A CIVILIZAÇÃO EGÍPCIA
A Civilização Egípcia foi
altamente desenvolvida e sofisticada; era conscientemente caracterizada pela
qualidade superior, peculiar e transcendental, tal que até hoje ninguém
conseguiu, nem sequer iguala-la. Talvez jamais seja superada.
A sua arquitetura, com
formato funcional, guarda muitos mistérios, que extrapolam o mero contexto
terreno. Os egípcios não se atinham unicamente às obras significativas e
enigmáticas. A construção das Pirâmides no Egito Antigo elucida a complexidade
do raciocínio humano, quanto ao uso da matemática e da engenharia na História
Antiga.
Tinham um elevado desenvolvimento cognitivo e
cultural, o acervo das suas bibliotecas continha tratados didáticos, máximas
sábias e verdades proverbiais.
A civilização egípcia antiga
desenvolveu-se no nordeste africano às margens do rio Nilo, entre 3200 a .C a 32 a .C.; na região formada pelo
um deserto do Saara. Utilidades do rio Nilo: transporte, para beber, pescar e
fertilizar as margens.
Com vários extratos
sociais; o faraó era a autoridade máxima, considerado um deus na Terra.
Sacerdotes, militares e escribas sustentados pelo trabalho e tributos pagos por
camponeses, artesãos e pequenos comerciantes. Outra classe, a dos escravos
também compunham a sociedade egípcia, eram pessoas capturadas em guerras. Trabalhavam
muito em troco de água e comida.
A escrita egípcia era
importante para este povo, permitiu a divulgação de idéias, comunicação e
controle de tributos. Existiam Três formas principais de escrita: a escrita
demótica, simplificada para assuntos do cotidiano, escrita hierática em formato
cursivo para fins comerciais e a hieroglífica, complexa e formada por desenhos
e símbolos. As paredes internas das pirâmides eram repletas de textos que
falavam sobre a vida do faraó, orações e mensagens para espantar saqueadores. O
papiro era utilizado para registrar os textos.
Os hieróglifos egípcios foram decifrados na metade do século XIX pelo lingüista
e egiptólogo francês Champollion, através da Pedra de Roseta.
A economia egípcia era baseada
na agricultura nas margens férteis do rio Nilo. O comércio de mercadorias e o
artesanato. Os trabalhadores rurais eram convocados pelo faraó para prestarem
trabalho em obras públicas: canais de irrigação, pirâmides, templos e
diques.
A Religião no Egito Antigo está
relacionada à vida após a morte. Era repleta de mitos e crenças. Acreditavam na
existência de vários deuses com corpos formados por parte de ser humano e parte
de animal sagrado, que interferiam na vida das pessoas. As oferendas e festas
em homenagem aos deuses eram realizadas com
o objetivo de agradar aos seres superiores, deixando-os felizes para que
ajudassem nas guerras, colheitas e momentos da vida. Cada cidade possuía um deus protetor e templos
religiosos em sua homenagem. Os deuses adorados pelos egípcios: Osíris, Isis,
Seth, Rá, Ptah, Thot, Anúbis e Maat. adoração dos animais: o gato o
deus-crocodilo, e Ápis – o deus-touro, nos templos, ponto de adoração e a
própria moradia das divindades. Os faraós eram considerados a encarnação direta
de Hórus, o deus-Falcão, e filho de Amon-Rá, o deus-Sol.
Os egípcios acreditavam na
vida após a morte, mumificavam os cadáveres dos faraós colocando-os em
pirâmides, com o objetivo de preservar o corpo. A vida após a morte seria
definida pelo deus Osíris em seu tribunal de julgamento. O coração era pesado
pelo deus da morte, que mandava para uma vida na escuridão aqueles cujo órgão estava
pesado e que tiveram uma vida de atitudes ruins; e para uma outra vida boa
aqueles de coração leve. A crença na imortalidade. Para os egípcios, a morte
seria passageira e a vida retornaria para o corpo, porém o retorno à vida
aconteceria somente se o corpo do moribundo fosse conservado. Se a alma (Rá)
não voltasse para o corpo (Ká), significava que o corpo não tinha sido
conservado. Daí, a importância da mumificação dos corpos, do embalsamento e da
conservação, para evitar a decomposição. Existiam técnicas avançadas de
mumificação para os nobres e técnicas mais simples para os pobres. As avançadas técnicas de mumificação
desenvolvidas no Egito Antigo atestam a desenvolvida medicina. Os médicos
egípcios faziam cirurgias, cuidavam de fraturas, conheciam a anatomia humana.
Além da técnica de preservar os corpos através da mumificação, os egípcios
desenvolveram um método de proteger os corpos contra saqueadores, com a
construção de enormes túmulos. Quando uma pessoa rica como o faraó, ou que
ostentava poder, morria, seu corpo era mumificado e colocado nos túmulos
considerados uma verdadeira habitação. Neles, o faraó e suas riquezas eram
enterrados em uma câmara real e os seus criados, escribas, sacerdotes e animais
em outras câmaras mais simples. O sacrifício de outras pessoas com a morte do
faraó era explicado pela crença na imortalidade, pois no retorno para a vida
precisaria ter pessoas para servi-lo e continuar com a sua riqueza era
fundamental para exercer o poder. Os túmulos eram mastabas feito com laje de pedra ou tijolo,
os hipogeus feito na rocha, e as
pirâmides, túmulos reais compostos por uma cripta, corredores de ventilação,
câmara do rei, corredores secretos, galerias, câmaras e passagens falsas para
evitar saques. Muitos animais eram considerados sagrados, de acordo com as
características que apresentavam: chacal a esperteza noturna, gato a agilidade,
carneiro a reprodução, jacaré a agilidade nos rios e pântanos, serpente o poder
de ataque, águia a capacidade de voar, escaravelho ligado a ressurreição.
A civilização egípcia
destacou-se muito nas áreas de ciências: na área da matemática, para a
construção de pirâmides e templos. Na medicina, os procedimentos de
mumificação, e o conhecimento sobre o
funcionamento do corpo humano. No campo da arquitetura a construção de templos,
palácios e pirâmides. Financiadas e administradas pelo governo dos faraós;
erguidas com grandes blocos de pedra, utilizando mão-de-obra escrava. As
pirâmides e a esfinge de Gizé as construções mais conhecidas do Egito Antigo. Muito
se discute sobre a origem das pirâmides egípcias; tentam até hoje achar
respostas para a complexa engenharia na construção desses locais sagrados no
Egito Antigo. Até hipóteses da possibilidade de ajuda sobrenatural. As
pirâmides foram implantadas com técnicas bastante desenvolvidas e o uso da
matemática no cálculo na posição das pedras que se encaixaram umas sobre as
outras. Nas construções das pirâmides, cada bloco de pedra, que era lapidado
para ser utilizado na construção, pesava cerca de duas toneladas. Os egípcios
desenvolveram mecanismos para facilitar o transporte das rochas e de outras
matérias-primas. Os camponeses eram recrutados durante o período de seca do rio
Nilo para ajudarem nas construções das obras piramidais. Essas construções duravam
cerca de vinte a trinta anos e vários trabalhadores sofriam acidentes fatais
durante o período de Trabalho. A engenharia dessas obras contemplava labirintos
construídos na parte interna das pirâmides, para proteger toda a riqueza que
ficaria guardada no momento em que os faraós fossem mumificados e por isso
pensavam em estratégias para enganar os violadores de tumba. Por se tratar de
um local sagrado e cercado de poder simbólico para os faraós, os trabalhadores
egípcios que sobreviviam ao final da construção eram assassinados, pois, eles
sabiam dos códigos e segredos das armadilhas que eram estrategicamente
elaboradas na parte interna das pirâmides. Isso explica os mistérios que cercam
essas grandiosas construções da Antiguidade, ainda hoje não revelados. Como a
existência de elementos proféticos nos corredores das Pirâmides. Existem na
parte interna da Pirâmide de Quéops escritos que tratavam da história de Adão e
também de Moisés e Abraão. Aumentando ainda mais o misticismo no qual está
inserida a história das construções piramidais e deixando os pesquisadores
ansiosos por mais respostas e descobertas.
A história política do Antigo
Egito passou por diferentes períodos antes um governo centralizado No final do
Neolítico, as populações egípcias eram organizadas em comunidades agrícolas, conhecidas
como um nomo, aldeia chefiada por um nomarca. A região do Vale do Rio Nilo foi
dividia em dois diferentes reinos: o reino do Alto Egito e o reino do Baixo
Egito e sofreu um processo de unificação política chefiada por Menés ou Narmer,
na época, rei do Alto Egito. Que se transformou no primeiro faraó do Egito
Antigo, transformando a cidade de Tinis na primeira capital do império. Mais
tarde, Mênfis ocupou essa posição. Neste período, o governo egípcio tinha caráter
pacifista. Nesse quadro de grande estabilidade política, ocorreu a execução de
diversas obras de irrigação e a construção de pirâmides. Entre os anos de 2600 a .C. e 2700 a .C. ocorreu a
construção das conhecidas pirâmides de Gizé, atribuídas à ação dos faraós
Quéfren, Quéops e Miquerinos. Através de um sistema de servidão coletiva que
submetia toda população egípcia ao trabalho nos campos e nas cidades. Por volta
de 2300 a .C.
o próspero quadro que vigorou durante boa parte do Antigo Império ruiu.
O estabelecimento do Novo
Império teve início com o processo de união da população egípcia contra a
dominação exercida pelos hicsos em seus territórios. Com o apoio de Amósis I,
uma grande revolta contra a presença estrangeira conseguiu finalmente
desencadear as lutas que deram fim à hegemonia dos hicsos. O exército
egípcio propagou ações militaristas que
ampliaram as fronteiras do império. Foi nessa mesma época que os hebreus se
instalaram no Egito, aproximadamente no século XIII a.C.. o governo egípcio
converteu a população hebraica à condição de escravos. Cuja retirada contou com
a liderança político-religiosa de Moisés. Entre as mais importantes conquistas
territoriais desta época: o controle sobre as regiões da Mesopotâmia e das
proximidades do Sudão. O controle sobre uma ampla porção de terras, o fomento
de atividades comerciais, a importação de madeira da Fenícia, de metais
preciosos vindos da Núbia e da resina proveniente da Grécia e outras regiões do
mundo Oriental. De fato, um período de expressiva prosperidade econômica, O
fortalecimento do poder monárquico, a reforma religiosa imposta pelo faraó
Amenófis IV limitando a influência dos sacerdotes, reconhecendo somente o culto
ao deus Aton. Tutancâmon, filho de Amenófis, assim que chegou ao poder restabelece
as antigas tradições religiosas politeístas com a recuperação dos templos que
haviam sido abandonados. No governo de Ramsés II (1292 – 1225 a .C.), os egípcios
enfrentaram a cobiça de povos estrangeiros como os hititas.
No final do Novo Império, as
disputas políticas entre os faraós e os sacerdotes enfraqueceram a nação. Por
volta de 1100 a .C.,
o império egípcio foi novamente dividido em Alto e Baixo Egito. Os assírios
avançaram sob o comando do rei Assurbanipal, Em 662 a .C., subjugando o
governo egípcio. Daí em diante, outras civilizações dominaram o Egito.
O Antigo Império sofreu com
várias adversidades que prejudicaram diretamente a manutenção de um governo
controlado sob a autoridade faraônica.
Entre os anos de 2300 e 2000 a .C. a ruína econômica
e as contendas internas possibilitaram a invasão de povos provenientes da Ásia
que se estabeleceram no Delta do Rio Nilo, região norte do Egito. Somente nas
últimas décadas do século XXI a.C., os egípcios reassumiram o total controle do
território graças à atuação militar do faraó Mentuhotep II, que recriou o
sistema de servidão coletiva que permitiu a construção de grandes canais de
irrigação e o surgimento de outros pontos de exploração agrícola. Para garantir
estabilidade, o Estado passou a aceitar o ingresso de membros de camadas
sociais inferiores na formação de um poderoso exército. Conquistaram nesse
período as regiões da Núbia e da Palestina, onde encontraram grandes minas de
ouro e cobre. A prosperidade material foi alcançada ao longo do Médio Império.
Os nobres passaram a reivindicar maior autonomia política e as contendas
fragilizaram o opulento governo centralizado nas mãos do faraó. Por volta de
1800 e 1700 a .C.,
tribos hebraicas adentraram o território egípcio em busca de melhores condições
de vida.
No Egito Antigo uma estrutura
bastante rígida, a possibilidade de ascensão era mínima entre seus integrantes.
No topo estava o Faraó, governante máximo do Estado e adorado como uma
divindade viva descendente de Amon-Rá. A função político-religiosa por ele ocupada
imprimia uma natureza teocrática ao governo egípcio. Para a população, a
prosperidade material estava intimamente ligada às festas e rituais feitos em
sua homenagem.
Logo abaixo os sacerdotes
compunham um primeiro e restrito grupo social privilegiado na função de
mediadores entre os deuses e os homens. Dessa forma, acabavam acumulando uma
expressiva quantidade de bens materiais ao longo de sua vida. A seguir os
membros da nobreza originários da família do Faraó, dos líderes do Exército e
dos altos funcionários do governo. Em seguida, os escribas formavam um setor
intermediário da sociedade egípcia. Em razão de sua formação escolar
privilegiada, em que aprendiam a escrita e a leitura dos hieróglifos, eram
remunerados para auxiliarem no desenvolvimento de várias atividades comerciais
e administrativas. Os comerciantes também tinham grande importância para o
desenvolvimento da economia egípcia ao promoverem a circulação de riquezas
entre seu povo e as demais civilizações vizinhas. Uma parcela menos privilegiada
da sociedade egípcia: os soldados, camponeses e artesãos. Os escravos formavam
uma classe reduzida no interior da sociedade egípcia. Mais tolerantes aos
estrangeiros que outros povos, os egípcios tinham o costume de zelar pela
condição de vida dos escravos postos sob o seu domínio. Com quase 6.700 quilômetros
de extensão, o Rio Nilo foi chave fundamental para que essa imensa civilização
fosse formada. A benesse oferecida pelo meio ambiente acabou influenciando
fortemente a constituição do pensamento religioso dos egípcios. Os mitos e
divindades egípcias tinham algum tipo de relação com a natureza. Influenciados
pela observância dos ciclos naturais, os egípcios deram origem à crença na
imortalidade, que os instigava a ter um cuidado especial com todos aqueles que
faleciam. Os egípcios foram capazes de produzir conhecimento em diferentes
áreas, criaram canais de irrigação e diques desenvolveram uma medicina própria e
diversos remédios e cirurgias realizadas com o uso de anestesia.
“Faça tudo o que podes
fazer; mas faça para o bem, para a edificação moral, ética e intelectual.
(EM).”
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