INTROSPECÇÃO REFLEXIVA

INTROSPECÇÃO REFLEXIVA

E-mail: ernidiomigliorini@gmail.com

Nada é permanente, tudo muda. Não se consegue reviver o passado, aquilo que passou.

  Precisamos cada vez mais e continuamente ter autoconhecimento e aprender a comunicação mental com os nossos próprios sentimentos e emoções. Ensejando com isto a possibilidade de condicionar-se positivamente e firmar autopactos filosóficos e ideológicos em nossa existência.

É edificante humanisticamente partilhar dos sentimentos e emoções dos outros. Como forma de atenção, orientação, conforto, identificação e apoio emocional.

O amadurecimento pessoal é construído pela aprendizagem existencial, do que é benéfico, do que é moral e ético, do comportamento e procedimentos mais adequados, do que é resolutivo e eficaz para o bem estar e o sucesso amplo. E que  isto traga satisfação para todos e não prejudique ninguém.

Temos que aprender as nos aceitar com o que temos física e mentalmente, como indivíduos corpóreos. Enxergar o valor que temos em nós próprios. Nos valorizar potencialmente. Sentir autoestima e apreço. Agindo assim, os outros vão nos visualizar positivamente. Porque a variedade de tipos é imutável. Cada um é apenas ele, um indivíduo único. Mas é completo.

Sentir vergonha, timidez, acanhamento decorre de fatos ocorridos, principalmente, nos primeiros anos de existência. Não é indicador de não ter qualidades convencionais, estereotipadas socialmente. Isto é superado na fase adulta, com a consciência do que somos realmente e com determinação e propósito firme de exteriorizar o potencial que temos armazenado dentro de nós. Vale muito mais o interior, daquilo que a matéria corporal manifesta.

Geralmente quem mais precisa de ajuda, são aqueles que entendem não precisá-la. As terapias minimizam os sofrimentos e reduzem as tristezas. E devem ser utilizadas, estrategicamente, para curar e gerar um estado de ânimo emocional, de harmonia cósmica, felicidade, alegria, motivação, atitude e ação.

É evolutivo praticar mudanças em vários sentidos existenciais. Algumas mudanças exigem planejamento, esforço, inteligência, tempo e perseverança. Mas, sempre trazem resultado positivo e contribuem para a renovação do ânimo e também estimulam à tomada de decisões para avançar rumo à concretização de sonhos pessoais.

A relação mais intima que podemos ter é conosco mesmo. E depois troná-la extensiva aos nossos amados, já qualificada pelo sentimento humano, de afeto, carinho, delicadeza, meiguice e consideração recíproca. Tudo o que é sadio, honesto, justo, bondoso, benéfico e fraterno se expande no Cósmico Universal.

Diante de imensas decepções, sofrimentos, ultrajes, angústias, injustiças, traições, nunca perder o controle pessoal; aguardar, analisar, avaliar e continuar mantendo a existência vigorosa. Chega um momento em que sentimos autocompaixão genuína. Tudo passará e será retomada a normalidade, fortalecida pela subjugação do obstáculo. Respirar lenta e profundamente e em algumas horas, o efeito desastroso passa.

Como adultos, com maturidade, jamais assumir o papel de vítima. Encarar a responsabilidade e agir, tempestivamente, para que tudo melhore e a nossa história existencial fale, do que fomos e somos capazes. Mercê dos dons e talentos que detemos por dádiva do Supremo.

Quando ambientes ou relações trazem à tona negatividade é necessário bani-los da nossa senda. Erradicar e apagar para purificar os sentimentos e emoções.

Não conseguimos ajudar a quem não quer ser amparado. Isto se aplica, primeiramente, a nós mesmos. Se nós não construímos na nossa mente o ânimo de batalhar e vencer os desafios, obstáculos e tombos, não temos condições de soerguimento pessoal e nem de apoiar solidariamente aos demais.

Se sentirmos que o que estamos fazendo não tem nada a ver conosco, devemos parar e partir para outra atividade. Mas nunca desistamos de nós mesmos.

As vezes, o modo como as pessoas nos tratam não tem a ver com o que pensam a nosso respeito, mas com a história de existência delas e com o que está acontecendo com elas naquele dia. Devemos ter em mente que nós não somos o centro do mundo de mais ninguém. O que as pessoas acham, pensam e sentem a nosso respeito; não é o que  pensamos e sentimos a nosso respeito. Devemos ser quem somos, fiel aos  sentimentos e necessidades, sem querer tentar agradar ou imitar os outros. Permitamos que o atrito com a realidade nos transforme.

Podemos ter muito dinheiro e não nos sentirmos felizes ou, ter pouco dinheiro e  sentir-se bem, tranqüilo e em paz continuada. Todavia, o dinheiro, em si, dá uma sensação de segurança material e financeira e no sistema de sociedade, é decisivo para existir. Tem muitas coisas que não dá para mudar, por mais determinados que sejamos. Mas, sempre é possível mudar o modo como vemos as coisas. Aprendendo a trocar de narrativa.

O nosso corpo precisa de nutrição saudável, repouso e atividades físicas. A nossa mente necessita da atividade de treino da atenção, conteúdo e relações enriquecedoras, sono, meditação e criatividade.

“Cada vez mais, precisamos, efetivamente, saber existir com plenitude de conhecimento pessoal, para desfrutar de todo potencial com que fomos forjados. Tendendo à perfeição original. (EM).”