terça-feira, 2 de agosto de 2016

AGORA: O PRESENTE

AGORA: O PRESENTE
E-mail: ernidiomigliorini@gmail.com
Agora é tudo o que é, não existe passado ou futuro exceto como uma memória ou antecipação mental.
O momento presente é algo mais precioso e importante que existe.
O passado é o concreto, a realidade e o futuro é abstrato e aleatório. Em ambos os casos o que temos é ilusório. No passado não podemos mudar mais nada, do futuro ainda nada podemos fazer. Só existe agora, o presente, onde fazemos tudo.
O tempo é precioso agora, no presente. Todo o tempo presente não aproveitado agora pode ser decisivo e escasso no futuro e ter consequências surpreendentes. Quanto mais  estivermos focados no tempo  passado ou futuro, mais  perderemos o presente o agora.
O sucesso deve ser construído e aproveitado no momento presente.
Tendemos a nunca estar presente completamente no agora, porque inconscientemente acreditamos que o próximo momento deve ser mais importante do que este. Mas assim perdemos uma existência inteira, projetando para o futuro e preterindo o presente, que é quando realmente existimos, pensamos e agimos.
Honrando e reverenciando a excelência do momento presente, a felicidade se configura pelas ações e realizações e a existência  flui com contentamento e facilidade. Quando se age a partir da consciência do momento presente, o que quer que se faça fica imbuído com um sentimento de qualidade, cuidado e amor, mesmo a mais simples ação. Onde  estivermos, estejamos totalmente no presente.
Quando o aqui e o agora são desfavoráveis, temos três opções: retirar-se da situação, mudar a situação ou aceitá-la totalmente. Se quisermos ser responsáveis pela nossa existência, temos que decidir agora o que fazer. Sempre dizer sim para o momento presente. A aceitação não é um estado passivo, na realidade ela traz algo inteiramente novo: paz, vivência, e consciência. Aceitar e depois agir. Sempre trabalhar com o momento e não contra o momento.
Nunca criar resistência interna ao que já é. Dizer sim para a existência e ela trabalha em nosso favor. Temos que levar a existência com mais desapego e naturalidade evitando que mente fique obcecada por um positivo permanente que é utópico. Viver o momento com intensidade e desfrutar do seu espaço com ânimo e reflexão. Aprendendo a contar também as bênçãos, não só reclamar do que não se quer.
As culpas e ansiedades são produzidas mentalmente, geralmente associadas a passado e futuro, mas elas não suprem às necessidades do agora, do presente, quando, efetivamente, somos agentes capazes de fazer a nossa história. Temos que, diante de qualquer situação, aceita-la ou bani-la. Na pressa de conseguir: pensamos demais, desejamos demais, buscamos demais, queremos o ter e esquecemos o ser, que está umbilicalmente ligado ao agora e ao presente.
Sempre que interagirmos com outras pessoas,  estejamos dentro da consciência da presença do momento presente, do agora. Contribuindo ao máximo para ser uma companhia agradável, colaborativa, que acrescentou algo de bom para os presentes. Nós não podemos perder algo que não temos; mas não podemos desperdiçar o que podemos e somos.
Onde houver verdadeiro amor, não há ego. Um relacionamento genuíno é aquele que não é dominado pelo ego com a sua busca incessante de criar uma imagem e uma definição dos outros. Em um relacionamento genuíno, existe o estado de abertura, de atenção alerta para a outra pessoa. Aproveitando o agora, o presente, cuja oportunidade pode não se repetir, para manifestar as virtudes puras de um verdadeiro sentimento pelo outro, amando ao próximo como a si mesmo.
O que lutamos contra, vai aumentar e o que resistimos, vai persistir. Não oferecer resistência à existência é estar em um estado de graça, de felicidade e de brilho. Este estado, então não é mais dependente das coisas ficarem bem ou mal. Quando a dependência da forma for extinta, a condição geral da existência melhora significativamente. As coisas, as pessoas, as condições que pensávamos que precisaríamos para a felicidade agora chegam sem luta ou esforço da nossa parte, e estamos livres para apreciar enquanto durarem. Tudo está na relação agir e desfrutar o agora, o presente. O verdadeiro poder está dentro de cada um e está disponível no agora, no presente.
Precisamos viver autenticamente; mas, sabendo que não existem interações humanas autênticas. Aplicando isto no agora e no presente com a mesma qualidade, constância e perseverança. Isto é integridade moral e ética. Desejar é a antítese da felicidade. A felicidade depende das condições que são percebidas como positivas. A mente é um instrumento poderoso se usado corretamente. Mas, nós somos mais do que a nossa mente. A preocupação é uma perda de tempo, parece necessária, mas não serve a propósito algum. Quando percebermos isto, existirá uma energia prazerosa por trás de tudo que  fizermos. Quando estivermos presos no tempo teremos a compulsão de viver quase exclusivamente através da memória e da antecipação. Ressalta-se a necessidade da consciência do existir agora e no presente e não no hipotético.
Tédio, raiva, tristeza, medo não são estados nossos, não são pessoais. Eles são condições da mente humana. Eles vêm e vão. Nada do que vem e vai é nosso. O começo da liberdade é a percepção de que nós não somos o pensamento, nós apenas somos passíveis de ter pensamentos. Com este nível mais elevado de consciência nos tornamos ativos e percebemos que existe um vasto campo de inteligência além do pensamento, que o pensamento é apenas um pequeno aspecto da nossa inteligência. Percebemos que todas as coisas que realmente importam: beleza, amor, fertilidade, contentamento, paz interior – aparecem além da mente.  Por isto, enfatize o aqui, o agora, o presente.

“Precisamos procurar à exaustão, conhecer as relações do corpo humano, seus mecanismos e propriedades; na sua conexão com tudo o que existe de visível, invisível, material e transcendental. (EM).”

Nenhum comentário:

Postar um comentário