sexta-feira, 9 de abril de 2021

CONFORMISMO

 

CONFORMISMO

E-mail: ernidiomigliotini@gmail.com

A existência pessoal é marcada por mudanças, e elas ocorrem o tempo todo e podem acontecer de uma hora para a outra. O impacto destas transformações depende mais da pessoa que as sente do que necessariamente do fato ocorrido.

Tendemos a sofrer em excesso por situações que não estão sob nosso controle, e às vezes sofremos mais por nossa própria resistência em aceitar o acontecido do que pelo fato negativo em si.

As emoções são extremamente necessárias e não é aconselhável reprimi-las. A tristeza serve para recuperar o equilíbrio após uma perda. A ansiedade nos ajuda a nos protegermos de certas ameaças e perigos. O nojo nos preserva de nos contagiarmos com alguma doença. As emoções, quando são adaptáveis e coerentes com a situação que estamos vivendo, são muito necessárias e nos ajudam a sobreviver.

O fato de nos sentirmos bem ou mal é determinado por nossa maneira de ver os acontecimentos. A dor é inevitável, mas o sofrimento é opcional. Podemos decidir quanto e como queremos sofrer e, para isso, um dos princípios que precisamos interiorizar é o de que o mundo é incerto e que temos controle de pouquíssimas coisas, mas isso faz parte do contexto.

Aceitar não é se conformar. Ser fraco é gastar energias e o valioso tempo, irrecuperável, em algo que não está sob nosso controle e que não podemos modificar. As emoções importam, e muito, mas até certo limite. Aceitar não é resignação, mas perdemos energia se resistimos e lutamos contra uma situação que  não podemos mudar.

Ter desejos, objetivos, projetos apaixonantes e sonhos é essencial e muito importante para ser feliz e encontrar sentido na existência. Nós não devemos nos conformar se não gostamos de algo, devemos tentar mudar. Se quisermos ter algo muito precioso, temos que ir atrás disso e podemos, sim, conseguir alcançar nosso objetivo.

Se quisermos algo, precisamos correr atrás disso e seguir na tentativa, mas o que é realmente importante é entender que, por mais que lutemos por algo, pode acontecer de, no fim, não dar certo por fatores que não estão sob meu controle, e aqui entra o conceito de aceitação.

A existência não é perfeita, não foi e nunca será. Isso é o que precisamos aceitar. Aceitar significa compreender que as coisas, às vezes, estão ao nosso favor e outras vezes, não. Isso é algo normal, faz parte da existência.

Para apreciar mais às vitórias, é necessário ter alguns fracassos. Portanto, é muito importante dizer para si mesmo: tentarei fazer com que as coisas deem certo e colocarei todas as minhas forças nisso, mas se não der certo, que pena, há coisas que não dependem de mim e não ficarei nervoso além do necessário. Outras portas se abrirão. Aceitar isso economizará muitos sofrimentos desnecessários.

Aprendendo a aceitar. O mundo nem sempre é como queremos: por mais que fiquemos triste ou ansioso, as coisas nem sempre saem como desejamos. Se aceitamos nosso estado emocional será mais calmo e sossegado e permitirá ver a situação desde uma perspectiva de busca de soluções. Não deixaremos que a emoção o domine e embace a nossa visão.

Os outros não agem conforme as nossas expectativas: cada um é um ser humano individual com mentalidade própria, que pode fazer o que vier à cabeça. Abandonar as expectativas sobre os demais, não esperar nada, simplesmente deixe que as pessoas nos surpreendam com seus atos e aproveitemos o que elas podem nos proporcionar.

As pessoas a tem a existência que querem através do desenvolvimento de suas habilidades e competências pessoais e profissionais.

 Entre todos os desafios da nossa jornada, o maior deles tem a ver com a postura que adotamos diante das circunstâncias da nossa existência. A nossa postura  está relacionada com a forma como vemos e interpretamos o mundo a nossa volta e essa interpretação gera emoções, que geram ações e por consequência os seus respectivos resultados.

Existem duas posturas antagônicas o conformismo e a aceitação. Estas posturas não são a mesma coisa. A diferença entre conformismo e aceitação: Quando sentimos alívio diante de uma situação "aparentemente" irremediável, essa sensação pode estar relacionada a uma postura conformista. Que vai gerar ações e resultados correspondentes como: vitimismo, apatia, sequência de fracassos, fuga da responsabilidade. Aceitação: Eu vou fazer o que tiver que ser feito para as coisas saírem como eu quero. A  melhor opção, com certeza aceitação.

O ponto mais significativo é promover tomada de consciência, que é o passo mais importante para qualquer processo de desenvolvimento.  Todos buscam uma existência melhor de várias formas, quando aprendemos agir com aceitação a chances de conseguirmos aumenta muito.

Para quebrar os padrões de conformismo  precisamos inserir os padrões de aceitação. Aceitar as coisas, não significa apatia, ao contrário. Ter aceitação é poupar tempo e energia emocional lidando com as situações da existência com mais leveza e eficiência.

Focar nos fatos. Não se iludir pelas emoções e filtros mentais. Para aceitar é preciso ver com clareza. Sempre que estiver diante de uma situação que parece difícil pensar: O que está de fato acontecendo? O que pode comprovar a nossa percepção? Separar o real do imaginário. Praticar o desapego. Só temos poder sobre aquilo que temos responsabilidade. A nossa única responsabilidade diante de alguns fatos, é descobrir como lidar, desviar ou superá-los. Protagonizar. Se não funciona de um jeito, buscar outra solução. O importante é não se conformar. Reformular o problema, resinificar a questão. Pensar nas variáveis. Confiar no tempo, contendo a ansiedade e o imediatismo. Ser realista. Pensar na sensação de liberdade e leveza que se terá, em como resolveremos as coisas mais rapidamente, com menos sofrimento. Tudo isso representa mais oportunidades de ser feliz.

Quando algo não está sob nosso controle, a aceitação é o primeiro passo para que a  consigamos perceber que, a partir de agora, algo mudou e que  precisamos se reinventar.

Entender que mudanças fazem parte da existência e que todos vão passar por isso pode ser uma maneira de aliviar as dores que as transformações trazem. Todos passam por situações difíceis na existência, não tem como escapar. As dores e as dificuldades fazem parte da existência e precisamos ter uma capacidade interna para poder superá-las.

Nem tudo é como queremos. Frustrações acontecem. Nem sempre as situações ocorrem como foram desejadas. Não temos o controle de tudo. Depois de pensar em soluções, colocá-las em prática! Investir em  autoestima. Procurar o lado bom de cada situação. Compartilhar com alguém de confiança sobre os incômodos emocionais. Todos queremos ter paz. Mas a paz não depende de condições externas. A paz pode ser encontrada dentro de nós em qualquer lugar e a qualquer momento. Está sempre lá, esperando pacientemente que voltemos nossa atenção para ela. Esta aceitação das coisas como elas são cria a base para a harmonia interior.

Senhor conceda-me a serenidade

para aceitar aquilo que não posso mudar,

a coragem para mudar o que me for possível

e a sabedoria para saber discernir entre as duas.

Vivendo um dia de cada vez,

Apreciando um momento de cada vez,

Recebendo as dificuldades como um caminho para a paz,

Aceitando este mundo cheio de pecados como ele é,

Assim como fez Jesus, e não como gostaria que ele fosse;

Confiando que o Senhor fará tudo dar certo

se eu me entregar à Sua vontade;

Pois assim poderei ser razoavelmente feliz

nesta vida e supremamente feliz na outra.

Amém!

Às vezes, não é possível mudar as circunstâncias – ou simplesmente não é possível, no momento. Mude a nossa percepção, crença ou opinião sobre as nossas circunstâncias. Ao fazer isso, irá ajudar-nos a mudar nossa atitude e, finalmente, permitirá que cresçamos para além das lutas que não podemos controlar.

A forma como as pessoas reagem a eventos é determinada principalmente por sua visão dos acontecimentos e não os próprios acontecimentos.

Como mudar a nossa percepção das coisas – e melhorar a nossa atitude: Com a mente calma, respirando fundo e libertando-a de toda a conversa que está acontecendo dentro e ao redor. Dar-se uma pausa. Mudar o nosso foco. Entregar as preocupações e se aceitar. Praticar a gratidão pelo que se tem.  Ver as lutas como dores de crescimento. Procurar o inicio em cada fim, aceitando fim de cada era. Fechar a porta, virar a página e seguir em frente. Conectar o corpo com a mente.

“A questão básica é como reagimos diante das circunstâncias cotidianas. Que podem nos condicionar mentalmente. (EM).”

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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