terça-feira, 5 de abril de 2011

O SEGREDO ESTÁ NOS OLHOS


O SEGREDO ESTÁ NOS OLHOS

Por Ernídio Migliorini         E-mail:ernídio@hotmail.com

A motivação e necessidade primordial do ser humano é saber qual é o seu sentido existencial. Todos querem moldar a sua existência, significativamente, dando-lhe um sentido.
Nem um ser humano pode substituir outro; todos são imperfeitos; cada um ao seu próprio modo. O humano é um ser único, incompleto, transitório, já nasceu para morrer, finito cronologicamente, infinito nas possibilidades e potencialmente, está em constante busca, bombardeado por estímulos sensoriais,  reflete, age e realiza, tem por inerência: liberdade sobre à sua vontade e decisões. Enfatizando, que “figuras diferentes podem projetar sombras iguais; não significando por isto, que sejam estas figuras iguais.”
O ser humano tem várias dimensões, destacando-se como a mais importante: a transcendental, que excede a tudo o que conhecemos ainda. Tem crenças, trajetória histórica, essência, postura, subjetividade, experiência, referencial teórico, personalidade, consciência, impulso de poder, liberdade, livre-arbítrio, condutas e infinitas possibilidades. É a unidade do ser, com multiplicidade e dimensões.
O sentido existencial está na relação sujeito-objeto-mundo.





Dimensões da totalidade do ser humano:
*Somática: biológica ou fisiológica.
*Psíquica: sensações, impulsos, instintos, desejos, intelectualidade.
*Noética: Comportamentos, costumes, espiritualidade, criatividade, ética, valores e afins.
A dimensão física é hereditária; a dimensão psíquica tem que ser plasmada pela educação e a dimensão espiritual é intransmissível,  tem que ser realizada,  se constitui na mais ampla e envolve as demais dimensões.
A existência é valiosa até o último instante; precisamos ter dignidade diante do infortúnio e valentia no sofrimento. Transcendendo às tragédias e transformando-as em troféus. Mais importante do que a existência é descobrir o seu verdadeiro sentido para cada um de nós.
Não há um sentido de existência geral e abstrato; ele ocorre de maneira peculiar, particular e circunstancial,  para cada indivíduo. O sentido existencial está fora do indivíduo, está ao seu redor, no mundo.
O ser humano educa-se para apreender a encontrar o sentido da sua existência, cumprir a sua missão social, descobrir as possibilidades e condutas para a sua realização pessoal, propondo e comparando objetivos, segundo o seu valor, significado, a melhor ou pior decisão; a acomodação aos valores e realidades que lhe são transmitidas; a sua liberdade de se submeter ou não às determinações sociais e fazer escolhas segundo o seu livre-arbítrio.
O significado da sua existência deve levar em consideração o que é ou não importante; a validade e eficácia dos valores vivenciais, criativos e atitudinais.
A personalidade do indivíduo consiste na sua capacidade adaptativa, dando um sentido a tudo o que faz, experimenta e sofre, ao se defrontar com os fenômenos circunstanciais; cujo conceito é: “tudo aquilo que se manifesta por si mesmo.”
O ser humano tem um sentimento de inferioridade em relação ao Universo, o Mundo, os Valores e a Coerência Existencial; neste sentido procura incessantemente um ajuste para o seu gradual nivelamento.
Ante um quadro de vazio existencial, o ser humano não vê sentido na vida, sofre neuroses e apela para fugas...Todavia, as crises determinam mudanças e transformações, mas os valores permanecem, como um ideal humano.
As nossas escolhas são depositadas no passado, no campo das possibilidades e se realizarão no presente, no campo da realidade. Portanto, embora o conceito de destino é:”aquilo que não se pode mudar, como: genética, enfermidades, ansiedade...”; podemos colocar, em tese,  possibilidades no nosso destino, já que elas são formuladas no passado. Empregando a autotranscendência, que é o fato de sair de si mesmo e voltar-se para algo que está além de si próprio, ultrapassando-se.
A sociedade está cada vez mais perdendo as suas referências,  valores, tradições e não os está repondo; gerando seres humanos apáticos, autômatos, conformados, sem iniciativa e fadados à tríade: sofrimento, culpa, morte.




Convém lembrar que o indivíduo tem que ser o sujeito do seu processo educativo; porque ninguém educa ninguém. O objetivo do conhecimento é transformar o indivíduo, para que  dirija-se aos seus potenciais cognitivos, éticos, morais, verídicos e espirituais; para uma adaptação permanente e recomendável ao ambiente social, visando a sua edificação, equilíbrio, harmonia e perfeição.

 “O  SEGREDO ESTÁ NOS NOSSOS OLHOS. PORQUE O NOSSO OLHAR DEVE SER MANTIDO NOS NOSSOS OBJETIVOS EXISTENCIAIS, O TEMPO TODO, COM PERSISTENCIA, ESPERANÇA E FÉ. SE BAIXARMOS OS NOSSOS OLHOS,  PARA FICARMOS OLHANDO OS NOSSOS PROBLEMAS; PERDEREMOS DE VISTA E REFERÊNCIA OS NOSSOS OBJETIVOS.”

“Ninguém perde o que não possui.”


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