quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL
As relações do homem com a tecnologia, nas suas variáveis: hipertecnologia, inteligência artificial, nanotecnologia e biotecnologia, determina a ocorrência de riscos, ainda não sobre pleno controle. Não há limites intransponíveis para a tecnologia, ela sempre prosseguirá.
A inteligência artificial numa simbiose com  a biotecnologia está gerando seres artificiais conscientes. Sinalizando para o processo de replicação do ser humano. Mesmo sem uma compreensão completa da natureza da consciência humana. Robôs associados a cérebros humanos vão gerar inteligência artificial biológica; nisto está convergindo a robótica e a neurociência, modificando a antropologia.
Os contemporâneos estão absolutamente dependentes da Informática e da Internet. Cada vez mais profundamente nos adaptamos a este quadro, acabamos nos tornando extensão e periféricos em relação a esta tecnologia, que adquiriu vida própria e coordena o ritmo humano. Tendendo, estas tecnologias mentais, a substituir os humanos no seu raciocínio, memória e capacidade de calcular; exigindo que a plasticidade do cérebro se reconfigure com mais agilidade. A tecnologia, quase autônoma, passa a orientar até temas filosóficos. Estamos perdendo espaço para a ficção científica.
Um programa de computador manipula símbolos, que não tem significado algum para esta máquina; por enquanto! Como a consciência e a inteligência são exclusivas dos humanos, com os seus cérebros biológicos complexos, para produzir inteligência artificial, será necessário replicá-lo. O movimento transumanismo está adiantado nisso, com a tese do surgimento de vida a partir da matéria inanimada; culminando com o abandono da mente humana, gradativamente, da sua base neural e migrando para uma nova base material que substitua o seu corpo perecível. Com o cérebro podendo ser escaneado e transformado num software, cabível num minúsculo computador. Os transumanistas já vislumbram isso brevemente. Segundo eles o fenômeno da singularidade, vai chegar a um nível em que o tempo será zero ou nulo. Neste momento a inteligência das máquinas será igual à inteligência humana e assim as máquinas herdam consciência humana, num processo de replicação mecânica. Neste estágio chips implantados no cérebro, ensejarão falar e escrever em todos os idiomas; raciocinar e manipular velozmente; expandindo imensamente a memória humana e até uma conexão permanente com a Internet. Palavras pronunciadas podem ser lidas em inscrições no espaço, sem tela.
Outro estágio, segundo os transumanistas, é a intervenção no código genético, o DNA. Com a sua consequente manipulação. Uma máquina cuja inteligência se iguala a do ser humano, inclusive com emoções e sentimentos; que seleciona informações relevantes, necessárias para agir apropriadamente. Decorre desse avanço tecnológico o risco de geração de robôs pouco amigáveis, humanoides inteligentes alienígenas ameaçadores incontroláveis e autônomos.
Neste mesmo diapasão tecnológico, serão construídos robôs para os cérebros humanos. Não replicando a vida, mas associando-se a ela. Estes robôs terão mais capacidade do que os humanos, para processar informações e aprendem com os seus erros para não repeti-los. A biotecnologia conceitua-se na ideia da replicação de humanos através da inteligência artificial. As máquinas do futuro chegarão ao auge de ter corpo de carne e osso, como androides, mas não nascem e nem morrem como os humanos; são produzidas e mais tarde, defasadas, são desativadas. Produzirão outras máquinas mais inteligentes, então será a última era da tecnologia. Nada mais se acrescentará é o ápice tecnológico. Elas vão gerar tecnologia eficiente, mas talvez incompreensível para a inteligência humana. Chegar-se-á a um nível de máquinas espirituais.
Conceito de virtual: é uma alucinação consensual. Uma prótese intersubjetiva para ampliar a imaginação. Um sonho lúcido. Ambiente sintético que se mistura com a experiência cotidiana.
Com a singularidade gera-se dispensabilidade de certas funções, modifica-se o conceito do trabalho humano, os valores monetários dos bens, as vendas, as compras, as profissões terão uma nova reconfiguração espantosa. Resultando, em síntese, a substituição de tudo, pelas máquinas. Uma emanação cósmica transcendente reflete que a inteligência humana não é mais única e nem  abrange todas as formas possíveis de existência inteligente. O ser humano criará as máquinas, elas serão mais inteligentes do que ele e vão se tornando autônomas. Isto já ocorre no presente, onde vários cientistas foram vítimas dos seus próprios inventos.
O humano chegará num momento em que se não se associar com as máquinas não conseguirá mais gerir a sua existência. Terá que praticar a estratégia: não podendo competir com uma realidade maior do que o seu potencial, a única forma é aliar-se e aderir. Já estão no mercado veículos auto dirigíveis, isto é uma sinal da supremacia e autonomia alarmante e preocupante das máquinas. Seremos controlados pelos nossos próprios inventos. A grande revolução científica está na intervenção da robótica, diretamente no contexto biológico e físico do ser humano. O biônico é uma realidade, o implante de órgãos gerados pela inteligência artificial no corpo humano será uma realidade cruel, uma mistura homem-robô e assim também será na robótica; mistura robô-homem. Com interferência direta no DNA e aplicação do seu código genético binário e as suas variações, construindo corpos vivos para os robôs. Não é o material do que é feito o ser vivo, o importante; mas como ele é combinado com moléculas de carbono. Os neurônios serão, progressivamente, substituídos por neurônios de silício.
Os computadores são capazes de mudar a sua programação aleatoriamente. Eles aprendem com repetição das funções. Com inteligência artificial podem fazer escolhas, criar ideias, ter reações, intenções, ter plena autonomia e consciência. Mas, pouco farão no tocante a ponderar e refletir sobre as consequências dos seus impulsos. O Robô é totalmente inorgânico. Os humanos que sofrem intervenção da robótica são ciborgues.
A inteligência artificial ajudará a tornar os humanos mais inteligentes e capacitados, alterando o código genético, o DNA humano. Também está em pauta a longevidade humana, através da mistura do DNA humano com o de alguns animais mais longevos, além disto a ampliação da capacidade de visão, a expansão da memória. Em suma, a unificação da ciência da computação com a neurociência.
“Filosoficamente, uma verdade é o degrau para descobrir outra nova verdade e assim sucessivamente, pois o conhecimento e o infinito são infindáveis. E o invisível é que gera e move o visível. (EM).”


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