PENSAMENTO INTEGRATIVO
Se quem lidera cria um clima de transparência surge
naturalmente um clima de abertura, que alavanca a cultura de coragem de falhar
barato e depressa, não gastando recursos
desnecessários em projetos submersos em análises profundas e testes prolongados
no tempo. Cria pessoas corajosas que saem dos seus espaços fechados. Gera um
estado de espírito de confiança, de integridade e de tolerância para assumir
riscos e formar uma rede de colaboração.
A ideia é substituir
a alternância de modelos pela sua integração. Resolvendo problemas de uma forma
criativa e com os olhos e ouvidos postos no outro, percorrendo o seu dia-a-dia
através da observação para detectar oportunidades e identificar necessidades
muitas vezes ocultas. Não se resolve problemas sem abdicar dos nossos modelos
mentais ou pressupostos de base. Isto é pensamento integrativo.
Procurando um equilíbrio e tentando integrar os
diferentes modelos que surgem nas tomadas de decisão em equipa, cria-se um novo
resultado com mais benefício do que uma vitória individual.
Os tomadores
de Decisões tendem a ter medo de abraçar a simplicidade. A simplicidade é
dificil de alcançar, mas funciona. Simplista é outro conceito, é fácil e
geralmente sem valor. Às vezes pode-se adicionar uma camada de complexidade
para ser mais seguro. Nunca se descarta o bom para atingir o perfeito. De
preferência não adotar imediatamente a primeira ideia que vem à mente, pode
haver outras mais simples e eficazes. Pensar integrativamente. Aprender com a
falha, sem implicações catastróficas. Aceitar que precisamos de melhores
mecanismos para críticas e comentários para que possamos começar a estabelecer
um corpo de conhecimento sobre o que funciona e o que não funciona.
No pensamento
integrativo os modelos capturam as relações causais complexas, multifacetadas e
multidirecionais entre as variáveis-chave em qualquer problema. O problema é
considerado como um todo e resolvidas as tensões criativamente sem fazer
compensações caras, transformando desafios em oportunidades.
Todos os
participantes interdisciplinares são reunidos no início do processo para
otimizar as interações entre os componentes, permite minimizar o custo das
operações, aumentar a eficiência e eficácia, reduzir significativamente os
impactos, e eliminar erros dispendiosos resultantes da falta de comunicação eficaz
entre os vários intervenientes. Todas as diferentes perspectivas são abordadas,
as sinergias são identificadas, as soluções criativas desenvolvidas, evitam-se
erros irreversíveis, faz-se uma gestão de tempo através de uma coordenação
efetiva com comunicação aberta e eficaz.
Quanto mais fragmentado for o contexto maiores serão as barreiras, mas
também maior será a riqueza do trabalho produzido. É necessário gerar novas
ideias para visualizar um contexto, no qual se possa questionar e comparar os
conceitos, e ver a solução de uma forma diferente. Questionar e comparar
conceitos significa que quem ouve pode formular uma nova construção de
pensamento, que pode ser testado face à experiência do passado, permitindo
assimilar um novo quadro e uma nova perspectiva sobre a questão em discussão.
A inovação
só é possível quando se desafia a norma para tentar encontrar a melhor resposta
possível para um problema e daí encontrar uma oportunidade. O reconhecimento da
necessidade de um esforço conjunto a um nível igual é importante. As pessoas
realmente aprendem quando estão curiosas e ansiosas por perguntar. Nesta condição
ficam disponíveis para ouvir ou encontrar as próprias respostas.
Explorar sistematicamente abordagens
alternativas para criação de valor pode permitir o encontro de novas
oportunidades de crescimento. Tratar o modelo como uma variável e não uma
constante, serve como um promotor essencial de crescimento, permitindo que se antecipe,
ajuste e aproveite as novas tecnologias ou ideias. Apetrechados com uma nova
forma de encarar o mundo. Dois modelos opostos eventualmente são úteis para
resolver um problema. Confrontados com esses modelos opostos, em vez de
escolher um em detrimento do outro, gerar um novo modelo que contém elementos
de cada um dos modelos disponíveis, mas em que o resultado final é melhor. O
pensador integrativo constrói modelos em vez de escolher entre alguns.
Ao tomar uma decisão,
pode-se proceder por meio de quatro etapas: Saliência: informações ou variáveis
que são relevantes para que se faça uma escolha. Causalidade: identificação dos tipos de relações entre as várias
variáveis. Sequência: criação de um modelo mental global, baseado nas escolhas
feitas a partir das duas primeiras etapas. Resolução: selecionar o que
realmente deve permanecer para tornar a decisão eficaz. É necessário gerar
soluções alternativas ao que é proposto para resolver um problema.
É eficiente
em face de um problema, examinar o
problema como um todo, observando e registando as complexidades que existem e a
tensão entre ideias opostas para criar novas alternativas que surgem da
vantagem de ter muitas soluções possíveis. A
capacidade de criar de forma construtiva, face às tensões de modelos
opostos, permite gerar soluções alternativas, isto é, em vez de escolher um
modelo em detrimento de outro gerar um
novo que contenha elementos presentes nos outros. O resultado final é melhor que
cada uma das partes que lhe deram geração.
A informação flui velozmente e é atualizada
constantemente. Essa velocidade, quando se pretende tomar decisões implica
naturalmente em momentos de alta tensão e deixar as coisas como estão não é uma
solução. Ao tomar decisões, deve-se sempre pensar naquilo que trará maiores
benefícios e nas possíveis consequências indesejáveis para os outros. Dar
atenção à diversidade de fatores e compreender a complexidade das relações
causais nas conexões.
Existem
otimistas, pessimistas e realistas. A paixão que é uma forma de energia é
vivenciada de forma diferenciada por cada um destes posicionamentos.
O Pensamento Integrativo é um componente essencial no programa de
treinamento e desenvolvimento para uma equipe, quanto mais graduada for. O pensamento
integrativo ajuda os executivos ou detentores de poder a olhar para o mundo e
para as pessoas como uma parte importante nas suas decisões.
O pensador
integrativo abraça elementos misteriosos em vez de os excluir pois tem a
capacidade de manter um propósito claro através do difícil passo de traçar as
inter-relações causais complexas, enquanto mantém a flexibilidade para rever
sentenças sobre padrões de causalidade, mesmo sobre a relevância que o mapa causal
desenvolve.
Criar uma
sequência de variáveis é um problema complexo e a tendência é eliminar
variáveis para tornar o caminho mais acessível. Em essência, o pensador
integrativo cria um mapa de causalidade que agrupa as variáveis consideradas
mais importantes. Há sempre algumas pedras na estrada. Neste momento a atitude
é fundamental. Uma atitude que vê os desafios como algo transponível e para ser
gerido sem medo.
No processo
decisório diante de escolhas difíceis, propor opções em vez de aceitar opções. As
vezes é preciso ter uma resposta imediata. Mas, em vez de reduzir tudo a uma
única hipótese, pode-se tomar uma decisão muito mais sábia partindo de várias
hipóteses, analisando as oportunidades. Aplicando e praticando metacognição: a
capacidade de refletir sobre nossa maneira de pensar e compreendê-la. Empatia:
capacidade de entender e apreciar o ponto de vista alheio. Criatividade:
habilidade de gerar e prototipar ideias diferentes. Entre um extremo e o outro,
ficar com o melhor dos dois.
O pensamento
integrativo é o tipo de processo de solução de problemas, focado em ideias e
oportunidades opostas em vez de respostas certas e escolhas difíceis. É uma forma de pensar que permite a criação de
novas respostas para problemas mais difíceis, um processo que usa a tensão
entre ideias opostas para ajudar a criar respostas novas e transformadoras. Devem-se
evitar opções que resolvam apenas parte do problema, abordando os sintomas e
não as causas. Possivelmente, há muitas respostas boas, mas escolher uma delas
significa abrir mão de tudo que é valioso nas demais. O pensamento integrativo explora
a tensão de modelos opostos, ajuda a mitigar limitações e melhora as decisões.
A tomada de
decisão eficaz exige liberar a criatividade em passos pequenos e replicáveis,
gerando e prototipando muitas ideias diferentes. Essa abordagem converte-se em
uma habilidade que pode ser aprendida com a prática. Estabelecendo as bases
para uma nova forma de pensar e superar problemas difíceis de qualquer tipo.
“A diferença
é percebida por causa do contraste. As cores são o manifesto desta assertiva.
(EM).”
Nenhum comentário:
Postar um comentário