CRIATIVIDADE
O estudo da criatividade e a sua relação com o cérebro, conforme
o que segue.
Os dois hemisférios
cerebrais. O lado esquerdo é responsável, por todo o processo da comunicação: o
que se ouve, as informações escritas e a linguagem corporal. O lado direito
ocupa-se do não-verbal: imagens, melodias, entonações, expressões faciais,
informações sobre o espaço e a posição do corpo.
Os danos no hemisfério esquerdo ocasionam problemas com a
linguagem. O acometimento do lado direito do cérebro, ocasiona a perda do
esquema corporal e a orientação espacial, da percepção musical, diminuição das
aptidões criativas em áreas da pintura, poesia ou música.
O hemisfério esquerdo responde pelo processo de pensamentos
convergentes. Trabalha de maneira lógica, analítica, racional e voltado aos
detalhes. O direito, com foco no pensamento divergente, é intuitivo, fantasia,
tem idéias repentinas; privilegia a holística e
a concatenação de informações que
chegam.
O hemisfério esquerdo
analisa a seqüência de letras, compõem-nas de modo que formem palavras e frases
segundo as regras lógicas da linguagem escrita, averigua se a gramática e a
sintaxe resultam sensatas, e apreende o conteúdo concreto. O direito integra as
informações a idéias e noções próprias, faz surgir imagens na mente, reconhece
o significado metafórico mais geral, a curiosidade, prazer de experimentar,
ludicidade, coragem de correr riscos, flexibilidade intelectual, pensamento
metafórico e senso artístico, que desempenham papel decisivo nos processos
criativos do pensamento.
O cérebro diante de um problema prefere recorrer ao que já
conhece, em vez de trilhar caminhos novos ou menos conhecidos. Por não treinar-se
a capacidade criativa, o espírito criativo vai ficando inerte, dificultando a
superação de bloqueios no pensamento. Quando só se pensa como sempre se pensou,
só se vai manter o que sempre se manteve, as mesmas idéias. Se não acontecem
lampejos geniais, é porque o hemisfério esquerdo, aferido segundo a lógica, não
deixa funcionar a máquina de criatividade que se encontra no lado direito. A criatividade
sempre tem implicância com o cérebro todo.
No âmbito de uma ruptura criativa recorre-se ao pensamento
convergente, que demanda à participação do hemisfério esquerdo. Os espíritos
criativos são especialistas em determinada área. É improvável que se chegue a
uma idéia grandiosa sem ter se ocupado intensivamente da respectiva área.
A característica essencial da fase de preparação é desgastante e
pode tomar muito tempo. Identificado o problema, é preciso confrontar-se com
ele e iluminá-lo a partir de todos os ângulos conhecidos, de novos e
desconhecidos. O segredo da criatividade consiste em mudar a perspectiva e
considerar as coisas sob uma nova luz; com as técnicas de desenvolvimento da
criatividade centradas em soluções novas, que reordenam idéias, noções e
intuições existentes.
É importante combinar
idéias no pensamento criativo, estabelecendo ligações entre áreas completamente
diversas; relacionando coisas entre si, mesmo que não haja qualquer nexo entre
elas. Quanto mais se souber, mais fácil será desenvolver soluções criativas.
A inibição latente apaga
da grande desordem de dados que flui a cada segundo para sistema sensorial as
informações que segundo a experiência parecem menos importantes; não onerando a
capacidade do cérebro e não ingressando nos processos do pensamento. A
criatividade é a capacidade de ligar frações esparsas de dados e concatená-las
formando algo novo. Uma inibição latente menos pronunciada ajuda o espírito
inventivo a dar saltos maiores. Com a inibição menor, o cérebro criador recebe
uma quantidade maior de material para processar.
O criativo angaria vantagens na procura por lampejos
intelectuais quando se dedica a compilar o maior número possível de idéias e
impressões. Olhando para além das fronteiras de sua própria área de atuação,
porque o excesso de conhecimento especializado não impede o caminho da criação
inventiva. A criatividade não se concilia com pressão. Lampejos intelectuais
criativos ocorrem em situações nas quais se está pensando em algo totalmente
diverso, nas férias, nos passeios ou antes de adormecer. Desde que o cérebro
tenha sido alimentado corretamente na fase de preparação, continua trabalhando
em uma solução, mesmo quando estamos afastamos do problema por algum tempo.
Esse processo que antecede a descoberta inusitada é a incubação.
No período de incubação garantem-se discernimentos alternativos
e criam-se as condições para uma nova tentativa de solução, mais criativa. O cérebro pode superar as
barreiras de pensamento, durante a fase de incubação. Em um momento qualquer,
novas associações irrompem e o espírito criativo recebe a esperada recompensa,
a iluminação, o conhecimento intuitivo e repentino. O cérebro agracia com
revelação, desde que haja uma fase de preparação adequada e, na seqüência, uma
fase de incubação. Os processos que se cumprem durante a fase de incubação
permanecem ocultos à consciência, não podem ser influenciados nem acelerados de
maneira ativa, exigem paciência.
Devemos procurar todos os dias encontrar algo que cause admiração,
conservando sempre o espírito investigativo e curiosidade; questionando até os conhecimentos que parecem
seguros. Anotando o que pareceu inusitado e estranho e fortalecendo a
percepção. No pensamento criativo com motivação, a inspiração aparece quando
uma área prende a atenção. Fundamentado no que realmente quer fazer, assim que
sentir uma centelha de interesse, seguir a pista. Com tranqüilidade,
descontração e reflexão, vem as melhores idéias, no relaxar consciente. Ser
criativo é uma questão de método, exige dedicação. Criatividade é questão de treino dedicação e disciplina.
Para gerar a criatividade é
eficaz: Listar possibilidades diferentes para solucionar uma mesma questão.
Elaborar uma análise crítica das situações diárias. Fazer algo novo e testar
outras probabilidades. Tornar-se especialista no que se faz. É preciso praticar
o que sabe e pretende fazer. Assistir palestras inspiradoras. Procurar conhecer
um assunto de maneiras diferentes. Procurar aprender com quem sabe mais. Estar
sempre aberto às novidades e informações e atento às mudanças, fazendo conexão
com outros temas e possibilidades. Criar o próprio conceito de sorte. Não
desanimar diante dos erros e insucessos. Relaxar a mente e imaginar.
Quando se permite pensar em coisas que não existem, a mente pode
vagar e o subconsciente tem tempo para trabalhar. É importante dar tempo para
potencializar a criatividade. Imaginando como se estará no futuro. Deixar algo
inacabado no fim do expediente. Começar alguma coisa e praticar algo novo. Gerar idéias. Imaginar diferentes
aplicações para um objeto. Fazer associações livres entre palavras. Estabelecer um horário diário para exercitar a
criatividade e anotar as idéias que surgem na mente. Descrever objetos pela
aplicação que eles oferecem e formas inusitadas de explicar o que são. Aproximar-se
de pessoas diferentes de você. Fazer
algo concreto com as idéias.
“O indivíduo mais pobre é aquele, que só tem dinheiro e mais nada.
Rico e fútil. (EM).”
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