sábado, 3 de maio de 2014

SILÊNCIO

SILÊNCIO
Por ERNÍDIO MIGLIORINI  E-mail: ernidiomigliorini@gmail.com

Existem realidades lindas demais para serem descritas com palavras. É necessário admira-las em profundo e reflexivo silêncio; para captar toda a sua magnitude.
As palavras eloqüentes, prolongadas, mas desconexas; frequentemente só produzem confusão mensal, desinteresse e tédio. Um silêncio estratégico, acompanhado de uma expressão facial significativa, fala muito mais do que qualquer fluxo de palavras vazias e desprovidas de autenticidade.
Um olhar amoroso, provido de acalentador afeto consegue muito sem dizer uma única palavra.
Deus na sua extrema Sabedoria nos deu uma só língua, mas dois ouvidos; para escutarmos bastante e falarmos pouco. Porque as palavras podem ocasionar grandes e irrecuperáveis males. Podem abençoar e amaldiçoar, salvar e condenar.
Quanto mais pura for a mente e mais generoso o coração, mais edificantes e úteis serão as palavras. Quando a fala não for adequada e construtiva é preferível privar-se de proferi-la. As palavras sinceras e com conteúdo de veracidade nem sempre são belas e agradáveis. Como também belas palavras, mas eivadas de falsidade, bajulação e superficialidade, de nada adiantam.
As mentes superiores fazem com que poucas palavras produzam grandes impactos. Com expressões curtas e simples, nos moldes de: “Eu te amo”, “Eu gosto de ti”, “Eu te admiro e respeito”, “Tu és uma boa pessoa”. Enquanto que, os vulgares dizem muito e não transmitem nada, só o supérfluo ululante.
O ser humano aprende a falar em dois anos, todavia, tem uma existência toda para aprender a ficar calado quando for oportuno e não tiver assunto compatível para a ocasião de cada circunstância diferente, com que se depara.
Sabedoria excelente é falar pouco, pensar bastante, refletir sempre, aprender permanentemente e saber ouvir no momento apropriado.
Na dúvida, no imprevisto, no desconhecido e na precipitação silencie estratégica-sábia-prudente e inteligentemente. Ouça, interprete, planeje e programe a fala mais acertada para cada desafio existencial.
O silêncio na ocasião oportuna nunca prejudicará, sempre será benéfico, respeitado e admirado. Dirá muito e servirá tanto como aprovação, posicionamento de neutralidade, cautela ou reprovação.
“Que o conciso permeie o nosso linguajar e o prolixo nunca nos visite. (EM).”




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