sexta-feira, 10 de outubro de 2014

SEMENTE
A semente, tanto no Reino Animal, quanto no Reino Vegetal expressa a idéia de que é originadora de algo, que com o tempo vai produzir determinado efeito.
A semente é um fenômeno, ao mesmo tempo, misterioso, maravilhoso e surpreendente.
Acaba gerando algo totalmente diferente de si, maior, com novo formato; mas, em cada peça do efeito repete no seu interior a semente que é; para que a sua posteridade nunca acabe, embora os seus indivíduos sofram o processo de perecimento.
No Reino Animal, especificamente no caso do ser humano, a semente colocada no primeiro homem, Adão, não reproduziu nem um humano igual ao seu originador; quanto muito, apenas parecido. Mas, consiste em algo misterioso e fantasticamente inexplicável. Significa que esta semente humana, contém uma síntese completa de propriedades necessárias para desenvolver o individuo; todavia, não manifesta desde o seu inicio, como origem, uma morfologia, volume e aparência do que será posteriormente.
REINO ANIMAL:
Nos seres humanos a semente da vida biológica, se corporifica conforme o relato a seguir: Os espermatozóides, gameta sexual masculino, são produzidos nos testículos. Os testículos ficam no saco escrotal, que tem aparência flácida e enrugada.
Testículos:
Os testículos são glândulas sexuais masculinas, formadas por tubos finos e enovelados, os túbulos seminíferos. Diferentemente do que ocorre com as pessoas do sexo feminino, que já nascem com uma quantidade de gametas, os óvulos “prontos” no corpo, é na puberdade, sob ação dos hormônios, que se inicia no corpo masculino a produção de gametas, os espermatozóides, nos testículos.
A produção de espermatozóides começa na puberdade, por volta dos 12 ou 13 anos de idade e vai até o fim da vida. Cada espermatozóide é formado basicamente de três partes: cabeça, colo e cauda com flagelo.
Os testículos produzem também o hormônio sexual masculino, a  testosterona. O hormônio testosterona estimula o aparecimento das características sexuais secundárias masculinas: pêlos no rosto e no restante do corpo, modificações na voz e outras características.
Epidídimos:
Os espermatozóides que acabam de ser formados ficam armazenados no epidídimo, um  enovelado de túbulos localizados sobre os testículos. Os epidídimos são dois órgãos, cada um localizado junto a um testículo. Os espermatozóides podem ficar armazenados nesses tubos por aproximadamente uma a três semanas, até que a maturação seja completada. Isso aumenta a sua mobilidade. Os espermatozóides passam do epidídimo para um tubo com parede muscular, o ducto deferente. De cada epidídimo parte um ducto deferente. Posteriormente e sob a bexiga urinária, cada ducto deferente se une ao canal da glândula seminal do mesmo lado e forma um tubo único, chamado ducto ejaculatório. Os ductos ejaculatórios lançam os espermatozóides num outro canal – a uretra. A uretra é um tubo que se inicia na bexiga urinária, percorre o interior do pênis e se abre no meio externo.

Glândulas Seminais e Próstata:
As glândulas seminais são duas glândulas em forma de bolsa. Elas produzem um líquido denso que nutreos espermatozóides e aumenta a sua mobilidade.
A próstata é uma glândula produtora de um líquido de aspecto leitoso. Esse líquido é leitoso e neutraliza a acidez de restos de urina na uretra e, numa relação sexual, a acidez natural da vagina, protegendo assim os espermatozóides.
Em sua ida até a uretra, os espermatozóides recebem os líquidos produzidos pelas glândulas seminais e pela próstata. Ao passar pela uretra, os espermatozóides recebem também um líquido lubrificante produzido pelas glândulas bulbouretrais.
O conjunto formado pelos espermatozóides e os líquidos produzidos pelas glândulas seminais, pela próstata e pelas glândulas bulbouretrais é o  esperma ou sêmen.
Fecundação:
A fecundação humana acontece quando um espermatozóide entra no óvulo, que  fica na primeira porção da trompa de falópio, fazendo com que a mulher fique grávida. Um único espermatozóide atravessa a sua membrana, carregando consigo 23 cromossomos não pareados. Imediatamente, esses cromossomos isolados combinam-se com os outros 23 cromossomos que existem no óvulo, passando a formar um complemento normal de 46 cromossomos, dispostos em 23 pares.
Isso dá início ao processo de multiplicação celular, cujo resultado final é o nascimento de um bebê.
Por volta do 14º dia do ciclo menstrual, aumenta a probabilidade da mulher engravidar, um óvulo maduro é libertado de um dos ovários, pronto a ser fecundado.
O espermatozóide passa pela trompa de Falópio e segue em direção ao útero, podendo sobreviver até 24 horas.
Centenas de espermatozóides chegarão a este óvulo, da vagina até as trompas uterinas.
Neste momento, os espermatozóides irão libertar uma enzima que permitirá um ou mais deles penetrarem na cobertura de proteção do óvulo.
A fecundação – o processo através do qual o gameta masculino, o espermatozóide, e o gameta feminino, o ovócito, se unem formando um zigoto – ocorre assim na ampola da trompa uterina da mulher.
Na fecundação determina-se o sexo do embrião. Quando o par final de cromossomas sexuais é XX, o indivíduo é geneticamente feminino; quando o par é XY,é masculino. Um ser humano adulto tem mais de trinta trilhões de células, desempenhando inúmeras funções diferentes no cérebro, pele, ossos, coração,  todas derivadas do zigoto que resultou da fecundação.
Ao 21º dia, o coração do embrião começa a bater.
O embrião encontra-se alojado dentro de uma bolsa cheia de liquido amniótico que o irá proteger de traumatismos e infecções.
No embrião assiste-se à formação de três camadas  originam três tipos de tecidos:
- o endoderma (camada interior) que formará os pulmões, fígado, sistema digestivo e o pâncreas;
- a mesoderma (camada média) que se transformará em esqueleto, músculos, rins, coração e vasos sanguíneos;
- e a ectoderma (camada externa) que futuramente será pele, cabelo, olhos, esmalte dentário e sistema nervoso.

Sintomas da fecundação: São sintomas da fecundação:
  • Cólica leve 
  • Corrimento cor de rosa.
Desenvolvimento embrionário
Após a fecundação, começa o desenvolvimento embrionário até o nascimento do bebê, que deve ocorrer a partir das 38 semanas de gestação. Durante as primeiras semanas após a implantação do ovo, sua nutrição vai depender da digestão trofoblástica e da fagocitose do endométrio. Em torno da 12ª semana de gravidez, a placenta já se desenvolveu o suficiente para que possa daí por diante, suprir todos os nutrientes que forem necessários.
Placenta:
A placenta é formada por um componente materno de grandes e múltiplas camadas, chamadas de seios placentários, por onde flui continuamente o sangue materno; por um componente fetal que é representado, principalmente, por uma grande massa de vilosidades placentárias, que proeminam para o interior dos seios placentários e por cujo interior circula o sangue fetal.
Os nutrientes difundem desde o sangue materno através da membrana da vilosidade placentária para o sangue fetal, passando pelo meio da veia umbilical para o feto.
Os excretas fetais como o gás carbônico, a uréia e outras substâncias, difundem do sangue fetal para o sangue materno e são eliminados para o exterior pelas funções excretoras da mãe. A placenta secreta quantidades extremamente elevadas de estrogênio e de progesterona, cerca de 30 vezes mais estrogênio do que é secretado pelo corpo lúteo e cerca de 10 vezes mais progesterona.
Esses hormônios são muito importantes na promoção do desenvolvimento fetal. Durante as primeiras semanas de gravidez, um outro hormônio também secretado pela placenta, a gonadotrofina coriônica, que estimula o corpo lúteo, fazendo com que continue a secretar estrogênio e progesterona durante a primeira parte da gravidez.
Esses hormônios do corpo lúteo são essenciais para a continuação da gravidez durante as primeiras 8 a 12 semanas. Após esse período, a placenta secreta quantidades suficientes de estrogênio e progesterona para assegurar a manutenção da gravidez.
Período Gestacional:
O início do período gestacional é calculado de acordo com o primeiro dia do último ciclo menstrual. A partir daí, as 40 semanas que compõem a gestação são fundamentais para a formação do bebê. O desenvolvimento da criança a cada mês:
Primeiro mês:
A fecundação – união entre o óvulo e o espermatozóide – dá origem ao zigoto, que se instala no útero após uma série de divisões celulares. Nesse momento, a placenta também começa a se formar, envolvendo o embrião com o líquido amniótico, que auxilia na alimentação do embrião e o protege caso a mãe sofra uma queda. Ao fim do primeiro mês, ele mede entre 0,4 cm e 0,5 cm.
Segundo mês:
No segundo mês, o coração bate de forma acelerada, aproximadamente 150 vezes por minuto. É nessa fase que se inicia a formação do sistema nervoso e dos aparelhos digestivo, circulatório e respiratório. Os olhos, a boca, o nariz, os braços e as pernas também começam a se desenvolver. O comprimento do embrião chega a 4 cm.
Terceiro mês:
O período fetal, que começa no terceiro mês de gestação, é marcado pelo desenvolvimento do esqueleto, das costelas e dos dedos de mãos e pés. Todos os órgãos internos se formam até o fim do mês, quando o feto mede 14 cm.
Quarto mês:
Nessa fase, o bebê mede cerca de 16 cm e começa a se movimentar, sugar e engolir. Ele também é capaz de perceber alterações de luz e diferenciar gostos amargos e doces.
Quinto mês:
A partir do quinto mês, nascem os primeiros fios de cabelo, os cílios e as sobrancelhas. Formam-se as trompas e o útero nas meninas e os órgãos genitais dos meninos podem ser vistos no exame de ultrassom. O bebê tem cerca de 25 cm de comprimento e consegue realizar movimentos como franzir a testa e chupar o dedo.
Sexto mês:
O bebê mede cerca de 32 cm e consegue reconhecer sons externos, especialmente a voz e a respiração da mãe. Lábios e sobrancelhas começam a ficar mais visíveis e as pontas dos dedos apresentam sulcos que se tornarão as impressões digitais.
Sétimo mês:
O bebê mede entre 35 cm e 40 cm. Dentro do útero, boceja, abre os olhos, dorme e se movimenta. Os órgãos internos continuam crescendo e ele ouve e reage a estímulos sonoros, como músicas e conversas.
Oitavo mês:
Nesse período, o bebê mede entre 40 cm a 45 cm e começa a se preparar para ficar em posição de parto – de cabeça para baixo. Para ajudar a manter a temperatura do bebê depois do nascimento, uma camada de gordura se forma sob a pele. Os pulmões estão quase prontos e os ossos ficam mais resistentes.
Nono mês:
O bebê mede entre 45 cm e 50 cm, todos os órgãos estão completamente formados e ele já consegue controlar a respiração. Em torno da 40ª semana, ele está preparado para nascer.


REINO VEGETAL:

A semente é a responsável pela perpetuação das espécies. Tem origem a partir do desenvolvimento do óvulo após a fecundação. Em seu interior encontra-se o embrião, que após a germinação dará origem a uma nova planta.
Partes da semente:
Tegumento: é o envoltório protetor da semente, originário dos tegumentos do óvulo. Sua resistência relaciona-se com a consistência do pericarpo. O tegumento é constituído por duas partes: a testa, que é externa e espessa, e o tegmen, que é a parte interna, mais delgada. Estas partes correspondem, mas não obrigatoriamente à prima e secundina do óvulo.
Amêndoa: é a parte principal da semente, corresponde à nucela do óvulo, modificada depois da fecundação. É protegida pelo tegumento e consta de duas partes: embrião e albúmen.
Embrião: é a parte principal da semente. É responsável pela origem do novo vegetal, quando há germinação da semente. O embrião é um verdadeiro vegetal em estado potencial, com seus órgãos rudimentares, representados pela radícula, caulículo e gêmula.
A radícula dá origem à raiz, enquanto que, o caulículo origina o colo ou nó vital, região de transição entre a raiz e o caule; a gêmula se responsabiliza pelo desenvolvimento do caule e das folhas.
Os cotilédones são folhas modificadas que se traduzem em reservatórios de alimentos, utilizados pelo vegetal nos primórdios do seu desenvolvimento.
Albúmen: é a reserva alimentar acumulada na semente, fora dos cotilédones. De acordo com a natureza das substâncias que o formam, o albúmen pode ser: amiláceo: se o amido for o seu principal componente; oleaginoso: quando há predominância dos lipídios; córneo: quando se apresenta rígido.

Disseminação das sementes:
É a dispersão das sementes pela superfície terrestre. Os agentes disseminadores são: ventos; água; animais do campo; pássaros; o próprio fruto; o homem.

Germinação das sementes:
É o conjunto de fenômenos que ocorrem na semente, para dar origem a um novo vegetal. Deste processo, resulta a formação de uma nova planta, da mesma espécie. Na germinação da semente, interferem fatores externos ou extrínsecos e fatores internos ou intrínsecos, como umidade, oxigênio, temperatura, semente viva, completa e madura. A luz também influencia a germinação. Na germinação há um aumento de volume da semente devido à entrada de água, o tegumento se rompe; a radícula se desenvolve, o Caulículo desenvolve-se na mesma direção da raiz, mas em sentido oposto a radícula para baixo e o caulículo para cima; a gêmula inicia o seu desenvolvimento para dar origem ao caule e às folhas.
Quando as condições ambientais são favoráveis, a semente germina. Os meristemas apicais começam a crescer e a primeira estrutura a desenvolver-se é a radícula, que dará origem à raiz, com funções de sustentação e absorção de água e nutrientes pela planta. O caule forma-se a partir do tecido embrionário o hipocótilo, as folhas formam-se a partir da plúmula.
Em relação ao comprimento do hipocótilo, a germinação pode ser: Epígea, Hipógea.
Constituição da semente:
A semente é constituída pelo tegumento e amêndoa.
“Não é por que não conhecemos determinado fato; motivo suficiente para afirmar, que ele não existe. (EM).”




















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