quarta-feira, 3 de junho de 2020

FATORES HEREDITÁRIOS




FATORES HEREDITÁRIOS
Fatores hereditários que influenciam à existência de cada indivíduo.
O controle genético não exclui os efeitos da experiência, podendo exercer papel regulador ou de potenciação ao produzir sensibilidade diferencial aos estímulos, tendências motivacionais específicas, períodos sensíveis e pré-organização de processos de aprendizagem. Os estudos têm mostrado a influência dos genes sobre interesses, traços de personalidade, atitudes e psicopatologias.  A importância da interação entre fatores hereditários e ambientais na determinação do desenvolvimento do indivíduo tem sido reconhecida pela Psicologia.
Existe complexidade no Controle Genético, que não exclui efeitos de experiência. Um recém-nascido prefere nitidamente certos estímulos, presta atenção diferencial a faces e a vozes, exibindo, entre outras, preferência típica pelos estímulos provenientes de um adulto afetuoso, como a fala maternal, o olhar dirigido, sendo estes estímulos os mais eficientes para a evocação de sorriso nas primeiras semanas de existência. Desde o nascimento, os bebês reagem seletivamente às estimulações sociais, comunicando-se e interagindo. Apresentam forte tendência ao reconhecimento individual e à formação de vínculos afetivos.
Inseparabilidade entre Gene e Ambiente. O gene contem uma informação química que será traduzida fenotipicamente dentro do ambiente em que esta tradução ocorrer. Gene e ambiente são componentes inseparáveis e complementares de um sistema sobre o qual se exercem as pressões seletivas.
Inseparabilidade entre Evolução Natural e Evolução Cultural. O modo de vida cultural criou um contexto específico de seleção, dentro do qual se exerceu sistemática pressão seletiva, favorecendo o comportamento cultural. Os efeitos desta pressão podem ser constatados no crescimento do cérebro e da inteligência:
O Estudo dos Efeitos da Hereditariedade sobre o Comportamento. Existem inúmeras maneiras de proceder a esta investigação. Cada uma delas se presta a um tipo de elucidação. A atividade genética não produz por si própria um produto comportamental ou neural acabado. Os hormônios desencadeiam expressões genéticas e são, por sua vez, produzidos em resposta a experiências do organismo no mundo externo. A ação de alguns genes depende de estimulações sensoriais em fases iniciais do desenvolvimento. Diferentes proteínas são formadas dependendo dos fatores específicos que estiverem influenciando a expressão genética.
O ser humano é um organismo criativo dinâmico, para quem a oportunidade de aprender e a experiência em novos ambientes, amplifica os efeitos do genótipo no fenótipo. O entendimento de traços psicológicos humanos como produto e instrumento da seleção natural tem implicações conceituais e metodológicas e torna necessária uma investigação que leve em conta mais do que as variáveis envolvidas na história específica de desenvolvimento individual.
O ambiente natural e o ambiente de desenvolvimento. A consideração do ambiente evolucionário natural em que o comportamento foi selecionado assume papel importante, na medida em que esse abriga as condições que foram essenciais para a evolução e que são essenciais para o desenvolvimento do traço. O ambiente natural abrange mais do que o ambiente físico; no caso humano, é formado de modo essencial pelo grupo social, constituindo-se num ambiente ao mesmo tempo social, afetivo e cultural. Em decorrência da perspectiva evolucionária, possíveis contrastes do ambiente natural com o ambiente atual de desenvolvimento do indivíduo devem ser considerados cuidadosamente. Esta concepção torna mais complexo o conceito de adequação do ambiente.
Ambiente natural se presta ao exercício da perspectiva interacionista entre fatores hereditários e ambientais. Ao se constituir por uma rede de relações sociais associadas a um modo de vida e de exploração de recursos, o ambiente natural humano é também interacional.
O apego é uma necessidade primária, não requerendo para o seu estabelecimento, da satisfação de outras necessidades básicas.  Um apego seguro depende de um grau ótimo de estimulação interativa, de um parceiro previsível, contingente e ajustado.
As diferenças nos comportamentos sociais das crianças têm sido entendidas como decorrentes de diferenças nos cuidados dos pais. O tipo de tratamento recebido dos pais seja o fator mais relevante na determinação do desenvolvimento.
A indicação de efeito genético sobre o comportamento pode ser obtida de diferentes maneiras. Nem sempre é fácil visualizar genericamente o efeito dessa perspectiva.
A hereditariedade é a transmissão de características de pais para filhos. Essas informações genéticas e fenotípicas transmitidas são chamadas de hereditárias. Nos seres humanos, a transmissão de características hereditárias é conseguida graças à fusão dos gametas. O gameta masculino, o espermatozoide, e o gameta feminino, o ovócito secundário, contêm 23 cromossomos cada. Quando ocorre a fusão, os 23 cromossomos do pai juntam-se aos 23 cromossomos da mãe e passam a compor o conjunto cromossômico daquela nova célula.
Gregor Mendel é considerado o pai da Genética por causa dos resultados de seus estudos envolvendo ervilhas. Sua teoria foi proposta antes mesmo de a estrutura e o funcionamento dos cromossomos serem conhecidas, entretanto, Mendel compreendeu de maneira acertada os princípios básicos da hereditariedade. Mendel propôs duas leis:
Lei da segregação ou a primeira lei de Mendel: Mendel admitiu que existem fatores para cada característica e que eles segregam-se na formação dos gametas, nos quais ocorrem em dose simples. Os fatores que Mendel descreve em seus resultados seriam, na realidade, os genes, dos quais se têm conhecimento atualmente.
Lei da segregação independente ou segunda lei de Mendel: Mendel admitiu ainda que os fatores para duas ou mais características distribuem-se de forma independente para os gametas e combinam-se ao acaso.
As duas leis de Mendel explicam, utilizando regras simples de probabilidade, as variações existentes na transmissão de algumas características. Além disso, elas serviram como base para a ampliação do conhecimento genético e propuseram a ideia de herança particulada, a qual demonstra que os pais passam adiante unidades herdáveis separadas (atualmente chamadas de genes). Assim sendo, as leis de Mendel foram o ponto de partida para a Genética moderna e a compreensão correta da hereditariedade.
A fecundação garante a transmissão de características aos descendentes.
Existe uma predisposição genética para a violência. O comportamento violento pode ser prevenido. Do ponto de vista da neurociência, quando o cérebro está maduro e a pessoa pode ser julgada como um adulto. O livre-arbítrio é reduzido em algumas pessoas. Problemas em áreas cerebrais específicas podem levar a comportamentos violentos.
“Muitas são as variáveis e condicionantes. Mas, precisamos cada vez mais aprender o que é adequado para cada circunstância; tendo em vista uma longevidade justa e sadia, (EM)>”


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