sexta-feira, 15 de março de 2019

A HISTÓRIA DE JERUSALÉM


A HISTÓRIA DE JERUSALÉM
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De acordo com a tradição bíblica, o rei Davi conquistou a cidade dos jebuseus e estabeleceu-a como a capital do Reino Unido de Israel, enquanto seu filho, o rei Salomão, encomendou a construção do Primeiro Templo.
Davi fez da cidade a capital do Reino de Israel e Judá após uma conquista militar e reinou até 970 a.C.
Etimologia: Jerusalém (em hebraico: ירושלים; transl.: Yerushaláyim; em árabe: القدس; al-Quds; em grego clássico: εροσόλυμα ; Ierossólyma), localizada em um planalto nas montanhas da Judeia entre o Mediterrâneo e o mar Morto, é uma das cidades mais antigas do mundo. A origem do nome Yerushalayim é incerta, várias interpretações linguísticas têm sido propostas. Alguns acreditam que é uma combinação das palavras em hebraico "yerusha" (legado) e "Shalom" (paz), ou seja, legado da paz. Outros que "Shalom"; é um cognato do nome hebraico "Shlomo", ou seja, o Rei Salomão, o construtor do Primeiro Templo. A segunda parte da palavra seria Salem (Shalem literalmente "completo" ou "em harmonia"). Outros citam o nome acadiano da cidade aparece como Urušalim, um cognato do Hebreu Ir Shalem. Alguns acreditam que há uma conexão a Shalim, a deidade beneficente conhecida dos mitos ugaríticos como a personificação do crepúsculo. De acordo com um midrash (Bereshit Rabá), Abraão veio até a cidade, e a chamou de Shalem, depois de resgatar Ló. Abraão perguntou ao rei e ao mais alto sacerdote Melquizedeque se podiam abençoá-lo. Este encontro foi comemorado por adicionar o prefixo Yeru (derivado de Yireh, o nome que Abraão deu ao monte do Templo)[28] produzindo Yeru-Shalem, significando a "cidade de Shalem," ou "fundada por Shalem." Shalem significa "completo" ou "sem defeito. Por isso, "Yerushalayim" significa a "cidade perfeita", ou "a cidade daquele que é perfeito". O final -im indica o plural na gramática hebraica e -ayim a dualidade, possivelmente se referindo ao fato que a cidade se situa em duas colinas. Alguns acreditam que a cidade chamada de Rušalimum ou Urušalimum que aparece nos achados do Antigo Egito é a primeira referência a Jerusalém. Os gregos adicionaram o prefixo hiero ("sagrada") e chamaram de Hierosolyma. Para os árabes, Jerusalém é al-Quds ("A Sagrada"). Foi chamada de Jebus (Yevus) pelos jebusitas. "Tzion" inicialmente se referiu a parte da cidade, mas depois passou a significar a cidade como um todo. Durante o reinado de David, ficou conhecida como Yir David (a cidade de David).
Origem de Jerusalém: Cerâmicas indicam a ocupação de Ofel, dentro da atual Jerusalém, desde a Idade do Cobre, ao redor do Quarto milênio a.C., com evidências de assentamentos permanentes durante o começo da Idade do Bronze, 3000-2 800 a.C. Os Textos de Execração (c. do século XIX a.C.), que se referem a uma cidade chamada Roshlamem ou Rosh-ramen e as Cartas de Amarna (c. século XIV a.C.) podem ser os primeiros a falar da cidade. Arqueólogos acreditam que Jerusalém como cidade foi fundada pelos povos semitas ocidentais com assentamentos organizados em cerca de 2 600 a.C.. Segundo a tradição judaica, a cidade foi fundada por Sem (filho de Noé) e Éber (bisneto de Sem), antepassados de Abraão. Nos contos bíblicos, Jerusalém era uma cidade Jebusita até o século X a.C., quando David conquistou-a e fez dela a capital do Reino Unido de Israel e Judá (c. anos 1 000 a.C.). Recentes escavações de uma grande estrutura de pedra são interpretadas por alguns arqueólogos como crédito à narrativa bíblica.
Invasão Assiria: Jerusalém foi invadida pelo Império Assírio em 722 a.C e parte do povo judeu foi tomado como escravo nas cidades da região da Mesopotâmia, atual Iraque. Com as derrotas militares assírias e o fortalecimento do Império Persa, os judeus voltaram à terra e reconstruíram o Templo de Salomão, que havia sido destruído durante o ataque das tropas do Império Assírio.
Muro das Lamentações: Um período de relativa paz foi encerrado no século 4 a.c com as conquistas militares de Alexandre, o Grande, que tornou Jerusalém como parte do Império Macedônico. No século I a.C, os romanos passaram a administrar a região. Na  Judeia controlada pelos romanos, nasce um judeu chamado Jesus que reúne seguidores e torna-se um mestre  inspirador. Enquanto os seguidores de Jesus buscam espalhar seus ensinamentos nas décadas que seguem as narrativas bíblicas, uma nova guerra afeta a região: no ano 66 d.C, setores da população judaica lideram uma rebelião contra a dominação do Império Romano. A revolta é reprimida com violência pelos imperadores Vespasiano e Tito, resultando na destruição do Templo de Salomão. Da construção, restou apenas o Muro das Lamentações, que é um dos símbolos sagrados para os judeus.
A destruição de parte de Jerusalém: Culminou com uma política liderada pelo Império Romano de expulsar sistematicamente os judeus que viviam na região, em um período conhecido como Diáspora. Os imperadores trataram de sufocar a cultura judaica e as manifestações religiosas, mudando o nome de Jerusalém para Élia Capitolina. Apesar de revoltas judaicas durante o século 2 d.C, Roma exerceu sua hegemonia sobre a região.
Tempos de Cruzadas: No século 4 d.C, o Império Romano foi convertido ao cristianismo,  que influenciou definitivamente a cidade de Jerusalém. Após a divisão do império entre a administração ocidental e oriental, o Império Bizantino; a administração local tratou de reforçar os símbolos que representavam os episódios sagrados para os cristãos. Em 335, foi construída a Igreja do Santo Sepulcro, que corresponderia ao local onde Jesus teria sido crucificado, sepultado e depois ressuscitado. No século 7, um  movimento religioso influenciado pela tradição monoteísta judaico-cristã,  o islamismo ganhou adeptos no Oriente Médio de maneira vertiginosa. Liderados pelo profeta Mohammed o Maomé os ensinamentos uniram diferentes povos que viviam na região. Com o fortalecimento político e a organização administrativa de grupos unidos ao redor do Islã, houve uma expansão territorial por porções da Ásia, norte da África e na Europa. Em 638, líderes muçulmanos conquistaram a cidade de Jerusalém e territórios que faziam parte do Império Bizantino. Após a vitória militar, foram promulgadas leis que autorizavam os judeus a regressarem à cidade após os séculos da Diáspora, além de assegurar segurança religiosa aos cristãos que viviam na cidade. Por causa da influência judaico-cristã, Jerusalém foi considerada uma das três cidades mais sagradas do islamismo, sendo construído o santuário do Domo da Rocha com sua grande cúpula dourada.
Em 1095, o Papa Urbano II fez uma convocação para que o território conhecido como Terra Santa voltasse ao domínio cristão. A Igreja Católica rapidamente conseguiu adeptos para dar início à campanha militar: as Cruzadas. Em 1099, Jerusalém conquistada pelas tropas cristãs, que promoveram um banho de sangue na cidade: muçulmanos e judeus foram massacrados e expulsos de suas terras. Décadas depois, a cidade retomou novamente às posses muçulmanas, conquistada Saladino. Em 1099, Jerusalém foi conquistada pelos cruzados, que massacraram a maior parte dos habitantes muçulmanos e os resquícios dos habitantes judeus. Os sobreviventes judeus foram vendidos na Europa como escravos ou exilados na comunidade judaica do Egito. Em 1187, a cidade foi arrancada da mão dos cruzados por Saladino permitindo que os judeus e os muçulmanos pudessem voltar e morar na cidade. Em 1244, Jerusalém foi saqueada pelos tártaros corásmios, que dizimaram a população cristã da cidade e afastou os judeus, alguns dos quais foram reinstalados em Nablus. Entre 1250 e 1517, Jerusalém foi governado pelos mamelucos, que impuseram um pesado imposto anual sobre os judeus e destruíram os lugares sagrados dos cristãos no Monte Sião. 
Domínio Otomano: Em 1517 domina Jerusalém.
Domínio do Império Britânico: Na 1ª Guerra Mundial em 1917, Jerusalém foi tomada pelos ingleses. A Palestina, com árabes, muçulmanos e judeus.
A divisão Jerusalém: A cidade de Jerusalém foi dividida entre a administração judaica e o governo árabe da Jordânia.  Israel considerava a porção oeste da cidade como capital do país. Após uma nova escalada de tensões na década de 1960, que resultou em uma nova guerra entre Israel e os países árabes, as tropas judaicas também anexaram a porção leste de Jerusalém.
Israel x Palestina:
Israelenses e palestinos reivindicam a cidade como sua capital, Israel mantém suas principais instituições governamentais em Jerusalém, o Estado da Palestina a prevê como a sua futura sede política; nenhuma das reivindicações, no entanto, é amplamente reconhecida pela comunidade internacional.
Destruição de Jerusalém: Durante a sua longa história, Jerusalém foi destruída, sitiada 23 vezes, atacada 52 vezes e capturada e recapturada outras 44 vezes. A parte mais antiga da cidade foi estabelecida no IV milénio a.C. Em 1538, muralhas foram construídas em torno da cidade sob o regime de Solimão, o Magnífico. Atualmente aqueles muros definem a Cidade Antiga, que é dividida em quatro bairros: armênio, cristão, judeu e muçulmano ,desde o início do século XIX. A Cidade Antiga se tornou um Patrimônio da Humanidade em 1981, está na lista de patrimônios em perigo. A Jerusalém moderna cresceu para muito além dos limites da Cidade Antiga.
Impasses persistentes em Jerusalém: O estatuto de Jerusalém continua a ser problemático, sendo uma das maiores questões no conflito israelo-palestino. O Plano de Partilha da Palestina, aprovado pelas Nações Unidas em 29 de novembro de 1947, estabelecia a cidade como um território internacional. Durante a guerra árabe-israelense de 1948, Jerusalém Ocidental estava entre as áreas capturadas e depois anexadas por Israel, enquanto Jerusalém Oriental, inclusive a Cidade Antiga, foi capturada e posteriormente anexada pela Jordânia. Israel capturou Jerusalém Oriental dos jordanianos em 1967, durante a Guerra dos Seis Dias. A Lei de Jerusalém, uma das Leis Básicas de Israel, define Jerusalém como a capital indivisível do país e todos os ramos do governo israelense estão sediados na cidade, incluindo a residência do presidente da nação, repartições governamentais, suprema corte e o Knesset (parlamento). A comunidade internacional rejeita a anexação como ilegal e trata Jerusalém Oriental como um território palestino ocupado por Israel. Após a Resolução 478 do Conselho de Segurança da ONU, oficializou-se a retirada das embaixadas estrangeiras de Jerusalém. A maioria dos países mantém sua embaixada em Telavive, principal centro financeiro do país.
Períodos Templários: Davi reinou até 970 a.C. Ele foi sucedido pelo seu filho Salomão, que construiu o Templo Sagrado no Monte Moriá. O Templo de Salomão passou a desempenhar um papel central na história judaica como o lugar onde estava guardada a Arca da Aliança. Ao longo de mais de 600 anos, até à conquista babilônica, em 587 a.C., Jerusalém foi a capital política e religiosa dos judeus. O Período do Primeiro Templo. Após a morte de Salomão (c. 930 a.C.), as dez tribos do norte se uniram para formar o Reino de Israel. Sob a liderança da Casa de David e Salomão, Jerusalém continuou a ser a capital do Reino de Judá. O Primeiro Período Templário acabou cerca de 586 a.C., quando os babilônios conquistaram Judá e Jerusalém, e devastaram o Templo de Salomão. Em 538 a.C., após cinquenta anos do exílio na Babilônia, o xá do Império Aquemênida Ciro, o Grande convidou os judeus a regressarem a Judá e Jerusalém e reconstruírem o Templo. A construção do Segundo Templo de Salomão foi concluída em 516 a.C., durante o reinado de Dario, o Grande, setenta anos depois da destruição do Primeiro Templo. Jerusalém retomou o seu papel de capital de Judá e centro de culto judaico. Quando o comandante grego Alexandre o Grande conquistou o Império Aquemênida, Jerusalém e Judeia caíram sob controle grego, e em seguida sob o Reino Ptolemaico de Ptolomeu I. Em 198 a.C., Ptolomeu V perdeu Jerusalém e a Judeia para o Império Selêucida sob Antíoco III. A tentativa selêucida de retomar Jerusalém do domínio grego teve sucesso em 168 a.C. com a bem sucedida revolta macabeia de Matatias, o Sumo Sacerdote e os seus cinco filhos contra Antíoco Epifânio, e a criação do Reino Asmoneu em 152 a.C., novamente com Jerusalém como capital.
Guerras Romano-Judaicas: Cerco romano e a destruição de Jerusalém.  Colocou o rei Herodes o Grande e ele dedicou-se a desenvolver e embelezar a cidade: construiu muralhas, torres e palácios, e expandiu o Templo do Monte, reforçou o pátio com blocos de pedra pesando até cem toneladas. A cidade, e a região ao redor, entrou sob controle direto dos romanos. a Grande revolta judaica, que resultou na destruição do Segundo Templo em 70 Em 130 Adriano romanizou a cidade, e ela foi renomeada para Élia Capitolina. Durante o século IV, o imperador romano Constantino I (r. 306–337) construiu partes católicas em Jerusalém, como a Igreja do Santo Sepulcro. Jerusalém atingiu o pico em tamanho e população no final do Segundo Período Templário: A cidade se estendia por dois quilômetros quadrados e tinha uma população de 200 mil pessoas.
No período de algumas décadas, Jerusalém trocou de mãos entre persas e romanos, até voltar à mão dos romanos mais uma vez.



Geografia: Jerusalém está situada no sul de um planalto na Judeia, que inclui o monte das Oliveiras (Leste) e o monte Scopus (Nordeste). A elevação da Cidade Velha é de aproximadamente 760 metros. A grande Jerusalém é cercada por vales e leitos de rio secos (uádis). Os vales do Cédron, Hinom, e Tyropoeon se unem em uma área ao sul da cidade antiga de Jerusalém. O vale do Cédron segue para o leste da Cidade Velha e divide o monte das Oliveiras a partir da cidade propriamente dita. Ao longo do lado sul da antiga Jerusalém está o vale de Hinom, uma ravina íngreme associada com a escatologia cristã bíblica com o conceito de inferno ou Geena. O Vale de Tyropoeon começa na região noroeste próximo ao Portão de Damasco, dirige-se ao sudoeste através do centro da Cidade Velha para baixo do Reservatório de Siloé, e a parte inferior é dividida em duas colinas, o monte do Templo no leste, e o resto da cidade no oeste (as partes alta e baixa da cidade. Jerusalém encontra-se na região central do país, a 60 quilômetros ao leste de Telavive e do mar Mediterrâneo. No lado oposto da cidade, cerca de 35 km de distância, está o mar Morto, o corpo de água mais baixo da Terra.
Clima: Jerusalém é caracterizada por um clima mediterrânico, com verões quentes e secos, e invernos amenos e chuvosos. Neve cai normalmente uma ou duas vezes ao inverno, embora a cidade experimente forte neve a cada três ou quatro anos em média.
Instituições em Jerusalém: O prédio Knesset, sede do Parlamento de Israel do governo de Israel; Suprema Corte de Israel; Edifício do Ministério das Relações Exteriores; As residências oficiais do Presidente e primeiro-ministro estão localizadas em Jerusalém. Atualmente Jerusalém é um município em Israel e também a sua capital e a sede do governo, não reconhecida pelas Nações Unidas e pela União Europeia. A cidade é governada por um conselho municipal composto por 31 membros eleitos cada quatro anos. Desde 1975, o presidente da câmara (prefeito) é eleito por sufrágio direto cumprindo um mandato de 5 anos e apontando 6 deputados. O Ministério para Serviços Religiosos israelita tem responsabilidade pelos locais sagrados da cidade, embora cada comunidade religiosa deva zelar pela preservação dos seus edifícios. Órgão à parte de prefeito e deputados, os membros do conselho da cidade não recebem salários, trabalham de forma voluntária. A maioria dos encontros do Conselho de Jerusalém são privados, mas a cada mês, mantém uma sessão aberta ao público. Dentro do Conselho da cidade, grupos políticos religiosos formam uma facção especialmente poderosa, possuindo a maioria dos assentos. A base do Município de Jerusalém e do gabinete do prefeito fica na Praça Safra (Kikar Safra), na Rua Jafa. O novo complexo municipal, compreendendo dois prédios modernos e dez prédios históricos recuperados entorno de uma grande praça, foi aberto em 1993. A cidade termina no Distrito de Jerusalém, com Jerusalém como a capital do distrito.
Situação política: Em 5 de dezembro de 1949, o primeiro-ministro do Estado de Israel, David Ben-Gurion, proclamou Jerusalém como a capital de Israel[142] e todos os órgãos do governo de Israel: legislativo, judicial, e executivo  tem residido lá. Na época da proclamação, Jerusalém foi dividida entre Israel e o Jordão e assim, somente o oeste de Jerusalém foi considerado capital de Israel. Imediatamente depois de uma guerra de seis dias em 1967, Israel anexou o Leste de Jerusalém, a tornando de fato parte da capital Israelense. Israel conservou o status da "completa e unificada" Jerusalém — oeste e leste, como sua capital, em 1980 Lei básica: Jerusalém, Capital de Israel. Alguns países mantém consulados em Jerusalém, e  embaixadas nos subúrbios de Jerusalém, todas as embaixadas estão localizadas fora da propriedade da cidade, a maioria em Telavive.
Outros Destaques:
->Fonte econômica nacional: Peregrinação religiosa;
->O setor de educação tem um dos percentuais mais altos de empregados;
->Cresce a quantidade de companhias de alta tecnologia em Jerusalém;
->A empresa de autocarros de Jerusalém está se tornando o único meio de transporte na região;
->Jerusalém abriga diversas Universidades prestigiadas, com cursos em hebraico, árabe e inglês;
->Estatística religiosa de Jerusalém: 204 sinagogas, 158 igrejas e 73 mesquitas;
->Jerusalém é mencionada na Bíblia 632 vezes.
“Podemos muito mais do que pensamos que podemos. A lógica é pensar e agir fazendo. O ato de fazer é didático por excelência! (EM).”










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