A COMPLEXIDADADE
CEREBRAL
Considerações
relevantes:
O cérebro transforma as mensagens sensoriais em percepções
conscientes, envolvendo milhões de neurônios.
A pessoa mantém uma visão estável do que é. A percepção espacial é biologicamente inata e também
construída culturalmente. Vemos o que existe e interpretamos e reinventamos o
que percebemos. O inconsciente influencia as escolhas, organiza as
memórias, desejos e experiências, mesmo que desejemos esquecê-las. Os sentidos
captam informações que nos escapam racionalmente. Ocorrem
situações em que a pessoa percebe que está sonhando e pode até influenciar a oniricidade. Temos a
capacidade de direcionar a mente de forma consciente. O cérebro até este momento é apenas relativamente
compreensível. A vida interna e a mente são
subjetivas. Os instrumentos da Neurociência, ainda não conseguem,
proporcionar uma explicação plena da experiência consciente. As oscilações neurais permitem a percepção das cores e
formas. O corpo e o cérebro são externos,
expostos e objetivos; a mente é interna, oculta e subjetiva. A linguagem categoriza e utiliza o conhecimento de acordo com princípios lógicos e classificar observações como
verdadeiras ou falsas. Algumas células cerebrais cartografam a geografia do
corpo humano. Porque as células do cérebro, em qualquer nível do sistema
nervoso, representam eventos que ocorrem em alguma parte do organismo. A mente consciente está intimamente associada ao senso de
um “eu”, uma base da perspectiva em primeira pessoa.
O
inicio da existência humana:
O feto fica adormecido no útero, com capacidade de se movimentar, ao
nascer, ao inspirar pela primeira vez, aciona a experiência consciente. O ser humano realiza
tarefas complexas de forma inconsciente. O pensamento no
cérebro de um recém nascido é surpreendentemente constatável. Crianças de um ano de
idade têm uma assinatura cerebral semelhante à associada à percepção consciente
de adultos; com uma velocidade do sinal elétrico um terço menor.
Percepção: A percepção é carregada de
significado e é única para cada indivíduo. O
ganho de percepção aumenta com a excitação dos neurônios. O input inicial
provoca rapidamente uma ação coletiva em todo o agrupamento de neurônios; e
esta atividade se propaga, originando uma descarga extensa. Substâncias modulares oriundas de várias áreas cerebrais,
formam sinapses e aumentam a sensibilidade ao estímulo. Na dinâmica geral da percepção, o cérebro procura a
informação, orientando o indivíduo a olhar, escutar e cheirar. O cérebro
planeja cada ação sucessiva e se prepara com base em ações passadas, estímulos
sensoriais e sínteses perceptivas. O ato de
percepção é um passo no caminho, que o
cérebro percorre para crescer, organizar-se e contatar com o ambiente, para
modificá-lo em seu benefício.
A
auto percepção:
As pessoas mudam física e psiquicamente, mas, mantém uma visão
estável de quem são; porque várias áreas cerebrais processam esta percepção. Conhecer-se a si mesmo,
com uma auto-imagem realista, um sinal
de mente saudável. O “eu” é o produto da confluência de um conjunto de estruturas cerebrais e
psíquicas e está sempre em movimento. Vários fatores interferem neste processo
da formação do “eu”: forma de criação, fatos existenciais marcantes, aspectos
biológicos celulares e de conexões neurais, mas com um auto-retrato consistente,
baseado num núcleo da identidade. Os pensamentos, emoções e experiências
são considerados como propriedade do indivíduo. Quando o indivíduo sente
empatia por um outro, sempre distingue os estados mentais que pertencem a cada
um. Ao
nascer a criança está em estado de indissociação com a sua mãe e o ambiente,
não percebe os seus limites físicos. Entre 3 e 5 meses, faz as primeiras
tentativas de controlar movimentos corporais. Com um ano e meio reconhece a sua
imagem no espelho; aos 24 meses de idade assimila conceitos de “eu” e “meu”, na
idade pré-escolar faz amigos e faz comparações e forma a auto-imagem; depois
expandem sua identidade e desenvolvem habilidades sociais. O sentido de
propriedade do corpo e a responsabilidade pelos próprios movimentos e ações; a
consciência das próprias emoções. O cérebro contém circuitos especializados para distinguir entre
estímulos internos e externos. O conhecimento adquirido através da experiência e considerado
de cima para baixo.
O
Inconsciente: Habita no indivíduo, influencia as suas escolhas, uma
instância psíquica que organiza memórias, desejos e experiências, algumas que a
pessoa prefere esquecer e se revela em sonhos, afetividades, deejos e
fantasias. O conhecimento sobre o
inconsciente e bastante restrito ainda. Muitas
operações neurocerebrais, envolvendo memória, emoções e tomadas de decisão ocorrem
inconscientemente. Como também a linguagem, ideologia e trocas entre sistemas
simbólicos. O inconsciente é diferente de inconsciência; não se resolve,
não é um estado patológico. Características do inconsciente: impulsos ou idéias
incompatíveis podem existir simultaneamente; os significados podem ser
facilmente deslocados de uma imagem para outra; muitos significados podem ser
reunidos numa única imagem; os processos inconscientes são atemporais, sem
ordem cronológica; independe da realidade externa, representa a realidade
interna.
Mensagens
Subliminares: Os sentidos
captam informações que escapam à consciência e provocam reações cerebrais
mensuráveis. O cérebro entende palavras,
interpretam a mímica dos rostos, decifra símbolos e capta sons. A ação dos estímulos subliminares se manifesta no tempo
da reação. Os estímulos não captados
conscientemente, provocam reação mensurável pelo cérebro. Não existe uma
manipulação profunda dos julgamentos e decisões. Os estímulos subliminares são
elaborados de acordo com a atividade que a pessoa está executando naquele
momento. Os aromas influem nas decisões. Os estímulos são percebidos da
maneira consciente quando se prolongam, além do fato, no cérebro, pelo processo
de reverberação.
Sonhos
Lúcidos: Mesmo dormindo, ocorrem situações em que pessoa sabe que está
sonhando e influencia o próprio sono. Um estado entre sono e vigília. Os sonhos levam a mundos paralelos marcados por emoções. Imagens e sentimentos agradáveis ou pesadelos; o
acontecimento sonhado, geralmente não se submete à vontade do que está
sonhando; nem passado,nem futuro, uma realidade segundo o sonhado. Constata-se que várias pessoas denunciam sonhos
semelhantes. O sonho não tem consciência. Ocasionalmente são antecipados nos
sonhos fatos prestes a acontecer. Os sonhos acontecem mais durante a fase do
sono denominada REM – Rapid eyes
movement. As eventuais comunicações no sonho são de natureza telepática. Para aumentar a
possibilidade de ter sonhos lúcidos: perguntar várias vezes durante o dia: será
que estou acordado?; olhar no espelho, para
testar a realidade, acordado ou dormindo?; organizar um diário dos sonhos, anotando o que foi
sonhado, logo ao acordar; antes de dormir concentrar-se no que deseja sonhar,
detalhadamente.
Desligamento
do Cérebro: A anestesia funciona porque consegue suprimir o estado de
consciência; que após é restaurada sem qualquer seqüela. Uma interrupção da
atividade elétrica cerebral, suspendendo a capacidade de comandar e
transmitir informações. É a redução da
atividade cerebral em geral.
Direcionamento
consciente da mente: A capacidade de direcionamento da
mente, de forma consciente, traduz a possibilidade de escolher o queremos pensar, para condicionar
favoravelmente a nossa consciência. Estado
mental de atenção plena se caracteriza por um estado de
consciência calmo e concentrado, associado ao bem estar físico e mental.
“O cósmico é
contemplativo com aqueles que procuram
praticar o bem e se propõem a alcançar objetivos construtivos. (EM).”
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