sexta-feira, 19 de junho de 2015

A DÍVIDA PÚBLICA


A DÍVIDA PÚBLICA
dívida pública é uma forma de complementar o financiamento do Estado. Se o Estado não arrecada o suficiente, ele se endivida para o ingresso de recursos para financiar todo o conjunto de obrigações que tem. O Estado contrai dívidas, junto ao Sistema Financeiro para complementar esta insuficiência.     Quando ocorre o ingresso dos recursos financiados, nos cofres do Estado, acontece uma contra partida real; mas, por ocasião da amortização desta dívida, ocorre um fenômeno perverso de quebra da bilateralidade citada acima.
Formato da colocação no Mercado Financeiro dos Títulos da Dívida Pública: Para captar recursos financeiros para o custeio dos seus encargos, o Estado emite “Títulos da Dívida Pública”; os investidores adquirem estes papéis, que tem prazo de vencimento e recebem o retorno do investimento acrescido de juros. Este processo é gerido pelo Banco Central e pela rede de agentes financeiros credenciados. A sua compra direta é feita por meio dos leilões. O Tesouro Nacional lança os títulos da dívida pública e o Banco Central vende. Ele anuncia um leilão e só podem participar desse leilão instituições credenciadas, os dealers. São os grandes bancos do mundo. Que compram diretamente da boca do caixa. É uma aplicação altamente rentável. Eles só compram diretamente.
Superávit Primário: O Estado procura controlar as suas contas, para atingir superávit primário, destinado a prover os recursos para a amortização dos juros da sua Dívida Pública. O superávit primário ocorre quando os gastos primários estão abaixo das receitas primárias. Gastos primários são todos os gastos, com exceção da dívida e dos seus juros. Superávit primário significa uma sobra de recursos no tesouro federal, no cotejo entre estas duas variáveis: ingressos e saídas.
Crescimento Exponencial da Dívida Pública:
Existe um sistema da dívida, que pela forma como ela é negociada e amortizada, produz em decorrência, um desvio de recursos públicos em direção ao sistema financeiro. Um esquema controlado por bancos e grandes empresas, que se configura no pagamento dos juros da dívida, sem uma contrapartida real; quebrando a idéia de ser para complementar os recursos em benefício de todos. Quando se contrata dívida para pagar juros, se  está transformando juros em uma nova dívida sobre a qual vai incidir juros. É juros sobre juros. Gerando uma despesa em escala exponencial, sem contrapartida. A dívida tem vida própria e se retroalimenta, porque o juro vai virar capital. E, sobre aquele capital, vai incidir novos juros. E os juros seguintes, de novo vão se transformando em capital, isto é exponencial. Porque o mercado, os dealers estão aceitando novos títulos da dívida como pagamento em vez de receber dinheiro moeda. Gerando um continuo processo de privatização, com a entrega de patrimônio cada vez mais estratégico, cada vez mais lucrativo: privatização de aeroportos, telefônicas, empresas de energia elétrica, hidrelétricas, siderúrgicas.


O banco, o dealer, que compra o título da dívida é quem estabelece os juros. Ele estabelece os juros que ele quer. Ele só compra quando o juro chega no patamar que ele quer. E eles sempre compram com deságio. Se o investidor individual compra no Tesouro Direto, não vai ter desconto. Ele vai ter que pagar uma comissão e não vai interferir nos juros.
“Entre a realidade e a ficção existe um vácuo e também uma utopia; cuja concretude ainda é aleatória. (EM).”




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