 e 417 a.C., que transformou o Mundo Grego. Lutas que os gregos promoveram entre si permitiram a dominação dos estrangeiros sobre a Hélade. Cidades-Estado Esparta, Atenas e Tessália, com autonomia política para criar sua própria forma de governo; artesanato, atividades comerciais, escravidão, os filósofos, democracia, as Guerras Médicas, Atenas, Esparta e Tebas na Guerra do Peloponeso.
DURAÇÃO DO IMPÉRIO GREGO: De 333 a.C. até 63 a.C.
CONCEITOS GREGOS: Cidadania, democracia, ética, aristocracia, oligarquia, monarquia.
DEMOCRACIA: Clístenes É considerado o pai da democracia grega. A democracia como uma forma de governo em que o poder está nas mãos de todas as pessoas. A palavra democracia vem do termo grego demos, significa "povo" e kratos significa "poder".
Se desenvolveu na Grécia antiga por volta de 500 a.C na cidade-estado de Atenas. O seu órgão principal a Assembléia dos cidadãos, aberta a todos os cidadãos adultos do sexo masculino. Reunia-se cerca de 40 vezes por ano para dirigir a política externa, rever as leis e aprovar ou condenar a conduta dos funcionários públicos. Os Membros da Assembléia chegavam a todas às suas decisões através do debate público e do voto. O Conselho dos 500 era o responsável pelo funcionamento diário do Estado. Seus membros eram escolhidos anualmente, por sorteio. Propunha leis e decisões da Assembléia, administrava as finanças do Estado, recebia embaixadores estrangeiros, e supervisionava a manutenção da frota de navios atenienses. Na democracia ateniense os seus funcionários públicos não tinham poder individual. Não havia presidente de Atenas. Em tempos de guerras, generais tomavam decisões sobre assuntos militares, eram eleitos anualmente e reeleitos. Os funcionários do governo, generais e os membros do conselho, os cidadãos que serviram em júris eram pagos por seus serviços.
PERÍODO HELENÍSTICO: Ano 350 a.C., A Macedônia, o rei Felipe II, invadiu a Grécia. O rei Alexandre, o Grande, expandiu os domínios macedônicos na Ásia Menor, até a Índia. Alexandre foi educado por Aristóteles. E construiu a cidade de Alexandria, no Egito. Morreu em 323 a.C.; acontece o esfacelamento dos domínios macedônicos em três reinos: A dinastia ptolomaica dominou o Egito; os antigônidas a Macedônia; e os selêucidas a Ásia. Após a morte de Alexandre, os seus generais lutaram entre si pela posse do império. As cidades gregas aproveitam a situação para se livrarem do domínio macedônio, mas foram subjugadas por Antípatro na Guerra Lamiaca (323-322 a.C.). Nenhum dos generais de Alexandre conseguiu reunir o império sob o seu poder. Antígono fundou um reino que compreendia a Macedônia, a Grécia e partes da Ásia Menor; Seleuco estabeleceu um vasto reino que ia da Babilônia ao Afeganistão e Ptolemeu torna-se rei do Egito. No século II a.C., os romanos dominaram o Império Macedônico. No Século IV a.C., a Macedônia domina a Grécia. O Período Helenístico termina no século II a.C., os romanos conquistam o território grego. Os antigos gregos autodenominavam-se helenos, e país Hélade, nunca gregos e nem Grécia, essas palavras são latinas, atribuídas pelos romanos. Tinham a crença de que descendiam do herói Heleno, filho de Deucalião e Pirra.
A EDUCAÇÃO ESPARTANA: O espartano era um cidadão desde cedo moldado conforme os valores militaristas de sua cidade-Estado. A educação desenvolvida em Esparta estava intimamente ligada ao caráter militarista. O laconismo, o hábito de se expressar com poucas palavras, era praticado pelos espartanos. Desde a mais tenra idade, a formação do indivíduo era uma função assumida pelo Estado. Viam cada novo ser como um soldado em potencial. Ao nascer, a criança era minuciosamente observada por um grupo de anciãos. Se não apresentasse uma boa saúde ou tivesse problema físico, era lançada do cume do monte Taigeto. Se fosse saudável, ficava com a sua mãe até os sete anos de idade. Depois ficava sob a tutela do governo, para a sua trajetória militar. Entre os sete e os doze anos a criança recebia os conhecimentos fundamentais para a organização e as tradições de seu povo. Depois um rigoroso treinamento militar. Os aprendizes realizavam longas marchas e lutas uns com os outros. Submetido a terríveis punições físicas. Quando chegavam aos dezessete anos era submetido a um “teste final”: a kriptia, caçando o maior número de hilotas (escravos pertencentes à polis) possíveis, com direito a um lote de terras. A tutela exercida pelo Estado era dirigida às mulheres, somente uma mulher fisicamente preparada tinha condições de gerar filhos para lutar pela defesa de sua cidade-Estado. A mulher podia adquirir o direto de propriedade e não estava sujeita à autoridade de seu marido. Aos trinta anos o soldado espartano tinha a condição de cidadão; participava das decisões e leis na Ápela, assembléia de Esparta. Aos sessenta anos, saia do exército e integrava a Gerúsia, o conselho de anciãos criador das leis espartanas. A mulher deveria ser fisicamente preparada para dar origem a indivíduos aptos para compor o exército e se dedicavam à disputa de jogos e atividades esportivas. Controlavam as finanças domésticas e participavam da vida política espartana.
HISTÓRIA: Tucídides e Heródoto foram destaques na historiografia da Grécia Antiga.
CIÊNCIAS: A Grécia é o berço da civilização ocidental. Lá que surgiram História, Filosofia, Matemática, Astronomia, Música e Teatro.
AS CIDADES GREGAS: Esparta preparava a guerra (conquista da Messênia). Atenas incentivava o intelecto, o Teatro a Arquitetura (Parthenon, templo em homenagem à deusa Atena),a Filosofia (os pensadores Sócrates, Platão e Aristóteles), O controle do mar Egeu. Tebas, Creta e Troia se destacavam nas relações comerciais.
Desde o século VIII a.C., formaram-se pela Grécia Antiga cidades independentes. Cada uma delas desenvolveu seu próprio sistema de governo, suas leis, seu calendário, sua moeda. Eram chamadas de pólis, palavra traduzida por cidade-Estado. Compreendia uma área urbana e outra rural. Atenas tinha 2.500 km², Siracusa tinha 5.500 km² e Esparta tinha 7.500 km². A área urbana se estabelecia em torno de uma colina fortificada denominada acrópole (akrós, alta e pólis, cidade). Na área  urbana: o centro comercial e a manufatura.  Artesãos e operários produziam tecidos, roupas, sandálias, armas, ferramentas, artigos em cerâmica e vidro. Na área rural: as atividades agropastoris: cultivo de oliveiras, videiras, trigo, cevada e criação de rebanhos de cabras, ovelhas, porcos e cavalos. Atenas importava 2/3 à 3/4 de seus alimentos e exportava azeite, chumbo, prata, bronze, cerâmica e vinho. Outras pólis: Messênia, Tebas, Mégara e Erétria. É estimado que seu número tenha chegado a mais de mil no século IV a.C. A maioria das pólis gregas eram pequenas. As principais cidades eram  maiores, no século IV a.C., Atenas, Siracusa e Esparta.
PREDOMÍNIO ATENIENSE: Com o fim da guerra com os persas, em 490 a.C., Atenas praticou uma rígida hegemonia política sobre as demais cidades. A Confederação de Delos persistiu continuou a arrecadação dos tributos para a guerra e Atenas foi reconstruída. Atenas controlava o mar Egeu. Péricles foi o mentor do Império ateniense através da fortificação do Porto do Pireu. As cidades que não faziam parte da confederação foram obrigadas a se tornar cidades-membros. As que se negaram foram severamente punidas, como Naxos e Tassos. Os tribunais de Atenas tinham o poder de julgar as causas complexas, só permitia que os membros da Confederação exportassem cereais pelo Porto do Pireu, e os banqueiros só dessem empréstimos aos comerciantes ligados este porto. Antiga moeda ateniense do século V a.C., representava a cabeça da deusa Atena e de uma coruja no verso. A democracia ateniense era parcial existiam os escravos e os metecos (estrangeiros domiciliados em Atenas, sem direitos). Em Atenas, a instalação da democracia foi agitada pela aristocracia pela perda de privilégios. No século VI a.C., o legislador Sólon ampliou os direitos de participação política instituindo um sistema que dividia os cidadãos em quatro faixas de natureza econômica e a sua participação na Eclésia, órgão de natureza deliberativa do governo ateniense. O cenário político ateniense abriu portas para as tiranias. Tyrannos significa "usurpador com poder supremo". Um único líder tinha amplos poderes. Governos tirânicos de Pisístrato (561 – 527 a.C.), Hiparco e Hípias (527 – 510 a.C.) e Iságoras (510 – 508 a.C.). Em dado momento, não suportando a pressão popular, o tirano Iságoras pediu o apoio dos aristocratas espartanos. Nesse conflito, os espartanos foram expulsos de Atenas sob a liderança de Clístenes. Liderados por Esparta, várias cidades da Grécia Antiga fundaram a Liga do Peloponeso. Para combater a hegemonia de Atenas e da Liga de Delos. Após a vitória na Batalha de Egos Pótamos, os espartanos empregaram uma política imperialista sobre as demais cidades-Estado da Grécia. Os conflitos esgotaram o poderio militar dos gregos, se tornando vulneráveis às invasões promovidas pelo rei Felipe II da Macedônia. Os atenienses foram os criadores da democracia. Em 621 a.C., Drácon estabeleceu um conjunto de leis escritas para uma nova tradição jurídica. A Bulé ou Conselho dos Quinhentos era um órgão legislativo. O Helieu composto por juízes para julgar os cidadãos atenienses de acordo com as leis escritas. Os homens livres, de pai e mãe ateniense, maiores de 18 anos e nascidos na cidade eram considerados cidadãos. As mulheres, escravos e estrangeiros não tinham participação política. A atuação das mulheres era reduzida. Educadas para ser dóceis e reservadas ao mundo doméstico, subjugadas pelo pai até ele escolher qual com qual homem poderiam se casar. Após o matrimônio, subservientes ao marido. Não participavam das questões políticas, tidas como inaptas. Em Atenas, Os meninos, aos sete anos começavam as suas aprendizagens na escola e nas suas próprias casas. O Pedagogo, um escravo especial era escolhido para orientá-los.
TERRITÓRIO GREGO: Situada na porção sul da península Balcânica, o território da Grécia continental caracteriza-se pelo seu relevo montanhoso; 80% da Grécia é formada por montanhas. A cordilheira dominante é a dos montes Pindo, que separa a costa oriental, banhada pelo mar Egeu, da costa ocidental, banhada pelos mares Jônico e Adriático. A Grécia Setentrional dividia-se em Tessália, Acarnânia e Épiro; a Grécia Central em Fócida, Etólia, Beócia (região de Tebas) e Ática (logradouro de Atenas); o Peloponeso (Grécia peninsular) em Acaia (região de Olímpia), Arcádia (logradouro de Argos, Tirinto e Micenas), Messênia (terra de Pilos) e Lacônia (região de Esparta). Entre a Grécia peninsular e continental há o istmo de Corinto (terra de Corinto e Mégara), estreita faixa litorânea, e o golfo de Corinto. No mar Egeu ilhas que formam diversos arquipélagos: Espórades, Cíclades, Dodecaneso ("doze ilhas"), Jônicas e a ilha de Creta; todo o litoral egeu da Anatólia e o sul da Itália (Magna Grécia).
GENOS: Propriedades onde uma grande família se matinha unida na exploração econômica de uma mesma parcela de terras. A riqueza produzida era dividida entre seus integrantes. A economia dos genos era agropastoril. As tarefas diárias eram desempenhadas por todos. Quando um genos produzia excedente, essa riqueza era empregada na aquisição de escravos e na contratação de artesãos. Os genos eram comandados por um líder comunitário o pater, com função judicial, administrativa e religiosa. Houve beneficiamento de parentes e outros privilégios, gerando tensão e desintegração da comunidade. Surgiram as fratrias originadoras do demos, daí surgiram as cidades-Estado.
OSTRACISMO: O ostracismo promovia o banimento daqueles que ameaçavam a ordem democrática ateniense. O mecanismo político que visava preservar o regime democrático ateniense. Clístenes o novo legislador empreendeu a criação do ostracismo (ostrakón), um dispositivo legal contra qualquer indivíduo que fosse acusado de ameaçar a estabilidade do regime democrático. Condenava o acusado à perda de seus direitos políticos e ao exílio durante dez anos, sem a perda de suas propriedades. Os atenienses realizavam a convocação de uma grande assembléia formada por mais de seis mil membros. Os seus participantes utilizavam fragmentos de cerâmica em forma de ostra (ostrakón) onde escreviam secretamente o nome dos acusados. Aquele que tivesse seu nome citado mais de seis mil vezes, era condenado ao ostracismo. As suas propriedades eram preservadas pelo Estado, a sua família não sofria qualquer retaliação. Após dez anos, o indivíduo tinha todos os seus direitos políticos recuperados.
GUERRA DE TROIA: Evento bélico narrado na obra clássica “Ilíada”. Tem início com o casamento de Peleus e Tethis, deusa dos mares. A deusa da discórdia, Eris, não sendo convidada para o evento, resolveu lançar um desafio, ofereceu uma maçã de ouro àquele deus que demonstrasse maior senso de justiça. As deusas Hera, Afrodite e Atena tentaram e Zeus convocou o príncipe troiano Paris, para julgar quem mereceria o prêmio. As três deusas ofereceram uma oferta à Paris. Atena lhe prometeu saúde; Hera lhe jurou poder, e Afrodite, a escolhida, lhe prometeu o amor de Helena, mulher do rei espartano Menelau. Paris foi em busca da sua prometida rumo à Esparta, chegando Menelau tratou Paris com todo o prestigio referente à sua posição. O rei Menelau teve que ausentar aproveitando, Paris capturou a rainha Helena e roubou parte das riquezas de Menelau. Chegando à Troia, Paris organizou os preparativos para o seu casamento com Helena. Enfurecido, Menelau mobilizou os antigos pretendentes de Helena, para juntos recuperarem a sua honra, incluindo Agamenon, seu irmão e rei de Micenas e heróis gregos como Ulisses. Atravessaram o Mar Egeu e foram combater com os troianos protegidos por muralhas intransponíveis, e resistiam incólume às tentativas de invasão dos gregos. Para dar um fim ao combate, o astuto Odisseu ordenou a construção de um enorme cavalo feito de madeira. Em seu interior, centenas de soldados ficariam à espreita. O cavalo foi posto nas portas da cidade de Troia. Os troianos receberam o “presente de grego” e viram a partida dos navios, deram a guerra como ganha. Vendo o cavalo como presente dos deuses, os troianos levaram o cavalo para dentro da cidade e realizaram uma grande festividade. Quando todos os troianos estavam bêbados e sonolentos, o grego Sinon guerreiro deixado para fora do cavalo, libertou os guerreiros escondidos, que conquistaram a cidade de Troia. Menelau havia prometido matar Helena por ter se casado com Paris, não resistiu aos encantos de sua bela esposa e voltou atrás em sua decisão.
GUERRA: ATENAS VERSUS ESPARTA:
Em 431 a.C., inicia a guerra. As causas: Antes do conflito Atenas prestara ajuda a Córcira, ilha do mar Jónio, fundada por Corinto, aliada de Esparta. Atenas decretara sanções econômicas contra Mégara. Atenas realizou um bloqueio naval à cidade de Potideia, no norte da Grécia, sua antiga aliada que se revoltara e pedira ajuda a Corinto. Esparta lança um ultimato a Atenas que o rejeita e a guerra começa. A guerra continuou até 422 a.C. ano em que Atenas é derrotada em Anfípolis. Na batalha morrem o general espartano Brásidas e o ateniense Cléon, ficando o ateniense Nícias em condições de estabelecer a paz em 421 a.C. Entre 421 e 414 as duas pólis continuam a combater, Na Primavera de 404 a.C., Atenas rende-se.
MITOLOGIA GREGA: Os gregos eram politeístas. Não se preocupavam com a vida após a morte. Os seus sacrifícios tinham uma conotação humana. Os seus deuses eram antropomórficos, assumiam a forma humana e agiam à semelhança dos homens, lutavam entre si, sentiam ódio, amor, se casavam e tinham filhos. Vários deuses se uniram aos seres humanos mortais. Dessas uniões surgiram os heróis, considerados semideuses. Os heróis Hércules, Teseu, Perseu, Édipo eram considerados divinos. As cerimônias públicas, mesmo de cunho político, eram antecedidas por práticas religiosas.  Sobre os seus deuses e heróis, os gregos contavam mitos, que originaram a mitologia grega. Originou-se de um conjunto de relatos fantasiosos e imaginativos. Os deuses gregos eram homenageados por meio de jogos e competições esportivas, os jogos Olímpicos, realizados no monte Olimpo, residência de Zeus. No universo da mitologia grega, na ilha de Creta existia um labirinto, que adentrando-o não se conseguia encontrar a saída. O Minotauro, que ali habitava tinha o corpo humano e a cabeça de touro. O Minotauro se encontrava dentro do labirinto para receber oferendas que Atenas pagava a Creta todos os anos. Quando os gregos tinham problemas consultavam os deuses por meio dos oráculos, que interpretavam para os seres humanos o que os deuses queriam. Os deuses cultuados pelos gregos: Zeus (O principal, governava os outros deuses e os homens), Hera (esposa de Zeus), Hades (senhor dos infernos), Ares (deus da guerra), Ártemis (deusa da caça), Atena (deusa da razão e da inteligência), Afrodite (deusa do amor e a beleza), Apolo (deus da luz, do sol, da medicina, do tiro com arco, dos solteiros, das artes e da adivinhação), Dioniso (deus do vinho e do prazer), Hefaístos (deus do fogo), Deméter (deusa da terra), Hermes (deus do comércio e das comunicações), Hefesto (deus dos ferreiros) e Posêidon (deus dos mares).
TEATRO GREGO: Originada das Dionistíacas, celebrações para Dionísio, deus do vinho. Os gregos promoviam festivais com encenação de peças teatrais. Encenadas com a utilização de máscaras. Os autores eram masculinos e também realizavam a interpretação dos papéis femininos. Compreendia a tragédia e a comédia. Ésquilo (525 – 456 a.C.) foi autor elogiou às conquistas de Atenas e a homenageou aos deuses justiceiros. Utilizou diálogos, máscaras e coros e dramaticidade. Criou Oréstia e Os Sete contra Tebas, Prometeu acorrentado. Sófocles (496 – 406 a.C.), autor de Édipo Rei(casa-se com a própria mãe), Antígona e Electra, com heróis deuses. Eurípedes (445 – 386 a.C.) espírito crítico em As Troianas, Medeia, Andrômaca e Hipólito. Aristófanes (445 – 386 a.C.) foi proeminente nas peças: As nuvens, A paz e As vespas.
ARTE: Era antropocêntrica. Na Escultura: Fídias, Míron e Praxíteles. Na Poesia: Homero. Com ”Ilíada” e “Odisséia”. Outros autores: Hesíodo, Heródoto e Tucídides.
MEDICINA: Hipócrates foi um médico do período clássico é considerado "pai da medicina", fundou a escola hipocrática.
MATEMÁTICA: Os matemáticos da Grécia contribuíram com as regras básicas de geometria, da derivação formal e teoria dos números, análise matemática, matemática aplicada, cálculo integral. Através de Pitágoras, Euclides e Arquimedes.
JOGOS OLÍMPICOS: Criados em 776 a.C. um festival para reverenciar os deuses do Olimpo. De quatro em quatro anos, os gregos reuniam-se em Olímpia para a etapa final de  festivais realizados em Corinto, Delfos e Argos. Em honra a Zeus incluíam: corridas, saltos, arremesso de disco, lutas corporais, competições musicais e poéticas. Proibido para mulheres. Em épocas de guerra, os atletas transportavam mensagens em alta velocidade.
ASTRONOMIA: Modelos tridimensionais geométricos para explicar o movimento aparente dos planetas foram desenvolvidos no século 4 a.C. por Eudoxo de Cnido e Calipo de Cícico. Heráclides do Ponto propôs que a Terra girava em torno do seu próprio eixo. No século 3 a.C. Aristarco de Samos sugeriu o sistema heliocêntrico. Arquimedes em seu tratado O Contador de Areia revive a hipótese Aristarco de que as estrelas fixas e o Sol permanecem impassíveis, e a Terra gira em torno do Sol na circularmente. Erastóstenes estimou a circunferência da Terra com precisão. No século 2 a.C. Hiparco de Nicéia propôs o moderno sistema de magnitudes aparentes. A Máquina de Anticítera, para calcular os movimentos dos planetas, em 80 a.C. foi o  ancestral do computador astronômico.
FILÓSOFOS GREGOS:
Tales de Mileto (c. 624-546 a.C.).
Anaximandro de Mileto (c. 610-545 a.C.).
Anaxímenes de Mileto (c.585-528 a.C.).
Pitágoras (c. 580 a.C. - 500 a. C.).
Xenófanes de Colófon (c. 576-480 a.C.).
Parmênides de Elea (c. 540-470 a.C.).
Heráclito de Éfeso (c. 535-475 a.C.).
Anaxágoras de Clazomena (c. 500-428 a.C.).
Empédocles de Agrigento (c. 495-435 a.C.).
Zenão de Elea (c.490-430 a.C.).
Leucipo de Ábdera (c.490-420 a.C.).
Meliso de Samos (c. 485-425 a.C. 5).
Protágoras de Ábdera (c. 480-410 a.C.).
Sócrates (469-399 a.C.). - Fundador da ética.
Demócrito de Ábdera (c.460-360 a.C.), atomista.
Antistenes o cínico (n. c.450 a.C.).
Antifon o Sofista (Antifonte de Atenas) (séc. 5-o a.C.)
Aristipo de Cirene (c. 435-355 a.C.).
Platão (427-347)
Diógenes o cínico (413-323 a.C.).
Aristóteles (384-322 a.C.).
Teofrasto de Eresos (372 - 285 a.C.).
Pirro de Elis (c.360-270 a.C.), cético.
Aristoxeno de Tarento (4-o século a.C.)
Epicuro de Samos (341-270 a.C.).
Zenão de Citio (c. 336-264 a.C.), estoico.
Arcesilao de Pitane (315-240 a.C.).
Carnéades (c.214-129 a.C.).
Clemente de Alexandria, patrístico (c. 150-216).
Aristóbulo (200 ou 100 a.C)
Cícero. M. T... (106-43 a.C.), estoico.
Gaio ou Caio (c. 100 - 180), do Direito Romano.
Caro, Lucrécio (98-55 a. C.)
Espartaco (+71 a.C.), e luta social.
Epicteto, estoico (50 - 138).
Andrônico de Rodes (sec. 1-o a.C.).
Arius Didimus (último séc. a.C.), estoico.
Nigidio Fígulo (+ 45 a.C.).
Filo de Alexandria (c. 20 a.C. - c. 40 d.C.).
Sêneca. Lucius A.., (2-65 d.C.), estoico.
Mussônio Rufo (1-o séc. d.C.), estoico.
Possidônio de Apaméia( c. 135-51), estoico.
Sexto Empírico (2- séc.).
Numênio de Apaméia (fim do 2-o século).
Badarayana (entre 150-300), do vedanta brâmane.
Panécio, estoico (c. 180- c. 110).
Origenes (c.185 -c. 255), cristão.
Constantino (Imperador 306 a 337).
Basílio Magno (c.330-379), patrístico
Prisciliano (345-385), gnóstico.
Proclo (Proklos) (410-485).
Anaxarco de Abdera.
Antíoco, estoico.
Eudoro, estoico de Alexandria.
Hipácia.
DIÁSPORAS E COLONIZAÇÃO GREGA:
Trácia, Queroneso, Odessa e Tânais, ilha de Chipre, Náucratis, Cirene, Tarento, Crotona, Nápoles, Cumas, Messina e Siracusa, Nice, Mônaco, Antibes, Marselha, Argos, Arcádia, Tegeia. A partir de 750 a.C. os gregos começaram um período de expansão territorial que durou 250 anos, estabelecendo colônias em todas as direções. A leste, na costa do mar Egeu, a Ásia Menor, Chipre, as costas da Trácia, o mar de Mármara e costa sul do mar Negro. A colonização grega alcançou áreas distantes, como regiões da Ucrânia e Rússia (Taganrog). A oeste as costas da Ilíria, Sicília e do sul da Itália, sul da França, Córsega, nordeste da Espanha, Egito e atual Líbia. Entre os séculos VIII e VI a.C. fundaram  novas cidades, as colônias, as quais chamavam de apoíkias.
GUERRAS GREGO PÉRSICAS:
As revoltas das cidades gregas foram reprimidas pelos exércitos da Pérsia. Após Mileto, o poderio militar persa controlou Trácia e Macedônia. A seguir o rei Dario as cidades-Estado na Península Balcânica. No ano de 490 a.C., contra Atenas, mas os exércitos atenienses com Milcíades abateram os persas. Em 480 a.C., o Império Persa conquistou de várias regiões gregas. Os espartanos, venceram os persas na Batalha das Termópilas. Os atenienses venceram os persas nas imediações do Canal de Salamina. Após os gregos passaram a travar novas batalhas na Ásia Menor. Atenas liderou uma frente militar envolvendo várias cidades-Estado, originando a Liga de Delos, onde várias cidades gregas cediam armamentos e recursos financeiros para conter ações militares dos exércitos persas. Empreendendo investidas para recuperar suas colônias na região da Ásia Menor. Comandados por Címon, os gregos venceram definitivamente aos persas na região do rio Eurimedonte, em 468 a.C.. No ano de 448 a.C., os persas assinaram o Tratado de Susa, prometendo não mais  invadir a Grécia. Entre 500 e 494 a.C., cidades jônias resolveram se rebelaram contra os  persas com o apoio militar dos atenienses. Dario I decidiu invadir a Grécia Continental, em 490 a.C., dominando diversas cidades da Grécia Continental. Atenas e Esparta resistiram com Milcíades, na planície de Maratona venceram os persas. Após essas vitórias, os atenienses ampliaram o seu poder naval e o porto do Pireu. O rei persa Xerxes, invadiu à Grécia no ano de 480 a.C.. com o apoio dos cartagineses. Com estratégia de guerra, os gregos venceram os persas nas batalhas de Salamina, Platéia e Micala.
OLIGARQUIA: É uma forma de governo com o poder de decisão através de poucos líderes. Oligarquia vem de oligos ("poucos") e arkhein ("regra"). Entre 1100 e 800 a.C., pequenos grupos compartilharam, entre aristocratas, o poder dominante em várias cidades-estados gregas. Como monarcas, os oligarcas faziam cumprir sua lei com o apoio militar. Os cidadãos tinham pouca participação nas e nem votavam. Com o tempo, as oligarquias desapareceram na Grécia.
MONARQUIA: É uma forma de governo em que o poder está nas mãos de uma única pessoa. Governadas por reis, com a ajuda de um conselho de assessores. Monarquia de monos ("um") e arkhein ("regra"). Os Micênicos governaram a Grécia antiga de 2000 a 1 100 a.C., povos guerreiros que estabeleceram monarquias. O rei de cada cidade-estado vivia em um palácio-fortaleza luxuoso na cidade capital. Além da capital havia aldeias periféricas. As pessoas pagavam impostos ao rei, obedeciam as suas leis, e dependiam dele para a sua defesa. O Rei mantinha o seu poder político para a vida toda. Seu filho mais velho, o príncipe, sucedia-lhe no trono. A Monarquia como forma de governo  desapareceu na Grécia. Foi substituída por um sistema em que um pequeno número de indivíduos partilhava o poder e governavam como um grupo.
MONUMENTOS GREGOS DA ANTIGUIDADE:
 PARTENON: Templo construído por Péricles entre 480 e 323 a.C. Dedicado à deusa Atenas. 46 Colunas externas, 10,43 m de altura, 1,90 m de diâmetro na base e 1,45 m no nível do capitel. De 30,88 metros de frente por 69,50 metros de fundo. As dimensões: à proporção 9:4. Deusa Atena: uma estátua coberta de ouro e marfim. Os arquitetos: Ictino e Calícrates, o escultor: Fídias.
O TEMPLO DE ÁRTEMIS: Em Éfeso. Erguido por Creso, rei da Lídia (450 a.C. ), em honra à deusa dos bosques. Media 138 m por 71,5 m, com colunas de 19,5 m.
COLOSSUS DA ILHA DE RODES: uma enorme estátua representando o deus do sol, Hélio. A construção foi terminada em 282 a.C. Empregando bronze e Mamoré. Tinha 46 m de altura e pesava  de 70t.
 A ESTÁTUA DE ZEUS: O templo de Zeus foi desenhado pelo arquiteto Libon, construído entre 456 e 447 a.C. Escultor: Fídias. Tinha 15 metros de altura, feita de marfim e ébano e incrustada de ouro.
TEMPLO DEDICADO À HERA EM SELINUNT
SANTUÁRIOS DE DELFOS, OLÍMPIA E EPIDAURO.
HINO DA GRÉCIA
Reconheço-te pelo gume
Do teu temível gládio;
Reconheço-te por esse rápido olhar
Com que fitas o horizonte.
Saída das ossadas
Sagradas dos Helenos,
E pujante da tua antiga bravura,
Saúdo-te, saúdo-te, Oh Liberdade.
Reconheço-te pelo gume
Do teu temível gládio;
Reconheço-te por esse rápido olhar
Com que fitas o horizonte.
Saída das ossadas
Sagradas dos Helenos,
E pujante da tua antiga bravura,
Saúdo-te, saúdo-te, Oh Liberdade.


“Estatística significa considerar uma informação no momento em que ela está estática, tem um parâmetro de referência, após medir a performance de algo, quantitativamente. (EM).”














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