sexta-feira, 23 de maio de 2014

EMPOWERMENT


TEORIA EMPOWERMENT
E-mail; ernidiomigliorini@gmail.com
Empowerment significa “dar poder a”. Na Teoria das Organizações, Empowerment é  uma “tecnologia”, “modelo”, “técnica” ou  “modismo” da prática administrativa. Empregada gerencialmente, como instrumento de controle, maneira de legitimar o papel central das organizações econômicas na vida de seus funcionários.
Como Política Cognitiva consiste no uso consciente ou inconsciente de uma linguagem distorcida, cuja finalidade é levar as pessoas a interpretarem a realidade em termos adequados aos interesses dos agentes diretos e/ou indiretos de tal distorção.
A política cognitiva é a moeda corrente psicológica da sociedade centrada no mercado.
Deve-se cuidar para que as mudanças que deseja-se implementar nas organizações tenham propósito claro, e que este propósito não seja meramente aumentar a produtividade. No caso do Empowerment, deve-se atentar para o fato de que conferir poder aos funcionários é uma forma de aumentar a satisfação e o comprometimento dos mesmos com o trabalho. É também uma maneira de tornar as organizações mais humanas, menos massacrantes, menos opressoras.
Se utiliza-se um discurso de valorização do ser humano no ambiente de trabalho, mas apenas como aparência, enquanto a essência permanece inalterada, corre-se o risco de contribuir para a degradação da sociedade e da cultura locais.
O mercado não pode ser a única agência cêntrica da influência social, os laços comunitários e os traços culturais específicos também devem ser relevados.
Delegação de Poder: O administrador confere Empowerment aos outros lhes dando autoridade igual à responsabilidade que lhes é designada. O poder não pertence à empresa ou aos administradores. O poder transita pelos indivíduos, não se aplica a eles. O poder não é algo que se possa possuir. Portanto não existe, em nenhuma sociedade, divisão entre os que têm e os que não têm poder. Poder se exerce ou se pratica. O poder, per sí, não existe. O que há são relações, práticas de poder. O poder circula.
Pessoas e organizações:
Na Teoria Administrativa, há como pré requisito para a implementação do Empowerment nas empresas, que os funcionários façam das metas organizacionais as suas metas.
A satisfação das pessoas não pode ser alcançada apenas dentro do âmbito das organizações econômicas. As organizações formais não constituem o cenário apropriado para a desalienação e para a auto-atualização das pessoas. O papel dos especialistas em teoria das organizações consiste em definir o escopo e os limites de tais organizações na existência humana em geral.
As organizações econômicas servem para suprir uma parte da nossa existência, a sobrevivência, mas não podem gerar a satisfação plena dos seres humanos. Somos muito mais do que consumidores e trabalhadores, e não podemos restringir a vida humana a menos do que isso.
Mudanças internas não bastam. Mas sim, o senso que têm os cidadãos de suas necessidades genuínas, pessoais. A sociedade centrada no mercado, não permite uma coerente prática do verdadeiro humanismo.
Não se deve colocar a organização econômica formal no centro da existência humana, deve-se dar ênfase à questão da delimitação organizacional, da aprendizagem dos meios de facilitar múltiplos tipos de micros sistemas sociais, transformando a organização econômica formal num enclave restrito e incidental, no espaço vital da vida humana, assim deixando margem para relacionamentos interpessoais livres das pressões projetadas e organizadas.
Autogestão: Implica na inexistência de uma liderança cristalizada na figura de um chefe, gerente ou patrão. Todos participam das decisões administrativas em igualdade de condições.
No Empowerment, os funcionários de uma empresa devem participar dos processos meio e fins, da melhoria e otimização da execução de um fim proposto em conjunto com a cúpula da organização. Trata-se de uma integração da criatividade e a iniciativa operária ao processo produtivo de ordem capitalista, e aumento de as satisfação pessoal. Os funcionários recebem uma dose de auto-organização para a execução de suas tarefas e na determinação dos meios para o alcance de objetivos, mas com a definição de metas o trabalhador também participa no processo de produção Dos fins.
Em uma organização autogestionária, as decisões fundamentais têm de ser tomadas pelo coletivo. Para isso é necessário que todos tenham acesso às informações, responsabilidade com o coletivo e disciplina.
A autogestão é impelida pelas condições materiais do nosso tempo, O homem que conduz a experiência de sua própria gestão é o homem contemporâneo. A autogestão é um fenômeno pós-industrial baseado na associação de homens em suas vidas para uma participação maior e mais profunda. Expressa o impulso cultural das massas que querem o controle dos processos de mudança histórica.
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Empowerment: é uma ação da gestão estratégica que visa o melhor aproveitamento do capital humano nas organizações através da delegação de poder. Poder como sendo o resultado do compartilhamento de informações fundamentais sobre o negócio e seus projetos, da delegação de autonomia para a tomada de decisões, e da participação ativa dos colaboradores na gestão do negócio, assumindo responsabilidades e liderança de forma compartilhada. Libertar a empresa do vício da centralização das decisões, que a torna lenta e burocrática. Com esta atitude a empresa descentraliza suas decisões e estabelece um estilo de gestão extremamente  participativa, dando maior autonomia a seus colaboradores. As vantagens são maior motivação, maior satisfação das pessoas, maior agilidade e flexibilidade, maior potencial de competitividade. As pessoas; elas precisam ter reais condições de agir no pleno exercício da sua responsabilidade, desenvolvendo o "ownership", ou seja, agirem como intraempreendedores e como se fossem "proprietárias" do negócio, pensando como empresários.
Para isto é necessário:

1. Um profundo compartilhamento das informações com todos os envolvidos. A informação é o objeto que destrói a incerteza. Ela é fundamental para a correta tomada de decisões. As equipes precisam estar informadas sobre lucros, budgets, market share, concorrência, produtividade, ameaças, desafios e oportunidades. A Informação deve circular, de maneira clara, transparente e adaptada à condição e necessidade de cada equipe em particular. Algumas informações gerais para o bom entendimento do negócio e do cenário devem ser compartilhadas com todas as pessoas, outras mais restritas e sigilosas, apenas com as pessoas-chave.

2. A abertura para uma real autonomia dando às pessoas não somente as informações, mas o apoio e a liberdade necessária para agirem. É preciso confiar nestes profissionais e incentivá-los a liderar os processos em que estão envolvidos, e sob os quais assumiram responsabilidades. Uma cultura punitiva impede a autonomia; erros devem ser corrigidos, não punidos. A autonomia deve guiar-se pela visão, missão e valores da empresa, assim como por seus objetivos e metas, dentro do contexto dos sistemas e processos em vigor na organização. Esta clareza de visão, missão, objetivos, metas e processos permite que as pessoas empoderadas possam tomar decisões coerentes. É esta clareza que estabelece as fronteiras, ou seja, os limites, de autonomia.

3. Redução dos níveis hierárquicos e da burocracia que tornam as empresas lentas e rígidas. Através da prática de Empowerment, equipes auto-gerenciadas podem atingir alta performance e buscar a excelência em níveis muito superiores aos de empresas centralizadoras.

Empowerment pode e deve ser aplicado em todos os níveis da organização. Ele permite que os gestores deleguem a solução de problemas a colaboradores que se sentem valorizados, motivados pela confiança, e isso aumenta sensivelmente o nível de comprometimento e de satisfação das pessoas no trabalho. Esta prática desperta o que há de melhor nas pessoas e em seus líderes e estimula o aparecimento e a formação de novos líderes.


A adoção do Empowerment demonstra um amadurecimento da cultura organizacional, independentemente do tamanho da empresa. Ele favorece a auto-realização das pessoas e é um dos grandes atrativos para reter os melhores talentos, já que estes não desejam trabalhar em empresas onde não possam atuar com autonomia e possibilidades de construir uma carreira de sucesso!

 “A socialização do conhecimento sempre é construtiva e gera uma qualificação abrangente e significativa de um grupo. (EM).”

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