segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

DOR


DOR
A dor é o quinto sinal vital do conjunto: temperatura, pulso, respiração e pressão arterial. A dor e uma experiência subjetiva associada a dano real ou potencial nos tecidos; é uma experiência genuinamente subjetiva e pessoal. A percepção de dor é caracterizada como uma experiência multidimensional, diversificando-se na qualidade e na intensidade sensorial, sendo afetada por variáveis afetivo-motivacionais. Com percepção aguda ou crônica, no momento da admissão para tratamento e durante a evolução clínica.
A dor é uma experiência subjetiva que não pode ser objetivamente determinada por instrumentos físicos; não existe um instrumento padrão capaz de mensurar a sua intensidade interna, complexa e pessoal.
Dor é uma sensação desagradável, causando um desconforto leve a excruciante; associada a um processo destrutivo atual ou potencial dos tecidos que se expressa através de uma reação orgânica e/ou emocional. A dor é uma resposta resultante da integração central de impulsos dos nervos periféricos, ativados por estímulos locais. Uma experiência sensorial e emocional desagradável associada a uma lesão real ou potencial. De duas categorias: A dor nociceptiva (Variações mecânicas ou térmicas que ativam diretamente as terminações nervosas ou receptores. Fatores químicos libertados na área da terminação nervosa. Fatores libertados pelas células inflamatórias:  a bradicinina, a serotonina, a histamina e as enzimas proteolíticas. ) e a dor neuropática.
Vias Nervosas Periféricas da Dor: neuronais ascendentes lenta e rápida ou do trato neoespinotalâmico, iniciada por estímulos mecânicos ou térmicos, utiliza neurônios de axônios rápidos, as fibras A-delta (12-30 metros por segundo). Esta é a via que produz a sensação da dor aguda e bem localizada. O seu neurônio ocupa a lâmina I da Medula Espinhal e cruza imediatamente para o lado contrário. Aí ascende na substância branca na região anterolateral até fazer sinapse principalmente no Tálamo (núcleos póstero-lateral-ventrais), mas também na formação reticular.
A via lenta ou do tracto paleoespinotalâmico é iniciada pelos fatores químicos; utiliza axônios lentos de diâmetro reduzido e velocidades de condução de 0,5 a 2 m/s. Esta via produz dor mal localizada pelo indivíduo e contínua. O seu neurônio ocupa a lâmina V da Medula Espinhal e ascende depois de cruzar para o lado oposto no tracto anterolateral, às vezes não cruzando. Fazem sinapse na formação reticular, no colículo superior e na substância cinzenta periaqueductal.
Se um indivíduo sofre um golpe, a sensação de dor imediata é a rápida, devido às forças mecânicas que estiram o tecido conjuntivo onde se localizam receptores de dor; dura apenas um tempo limitado. À medida que o tecido morre e extravasa o conteúdo celular diversas substâncias chegam à região danificada as células inflamatórias,   permanece  a dor lenta. O feto começa a sentir dor a partir da 28° semana.
As sensações corporais, táteis, térmicas e dolorosas convergem para o tálamo, que interpreta sensitivamente, emitindo projeções ao córtex cerebral, possibilitando a consciência e percepção da sensação dolorosa. A dor mais significativa é a produzida pela via lenta. A via rápida produz apenas sensações de dor localizada e de duração relativamente curta. A dor crônica tem origem quando os impulsos recebidos pela via lenta são integrados na Formação Reticular do tronco cerebral e no Tálamo.
A dor tem um efeito de estimulação da maioria dos circuitos neuronais. A intensidade com que pessoas diferentes sentem e reagem a situações semelhantes causadoras de dor é variada. Pela facilidade diferente nos indivíduos na ativação das vias analgésicas naturais. Uma mesma lesão tecidual pode causar muito mais dor se for de causa desconhecida ou considerada pelo indivíduo como significativa, do que se for de causa conhecida ou tida por pouco perigosa. A hipófise produz beta-endorfinas, que são liberadas para o sangue e para todo o cérebro, e tem importância na diminuição das sensações dolorosas em indivíduos com síndromes sistêmicas.
Todas as pessoas conhecem e fazem uso do mecanismo de massagear o local onde sente dor. A massagem estimula as fibras aferentes Aβ, que levam a uma analgesia ao local dolorido.

Muitas pessoas sentem a sensação de dor na ausência de lesão tecidual ou de qualquer outra causa fisiopatológica; apenas por motivos psicológicos. A atividade provocada no nociceptor e nas vias nociceptivas por um estímulo não é dor; representa um estado psicológico. A dor é um fenômeno ‘biopsicossocial’ que resulta de uma combinação de fatores biológicos, psicológicos, comportamentais, sociais e culturais.
A terminologia referente à dor: O limiar de dor fisiológica estável é o ponto ou momento em que um dado estímulo é reconhecido como doloroso. Para efeito de classificação a dor é aguda, com duração limitada e causas conhecidas. É crônica com duração maior de três meses e causa desconhecida ou mal definida.
A dor é uma qualidade sensorial fundamental para alertar os indivíduos para a ocorrência de lesões teciduais, para que mecanismos de defesa ou fuga sejam adotados. A dor é um efeito extremamente necessário. É o sinal de alarme da ocorrência de dano ou lesão. Ela é produzida por alterações na normalidade estrutural e funcional de alguma parte do organismo.
“A mudança depende de cada um; mas só os que mudam diante do impasse, conseguem alcançar resultados satisfatórios. (EM).”

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