segunda-feira, 4 de março de 2019

O DINHEIRO




O DINHEIRO
A Origem do Dinheiro: O homem primitivo abrigava-se em cavernas e alimentando-se de frutos silvestres, da caça e da pesca. Ao longo dos séculos, por causa das necessidades surgiram as trocas. Esse sistema de troca direta, deu origem a vocábulos como salário, o pagamento feito através de certa quantidade de sal; pecúnia, do latim pecus, que significa rebanho de gado ou peculium, relativo ao gado miúdo ovelha ou cabrito.
As primeiras moedas, peças representando valores, geralmente em metal, surgiram na Lídia, atual Turquia, no século VII A. C.. As características que se desejava ressaltar nas moedas eram transportadas para as peças através da pancada de um objeto pesado, um martelo, em primitivos cunhos.  Foi o surgimento da cunhagem a martelo, onde os signos monetários eram valorizados também pela nobreza dos metais empregados, como o ouro e a prata. A evolução dos tempos levou à substituição do ouro e da prata por outros metais. As moedas quase sempre apresentam figuras representativas da história, da cultura, das riquezas e do poder das sociedades.
Bancos: A necessidade de guardar as moedas em segurança deu surgimento aos bancos. Por terem cofres e guardas a seu serviço, passaram a aceitar a responsabilidade de cuidar do dinheiro de seus clientes e a dar recibos escritos das quantias guardadas. Esses recibos passaram, com o tempo, a servir como meio de pagamento por seus possuidores, por serem mais seguros de portar do que o dinheiro vivo. Assim surgiram as primeiras cédulas de “papel moeda”, ou cédulas de banco, ao mesmo tempo em que a guarda dos valores em espécie dava origem a instituições bancárias. Os primeiros bancos reconhecidos oficialmente surgiram na Suécia, em 1656; na Inglaterra, em 1694; na França, em 1700 e no Brasil, em 1808 e a palavra “bank” veio da italiana “banco”, peça de madeira que os comerciantes de valores oriundos da Itália e estabelecidos em Londres usavam para operar seus negócios no mercado público londrino. Com o surgimento dos bancos, essas instituições assumiram para si a função de emitir as moedas de papel, que foram chamadas também de Bilhetes de Banco. No Brasil, os primeiros recibos foram emitidos pelo Banco do Brasil em 1810 e tinham seu valor preenchido à mão, como é feito com os cheques.
Escambo: No início o comércio era na base da troca de mercadorias, processo chamado de escambo.
Controle Governamental: Os governos passaram a controlar a emissão de cédulas de dinheiro para evitar as falsificações e garantir o poder de pagamento. Atualmente, quase todos os países possuem seus bancos centrais, que são encarregados de emitir cédulas e moedas.
Moedas: A confecção das moedas contemporâneas obedece a um rigoroso padrão de impressão, dando ao produto final grande margem de segurança e condições de durabilidade. As principais unidades monetárias usam a base centesimal, isto é, a moeda divisionária da unidade equivale a um centésimo de seu valor. No caso do Brasil, temos o Centavo de Real.
Outros mecanismos financeiros: Além do dinheiro impresso em moedas e cédulas reguladas pelo Governo, são também usados os mecanismos financeiros de intenção de pagamento, como o cheque e o cartão de crédito/débito.
Banco Central do Brasil: A Casa da Moeda, instituição brasileira responsável pela impressão do dinheiro, foi criada em 1694 por Dom Pedro II, rei de Portugal, para atender a demanda de fabricação de moedas no Brasil Colônia. A fabricação de novas cédulas é regulada pelo Ministério da Fazenda por meio do Banco Central do Brasil. A fabricação de cédulas deve-se, principalmente, à substituição de notas velhas e não para aumentar a quantidade de dinheiro que circula dentro do país.
Nomes da Moeda brasileira: Reis, Cruzeiro, Cruzeiro Novo, Cruzado, Cruzado Novo, Cruzeiro Real e, em 1994, foi implantada a atual moeda: o Real. Vários modelos, tamanhos e dispositivos de segurança são usados na fabricação das cédulas. Diversas personalidades e outras figuras foram homenageadas, além de ilustrações. Cada moeda, de metal ou de papel, tem entre os itens de segurança usados; estão marcas d'água, impressão em alto-relevo e microimpressões.
Moedas-mercadoria: Certas mercadorias, pela sua utilidade, passaram a ser mais procuradas do que outras. Aceitas por todos, assumiram a função de moeda, circulando como elemento trocado por outros produtos e servindo para avaliar o seu valor. Destacam-se: O gado bovino, O sal, o pau-brasil, o açúcar, o cacau, o tabaco, o pano. Os metais.
As primerias moedas do século VII a.C.: São pequenas peças de metal com peso e valor definidos e com a impressão do cunho oficial,  a marca de quem as emitiu e garante o seu valor. São cunhadas na Grécia moedas de prata e, na Lídia, são utilizados pequenos lingotes ovais de uma liga de ouro e prata chamada electro. Ouro, prata e cobre os primeiros metais utilizados na cunhagem de moedas foram o ouro e a prata. O emprego destes metais se impôs, pela sua raridade, beleza, imunidade à corrosão e valor econômico e antigos costumes religiosos. Nos primórdios da civilização, os sacerdotes da Babilônia, estudiosos de astronomia, ensinavam ao povo a existência de estreita ligação entre o ouro e o Sol, a prata e a Lua.
Dinheiro e economia: O dinheiro é um dos tópicos de estudo centrais na economia e está numa ligação implícita com o campo das finanças. A quantidade de dinheiro numa dada economia diretamente afeta fenômenos como a inflação e a taxa de juros.
Características essenciais do Dinheiro: Deve ser um meio de troca; Deve ser uma unidade contábil; Deve servir para acumular valores. Deve ser uma medida geral de valor, permitindo calcular preços de todos os tipos de itens.
Aspectos Gerais:
->Por haver várias tentativas de fraudes em relação à autenticidade do metal, passou-se a cunhar na face das moedas o seu real valor. Agora, as moedas são feitas de liga metálica e níquel.
->O tamanho e a forma do dinheiro de papel são diferentes em cada país do mundo.
->Com a dificuldade em guardar e transportar moedas inventou-se a moeda de papel.
->No começo do século XIX, os países começaram a emitir cédulas que fixavam os valores das notas, evitando possíveis falsificações.
->Por apresentar vantagens como a possibilidade de entesouramento, divisibilidade, raridade, facilidade de transporte e beleza, o metal se elegeu como principal padrão de valor. Era trocado sob as formas mais diversas. A princípio, em seu estado natural, depois sob a forma de barras e, ainda, sob a forma de objetos, como anéis, braceletes e outros.
->Moeda em Formato de Objetos. Os utensílios de metal passaram a ser mercadorias muito apreciadas. Como a sua produção exigia domínio das técnicas de fundição, o conhecimento dos locais onde o metal poderia ser encontrado, essa tarefa, naturalmente, não estava ao alcance de todos. A valorização, cada vez maior, desses instrumentos levou à sua utilização como moeda e ao aparecimento de réplicas de objetos metálicos, em pequenas dimensões, que circulavam como dinheiro.
->Com o advento do papel-moeda a cunhagem de moedas metálicas ficou restrita a valores inferiores, necessários para troco.
->Formatos Diversos: moedas em tamanho ínfimo    ou grandes dimensões: o stater, que circulou em Aradus, Fenícia; dáler, peça de cobre na Suécia, no século XVII. Moedas ovais, quadradas, poligonais, circulares. Cunhadas metal, madeira, couro e até porcelana.
->As cédulas: se apresentam no formato retangular e no sentido horizontal e grande variedade de tamanhos. Existem cédulas quadradas e inscrições no sentido vertical.
->Sistema Monetário: Conjunto de cédulas e moedas utilizadas por um país, regulado por meio de legislação própria, é organizado a partir de um valor que lhe serve de base e que é sua unidade monetária.
->Normalmente os valores mais altos são expressos em cédulas e os valores menores em moedas.
->O primeiro país que legislou sobre o cheque foi a França, com a Lei de 14 de junho de 1865. Na Inglaterra, onde ele se expandiu mais rapidamente, a legislação específica só foi baixada em 18 de agosto de 1882. No Brasil, a primeira referência ao cheque apareceu em 1845, quando se fundou o Banco Comercial da Bahia; mas, mesmo assim, sob a denominação de cautela. Só em 1893, pela Lei 149-B, surgiu a primeira citação referente ao cheque, no seu art. 16, letra "a", vindo o instituto a ser regulamentado pelo decreto 2.591, de 7 de agosto de 1912.
->O Cartão de Crédito surgiu nos Estados Unidos na década de 20. Postos de gasolina, hotéis e firmas começaram a oferecê-los para seus clientes mais fiéis. Eles podiam abastecer o carro ou hospedarem-se num hotel sem usar dinheiro ou cheque.
->Segundo a teoria do austriaco Carl Menger o dinheiro emergiu espontaneamente por meio das ações de indivíduos que visavam o interesse próprio. Nenhuma pessoa se recostou e se pôs a pensar em um meio universal de troca, e nenhuma coerção governamental foi necessária para efetuar a transição de uma economia de escambo para uma economia monetária. Para se entender como isso pode ter ocorrido, Menger mostrou que, mesmo em uma economia de escambo, os bens tinham de ter diferentes graus de vendabilidade (os termos mais próximos seriam comerciabilidade ou liquidez). Quanto mais vendável fosse um bem, mais facilmente seu proprietário poderia trocá-lo por outros bens a um "preço". Por causa disso, proprietários de bens relativamente menos vendáveis irão trocar seus produtos não apenas por aqueles bens que desejam consumir diretamente, mas também por aqueles bens que não valorizam diretamente, contanto que estes sejam mais vendáveis do que os bens dados em troca. Ou seja: os comerciantes astutos começarão a empreender trocas indiretas. Com o passar do tempo, argumentou Menger, os bens mais vendáveis passaram a ser cada vez mais desejados pelos comerciantes justamente por causa dessa vantagem. E quanto mais pessoas passavam a aceitar esses bens nas permutas, mais vendáveis eles se tornavam. Eventualmente, alguns bens acabaram sobrepujando todos os outros nesse aspecto, e se tornaram universalmente aceitos pelos vendedores de todos os outros bens. Nesse ponto, o dinheiro surgiu no mercado.
->Os romanos cunharam por volta de 268 a.C. muitas moedas de pratas que receberam então o nome de denário, o que originou na palavra dinheiro. O denário era feito de prata e servia como base do sistema de moedas (monetário) de Roma, e era fabricado no templo dedicado à deusa Juno Moneta, que deu origem às palavras “moeda” e “monetário”.
->O dinheiro não precisa ser de papel ou de metal para ser dinheiro de verdade. Quando não havia moedas, as pessoas acabavam usando outros objetos mais fáceis de encontrar para servir de pagamento. O dinheiro já tomou a forma das coisas mais estranhas!
->Há centenas de anos, os noruegueses usavam manteiga e bacalhau seco como moeda. O chiclete virava dinheiro nas mãos dos soldados na Segunda Guerra Mundial, e o boi na Grécia antiga não podia ser levado na carteira, mas valia um dinheirão! Nas prisões brasileiras, como não existe dinheiro, o cigarro é a moeda circulante. Até alimentos já fizeram a alegria dos povos antigos: sementes de cacau para os astecas (povo que habitou o México no século 12), arroz no Japão, amêndoas na Índia, renas na Sibéria, sal na China (de onde vem a palavra salário!).
“Só não há começo, quando não houver fim: O INFINITO. (EM)”







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