terça-feira, 23 de setembro de 2014

OS INDICADORES DE DESENVOLVIMENTO E RIQUEZA NÃO SÃO ABSOLUTOS

OS INDICADORES DE DESEVOLVIMENTO E RIQUEZA NÃO SÃO ABSOLUTOS
E-mail: ernidiomigliorini@gmail.com
O indicador que mede a soma anual dos bens e serviços produzidos, não mede, resultados ou progressos obtidos pelo País. o PIB é uma cifra que, tecnicamente, ajuda a medir a velocidade mas não diz o que é produzido, com que custos ambientais e nem para quem. É bom crescer mais. Mas, com o objetivo fundamental de as pessoas viverem melhor. O PIB não mede os resultados, mede a intensidade de uso dos recursos. Enquanto o PIB atinge recordes. A Amazônia teve vinte e oito mil quilômetros quadrados derrubados de floresta. Isto gera atividade econômica,  aumenta o PIB,  mas é nocivo para o País. Quando são jogados dejetos e lixo nos rios, isto obriga o estado a contratar desassoreamento dos rios, isso aumenta o PIB. Mas degrada o meio ambiente e diminui a qualidade de vida. Quando aumenta a criminalidade, mais medidas de combate ao crime e de segurança são adotadas, isto está aumentando o PIB. Mas, a insegurança das pessoas limita a sua liberdade. Quando se melhora o nível de saúde da população e as pessoas adoecem menos, compram-se menos medicamentos e há menos hospitalização, ocorre redução no PIB. Então é importante entender que o PIB não mede resultado, mede a intensidade de uso dos recursos e as pessoas pensam que o PIB é bom porque o associam ao emprego. O PIB pode estar caindo e mesmo assim ainda pode haver pleno emprego. As pessoas que estão estudando, ainda não contribuem para, somente mais tarde, mas isto é um indicador de desenvolvimento. Por outro lado, só para justificar que os indicadores nunca são absolutos, a mão de obra atual, em que o analfabetismo funcional atinge mais de um terço, embora com uma produtividade relativamente baixa, contribuem para a elevação do PIB. O investimento nas pessoas faz com que fiquem mais operacionais e reflete no PIB, posteriormente; e também é um indicador de desenvolvimento amplo.
O PIB não é indicador de riqueza. Porque para medir riqueza, se mede patrimônio. O PIB não mede bilhões de fortunas brasileiras em paraísos fiscais e não mede a concentração do patrimônio de quem controla a terra, mede apenas a intensidade de uso de recurso durante um ano, mede apenas o fluxo. A riqueza aumenta quando o seu estoque de riquezas cresce. Nem sempre o aumento de riquezas melhora a qualidade de vida das pessoas; pode até, embora não intencionalmente, piorar, pelos problemas que gera colateralmente.
Os indicadores devem incluir a renda, a saúde, o acesso a conhecimento, as condições ambientais, de segurança pública, de expectativa de vida, de acesso à internet, da transformação que está em curso, Indicadores de Progresso Social (IPS), de mobilidade social, de redução das situações críticas como as de insalubridade, da desigualdade, de capacidade real de compra, a  renda domiciliar per capita, o nível de emprego e de inclusão social.
 BANCO CENTRAL: é uma instituição que se ocupa principalmente dos problemas monetários:
1)   Inflação;
2)   Taxa de juros;
3)   Taxa de câmbio entre a moeda nacional e outras;
4)   Emissão de moeda;
5)   Supervisão da reserva monetária;
6)   Operações de mercado aberto como leilões, depósitos compulsórios, políticas de crédito, redesconto.  Empréstimos e similares;
7)como vigilante dos Bancos Comerciais, para garantir que estes Bancos cumpram as Normas que o Banco Central formula.


Independência do Banco Central:
A forma de independência da instituição em relação ao Estado é a autarquia.
Autarquia Administrativa - pessoa jurídica de direito público, criada por lei específica, que dispõem de patrimônio próprio e realiza atividades típicas do Estado, de forma descentralizada. O que significa ter praticamente as mesmas prerrogativas e sujeições da administração direta. O seu regime jurídico pouco se diferencia do estabelecido para esta, aparecendo, perante terceiros, como a própria Administração Pública.
No BC autárquico, os técnicos podem fixar as variáveis como indica seu critério, desde que sejam compatíveis com as metas de Estado e do povo. Ou seja, as metas devem ser consultadas com o Executivo, com o Conselho e, se houver dúvidas, com uma Consulta Popular, no caso de que o problema seja de interesse geral.
Como funciona o BC do Brasil:
Todos os dias, às nove horas, antes que o mercado aberto comece a operar, o BC estima a posição líquida das reservas dos bancos, com vistas à colocação de títulos públicos, a estabelecer a taxa de juros desejada e, dessa forma, controlar a liquidez. Em geral, coloca títulos em excesso, para impedir que a taxa de juros fique abaixo do nível desejado; mas, para que isso seja possível, oferece às instituições financeiras a garantia de recompra, no fim do dia, dos papéis que ficaram sem tomador final. Na prática, esse mecanismo permite que o Bacen coloque uma massa de títulos superior às disponibilidades de recursos a serem aplicados. As instituições aceitam essa política, porque o Bacen lhes garante os recursos não conseguidos no mercado, no fim do dia. Por outro lado, esse mecanismo permite que o Bacen fixe com mais tranqüilidade a taxa de juros. Mas, com essa prática, ele acaba sancionando um verdadeiro círculo vicioso que frustra o objetivo de sua política, pois, através dela, sanciona as aplicações diárias, estimula as instituições a ampliarem sem limites suas aplicações, refinancia o Tesouro, reforça a liquidez e garante aos aplicadores alta liquidez, praticamente sem custo e sem risco.
“O silêncio oportuno evita uma porção de contratempos. (EM).”




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