domingo, 18 de setembro de 2011

NOSTALGIA


NOSTALGIA
Por Ernídio Migliorini   E-mail: ernidio@hotmail.com
Nostalgia: do grego nóstos (retorno) álgos (dor).
Nostalgia é uma lembrança saudosa do passado de um indivíduo. Um momento da sua vida, associado a lugares, objetos, acontecimentos, pessoas e circunstâncias que se foram e não pode mais ser resgatado, apenas lembrado. São reminiscências intensas e vívidas.
Saudades de antigamente, desejo de volta de uma fase da existência individual. É um sentimento que envolve as pessoas com freqüência; alguns semanalmente; outros dependendo das variáveis e condicionantes, até diariamente.
Psicologicamente: mergulhar em lembranças, ajuda a melhorar o  humor, a autoestima, fortalecer os relacionamentos e se constitui  numa fonte de bem estar psíquico.
A nostalgia, dificilmente é patológica. O indivíduo emprega termos positivos para expressar o sentimento de nostalgia como: caloroso, bons e velhos tempos, prazeres da infância, aquele sim era especial, que amigo formidável e inesquecível.
A nostalgia é uma forma específica de resgate biográfico de um indivíduo e do seu contexto social, cultural e profissional.
O sentimento de nostalgia desperta no indivíduo a falta de aspectos do seu passado: o jeito como as pessoas eram antes; a sua juventude, namoro, a suas férias, viagens, animais de estimação, parentes, amigos, professores, autoridades, valores e princípios, crenças, esportes, programas, filmes, civismo, modo de vestir e de se alimentar e afins.
Uma grande ênfase na estatística do sentimento de nostalgia é a falta de relacionamentos de tempos passados. As pessoas tinham muito mais certeza do apoio dos que estavam à sua volta. A saudade do passado aumenta o sentimento de pertencimento a um  grupo.
É positivo psicologicamente dar asas ao sentimento de nostalgia, voltado para os bons e velhos tempos. Isto demonstra, para quem tem estas reminiscências, o fato de que tem uma história, da qual se orgulha, cujas marcas são dignas de lembrança e satisfação psíquica.
Todos já nascemos para morrer, embora saibamos a morte ainda causa-nos um temor arquetípico. Pensar na própria morte, na finitude, no destino do corpo e da consciência. Neste aspecto também a nostalgia tem um efeito preventivo; impedindo pensamentos sombrios, tristes e melancólicos. Oferecendo a idéia de que isto é inevitável, mas não é uma catástrofe; isto acontece por uma necessidade orgânica Universal e transcendental, que está além do nosso atual entendimento. Quiçá um dia se nos será revelado o Grande Mistério.
Fonte: Scientific American, n 221, ano XVIII, p. 36-43.
“O amanhã tem raízes no ontem e no hoje; porque o sistema cósmico é orgânico e conseqüente. (EM).”



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