CONTRADIÇÕES
O ser humano pratica ações
e se torna, potencial e efetivamente, predador dele mesmo. Isto é absurdamente contraditório
e denota ausência total de reflexão, de bom senso, de humanismo, de
inteligência e de lógica.
->Fabrica
armas e munições para matar seres humanos em guerras ideológicas, religiosas e
de conquistas;
->Fabrica armas e munições empregadas pelos
agentes do mal para atentarem contra a vida das pessoas;
->Produz
substâncias venenosas, que se ingeridas determinam a morte de humanos;
->Utiliza veículos de forma imprudente,
perigosa, com risco calculado e de uma selvageria animalesca e abominável;
->Promove
competições, com agressão física premeditada; apelidadas, inconvenientemente,
de esportes, com alto risco de morte e explicita;
->E uma série de desvarios inconsequentes, nos
quais falece qualquer sentido lógico.
Além do
enfoque contraditório, também há uma persistência pelo inadequado, ineficaz e
defasado. O sistema de punição por infração legal, utilizado no Poder Judiciário,
através de prisões em penitenciárias, está em colapso gravíssimo e
irreversível. Além de não resgatar o detento à cidadania moral e ética, o
transforma em um potencial agente do crime organizado. Este sistema tem que ser
reinventado, considerando outras alternativas de punição, o grau de
periculosidade do infrator, a possibilidade de contra partida pela prestação de
serviços, desembolso pecuniário e outras medidas inteligentes. Outro fator de
impacto social profundo é o sistema educacional, que precisa ser reavaliado e reconstruído,
tendo a noção de que educação é diferente de mero ensino cognitivo. Educação
compreende a integralidade do indivíduo, a necessidade de uma postura moral,
ética e cívica fundamentada em prática do bem, da justiça, da verdade, da
fraternidade e da espiritualidade.
A mudança da realidade se torna uma utopia, se for
considerado o posicionamento individual e coletivo das pessoas, permeado de
irreflexão, ausência de sensibilidade, de intencionalidade reestruturativa da
harmonia e da convivência pacífica e de recíproco bem estar, com espaço e
protagonismo mútuos, respaldados em equidade.
Seria tão simples e matemático, eliminando as causas excluem-se os efeitos; não fossem as
demais injunções que compõe o processo: não se produziria, não se teria ou
portaria armas, as que existem seriam todas recolhidas e transformadas em outros objetos e utensílios; isto seria regulamentado por lei.
Não se produziria mais substâncias atentatórias à saudabilidade; não se praticaria
mais atividades esportivas ou agressivas e atentatórias à integridade
física e emocional das pessoas e houvesse uma educação sistemática, formal e continuada
para formar uma autoconsciência individual e coletiva de prudência, extremo
cuidado e cautela na condução de todas as espécies de veículos terrestres, marítimos
e aéreos, de modo a não ocorrer acidentes.
“Todas as
coisas que ganham existência, são feitas parte após parte, pedaço a pedaço,
passo após passo e no final da execução do seu projeto formal ou informal,
revelam o seu corpo com a sua massa, o seu volume e a sua função e utilidade.
Recebem uma denominação significativa, existem o ocupam espaço. (EM).”
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