terça-feira, 27 de dezembro de 2011

EM BUSCA DA REALIDADE


EM BUSCA DA REALIDADE
Por Ernídio Migliorini E-mail:ernidiomigliorini@gmail.com
O essencial é invisível aos olhos. Enxergamos os fenômenos do mundo, através da leitura sensorial sobre eles; mas, isto não significa que os entendemos, é preciso fazer um grande esforço imaginativo, usando todo o nosso imaginário e mesmo assim nunca conseguimos atingir à sua realidade.
Perceber os fenômenos naturais é um fato, entendê-los, com as suas fontes de energia,  é muito diferente disto.
A percepção humana é falível, apenas obtém fracos indícios sobre a composição destes eventos; fica muito aquém da verdadeira realidade dos fenômenos. Porque a percepção sensorial humana  é limitada e imperfeita, na busca do desvendar real do mundo.
A capacidade perceptiva humana identifica os elementos do mundo interior e exterior por meio da audição, visão, do tato, paladar e olfato e efetua transformações, chegando à imagens, vibrações, ruídos, reações químicas, cheiros e gostos específicos; de forma diferenciada; com mecanismos detectores da energia ambiental e das substâncias, que é invisível aos olhos humanos. Os sentidos captam estes eventos do meio que são transformados em código neural bioelétrico enviado ao cérebro, onde as células receptoras reagem a estes estímulos, gerando potenciais de ação e sinais elétricos; daí para o tálamo que incorpora a informação de origem límbica ou cortical, até o lobo temporal; elaborada é enviada para o centro cortical específico, que atribui importância e atenção ao que foi detectado. O cérebro extrai informações do fenômeno detectado e interpreta com base em experiências anteriores. A interpretação dos fenômenos envolve algo muito além dos sentidos.
Perceber é apenas tomar conhecimento de algo, não é entender e nem interpretar. Estamos sempre em busca da realidade que nos cerca, acolhe e envolve, mas ainda  não a encontramos. Para atingir o elevado e completo estágio: ver, observar, conhecer, saber e informar, com precisão sobre a realidade essencial.
Os olhos recebem o estímulo visual e o sistema nervoso produz a sensação, ao depararmo-nos com os eventos. A percepção acabará desencadeando pensamento, compreensão e interpretação. O ser humano está buscando a ontologia, que é a essência das coisas, formulando uma questão mental: O que é isto que é? Na percepção existe a subjetividade do agente versus a objetividade do ambiente; como elementos interdependentes o tempo todo.
Através da semiótica, que é arte dos sinais, o ser humano interpreta mensagens, interage com objetos, pensa e se emociona, gerando signos, que é aquilo que é apreendido perceptivamente e representa algo para alguém. Compreendendo: palavra, sintoma, sinal, sonho, letra, frase e similares.
As características da percepção: constitui uma configuração dotada de sentido, uma sensação; uma vivência; uma experiência; uma estrutura complexa; uma relação do sujeito com o mundo; o mundo é percebido como perfeito e auto-organizado; é uma relação com tudo o que está ao redor; gera impressões; atribuição de valores e conceitos; é orientadora de usos e costumes; gera idéias criativas e mostra erros e ilusões a respeito da realidade dos fatos.
“Estamos em busca da essência real de cada fenômeno natural, evento ou coisa. Queremos ir além do convencional, para atingir a profunda realidade e verdade, de absolutamente tudo, o que nos cerca, está no nosso interior, subjetividade, nos mantém; a sua composição, funcionalidade e a sua origem transcendental. (EM).”

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