FALAR OU CALAR?
Por Ernídio Migliorini E-mail: ernidio@hotmail.com
Frequentemente nos deparamos com situações circunstanciais em que nos indagamos: o que devo fazer falar ou calar?
Qual é a melhor estratégia, o melhor posicionamento tático, para vivenciar de forma inteligente, sensata, eficaz e resolutiva cada situação peculiar?
A fala é sentenciadora, expressa com fidelidade o discurso do seu proferidor, porque ninguém tira para fora o que não tem dentro da sua mente; causa uma ação e reação, desencadeia conseqüências e penetra na mente do seu interlocutor.
O silêncio imediato nestas situações conflitantes é prudente, sábio, revela autocontrole, domínio próprio e uma magnífica virtude. Leva a outra parte a conjeturar que se trata de: capacidade reflexiva estratégica, admirável ponderação e controle, “sangue frio”, ganho de tempo para raciocinar, indiferença à tentativa de irritar, recuo tático; deixando o interlocutor totalmente confuso e desarmado psicologicamente. (Adoto esta postura com grande sucesso sempre) Porque praticamente, toda a discussão é estéril; em clima de tensão resta pouco espaço para a razão.
O silêncio estratégico fala mais do que as palavras. O testemunho calado, mas praticado, é incontestável. A melhor defesa no contra argumento é dar tempo ao tempo e demonstrar por obras espontâneas como se desmonta a sanha intencionalmente destrutiva de um obcecado oponente, que se agrada quando percebe que está lhe atingindo emocionalmente e recebe réplica de tréplica.
Temos o direito de falar e de calar; todavia ao falarmos cuidemos, porque estamos semeando sobre as nossas cabeças aquilo que expelimos das nossas mentes. A reflexão é amiga íntima da prudência.
“Tem fala que pronuncia, mas de fato, não consegue dizer nada. (EM).”
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