sexta-feira, 12 de outubro de 2018

CÍCLICO E LINEAR


CÍCLICO E LINEAR
E-mail:ernidiomigliorini@gmail.com
 A rigor no Universo tudo é cíclico, nada é linear. Tudo se transforma, tudo se renova, tudo se movimenta com ênfase cíclica.
Ciclo é um período que marca a sucessão de fenômenos que se repetem sistematicamente. A cada ciclo os fenômenos astronômicos se reproduzem sucessivamente na mesma ordem.
O ciclo tem algumas características bem significativas: é representado por uma forma circular; o seu inicio e o seu término acontecem no mesmo ponto; o seu percurso abrange 360 graus e a cada período que se fecha, deixa sempre um resultado, um produto. Um sistema que volta ao seu estado inicial e se refaz com fidelidade. Que volta ao início e começa novamente, em círculos.
A expressão bicicleta originou-se pelo fato, desse veículo ter duas rodas, cada uma formando um ciclo, que ao rodar o equivalente ao comprimento da sua circunferência, deixa como produto, a mesma medida percorrida e assim sucessivamente, formando um percurso mensurável.
O ciclo das águas significa que o manancial das águas do planeta, que compreende as águas superiores, superficiais e inferiores, está em constante troca de espaços, mas sempre com a mesma quantidade total.
O ciclo, por ser um processo sistêmico é largamente utilizado como referência inicial e terminal em muitas áreas, como:
Botânica, Eletricidade, Biologia, Economia, Erosão, Lunar: período de 19 anos, no fim do qual as fases da Lua voltam às mesmas épocas, Solar: período de 28 anos, no fim do qual o ano recomeça com o mesmo dia da semana na mesma data do mês,
Motor de explosão, Ciclo por segundo, unidade de frequência para os fenômenos vibratórios, Vida conjunto de transformações porque podem passar os indivíduos de uma espécie para assegurar a sua continuidade.
Os ciclos são etapas que devem ser necessariamente cumpridas para a continuidade dos sistemas universais. São semelhantes aos degraus de uma escada infinita, que embora atinjam eventuais patamares, logo prosseguem no seu roteiro implacável de produção de necessários e estratégicos resultados.
A história é a testemunha dos tempos, a luz da verdade, a vida da memória. Tem a função pedagógica, de instruir o indivíduo a pensar acerca de seu presente e planejar o seu futuro tendo como referência o passado. De fato, a história é cíclica.
O que é o tempo? Se nada passa, não há tempo passado; se nada acontece, não há tempo futuro; se nada existisse, não haveria tempo presente. Portanto, o passado e o futuro, como é que existem, quando o passado já não existe e o futuro ainda não existe. Se o presente fosse sempre presente e não passasse, o passado não seria tempo, mas eternidade.
O conceito e a compreensão de tempo se baseiam na sua concepção, percepção e temporalidade. O tempo é objeto de profunda reflexão, exige mais transcendência, metafísica e maior inteligibilidade para ousar defini-lo. O tempo em si não pode ser visualizado, mas é uma referência cíclica. Esta dicotomia cognoscível está, porém, como uma unidade articulada composta por três dimensões justapostas e interinfluenciáveis: o passado, o presente e o futuro. O passado nunca se extingue completamente nas configurações do presente.
A utilidade do passado deriva das suas representações mais próximas ou mais remotas na relação com o presente, num processo de identificação-rejeição, que se projeta sobre o futuro, fazendo a síntese entre heranças díspares, conscientes ou inconscientes de que o indivíduo depende e é agente como membro de uma família, de um grupo, de uma comunidade, de uma civilização.
A concepção cíclica de tempo no Egito antigo derivava da repetição periódica de uma série de ritmos naturais, externos ao homem, imprescindíveis para a boa ordem do universo e da sociedade. Fundada na observação permanente e continuada desta repetição, percebida, de forma sensorial e pragmática na sequência dos eventos naturais. A primeira marca desta regular cadência do tempo é apurada pela sucessão e alternância do dia e da noite. Cada dia, cada semana, cada mês, cada estação, cada ano, são cíclicos e se repetem. Na manhã de cada novo dia era uma repetição da Primeira Vez.
A concepção linear de tempo no Egito incluía o cosmos e o indivíduo. O cosmos compreendia cada dia numa repetição ativa projetada para o futuro; na lógica da criação original do Universo, sem existência da morte, do mal, da cólera, e da desordem. Quando aplicada ao indivíduo, a concepção linear ou retilínea é a que rege a duração da existência e da experiência humana terrestre, à atividade humana no tempo atribuído à vida no Aquém.
Tempo linear é uma percepção que nasce da autoconsciência individual e das relações interpessoais esboçadas e vividas em sociedade e é um processo de desgaste em que o indivíduo, além de estar no mundo, está com os outros. O tempo do indivíduo cruza-se com o tempo da sociedade ou vice-versa.
Tempo Cíclico é a sucessão repetida e constante de atividades, com começo, meio e fim, que se torna sempre um novo começo.
Tempo linear é a imaginação do futuro e os  planos traçados para alcançar objetivos, com a sensação de que o tempo é como uma linha reta que aponta para determinada direção, obedecendo a uma sequência cronológica. A percepção temporal é distinta da do tempo cíclico, se tem a sensação de que os acontecimentos são sucessivos e de que se pode pensar em longo prazo. Um começo, um meio e um fim espaçados e mais longos.
Diferença entre o tempo linear e o tempo cíclico: O tempo linear é aquele observado através das suas permanências. O tempo cíclico é aquele que se caracteriza por mudanças continuas. Enquanto que para o tempo linear a história tem começo, meio e fim, o tempo cíclico está sempre recomeçando.
“Tudo tem uma lógica e também uma avaliação se é benéfico ou não; de acordo com o resultado, o cósmico libera o veredicto. (EM).”






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