terça-feira, 5 de novembro de 2013

PERDAS

PERDAS
Todas as pessoas sofrem perdas. A rigor, ninguém está imune ao sofrimento que uma perda lhe causa. Com profundo impacto emocional, queda de ânimo, geração de sentimentos variados, sensações de fragilidade, insignificância e impossibilidade. Em muitas situações as perdas ocasionam seqüelas psíquicas, que determinam mudanças acentuadas de comportamento e procedimento pessoal, social, espiritual e profissional.
As perdas geram dor, lágrimas, saudades, decepções, revoltas, abalo da auto-estima, perda do sentido existencial e desencadeiam um processo de desmotivação em cadeia para o indivíduo, com intensidade variada.
Ocorrem perdas, por falecimento de entes queridos; por rupturas afetivas; por distanciamento de pessoas de afinidade; por motivos econômicos, acidentes, violência urbana, desavenças, doenças, incapacidade físico-mental, desaparecimento de animais ou objetos de estimação e outras causas nefastas. Duas situações de perda, especialmente difíceis de superar: Morte e Rompimento. E geram dores profundas, sentimentos de impotência, medo, desconfiança, insignificância e outros reflexos. 
 Se refletirmos veremos que já nascemos perdendo: A primeira perda que o ser humano sofre é a perda do aconchego e proteção do útero materno e depois o fato de que a cada dia está mais perto da morte; mas não estamos emocionalmente preparados para isto.
As perdas precisam ser assumidas como tal, enfrentadas e superadas. Não devem ser negadas e nem se constituírem em motivo de fuga e esvaziamento de energia. Há momentos em que se tem a sensação de que tudo acabou não existe mais solução, só restou o passado. Todavia, depois de uma noite de lágrimas surgirá uma manhã luminosa, será outro dia. A existência ensina: “quem ri por último ri melhor” e que: “Ninguém será feliz fazendo a infelicidade dos outros”. Os problemas chegam, mas também vão embora. A pessoa fica e tem que continuar vivendo.
Só podemos existir, evoluir, desenvolver e conquistar, na medida em que abandonamos determinados lugares, situações, pessoas, sentimentos, práticas, princípios e conceitos.
A liberdade é algo que se conquista enfrentando as situações novas e abandonando as situações que incomodam. Não se pode estar em dois lugares ao mesmo tempo. Para estar em um é preciso abandonar o outro. Ao longo da existência vai se perdendo uma série de coisas para se poder conquistar outras. Afirma-se, que Para cada perda, há sempre um ganho. Aqui neste contexto, nada é eterno, tudo é passageiro. há tempo de sorrir e há tempo de chorar.
Acumulamos bens e pessoas e não gostamos de nos separar delas. É doloroso, triste, mas um dia, vamos nos separar. É inevitável, a única certeza que temos é a morte. O ideal seria: querer bem e ser querido, amar e ser amado.
A questão das perdas está intimamente relacionada com o apego pelas pessoas e pelas coisas. A separação delas, em função deste vínculo, ocasiona dor, sofrimento, decepção e outros sentimentos. Há uma série de reações que são normais diante de qualquer perda  sofrida, tais como: 1-Choque: que é o abalo , o desespero e atordoamento, entorpecimento, confusão e  agitação. 2-Negação: é a descrença na notícia ou no fato. É uma defesa psicológica para fortalecimento da pessoa. 3- Ambivalência: é a dúvida entre a aceitação e a não aceitação da notícia ou do fato. 4-Revolta: com a situação, com as pessoas. 5-Ação: é uma tentativa de conseguir de volta aquilo que foi perdido. 6-Depressão: é uma profunda tristeza, que varia de acordo com o tipo e intensidade de apego com a pessoa ou situação de perda. 7-Aceitação e Adaptação: a pessoa percebe que não tem mais jeito, e a vida precisa continuar. Perder dói, mas é um sofrimento que tem cura.
Na existência todas as coisas estão ocorrendo ao mesmo tempo e não se pode desconsiderar o efeito de todas as forças atuantes. Afetamos a tudo e por tudo somos, afetados. Há decisões inevitáveis, atitudes inevitáveis, problemas inevitáveis e perdas inevitáveis. Nossos esforços não podem mudá-las, não temos nenhum controle sobre elas. e outras sobre as quais não temos nem controle, nem influência: só resta a aceitação. Excluindo de dentro de nós qualquer possibilidade de revolta. Neste sentido existe esta afirmação: “Senhor, concedei-nos a serenidade necessária para aceitar as coisas que não podemos modificar; a coragem para modificar aquelas que podemos; e a sabedoria para distinguirmos umas das outras.”
Para Lidar com as Perdas:
*Aprender a lidar com o sentimento é uma forma para minimizar e conviver com o que  incomoda. A própria dor é um sinal para nos advertir de algo.
*Cortar os pensamentos negativos, os medos e as falas negativas.
*Colocar na mente, que o problema não é tão grande quanto quer parecer.
*Encarar o problema como um desafio para mudar, para evoluir, para livrar-se de algo que o sufoca, para enxergar novas oportunidades, para encontrar a luz e para provar a sua capacidade de soerguimento, diante de uma humilhação, desprezo ou indiferença de outrem.
*Saber que o sofrimento é passageiro, mas a nossa resistência deve ser eterna.
*Nos casos de perdas afetivas, lembrar que ninguém perde o que nunca foi seu e o que não passou de uma mera ilusão amorosa, permeada por sucessivas traições conjugais. Uma pessoa de mau caráter e traiçoeira contumaz nunca vai mudar, é de seu molde trair.
*Cuidar o máximo de si. Mantendo as portas abertas para as oportunidades, nunca desistir de insistir em ser feliz, não ter autocomiseração, não aceitar migalhas do outro, como se fosse o único capaz de nos completar afetivamente; porque ninguém muda ninguém, a mudança depende de cada um fazê-la. Banir a idéia de que, estando abatidos, não merecemos encontrar a felicidade.
* Selecionar melhor com quem temos convivência, dando menos espaço para pessoas erradas fazerem parte de nossa existência. Os revezes nos deixam mais fortes, se tirarmos lições. Às vezes as perdas podem significar ganhos; só vamos entender isto mais tarde.
*Uma vivência de espiritualidade ajuda na superação das perdas; o tempo também, porque permite que a mente se rearranje. Encarar a realidade é indispensável: a morte existe, as perdas existem, mas temos que continuar existindo a despeito das perdas.
*Há um momento para se livrar dos traumas que carregamos quando sofremos a dor da perda. Neste momento precisamos de Deus, e de pessoas qualificadas que possam nos ajudar a superar a dor. Devemos procurar ajuda, para a fase de reconstrução da energia para continuar existindo em busca da realização pessoal e da concretização dos sonhos acalentados.  
*A solução mais eficaz e que nunca falha é solicitar forças Divinas, para que nos capacite para superar o problema. Mas, sempre com a consciência de que é necessário que nós façamos a nossa parte. A graça de Deus é infinitamente maior do que todos os nossos problemas. Experimentai e vede.
*Um conforto, tudo passa, com absoluta certeza, o efeito das perdas também passará!
“Quem tripudia será tripudiado. Quem ri muito hoje poderá ter que chorar amanhã. Portanto, ser prudente sempre! (EM).”






















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