D E S T I N O
Por Ernídio Migliorini E-mail: ernidio@hotmail.com
Destino: É o encadeamento de fatos supostamente predeterminados e imutáveis, que marcam a existência de um indivíduo. Como se é necessário, que cada singular cumpra uma missão perfeitamente, para que o todo cósmico funcione a contento, concretizando a sua função plural; mediante um ordenamento necessário do complexo funcional.
O conjunto de eventos que "acontecem" ao homem. Independentemente da sua vontade. É a sua própria essência, a sua vocação e o moldador da sua personalidade; tudo inerente à sua destinação; como um processo interior, advindo de uma matriz externa.
Segundo este raciocínio: o homem para uma existência harmônica e com sentido, deve estar sempre em consonância com o seu destino, a sua destinação individual; desfrutando de serenidade interior e cumprindo consciente e equanimemente a ordem natural das coisas e atingindo o excelente grau, de realização pessoal.
Como pressuposto lógico, o cumprimento da destinação individual, dá ao indivíduo a sensação de que a sua vontade foi determinante; gerando-lhe felicidade.
O destino, filosoficamente, é a razão e a causa necessária de tudo. A destinação é privativa, pela sua complexidade e necessidade de perfeição, da Inteligência da Divina Providência. Aos destinados, com livre arbítrio, cabe a incumbência do exato cumprimento, para benefício coletivo e recíproco.
Um aspecto do destino, é que o seu destinatário não lhe conhece os seus objetivos; porque não lhe são revelados, explicitamente, a priori. Precisa seguir o seu destino, mas não sabe qual é, com clareza, o seu destino, que é exclusivamente seu; embora impacte no todo.
O mundo aceita-se e quer-se a si mesmo, por isto repete-se eternamente. O homem deve fazer algo mais que aceitar este pensamento: deve ele próprio prometer-se ao retorno de si mesmo, com a eterna bênção Divina e a eterna afirmação de si; é preciso atingir a vontade de querer retrospectivamente tudo o que aconteceu, de querer para a frente tudo o que acontecerá.
Devo amar o meu destino como me amo, porque só nele estou cônscio de meu existir. O destino deve ser aceito e reconhecido como necessidade natural de ordenamento Universal.
Não há comprovação de que o destino do homem está determinado de forma absoluta e irreversível. Ele é fixo, mas talvez não inevitável.
“O meu destino não me pertence, foi-me determinado; mas as minhas escolhas estão na razão direta do meu livre arbítrio. (EM)”.
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