sábado, 19 de novembro de 2016

A INFLUÊNCIA DA GRÉCIA

A INFLUÊNCIA DA GRÉCIA
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A Grécia antiga e a influência da cultura helenística na civilização ocidental em todos os campos é algo, que impõe ao pensador uma pergunta: “Por que a Grécia exerce tamanha e abrangente influência mundial e se constitui num símbolo e sinônimo da mais pura etimologia. Onde está o verdadeiro âmago desta magnífica capacidade de influenciar, com a excelência da qualidade límpida. Isto mesmo em espaços mundiais onde não houve incursões militares gregas”?
É importante conhecer a Grécia da Antiguidade, que se desenvolveu entre 2000 a.C. e 500 a.C. cuja herança cultural está cada dia mais viva, construtiva e fundamentadora,  na filosofia, nas artes plásticas, na arquitetura, no teatro, nas ideias e conceitos das ciências humanas, exatas e biológicas. Principalmente na formação da nomenclatura e da terminologia idiomática e científica.
A Antiguidade grega foi um ícone inigualável, geratriz de cultura, conceitos, padrões, assertivas, paradigmas e revelações fantásticas. Tão verdadeiros que permeiam tudo o é que científico e aplicável vernaculamente na atualidade. A Grécia atual não configura uma descendência direta dos povos que começaram a se organizar a mais de quatro milênios. A Grécia antiga não formava uma nação única, era composta de várias cidades, com as suas próprias organizações sociais, políticas e econômicas. Os gregos tinham uma só língua, e era entendida pelos povos das várias regiões que formavam a Grécia. Tinham a mesma crença religiosa e compartilhavam valores culturais, festivais de teatro e competições esportivas e formavam a Hélade, o conjunto dos povos gregos.
A Grécia antiga era formada por ilhas, uma península e parte do continente europeu. Cidades-Estados localizadas ao sul da Europa, nas ilhas entre os mares Egeu e Jônio. Atenas, Esparta, Corinto e Tebas. Comercializavam, guerreavam entre si, motivadas pelo controle da região e para conseguirem escravos,  prisioneiros de guerra, para mover a economia. Os cidadãos naturais da cidade e proprietários de terras tinham direitos políticos e podiam se dedicar a atividades artísticas, intelectuais, guerreiras e esportivas. As pessoas com mais prestígio e propriedade cuidavam exclusivamente do aprimoramento do corpo e da mente. Os mais pobres e os escravos movimentavam a economia, fazendo o trabalho braçal, algo desprezível.
No ano 2.000 a.C. A cultura grega foi tão importante, que se tornou a síntese das culturas dos povos da África e do Oriente Médio. Os cretenses, excelentes navegadores. Os egípcios, pelo complexo domínio de conhecimentos técnicos e organização social. Os fenícios, inventores do alfabeto cerca de 1.000 anos a.C., aperfeiçoado pelos gregos, e deu origem ao alfabeto latino, inventado pelos romanos, donde se originou a língua portuguesa.
Na Sociedade espartana, os homens viviam para a vida militar. Eles só podiam casar depois de terem sido educados pelo Estado. O governo era exercido pelos conselhos de velhos, que controlavam a sociedade e definiam as leis. As mulheres espartanas cuidavam da casa e administravam o comércio na ausência dos homens.
Em Atenas, no século 5 a.C., as decisões políticas por governo da maioria, a democracia. Todos os cidadãos podiam representar a si mesmos, não elegiam ninguém e decidiam os destinos da cidade. Atenas abria espaço para os cidadãos, e reservava menor espaço para as mulheres. As mulheres e os escravos, não eram considerados cidadãos.
Na Grécia Antiga, os jogos olímpicos eram um ritual de homenagem a Zeus, o deus máximo. Realizavam-se na cidade de Olímpia e envolviam todas as cidades-estados da Hélade em competições de atletismo: corrida,  luta livre,  arremesso de discos, salto e lançamento de dardos. Os vencedores recebiam uma coroa de folhas de oliveira.
No século 4 a. C. Sob o domínio de Alexandre, o Grande, a cultura grega se expandiu territorialmente, indo do Egito à Índia, influenciava e sofria influências. Essa cultura grega se expandiu mundialmente, chamada de cultura helenística.
No século 1 a.C., os romanos chegarem à Grécia antiga, conquistando-a. Roma incorporou a maior parte dos valores gregos e, inaugurou a cultura greco-romana. A cultura greco-latina e o seu conhecimento são um pilar para o saber.
Durante o seu apogeu, a civilização grega governava sobre todo o mediterrâneo. Estabeleceram tradições de justiça e liberdade, a sua arte, filosofia e ciência tornaram-se fundamentos do pensamento e da cultura ocidental. Os gregos da antiguidade chamavam-se de Helenos Έλληνες, e incluíam todos os que falavam grego, mesmo que não vivessem na Grécia, davam o nome de Hélade Έλλάδα à sua terra, nunca chamaram a si mesmos de Gregos nem à sua civilização de Grécia, ambas essas palavras são latinas, atribuídas pelos romanos.
Os gregos originaram-se dos Aqueus Αχαιοί, dos Jônios Ίωνες, dos Dórios Δωριείς e dos Eólios Αολες, indo-arianos da Europa Oriental. As populações invasoras são conhecidas como Helênicas Ελληνικής, crença de que descendiam do herói Heleno Έλλην, filho de Deucalion Δευκαλίων e Pírra Πύρρα, ancestrais da raça humana.
Os gregos foram conhecidos como: Helenos Έλληνες; pagãos; Gregos Γραικοί; Romanos Ρωμιοί; Romaios, Romaioi representava para os gregos sua cidadania romana e sua ancestralidade helênica; Ar-Rum significando os romanos orientais, bizantinos e gregos; Yavan; Yunan (Ίωνες); Ionia (Ιωνία), nome pelo qual os gregos são conhecidos no Oriente atualmente.
A Linguagem: É uma construção humana de sinais convencionais. A língua é a porta do ser humano, a percepção do mundo, o meio privilegiado de apropriação do real, o instrumento de inserção no mundo e veículo de construção interior. O homem é o único que tem fala de entre os animais. É pela palavra que nos conhecemos e conhecemos o mundo. A linguagem é uma cadeia de sons articulados, marcas escritas ou gestos, é a faculdade do homem de criar símbolos. A linguagem, no sentido próprio, consiste no que o homem se manifesta e comunica. A cultura é todo o conjunto de atividades que são realizadas pelo homem como membro de uma comunidade.  A Linguística é a ciência que estuda a linguagem verbal, o seu objeto material. O adjetivo deixa claro que há vários aspectos da linguagem. A linguagem verbal é intencional e a Lingüística a enquadra como uma atividade comunicativa, com um conjunto de sinais que estão orientados para cumprir funções de ordem informativa. A primeira grande finalidade dos sinais linguísticos é realizar conhecimento, saber e comunicação. A linguagem é o veículo do conhecimento, é a forma por excelência de organizar cognitivamente o mundo. A atividade verbal é social, dialógica, e implica em interlocutores, os indivíduos que desempenham as funções de emissor e receptor, estabelecendo contatos e ligações sócio-afetivo-econômico-espiritual e cultural entre as pessoas. A necessidade de se comunicar liga-se intimamente à condição social do homem, com um impulso irreprimível de estabelecer intercâmbio, de se relacionar. O ser humano é levado a comunicar, a transmitir o que pensa, sente e conhece. Comunicar também significa estabelecer comunidade. Para comunicar, o homem utiliza essencialmente a linguagem, que é um sistema de signos socializado e, um fenômeno cultural, não inato, foi ensinado. O fenômeno da comunicação liga-se em absoluto à feição social do homem. A língua é o principal sistema de comunicação entre os homens e a cultura é a soma dos comportamentos codificados, realizados e interpretados pelos membros da organização social em situações comunicativas, equivale afirmar que cultura é igual a comunicação. A comunicação é um sistema de códigos interdependentes transmissíveis através de canais influenciáveis com base sensorial. Língua é a marca da personalidade, do país natal, e da nação. Sistema semiótico é uma série finita de signos interdependentes entre os quais, através de regras, se podem estabelecer relações e operações combinatórias, de modo a produzir-se semiose. o processo no qual alguma coisa funciona como um sinal.
A formação de novas palavras ocorre por derivação e composição. A derivação é prefixal, sufixal, parassintética e regressiva.  A composição é por justaposição e aglutinação. Na Derivação prefixal utilizam-se, prefixos gregos e latinos. Na derivação sufixal utilizam-se sufixos nominais na formação de substantivos e adjetivos, e sufixos verbais na formação de verbos. A derivação parassintética consiste na utilização simultânea, na mesma palavra, de um prefixo e de um sufixo. Na composição por justaposição duas palavras se unem, com ou sem hífen, sem que nenhuma delas sofra qualquer modificação.  Na aglutinação ocorre modificação em uma delas ou em ambas.
Raiz é o elemento nuclear, primitivo e irredutível da palavra, que exprime a ideia central. Radical é a parte da palavra desprovida do sufixo. Pode ser a própria raiz ou acrescida de outro elemento, caso em que também é chamada de tema. Prefixos são elementos ou partículas que se antepõem ao radical, modificando o sentido da palavra. Originam-se, em sua maioria, de preposições ou advérbios. Sufixos são elementos ou partículas que se pospõem ao radical, para formação de derivados da mesma palavra. Os sufixos podem ser nominais (substantivos e adjetivos) e verbais. Desinência é o elemento final da palavra, indicativa da flexão nominal (gênero, número e grau) ou verbal (modo, tempo, número, pessoa e voz).
O grego e o latim possuem declinações, um sistema de flexões casuais dos nomes, que permite reconhecer a função da palavra na oração por sua terminação. Há três declinações em grego e cinco em latim, conforme o tema. A declinação se dá no singular e no plural e abrange cinco casos em grego e seis em latim. Os casos em grego são: nominativo, genitivo, dativo, acusativo e vocativo. Em latim há um caso a mais, o ablativo.  O nominativo corresponde ao sujeito da oração; o genitivo ao adjunto adnominal; o acusativo ao objeto direto; o dativo ao objeto indireto; o ablativo aos adjuntos adverbiais, e o vocativo expressa um apelo ao sujeito. O ablativo em grego é substituído pelo genitivo ou pelo dativo. As línguas sem declinação, como a portuguesa, valem-se de preposições para substituir as flexões casuais. Em português usa-se a preposição de para o genitivo; a ou para no dativo, e por em lugar do ablativo. O nominativo e o acusativo, ou seja, o sujeito e o objeto direto são identificados por sua colocação na frase, sem necessidade de preposição.
As palavras formadas com elementos de mais de um idioma são chamadas híbridas. O hibridismo deve ser evitado, sempre que possível.     
A Língua Grega: É indo-europeia e sofreu sucessivas alterações e se particularizou. Corresponde à língua que os povos da Europa Central até às estepes siberianas utilizaram cerca de 5.000 a.C. A língua grega integra-se nas ramificações do Indo-Europeu e os textos antigos revelam o seu caráter dialectal. Na Grécia Antiga, no princípio da época histórica, não havia uma só língua comum a todos os gregos. Vários falares ou dialetos apresentam diferenças significativas no aspecto fonético, diversificação explicada por razões históricas, cronológicas, políticas e geográficas. Classificação dos dialetos gregos: Jónico-ático, Acaico, integrando o arcádico, o cíprico e o panfílico; Eólico; Dórico. A língua grega foi reestruturada em 1829. A escrita grega era denominada Linear A e B, com 88 símbolos. Os caracteres usados pelos Gregos eram chamados F o i n i k h i a g r a m m a t a. A língua grega teve mudanças variadas na pronúncia, ortografia, morfologia e vocabulário, e através da união conferida por um só alfabeto, é um verdadeiro símbolo da unidade helênica. Os Gregos cedo se afastaram culturalmente dos não-Gregos. Surge dai a dicotomia Grego-Bárbaro. Bárbaro era o que não falava grego, o sentido de bárbaros liga-se a um som áspero, rude, ininteligível, incivilizado. A língua grega é um fundamento basilar do Português, em quantidade e em qualidade! Os Gregos, quando se referiam ao seu país, utilizavam o topônimo Hélade, que deriva de Heleno, chamavam-se a si mesmos de Helenos. O topônimo Grécia e o etnônimo Gregos têm uma origem latina (Graecia e Graeci) e originariamente designavam uma região e um grupo étnico do litoral do Epiro.
A Língua Portuguesa: O português é uma língua derivada do latim falado na Roma antiga. Depois foi influenciada pelo árabe, pelo hebraico, pelo francês, pelo inglês, pelo japonês, pelo alemão e marcantemente pelo grego. Inúmeras palavras que enriquecem o português vieram da língua grega.
Vocábulos Gregos disseminados nos Idiomas: Oftalmo (olho), oftalmologista (estuda os olhos), Oto (ouvido), Otite (inflamação do ouvido), Otalgia (dor de ouvido), algia (dor), cefalalgia (dor de cabeça), encéfalo(dentro da cabeça), acéfalo (sem cabeça), analgésico (sem dor), Rino (nariz), nefrite (inflamação renal), gastrite (inflamação estomacal). Rinoceronte (chifre no nariz), Laringo (garganta), Logia (estudo), biologia (estudo da vida), geologia (estudo da terra), cardiologia (estudo do coração), etimologia (estudo da origem das palavras), ista (sufixo: ofício, ocupação), Micróbio (curta vida), miocárdio (músculo do coração),  helicóptero (asa é a hélice), ortografia (correta escrita), hematofobia (aversão a sangue), kosmos (ordem mundial), akosmia (desordem mundial), sicofanta (patife, impostor), antropo (homem): antropologia, antropóide, pitecantropo, antropopiteco, misantropo, filantropo, antropófago, antropofagia, antropocêntrico, antropófobo, antropogénese, antropografia, antropolatria, antropólatra, antropólito, antropólogo, antropomancia, antropometria, antroponímia, antroposofia, antropoteísmo, antropoterapia, antropozóico, teofilantropia; peso (baro): barógrafo, barologia, barómetro, barometrografia; game (casar): agamia, agâmico, âgamo, endogamia, poligamia, bigamia, fanerogâmica, criptogâmica; geo (terra): apogeu, geocêntrico, geocinético, geodesia, geodinâmica, geogenia, geografia, geognosia, geodesiografia, geologia, geólogo, geomancia, geometria, geomorfologia, georama, geostática, geotectónica, geotermia, geotropismo; dinami (força): díname, dinamia, dinâmico, dinamismo, dinamite, dinamizar, dínamo, dinamógrafo, dinamómetro; fígado (hepato): hepatal, hepatalgia, hepático, hepatismo, hepatite, hepatização, hépato, hepatografia, hepatologia; zoo (animal): zoóbio, zoobiologia, zoocarpo, zoodinâmica, zoocina, zoodomácia, zooelectricidade, zooética, zoofagia, zoófago, zoofilia, zoófito, zoofobia, zoogenia, zoogeografia, zoogleia, zoogonia, zoógono, zoólatra, zoólito, zoologia, zoomorfia; hélio (sol): heliocêntrico, heliocromia, heliofilia, heliofobia, heliografia, heliogravura, heliómetro, helioplastia, helioscopia, heliose, heliostático, helióstato, heliotipia, heliotropia, heliotrópico, heliotropismo; teo (Deus): teísmo, teísta, teocracia, teodiceia, teófago, teofania, teofilantropia, teofobia, teogonia, teologia, teologismo, teólogo, teomancia, teomita, teomante, teomitologia, teopsia; metron  (medida): métrico, metrografia, metrologia, metrologista, metromania, metrónomo, metrópole, metropolita, cronometria, hidrometria, geometria; xeno (estrangeiro); xenofilia, xenófilo, xenofobismo, xenofonia, xenografia, xenógrafo, xenomania, xenômano; oligo (pouco, pequeno): oligarca, oligarquia, oligoceno, oligóclase, oligoquetas; pato (doença): patogénese, patogenia, patognómico, patologia, patológico, patologista, simpatia, antipatia;  pedo (criança): pedagogia, pedagogo, pediatria, pedófilo, pedologia; potamo (rio): potamides, potamita, potamografia, potamologia, potamónimo, hipopótamo, Mesopotâmia; proto (primeiro): protagonista, protonauta, protonotário, protoplasma, protótipo, prototórax, protozoário; sema (sinal): semafórico, semáforo, semantema, semântica, sematologia, polissemia; sofo (sábio), sofia (sabedoria): sofomania, sofómano, filósofo, filosofia, teosofia; topo (lugar): topofobia, topografia, topógrafo, topologia, toponímia, topónimo, tópico; hidro (água): hidratar, hidrato, hidráulico, hidremia, hídria, hidriatria, hídrico, hidroavião, hidrosfera, hidrófilo, hidrofobia, hidrófobo, hidróforo, hidrogenia, hidrogeologia, hidrognosia, hidrografia, hidrólatra, hidrólise, hidrólogo, hidromancia, hidromântico, hidrometria, hidromia, hidrópata, hidrópico, hidropírico, hidroplano, hidrópota, hidrorragia, hidrorreia, hidroscopia, hidrostática, hidrotecnia, hidrotérmico, hidrótico, hidrotipia, hidrúria, hidromedusa; filo (amigo): filodérmico, filodinastia, filoginia, filologia, filomatia, filosofia, filotecnia, filotimia; crono (tempo): crónica, cronista, cronografia, cronógrafo, cronologia, cronometria, cronómetro, cronônimo, cronoscópio; psique (alma): psicalgia, psicanálise, psicofisiologia, psicogenia, psicognosia, psicografia, psicógrafo, psicologia, psicólogo, psicometria, psicopata, psicose, psicoterapia, psiquiatria, psíquico, psiquismo. Radicais, prefixos e sufixos gregos: agogô, algia, arca, arquia, astenia, céfalo, cracia, doxo, dromo, edro, fagia, fago, filia, fobia, fobo, foro, gamia, gamo, gêneo, glota, glossa. demagogo, pedagogo, cefalalgia, nevralgia, heresiarca, monarca, autarquia, monarquia, neurastenia, psicastenia, dolicocéfalo, microcéfalo, democracia, plutocracia, heterodoxo, ortodoxo, hipódromo, velódromo, pentaedro, poliedro, aerofagia, antropofagia, antropófago, necrófago, bibliofilia, lusofilia, fotofobia, hidrofobia, xenófobo, zoófobo, electróforo, fósforo, monogamia, poligamia, bígamo, polígamo, heterogêneo, homogêneo, poliglota, isoglossa.
Expressões gregas:
->Fiel como Penélope: esperou fielmente 20 anos pela volta de Ulisses.
->Ser sábio como Nestor: símbolo da prudência e sabedoria.
->Ser um beócio: Ser pouco inteligente.
->Ser um Édipo: decifrar enigmas.
->Passar entre Cila e Caríbdis: Ser símbolo de coragem.
->Cavalo de Tróia: simboliza a traição.
->Olhar esfíngico: um olhar misterioso, enigmático.
->Olhar de lince: olhar penetrante.
>Olhar de Argos: ver tudo.
->Ser anfitrião: o que recebe bem em casa.
->Ser um sósia: pessoa muito parecida.
->Ter um olhar de Medusa: olhar que petrifica.
->Um labirinto: uma questão intrincada sem saída aparente.
->Ser um dédalo: simboliza  engenhosidade  e  habilidade.
->Ser uma megera: mãe ou mulher cruel.
->Encantos de Circe: feitiçaria poderosa transformadora de seres.
->Encantos de Medeia: feitiçaria que atrai apaixonados.
->Ser um Ícaro ou tentativa icária: voar demasiado alto, atrevimento.
->Barca de Caronte: viagem das almas ao Hades.
->Calcanhar de Aquiles: o único ponto fraco de cada um.
->Canto das sereias: atraíam até à perdição os marinheiros incautos.
->Um nó górdio: um nó que ninguém desfazia.
->Educação espartana: alusão à rígida educação, plena de austeridade e sobriedade.
->Espada de Dâmocles: símbolo de perigo iminente.
->Ficar para as calendas gregas: para o dia de São Nunca.
->Lei draconiana: severidade.
->Pedra de Sísifo: castigo de rolar eternamente um rochedo como castigo interminável.
->Ser narcisista: apaixonar-se por si próprio.
->Ser como Creso: ter colossal riqueza.
->Suplício de Tântalo: castigo de ver o que deseja e precisa, tudo estando próximo, mas inalcançável.
->Tomar a nuvem por Juno: apanhar algo pensando ser o que aparenta, mas na verdade não é. Ser enganado pelas aparências.
Heranças gregas:
->Psicanálise: Complexo de Édipo, Complexo de Electra, Complexo de Zeus, Complexo de Prometeu, Complexo de Narciso, Complexo de Fedra, Complexo de Faetonte.
->No Dicionário Etimológico de Antenor Nascentes, com vocábulos da Língua Portuguesa existe 16.079 Palavras de origem grega.  A língua grega é um fundamento basilar do Português, tanto em quantidade como em qualidade. E foi enriquecida com inúmeros helenismos por via erudita. Porém, a maioria dos vocábulos gregos evoluíram para a língua portuguesa por via popular.
->A grande parte das raízes gregas encontra-se em vocábulos de carácter científico de física, química, biologia, medicina e cirurgia, geografia, mineralogia.
->Da Grécia, veio um património linguístico e um universo cultural que  estruturou a língua e a cultura ocidental
->Principais prefixos gregos usados na medicina: a, an - privação: acloridria, afasia, anaeróbio, analgésico;  an, ana - para cima, para trás: anionte, anaplasia ; ana - de novo: anamnese, anastomose;    anti - contra: antiemético, antídoto, antissepsia; apo - separação, derivação: apócrino apófise, aponeurose;  dia - através de: diagnóstico, diafragma, diarréia, diáfise, diálise;   dis - dificuldade: disfagia, dispnéia, dislalia, distrofia, disúria;   ecto - fora de, exterior: ectoderma, ectópico, ectoparasito;  endo - dentro, parte interna: endocárdio, endógeno, endotélio;  epi - sobre: epiderme, epidemia, epífise, epidídimo;  eu - bem, bom: euforia, eugenia, eutanásia;  exo - para fora, externo: exoftalmia, exosmose, exógeno;  hemi - metade: hemisfério, hemiplegia, hemicrania, hemicolectomia; hiper - aumento, excesso: hipertrofia, hipertonia, hiperglicemia;   hipo - diminuição ou posição abaixo: hipocloridria, hipocôndrio;   iso - igualdade: isotérmico, isogênico, isótopo, isotônico ; meta - mudança, sucessão: metamorfose, metafase, metacarpo; neo - novo: neoplasia, neoformação, neologismo;  oligo - pouco: oligospermia, oligúria, oligofrênico;  orto - reto, direito: ortognata, ortopedia, ortodontia;  pan - todo: pancardite, pangastrite, pandemia, pan-hipopituitarismo;  pen - escassez, pobreza: citopenia, leucopenia, linfopenia;  para - proximidade: parasito, paratiróide, paramétrio, paranormal; peri - em torno de: periarticular, periférico, peritônio, pericárdio; poli – muito: policitema, polidipsia, polimenorréia, poliúria;  pro - anterioridade: prognóstico, proglote;  sin - idéia de conjunto, simultâneo: síndrome, sincrônico, sincício.
->Principais sufixos gregos usados na medicina: ase - enzima: amilase, lipase, fosfatase, transaminase; ia - coleção, qualidade, ciência: enfermaria, assistolia, cardiologia; ismo - doença, sistema, crença: alcoolismo, botulismo, vitalismo; íase - doença causada por parasito ou bactéria: amebíase, hanseníase;  ite - inflamação: apendicite, gastrite, cistite, miosite; óide - semelhante a: mastóide, esfenóide, esquizoide;  oma - tumor: mioma, carcinoma, sarcoma;  ose - doença não inflamatória, ou degenerativa: artrose, dermatose.
->Termos médicos oriundos do grego.        Termos formados diretamente de elementos gregos. A maioria dos termos da medicina são compostos de temas ou radicais gregos.
  “Não existe trevas ou escuro; o que ocorre nestas circunstâncias é a ausência da luz e de luz. A luz existe e gera a luminosidade. (EM).”
 


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