terça-feira, 15 de setembro de 2015

INGLÊS


INGLÊS
Publico o artigo de Adriana L. Albertal - Diretora da Seven Educacional, área da Seven Idiomas que implanta programas bilíngues certificados por Cambridge English em colégios e universidades.
Qualidade Acadêmica - Setembro/2015.
É preciso encarar a responsabilidade de tratar o inglês como uma das prioridades do Brasil
Enquanto as universidades do mundo inteiro se esforçam para aumentar o número de alunos e professores estrangeiros em seus cursos, no Brasil o processo está apenas engatinhando. Uma das causas é a falta de profissionais com fluência em inglês e didática adequada para lecioná-lo de forma efetiva. A Meta 6 da UNESCO se refere à necessidade de melhorar a qualidade de educação e garantir resultados mensuráveis de aprendizagem para todos.
É consenso na comunidade acadêmica global que a presença de alunos e professores estrangeiros em universidades enriquece não só o ambiente de ensino, mas a própria cultura de um país. Os estrangeiros trazem um repertório diversificado de idéias, mostram soluções encontradas de forma diferente para os mesmos problemas, revelam experiências sociais e históricas distintas e uma série de contribuições capazes de ajudar na evolução dos países para onde se deslocam em áreas como saúde, negócios, inovação e ciências. Por outro lado, o país precisa se desenvolver tecnologicamente e o intercâmbio de profissionais provindos de países mais desenvolvidos é essencial. O Brasil deseja impulsionar e se beneficiar desse relacionamento, mas tem encontrado muita dificuldade em atraí-los basicamente por uma razão: poucos brasileiros falam inglês. Professores e alunos estrangeiros não conseguem se inserir confortavelmente neste contexto.
Números do Ministério das Relações Exteriores mostram que entre janeiro e agosto do ano passado foram emitidos 11.341 vistos temporários para estudantes estrangeiros, o que significam 760 pessoas a mais do que o registrado no mesmo período de 2013. Mesmo assim, as informações da UNESCO revelam que o Brasil ainda perde para todos os países do BRICS, grupo que inclui Rússia, Índia, China e África do Sul, na hora de receber estudantes estrangeiros.
Mas, como podemos entender isto diante de um cenário que aparentemente não deveria nos conduzir a este resultado? É fato que a maioria das escolas particulares ensina o idioma inglês. A educação pública também tem a língua como obrigatória no currículo escolar. Além disso, as redes especializadas proliferam levando o mercado de escolas de idiomas a figurar entre os que mais crescem no segmento de franquias.

Com tamanha abundância de ensino, porque não temos docentes capacitados a ensinar inglês? A resposta pode ser dada pela própria UNESCO. A Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura divulgou recentemente um estudo sobre o cumprimento de metas estabelecidas para os países há 15 anos. Entre os seis objetivos traçados, o Brasil alcançou apenas dois e talvez o que esteja mais longe de ser alcançado seja a Meta 6. Ela estabelece a necessidade de ‘melhorar a qualidade da educação e garantir resultados mensuráveis de aprendizagem para todos’.
Brasil tampouco alcançou a Meta 4, mais próxima: ‘Alcançar uma redução de 50% nos níveis de analfabetismo de adultos até 2015’.
Quando então alcançaremos a Meta 6 que o país tanto precisa, principalmente no tocante ensino da língua inglesa?

A maioria dos colégios particulares brasileiros ainda não investem em know how didático especializado para obter resultados de aprendizagem concretos em inglês. É freqüente que os professores que lecionam inglês em colégios não conheçam suficientemente o idioma ou não tenham um efetivo preparo didático. As faculdades que formam professores de inglês não preparam seus alunos no idioma nem os formam metodológica e didaticamente. Com freqüência, os cursos de formação de professores são em português.
Romper com este ciclo é fundamental. É necessário se certificar de que aquilo que foi ensinado foi realmente aprendido. Só a inclusão do inglês como uma das prioridades nos esforços de melhorar a qualidade da educação no país pode conseguir isto. É responsabilidade de cada gestor educacional refletir sobre esta questão: o seu curso de inglês ensina inglês de forma comprovada ou é um curso apenas para cumprir com a exigência do MEC e “só para inglês ver”?
“Não há como desconhecer certas realidades, próprias, desta época de grandes transformações mundiais. (EM).”





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