segunda-feira, 17 de outubro de 2011

INTELIGÊNCIA EMOCIONAL


INTELIGÊNCIA EMOCIONAL
Por Ernídio Migliorini  E-mail: ernidio@hotmail.com
Somos dotados de duas mentes, uma que pensa e a outra que sente; formando o conhecimento que constrói a nossa  vida mental. Uma inteligência interpessoal, para conhecer os outros e uma inteligência intrapessoal para termos uma imagem adequada de nós mesmos.
A Inteligência Emocional é um subconjunto da inteligência social que nos capacita ao controle dos sentimentos e emoções próprios e alheios, com discernimento, para guiar o nosso pensamento e nossas ações.
A tomada racional de posições, aliada aos sentimentos intuitivamente, contribuem  para obtermos possibilidades superiores em nossos empreendimentos. Percorrendo o caminho adequado e realizando-o melhor.
A amígdala é um elemento chave da vida emocional, graças a ela as recordações adquirem vitalidade singular, carga significativa, valores emocionais, vibração íntima e significado vital. O neocórtex responsável pelas funções intelectuais superiores combinado com a amígdala produz uma dimensão superior à vida emocional; processa velocidade aos sinais recebidos, dando respostas imediatas, eficazes e primárias, gerando reações em cadeia.
Os sentimentos nos orientam na direção adequada, para o melhor proveito das possibilidades racionais.
A Inteligência Emocional influencia decisivamente o nosso grau de habilidade e manejo do intelecto; acionando interativamente o pensar e o sentir, como nuclearidade do conhecimento. Inteligência é conhecimento, destreza, cognição  e emprego de conteúdos emocionais. O conhecimento de si mesmo, das próprias emoções, da origem das mesmas, da sua capacidade de condicionamento e a sua adequada gestão pelo indivíduo. Auto-gerando motivações positivas, garantindo êxito e fonte de felicidade; estabelecendo empatia, como base para contatos significativos e sensibilidade para com a realidade alheia. Permitindo que o indivíduo efetue enfoques  e formulações mais eficazes em sua existência, utilizando melhor as suas potencialidades e a arte de viver. Com capacidade de perceber-se a si mesmo, reconhecer a própria realidade, limitações; exercer maior controle sobre os seus atos, prevendo e evitando situações de sentimentos negativos, criando condições emocionais gratificantes e elevando a sua dose energética.
A empatia é o fundamento das relações. É gratificante saber que outrem se coloca em nosso lugar, compreendendo a nossa situação, nossos sentimentos, inquietudes, sofrimentos e angústias.
A empatia produz no seu praticante: capacidade e contato com as próprias emoções, habilidade para diálogo com os seus próprios sentimentos, disposição para ouvir os outros, abstenção de reflexões moralistas, solidariedade, gratidão, valorização das pequenas coisas; vínculo mais eficaz nas relações, controle emocional, sensibilidade, amor e caridade.
Só se relaciona bem com os outros, aquele que se relaciona em consigo mesmo. A qualidade da nossa existência depende das nossas relações. Ser terno com os jovens, compassivo com os anciãos, solidário com os lutadores e tolerante com os fortes e os fracos. Porque os projetos pessoais se resolvem em meio a fatores humanos.  A boca amável multiplica amigos e a língua que fala bem multiplica afabilidades.
A pessoa inteligente está ligada aos seus sentimentos e disposta a reconhecer os sentimentos alheios, desenvolvendo habilidades sociais tornando as suas relações eficazes e pautadas de excelente empatia; em busca de felicidade recíproca.
O funcionamento de cada indivíduo  obedece a leis muito complexas, para as quais ainda não temos todas as respostas. Na busca da paz, equilíbrio interno, serenidade e grau satisfatório de felicidade é necessário aplicar um processo educativo; pois apenas exploramos 10 % das potencialidades vitais. È necessário desenvolver conjuntamente o cérebro racional e o emocional. Pequenas coisas são capazes de forjar mudanças muito interessantes. A felicidade, a tristeza, a indignação, o temor, o remorso são emoções que condicionam o nosso desenvolvimento; impulsionando-nos ou freando e determinando atitudes. O estado emocional marca a qualidade da nossa participação na nossa existência e outorga o sentido do nosso fazer pessoal.
Nada pode atuar sobre o que não conhece. O pior inimigo é o desconhecido, aquele que não conhecemos o rosto e o seu esconderijo.
Precisamos que prevaleça na nossa existência a claridade, a capacidade de eliminar a dificuldade mental, a humildade de reconhecer os nossos erros, os encontros com nos mesmos, nunca desistamos de compreender, nunca sucumbamos à irracionalidade, não sejamos triviais em nossas atitudes, que nunca temamos a realidade e amemos de verdade.
A crença que temos a nosso respeito, não configura a verdade do que somos; precisamos tocar na base da nossa própria realidade. A adequação da nossa imagem à realidade é um sinal de inteligência. Precisamos edificar a nossa existência sobre a realidade, viver, sentir e projetar sobre a ótica realista. A viagem mais interessante que possamos fazer é a para o nosso próprio interior, que deve ser constante, para atuarmos com Inteligência Emocional, numa correta e eficaz relação com os demais. Podemos enganar os outros, mas não enganaremos a nós mesmos. É preciso coragem para ver o que somos e não o que gostaríamos de ser. É necessário um profundo ajuste interior e o sentimento de adequação à realidade. Não devemos fugir de nós mesmos, mas adotar uma atitude de sincera aproximação ao interior pessoal essencial, que nos define e condiciona; para alcançar uma personalidade saudável, o meu eu verdadeiro e o meu desenvolvimento.  Com honestidade e um diálogo sincero conosco mesmo isto acabará gerando um hábito cotidiano e natural. Adquirindo habilidades adequadas e treinando-nos emocionalmente, impediremos que nossos sentimentos nos condicionem e alienem.
O êxito de uma relação condiz com o fato: trate os outros como gosta de ser tratado. O real dificilmente atinge a qualidade de ideal. O encontro com nós mesmos, assumindo a própria realidade, reconhecendo e aceitando as nossas potencialidades e limitações; lutando para atingir os nossos objetivos e tudo o que se oponha à nossa realização e ser efetivamente inteligente. Esta aceitação pessoal é uma amostra de auto-estima.
Quem tem auto-estima aceita os sistemas de valores e princípios, valorizam-se e valorizam seus posicionamentos, sentem-se gratificados, confiam nas suas possibilidades, aceitam a sua realidade, reconciliam-se com os seus sentimentos, aceitam os outros,  alcançam maior plenitude existencial; são abertos à mudança,  à criatividade, à espontaneidade, são fraternos e solidários, bem humorados, realistas, tem relações significativas e profundas, tem senso ético, valorizam o recolhimento interior e sabem que nós não somos os nossos problemas.
Os rótulos são paralisadores e falseadores da realidade. O êxito e o fracasso são determinados pelas nossas crenças e atitudes. Precisamos ser acessíveis e flexíveis, rever o nosso comportamento e as bases que o sustentam; praticar a mudança, reconhecer as deficiências do nosso sistema de crenças e as suas distorções; a relatividade das nossas percepções, que atrás de cada problema existe um histórico a ser revelado para sermos eficazes quando atuamos. Para aperfeiçoar as  nossas relações devemos nos flexibilizar ante os demais; porque todo o progresso está baseado na vontade de mudar.
Diariamente temos que adquirir consciência clara de nossas emoções, para utilizá-las em prol do êxito dos resultados que almejamos; porque as emoções são os sinais para o ajuste das  nossas percepções e atitudes; porque somos capazes e podemos. Quando na vida houver um porquê acharemos o como. A felicidade não está em fazer o que ser quer, mas querer o que se faz. Os nossos impulsos necessitam de excitação e estímulo e os nossos ideais excitam e atraem a nossa atividade, como detonadores da nossa energia. Pensar nas coisas é fácil, difícil é lavá-las até o fim.
Um tempo de solidão; ouvir o que não se ouve,  são práticas que geram disciplina para o desenvolvimento emocional. Todo o encontro com uma criatura tem caráter revelador. O  nosso verdadeiro eu se revela na manifestação dos nossos sentimentos.
Podemos escolher e criticar e tomar decisões sobre os nossos próprios caminhos. A nossa existência toma a forma que nossos pensamentos projetam se avançarmos confiadamente na direção dos nossos sonhos e imaginação alcançaremos o êxito; porque somos aquilo que esculpimos com a nossa imaginação; com mudanças eficazes  encontradas nos impulsos das emoções, como uma paixão pelo possível; movendo a nossa vontade na consecução do nosso destino; mesmo sabendo que a vida e a natureza se movem por meio de leis que não podemos mudar. A sorte, o azar, a sina ou capricho, são nesta concepção mera mística; cujo fatalismo absoluto não existe. A existência é um misto de aventura e criatividade e cada um confecciona a sua própria existência, pois existe em cada um, uma base constantemente operativa. Conheçamos as nossas potencialidades e familiarizemo-nos com elas.
O passado deixou-nos recordações, nada podemos mudar apenas fazer uma avaliação das nossas atitudes. As  mudanças são parte da dinâmica existencial e não se produzem de maneira fulminante, necessitam de tempo para se enraizar.
Semeamos um  caráter e colheremos um destino. A motivação só pode partir de nós  mesmos e precisamos sentirmo-nos entusiasmados e estimulados pela existência, vivenciando posicionamentos e atitudes positivas e adequadas e isto é conseguido pela prática da Inteligência Emocional.
Fonte: Inteligência Emocional de Joaquim Campos Herrero.
“O momento magno da humanidade redimida será a Revelação da DIVINDADE e do mistério da invisibilidade. (EM.”





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