quinta-feira, 11 de maio de 2017

EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS E O DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO

EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS E O DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO
E-mail: ernidiomigliorini@gmail.com
A alta do juro impacta a economia e o cotidiano. Com a intenção de conter o consumo e controlar o crédito, utiliza-se a elevação do juro, para que a inflação seja contida.
A alta do juro impacta sobre o investimento de empresas e no consumo das famílias, pois serve de referência para aplicações e empréstimos. A rigor, se a Taxa de juros aumenta a Economia encolhe.
Na economia, o juro cada vez mais alto deixa a recuperação do comércio e da indústria distante e eleva o grau de preocupação com o emprego. Ao encarecer investimentos e dificultar o consumo das famílias, o juro elevado esfria a economia, afetando a criação de vagas de trabalho.
Segundo o parâmetro da elevação do juro, as instituições financeiras definem quanto vão cobrar por financiamentos e empréstimos às      empresas e às pessoas. Quando o juro está alto, o consumidor tende a comprar menos, porque a prestação de seu financiamento ou empréstimo vai ser mais elevada. Se tem menos dinheiro em circulação a inflação tende  a ter queda. O aumento do juro torna os financiamentos mais custosos e afeta os investimentos da indústria, debilitando a sua competitividade.
No cotidiano, o juro alto é benéfico para os investidores. Quem compra um título do governo recebe mais se a taxa de juro estiver subindo. Ficam mais atraentes as aplicações em fundos de renda fixa. No caso do Consumo o nível alto da taxa de juro, eleva a inflação, que corrói os ganhos das famílias. As compras a crédito ficam mais caras, freando o ímpeto de adquirir bens e aumentando a inadimplência. O crédito mais caro, incentiva às pessoas a poupar em vez de gastar. Ao diminuir as compras, a demanda por produtos cai e os preços também. Isso gera um efeito colateral negativo na economia. Ao inibir o consumo e os investimentos, o juro mais alto diminui o ritmo dos mercados fazendo que o crescimento econômico seja pequeno.
As instituições financeiras são determinantes nas decisões de investimento das demais empresas. Toda e qualquer empresa têm preferência pela liquidez com base em suas expectativas sobre um futuro incerto. A preferência pela liquidez bancária determinará a oferta de moeda e, assim, a decisão de investimento dos bancos tem impacto decisivo sobre as condições de financiamento da economia e sobre o nível de gasto dos agentes, afetando as variáveis reais da economia, como produto e emprego. Os bancos criam moeda sem a necessidade de poupança prévia e acima das reservas existentes, e atendem, à demanda financeira das empresas que desejam investir produtivamente. O sistema bancário gera recursos monetários que se transformarão em máquinas, equipamentos, salários, viabilizando a expansão da produção. Há uma conjunção entre como o sistema financeiro age e como as suas operações repercutem sobre a atividade econômica, e a fragilidade financeira em que a economia se encontra circunstancialmente. Um sistema financeiro é funcional para o processo de desenvolvimento quando ele expande o uso de recursos existentes no processo de desenvolvimento econômico, com um mínimo aumento possível na fragilidade financeira e outros desequilíbrios que possam deter o processo de crescimento.
As economias monetárias podem se desenvolver com a criação de moeda. Com desenvolvimento econômico de forma sustentada, menos propenso a crises. Construindo oportunidades de lucro, que estimula a demanda efetiva na forma de investimentos. Com uma política econômica que constitua a institucionalidade necessária à funcionalidade do sistema financeiro, extensiva ao financiamento da atividade econômica. Os Empréstimos precisam ter impacto positivo na economia. Os empréstimos para investimento pelas empresas devem contribuir efetivamente para elevar a taxa de investimento da economia.
O papel do sistema financeiro para o crescimento econômico é funcional e fundamental. O conceito de funcionalidade do sistema financeiro na perspectiva teórica é aquele com poder de criação de crédito para atender à demanda de liquidez necessária para realização dos gastos pelos agentes, e com capacidade de criar mecanismos financeiros apropriados para realização da consolidação da capitalização das empresas inversoras. Permitindo um ritmo de acumulação a um nível superior. Supondo a existência de uma estrutura diversificada de instituições e instrumentos financeiros que possam oferecer alternativas de financiamento para os agentes  realizarem seus dispêndios.
O sistema financeiro tem uma grande importância para o crescimento econômico, operando de forma funcional a dando sustentação ao crescimento econômico, financiando o investimento e implementando a circulação da moeda, o móvel da economia.  Existe uma relação positiva entre desenvolvimento financeiro e o crescimento econômico. A preponderância de razões teóricas e evidências empíricas sugerem uma relação positiva e de primeira ordem entre desenvolvimento financeiro e o crescimento econômico e a industrialização.
Moeda e instituições financeiras interferem no funcionamento e dinâmica da economia: com um papel crucial no crescimento econômico, como provedores de liquidez; na alocação da poupança; para consolidar o investimento, na ação de especuladores nos mercados financeiros, necessária para prover liquidez nos mercados secundários; na criação de poder de compra  para os investidores.
A intermediação financeira tem o papel básico de transferir recursos das unidades superavitárias para as unidades deficitárias. Onde o beneficiário emite dívida contra si próprio, ao solicitar fundos emprestáveis das unidades superavitárias.
A Poupança em uma determinada data  não poderá ser maior do que o investimento naquela data. O maior investimento será sempre acompanhado de maior poupança, mas nunca será precedido por ela. A expansão de crédito provêm de uma necessária preparação para a poupança. Ele é o pai do aumento da poupança. A provisão de moeda permite que a despesa de investimento seja implementada. A moeda é o início do processo de formação de capital. A realização de qualquer gasto planejado requer a criação de moeda. A velocidade constante da moeda, pela simples troca de mãos de moeda entre agentes na realização das transações gera o funcionamento da economia.
Do ponto de vista macroeconômico, a captação de capital de terceiros tem o papel de mitigar o crescimento da fragilidade financeira  e ao mesmo tempo, o papel de dar suporte ao crescimento sustentado. Não existe um modelo de sistema financeiro ideal para dar suporte ao desenvolvimento econômico. O papel do sistema financeiro, entretanto, é dúbio para o crescimento: ao mesmo tempo em que pode estimular um crescimento financeiramente estável, provendo liquidez e instrumentos adequados para realização do processo econômico, ele pode ser gerar efeitos colaterais negativos.

“Existe muita ambivalência na maioria dos métodos, das técnicas, dos recursos; enfim do “fazer”...(EM).”

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