quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

RAZÃO E EMOÇÃO


RAZÃO E EMOÇÃO
Por Ernídio Migliorini E-mail:ernidiomigliorini@gmail.com
Certos aspectos do processo da emoção e dos sentimentos são indispensáveis para a racionalidade. Mas, em algumas circunstâncias as emoções podem perturbar o raciocínio.
Os sentimentos positivos levam-nos na direção correta do lugar apropriado do espaço de tomada de decisão, aproveitando os instrumentos da lógica.
A razão humana depende de vários sistemas cerebrais, que funcionam de forma concertada ao longo de muitos níveis de organização neuronal que cooperam para a feitura da razão. Há uma ligação íntima entre um conjunto de regiões cerebrais e os processos de raciocínio e tomada de decisão. O conhecimento geral necessário depende de vários sistemas localizados em regiões cerebrais relativamente separadas. Basicamente, o conhecimento factual para a tomada de decisão; sob forma de imagens e só pode ser recuperado de forma distribuída e parcelada. Estas imagens são chamadas evocadas, quando recordamos fatos do passado. As imagens são formadas pela percepção de algo do mundo exterior; são transportadas por neurônios ao longo dos axônios e sinapses eletroquímicas até o cérebro. O Cérebro não guarda fotografias, filmes, apenas imagens aproximadas do que experenciamos anteriormente; como construções mentais momentâneas, tentativas de réplica, de padrões experenciados.
Os níveis  neurológicos da razão são os mesmos que regulam o processamento das emoções  e dos sentimentos e as funções do corpo para a sua sobrevivência orgânica.
Emoção, sentimento e regulação biológica desempenham um  papel na razão humana. O sistema de ordem dos  níveis é o mesmo.
O cérebro e o restante do corpo constituem um organismo indissociável; formando um  conjunto integrado de circuitos reguladores bioquímicos  e neurológicos, mutuamente interativos; que interage com o ambiente.
Ainda precisamos conhecer muito a respeito do que é cérebro e do que é mente; de problemas neurológicos, psicológicos e psiquiátricos. Doenças orgânicas e problemas de ajustamento emocional, os problemas mentais.
Quem somos, porque somos e como somos? só uma certeza provisória: um organismo vivente complexo, com cérebro e um corpo. Um esqueleto ósseo com muitas partes ligadas por articulações, movidas por músculos, muitos órgãos em sistema, uma fronteira ou membrana que demarca o limite exterior, revestida pela  pele. Constituído por tecidos biológicos, constituídos por células, constituídas por moléculas.
Cada músculo, articulação ou órgão interno envia sinais ao cérebro através dos nervos periféricos. As substâncias químicas produzidas pela atividade corporal atingem o cérebro pela corrente sanguínea e influenciam no seu funcionamento. O cérebro atua em todo o corpo através dos nervos e libera substâncias químicas através da corrente sanguínea.
As emoções desempenham uma função na comunicação de significados e também tem um papel de orientação cognitiva. Todas as emoções originam sentimentos. Embora as emoções e os impulsos biológicos estão sujeitos à  irracionalidade; são essenciais para os comportamentos racionais pessoais e sociais.
Raciocinar e decidir implica em ter conhecimento prévio, da situação que requer uma decisão.
Para decidir é preciso julgar; para julgar é preciso raciocinar; para raciocinar é preciso decidir sobre o que quer raciocinar.
O raciocínio objetivo utilizado rotineiramente é pouco eficiente; porque as suas estratégias são defeituosas.
A tese de só tomar decisões racionais não suporta ao teste lógico irrefutável; em muitas situações é indispensável combinar razão e emoção. Provando que, a rigor, na é absoluto tudo é relativo.
“Via de regra, até por uma questão de lógica, nunca pensamos no presente; quando o fazemos, é para ver como se darão as nossas passadas no futuro. (EM).”



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