sábado, 14 de abril de 2018

PENSAMENTO INTEGRATIVO


PENSAMENTO INTEGRATIVO
Se quem lidera cria um clima de transparência surge naturalmente um clima de abertura, que alavanca a cultura de coragem de falhar barato e depressa, não gastando  recursos desnecessários em projetos submersos em análises profundas e testes prolongados no tempo. Cria pessoas corajosas que saem dos seus espaços fechados. Gera um estado de espírito de confiança, de integridade e de tolerância para assumir riscos e formar uma rede de colaboração.
A ideia é substituir a alternância de modelos pela sua integração. Resolvendo problemas de uma forma criativa e com os olhos e ouvidos postos no outro, percorrendo o seu dia-a-dia através da observação para detectar oportunidades e identificar necessidades muitas vezes ocultas. Não se resolve problemas sem abdicar dos nossos modelos mentais ou pressupostos de base. Isto é pensamento integrativo.
Procurando um equilíbrio e tentando integrar os diferentes modelos que surgem nas tomadas de decisão em equipa, cria-se um novo resultado com mais benefício do que uma vitória individual.
Os tomadores de Decisões tendem a ter medo de abraçar a simplicidade. A simplicidade é dificil de alcançar, mas funciona. Simplista é outro conceito, é fácil e geralmente sem valor. Às vezes pode-se adicionar uma camada de complexidade para ser mais seguro. Nunca se descarta o bom para atingir o perfeito. De preferência não adotar imediatamente a primeira ideia que vem à mente, pode haver outras mais simples e eficazes. Pensar integrativamente. Aprender com a falha, sem implicações catastróficas. Aceitar que precisamos de melhores mecanismos para críticas e comentários para que possamos começar a estabelecer um corpo de conhecimento sobre o que funciona e o que não funciona.
No pensamento integrativo os modelos capturam as relações causais complexas, multifacetadas e multidirecionais entre as variáveis-chave em qualquer problema. O problema é considerado como um todo e resolvidas as tensões criativamente sem fazer compensações caras, transformando desafios em oportunidades.
Todos os participantes interdisciplinares são reunidos no início do processo para otimizar as interações entre os componentes, permite minimizar o custo das operações, aumentar a eficiência e eficácia, reduzir significativamente os impactos, e eliminar erros dispendiosos resultantes da falta de comunicação eficaz entre os vários intervenientes. Todas as diferentes perspectivas são abordadas, as sinergias são identificadas, as soluções criativas desenvolvidas, evitam-se erros irreversíveis, faz-se uma gestão de tempo através de uma coordenação efetiva com comunicação aberta e eficaz.
Quanto mais fragmentado for o contexto maiores serão as barreiras, mas também maior será a riqueza do trabalho produzido. É necessário gerar novas ideias para visualizar um contexto, no qual se possa questionar e comparar os conceitos, e ver a solução de uma forma diferente. Questionar e comparar conceitos significa que quem ouve pode formular uma nova construção de pensamento, que pode ser testado face à experiência do passado, permitindo assimilar um novo quadro e uma nova perspectiva sobre a questão em discussão.
A inovação só é possível quando se desafia a norma para tentar encontrar a melhor resposta possível para um problema e daí encontrar uma oportunidade. O reconhecimento da necessidade de um esforço conjunto a um nível igual é importante. As pessoas realmente aprendem quando estão curiosas e ansiosas por perguntar. Nesta condição ficam disponíveis para ouvir ou encontrar as próprias respostas.
Explorar sistematicamente abordagens alternativas para criação de valor pode permitir o encontro de novas oportunidades de crescimento. Tratar o modelo como uma variável e não uma constante, serve como um promotor essencial de crescimento, permitindo que se antecipe, ajuste e aproveite as novas tecnologias ou ideias. Apetrechados com uma nova forma de encarar o mundo. Dois modelos opostos eventualmente são úteis para resolver um problema. Confrontados com esses modelos opostos, em vez de escolher um em detrimento do outro, gerar um novo modelo que contém elementos de cada um dos modelos disponíveis, mas em que o resultado final é melhor. O pensador integrativo constrói modelos em vez de escolher entre alguns.
Ao tomar uma decisão, pode-se proceder por meio de quatro etapas: Saliência: informações ou variáveis que são relevantes para que se faça uma escolha. Causalidade:  identificação dos tipos de relações entre as várias variáveis. Sequência: criação de um modelo mental global, baseado nas escolhas feitas a partir das duas primeiras etapas. Resolução: selecionar o que realmente deve permanecer para tornar a decisão eficaz. É necessário gerar soluções alternativas ao que é proposto para resolver um problema.
É eficiente em face de um problema,  examinar o problema como um todo, observando e registando as complexidades que existem e a tensão entre ideias opostas para criar novas alternativas que surgem da vantagem de ter muitas soluções possíveis. A  capacidade de criar de forma construtiva, face às tensões de modelos opostos, permite gerar soluções alternativas, isto é, em vez de escolher um modelo em detrimento de outro  gerar um novo que contenha elementos presentes nos outros. O resultado final é melhor que cada uma das partes que lhe deram geração.
A informação flui velozmente e é atualizada constantemente. Essa velocidade, quando se pretende tomar decisões implica naturalmente em momentos de alta tensão e deixar as coisas como estão não é uma solução. Ao tomar decisões, deve-se sempre pensar naquilo que trará maiores benefícios e nas possíveis consequências indesejáveis para os outros. Dar atenção à diversidade de fatores e compreender a complexidade das relações causais nas conexões.
Existem otimistas, pessimistas e realistas. A paixão que é uma forma de energia é vivenciada de forma diferenciada por cada um destes posicionamentos.
O Pensamento Integrativo é um componente essencial no programa de treinamento e desenvolvimento para uma equipe, quanto mais graduada for. O pensamento integrativo ajuda os executivos ou detentores de poder a olhar para o mundo e para as pessoas como uma parte importante nas suas decisões.
O pensador integrativo abraça elementos misteriosos em vez de os excluir pois tem a capacidade de manter um propósito claro  através do difícil passo de traçar as inter-relações causais complexas, enquanto mantém a flexibilidade para rever sentenças sobre padrões de causalidade, mesmo sobre a relevância que o mapa causal desenvolve.
Criar uma sequência de variáveis é um problema complexo e a tendência é eliminar variáveis para tornar o caminho mais acessível. Em essência, o pensador integrativo cria um mapa de causalidade que agrupa as variáveis consideradas mais importantes. Há sempre algumas pedras na estrada. Neste momento a atitude é fundamental. Uma atitude que vê os desafios como algo transponível e para ser gerido sem medo.
No processo decisório diante de escolhas difíceis, propor opções em vez de aceitar opções. As vezes é preciso ter uma resposta imediata. Mas, em vez de reduzir tudo a uma única hipótese, pode-se tomar uma decisão muito mais sábia partindo de várias hipóteses, analisando as oportunidades. Aplicando e praticando metacognição: a capacidade de refletir sobre nossa maneira de pensar e compreendê-la. Empatia: capacidade de entender e apreciar o ponto de vista alheio. Criatividade: habilidade de gerar e prototipar ideias diferentes. Entre um extremo e o outro, ficar com o melhor dos dois.
O pensamento integrativo é o tipo de processo de solução de problemas, focado em ideias e oportunidades opostas em vez de respostas certas e escolhas difíceis.  É uma forma de pensar que permite a criação de novas respostas para problemas mais difíceis, um processo que usa a tensão entre ideias opostas para ajudar a criar respostas novas e transformadoras. Devem-se evitar opções que resolvam apenas parte do problema, abordando os sintomas e não as causas. Possivelmente, há muitas respostas boas, mas escolher uma delas significa abrir mão de tudo que é valioso nas demais. O pensamento integrativo explora a tensão de modelos opostos, ajuda a mitigar limitações e melhora as decisões.
A tomada de decisão eficaz exige liberar a criatividade em passos pequenos e replicáveis, gerando e prototipando muitas ideias diferentes. Essa abordagem converte-se em uma habilidade que pode ser aprendida com a prática. Estabelecendo as bases para uma nova forma de pensar e superar problemas difíceis de qualquer tipo.
“A diferença é percebida por causa do contraste. As cores são o manifesto desta assertiva. (EM).”



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