A INEGÁVEL QUALIDADE ESPECIAL DO POVO JUDEU
O Povo Judeu dispersado pelo mundo todo, tem a capacidade
de assimilar os usos e costumes da cada cultura e região e permanecem
livremente; prosperam como banqueiros, advogados, médicos, professores,
contadores, comerciantes, empresários em todas as áreas, cientistas de renome,
militares com tecnologias de ponta, artífices, artistas e todas as facetas. São
reconhecidamente diferenciados e enquanto se mantém, na condição pura de
depositários dos oráculos divinos prosperam e longevam. Sempre encontram espaço
e subsistem renovados. Na história deste povo não coincidências e nem acasos.
Segundo os seus sábios tudo o que ocorre é segundo um vasto plano Divino.
Segundo a
análise Rabínica, a passagem do Povo Judeu pelo Egito é plena de significados e
simbologia. O exílio no Egito é protótipo dos Exílios Futuros. O êxodo é um
fenômeno cósmico acima do tempo e do espaço e abrange acontecimentos passados e
futuros. Israel foi convidado para deslocar-se para o Egito. Depois, por temer
o seu poderio quiseram expulsá-lo. No principio os egípcios foram delicados e
no final duros. O Faraó temia e tinha que ter cautela com este povo e por isto
agia astuciosamente. O próprio Faraó, pessoalmente, começou a fabricar tijolos,
os que viam isto se juntavam a ele nesta tarefa, incluindo os filhos de Israel,
que produziam uma quantidade enorme de tijolos; ao final da jornada o astucioso
Faraó determinou que contassem o que fora produzido. Isto feito o Faraó ordenou
esta será a porção que devereis entregar todo o dia. Inicialmente os judeus
entenderam isto como honra e merecimento diante do Faraó, mas redundou em
servidão. Na verdade os judeus sempre foram temidos pelos povos, pela sua
capacidade inquestionável de fazer com sucesso; de multiplicar e
multiplicarem-se.
Na sabedoria
de Israel é marcante: “Todo o impulso dentro da natureza humana, toda
predisposição da qual a humanidade é herdeira, toda a tendência ou inclinação
pessoal, pode ser um fator positivo ou negativo, na dependência de como é
usada, se permanece ou não sob controle racional.”
Até a
misericórdia em momento errado, poder negativa. O patriotismo pode ser
fortemente meritório ou totalmente destrutivo. Em suma, em tudo tem que haver
discernimento, análise, ponderação e muita reflexão sobre as intenções daqueles
dos quais procedem as manifestações.
O Povo de Israel no Egito
foi contaminado pelas forças do mal e da iniquidade; sofreu degradação moral, a
servidão moral, muito mais dilacerante do que a servidão física e com
perniciosa influência sobre a mente humana. Israel aprendeu o estilo de
vivência dos egípcios e copiou as suas decadentes maneiras. O maior perigo para
os judeus no Egito não estava nas cadeias físicas, mas na ameaça da morte
mental, pela assimilação da cultura egípcia. Era a terceira e mais maléfica
modalidade de servidão: Luxo, posses materiais, Estar integrado nas mais
elevadas e superiores camadas sociais egípcias e assimilando tudo daquela
cultura sem perceber a queda moral e espiritual. Quem faz um homem pecar causa
mais estrago do que aquele que o mata.
A maioria
dos Judeus vivenciava no Egito total opulência e fausto. Cujo sucesso material
foi uma das causas da sua decadência. Muitos judeus se egipcizaram. Não tinham
vontade e nem queriam deixar o Egito. Alcançaram um imenso sucesso patrimonial
e comercial no Egito. Eram proprietários de terras, muitas delas eram alugadas
para os egípcios. Este povo além de todas as competências, habilidades e
capacidades superiores a qualquer povo, possuíam um poder de multiplicação
demográfica misterioso; as suas mulheres, rotineiramente concebem sêxtuplos. Esta
capacidade, que marca o Povo Judeu e sempre o destacou, fez com que muitas
nações temessem este poderio, como foi o caso dos Moabitas, não permitindo
acesso de Israel ao seu território, durante o êxodo no deserto por quarenta
anos.
As três formas de escravidão: Nascido
escravo-> nasceu e viveu toda a sua existência na escravidão, nunca
experimentou algo diferente; sofre menor dano psicológico, não possuir profundo
anseio de liberdade. Livre que é escravizado-> Não tem motivação para
produzir desempenhos com entusiasmo; qualquer atributo potencial ou
engenhosidade ficam à disposição para alcançar a liberdade. Grande e continuo é
o anseio por liberdade. Escravo que não sabe que é escravo-> O mais
trágico para a mente humana. Pensava que era livre, mas estava sendo escravo
das suas paixões, do seu dinheiro, dos seus bens materiais, dos símbolos do
sucesso, dos seus vícios e maus hábitos; percebe ter vivenciado tudo inutilmente,
desperdiçou o seu tempo e experimenta o supremo tormento psicológico.
O Povo Judeu sofreu muitas formas de
escravidão: Tirania de Imperadores e Reis, perseguições, campos de
concentração, discriminação; mas tinham a consciência de tudo isto passaria e
sempre procuraram amparo no espiritual.
Fincando cada vez mais fundo as suas raízes.
Ainda segundo a sabedoria Rabínica, Adão e Caim
pecaram por tentar fazer as coisas ao seu modo e não de acordo com o Perfeito
Plano Divino. Cain, como a geração do Dilúvio procuraram a sua felicidade na
aquisição de bens materiais. Lameque e outros patriarcas tomavam duas mulheres,
uma para a procriação, a outra esterilizada só para satisfação do seu prazer.
Esta geração se caracterizava pela depravação sexual, poder e roubo. A Torre de
Babel tem profundos significados e manifesta de maneira concreta a intenção dos
homens de fazerem as coisas segundo a sua maneira. Dando a ideia de ruptura, de
descoberta de novos recursos ligados à teoria do átomo; tudo para invadir os
mistérios de Deus, do Cosmo e conquistarem a absoluta invencibilidade.
Abraão proclamou a existência de um Único Deus. Em
Abraão foi concedida uma nova oportunidade à humanidade para se redimir. Jacó
foi o marco para o Exílio no Egito. Abraão, Isaque e Jacó associados formam uma
nação que não pode ser destruída.
Aarão precedeu a Moisés, já exercia o seu
ministério sacerdotal e, nestas circunstâncias não queria Moisés quebrar esta
precedência profética. Moisés corporificava o Torá. Por isto alegava
dificuldade em falar a língua egípcia ou outro idioma incompatível.
Aarão era um pacificador mui sábio. Se via dois
discutindo, ia primeiro a um deles e dizia o seu irmão está triste e
angustiado, quando este havia removido a ira do seu coração; ia até o outro e
fazia a mesma coisa; quando os dois se reencontravam já estavam reconciliados e
reatavam a amizade. Aarão personificava a bondade.
O Egito, para Israel, representava naquele momento
a materialização de todo o conhecimento humano adquirido versus o Torá, a força espiritual. Moisés era capaz de
aplicar esta força libertária.
A serpente foi criada na condição de rei dos animais,
a sua sabedoria estava próxima à do homem; era o animal mais astuto.
As pragas do Egíto, uma punição por terem feito com que os judeus os
servissem. As pragas mostram a tenebrosa cultura egípcia, da qual Israel tinha
que ser libertado, para evitar enganos no futuro.
Praga de Sangue: Um
prodígio que transcende as fronteiras da natureza. Só as águas utilizadas pelos
Israelitas eram puras, se os egípcios as tocassem se transformavam em sangue;
com isto os israelitas tornaram-se ricos, vendendo água aos egípcios. O natural
com o sobrenatural; o costumeiro com o miraculoso. O Rio Nilo: místico, eterno,
poderoso chave da prosperidade, fonte de irrigação, fonte de tudo, virou nada
nesta primeira praga. Projeto de homem não prevalece. A água virou sangue, os
peixes morreram, tudo ficou imundo, repugnante e inútil. A própria praga
destroça alguns e eleva outros, conquanto entendam a mensagem do evento. A
redenção prometida era iniciada. A qualidade efêmera das riquezas terrenas era
manifestada. “Os homens se mantém unidos àquilo que estão familiarizados muito depois
de a sua credibilidade ter sido desmentida.” A moralidade verdadeira é aquela
enraizada na religião ou na espiritualidade e no respeito. As instituições geralmente estão moralmente
vazias; como os egípcios diante da praga do sangue nas águas, relutavam em
cavar nas proximidades do Nilo, em busca de águas “saudáveis”. Do imundo somente se extrairá imundície. Ao
invés do reconhecimento da sua total insensatez e de buscarem os verdadeiros
caminhos espirituais, morais e éticos. Que a praga do sangue tentava transmitir
como lição.
Praga das rãs: Apontou para a insensatez do modo de existir dos egípcios. Afetou
todos os aspectos, mostrando que tudo estava incorreto, era um impacto
consequencial pleno de caos.
Praga dos insetos: Foram criados por força
extranatural demarcando a cessação do trabalho dos judeus com tijolos; com
retorno à Causa Primeira, a Fonte de todos os Elementos.
Praga dos Animais
selvagens: É uma lição das limitações. O corpo aspira àquilo que está
além das suas possibilidades legal e moralmente, ai ocorre o ato epidêmico de
roubar. Adão só tinha uma restrição, mas pecou. A Lei das Limitações e o
conceito de “Esferas de Influências Fixas e Definitivas.” No Egito a rebelião
contra a Lei da Limitações foi alastrante. Os judeus não fariam mais tijolos,
então seriam ocupados em capturar animais para fins de guerra.
Praga da Pestilência: simbolizou o perigo
do poder excessivo. Demonstrando a misericórdia Divina, atenuando a Justiça
Divina.
Praga das Sarnas: O relacionamento do
homem com o seu próprio corpo. A perversão sexual. O Suicídio. Atentados à boa
saúde.
Praga do Granizo: Para aprender a lição de ouvir. Seis órgãos servem o
homem. Três ele não domina: o olho, o ouvido e o nariz; três tem domínio: a
boca, a mão e o pé.
Praga dos gafanhotos: A lição
da visão. Para completar a lição da audição. Cobrirão a Terra.
Praga das Trevas: Todos os
caminhos dos homens sem luz. Para mostrar que só Deus é o Verdadeiro Caminho.
Praga dos Primogênitos: Simboliza
a morte dos ímpios, os filhos à semelhança comportamento de Cain. Aqueles que
precedem à morte dos que serão tragados pelo Mar Vermelho, a destruição final
dos ímpios, dos quais não haverá memória. Porque tudo se fará novo. Só o Israel
Espiritual será restaurado para a existência na Vida Eterna, na Terra
Purificada, segundo o Plano Divino.
“Nada
acontece por acaso; tudo é correlacionado a fatos passados, presentes ou futuros;
os eventos precisam acontecer de acordo com a lógica, finalidade e estratégia
do seu motivo de ser no contexto cósmico. (EM).”
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