quarta-feira, 28 de agosto de 2013

VEÍCULO REBAIXADO


VEÍCULO REBAIXADO
E-mail: ernidiomigliorini@gnail.com
De todas as alterações veiculares, o rebaixamento da suspensão é a modificação que requer maior análise, porque envolve a segurança dos ocupantes.
O sistema de suspensão serve para absorver as irregularidades do solo, oferecendo estabilidade e preservando a estrutura do veículo. As montadoras adotam um ajuste que deixa o veículo mais confortável, para não ocasionar solavancos, ante a irregularidade das vias de circulação. Quando se mexe em amortecedores e molas, para rebaixar o veículo, abaixando o centro de gravidade dele, melhorando a aerodinâmica e a estabilidade, deixando-o mais esportivo, transfere-se mais as irregularidades do piso para quem está nele,  fica mais duro e menos confortável.
Existem dois tipos de Suspensão: móvel ou fixa. As móveis ou variáveis não podem ser legalizadas e usadas no veículo, se não vierem de fábrica. O Inmetro não aprova a instalação de suspensão a ar comprimido e suspensão com rosca, de acordo com o artigo 6º da Resolução 292, de 29/08/2008, do CONTRAN.
Um dos motivos é a segurança: a altura variável compromete a estabilidade, necessitando de conferências freqüentes da geometria.
É uma questão em que o motorista deve decidir entre o conforto e a esportividade. Os veículos modernos adaptam-se automaticamente às condições da pista.
Na suspensão fixa, a alteração das molas e dos amortecedores deve ser vista criteriosamente.
Antes de fazer qualquer alteração nas molas é importante saber que os fabricantes utilizam softwares para o seu dimensionamento, porque o cálculo envolve um grande número de variáveis como quantidade de elos, diâmetro, comprimento, carga, grau de inclinação dos elos, tensão máxima de cisalhamento do material, e outras.
Além destas variáveis, os engenheiros avaliam a geometria da suspensão para identificar as solicitações a que esta mola estará sujeita e, por último, são indicados os tratamentos térmicos que serão aplicados durante o processo construtivo.
Os técnicos em suspensões não recomendam qualquer modificação nas molas para diminuir seu tamanho, seja o corte de alguns elos, grampos ou mesmo aquecimento. Em médio prazo, aparecem problemas: amortecedores estourados, trincas na longarina, trincas no túnel e batentes dos amortecedores danificados.
Querendo alterar as molas, o recomendável e adquirir kits de molas esportivas, específicas para cada modelo de veículo. Dimensionadas pelo fabricante, garantem a diminuição da altura com algum conforto e, oferecem uma sobrevida aos demais componentes da suspensão.
Os amortecedores controlam as oscilações superiores e inferiores das molas.  Colocando um kit de molas esportivo deve-se também substituir os amortecedores originais por um kit de amortecedores esportivos, especificados para cada modelo de veículo. Eles são dimensionados para atender a carga e o curso das novas molas.
As mudanças das características veiculares devem ser legalizadas, por isto deve-se verificar se a mudança que se pretende fazer no veículo é permitida. De acordo com as Resoluções 291 e 292 do CONTRAN. Previamente, deve ser solicitada a autorização do Delegado do DETRAN, qualquer alteração das características  veiculares.
De posse da autorização prévia mais a nota fiscal dos serviços realizados no carro, procurar um posto de inspeção autorizado pelo Inmetro para fazer a avaliação da nova suspensão
 Caso seja aprovado, o proprietário receberá o Certificado de Segurança Veicular (CSV) expedido pelo Inmetro.
 Depois é preciso levar o CVS ao DETRAN para registrar as modificações e alterar o documento do veículo, o Certificado de Registro e Licenciamento de Veículos (CRLV), incluindo no campo de observações do documento a altura da nova suspensão, medida do solo ao farol do veículo.
Nos veículos rebaixados devem ser evitadas altas velocidades. A situação fica delicada quando o projeto original é alterado, diante do risco de estouro de um amortecedor ou quebra de uma mola. Este fato merece atenção redobrada em relação aos cuidados com a manutenção preventiva.
Mudou, tem que legalizar, e isto envolve uma burocracia. E mesmo estando com a documentação legalizada, a maioria das companhias de seguro não cobre os sinistros de veículos rebaixados.
“É relevante ter um exato conceito do que é compatibilidade, para compreender o que é incompatível. (EM).”




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