POVOS ORIENTAIS
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JUDEUS: O povo de
Israel, os descendentes dos patriarcas Abrahão, Isaac e Jacob e das matriarcas
Sara, Rebeca, Raquel e Léa, aos quais Deus escolheu e com quem Ele fez Sua
aliança eterna. Eles, que falaram com Deus e acreditaram profundamente em Sua
Providência, moldaram o futuro do povo judeu.
Após sucessivos períodos
de fome na terra de Canaã (a terra prometia a Abrahão), por volta do ano 1500
a.C, Jacob desceu ao Egito, onde seu filho, José, tornara-se vice-rei. Dois
séculos depois, um faraó que não conhecera José, escravizou os judeus e afogou
seus primogênitos por medo de que crescessem, prosperassem e acabassem
derrubando a monarquia. Deus então redimiu os judeus desta escravidão no exílio
e os trouxe para o deserto. Lá, ao pé do Monte Sinai, Deus revelou-Se em uma
experiência mística que mudou a história do mundo. Moisés, o maior profeta
judeu, aprendeu a Torá e sua interpretação, e trouxe as duas tábuas com os Dez
Mandamentos nela gravados. Deus primeiro fez sua aliança com Abrahão e depois
uma aliança recíproca e obrigatória, formal e pública, com todo o povo judeu,
no Monte Sinai. Após a redenção do Egito e a Revelação no Sinai, os judeus
atravessaram o deserto em direção à Terra Prometida, mas eles não souberam
lidar com a liberdade recém-adquirida, a abundância de comida, as nuvens que os
guiaram e protegeram de dia e de noite; e eles marcaram sua marcha com
recalcitrância e rebelião, com defeitos e futilidades. Mesmo depois das várias
intervenções milagrosas que Deus fez a seu favor, eles ainda duvidaram de que
Ele os conduziria em segurança a Canaã e, por sua falta de fé, foram condenados
a morrer depois de vagarem errando durante quarenta anos no deserto. A geração
seguinte, com a ajuda de Deus e sob a liderança de Josué, conquistou a Terra
que lhes foi prometida. O povo de Israel, a Torá de Israel e a Terra de Israel,
todos escolhidos por Deus, estavam agora unidos. A seguir, a história dos
judeus tem o seguinte desmembramento: o povo cumprindo a Torá e prosperando na
Terra, depois esquecendo-se da Torá, virtualmente se autodestruindo, sendo
exilado da Terra e depois retornando em triunfo espiritual. É uma série
impressionante de escaladas até os picos mais elevados e tropeços até os pontos
mais baixos do espírito; de exílio e retorno à Terra; castigo e recompensa; de
dois Templos construídos e destruídos; de imensas contribuições aos ideais e
esperanças da civilização, e dos inacreditáveis sofrimentos que sempre
atingiram o judeu, instando-o a desistir do empreendimento de fé de Abrahão, a
Lei Mosaica e a missão profética. É uma marcha dinâmica e criativa através das
gerações, dos profetas e sacerdotes, eruditos e escribas, rabinos e juízes,
pessoas pobres e financistas, pessoas que realizaram muito e indivíduos comuns,
numerosos estudiosos e um punhado de guerreiros. Perderam-se milhões de pessoas
durante os longos e sombrios séculos de diáspora. Os judeus originaram-se em
forma de uma família que cresceu para tornar-se uma nação. A nação de judeus é
denominada Casa de Israel. O povo judeu tornou-se uma nação no momento em que
adquiriu liberdade, antes de ter uma Terra, quando saiu do Egito quarenta anos
antes de conquistar a Terra Prometida.
Árabes, curdos,
turcos e persas são grupos étnicos que habitam diferentes países; sunitas e
xiitas são vertentes da religião islâmica. Xiitas e sunitas são seguidores de
correntes do islamismo. Nem todo muçulmano é árabe, nem todo árabe é muçulmano.
ÁRABES: São o
maior grupo étnico do Oriente Médio. São maioria no Egito, Jordânia, Síria,
Líbano, Iraque, nos países da península Arábica e nos territórios sob a
Autoridade Palestina. Também estão presentes nos países do norte da África,
reunindo ao todo 415 milhões de pessoas. O grupo é originário da península
Arábica, de onde se espalharam, a partir do século 7, em uma grande corrente migratória
provocada pela expansão do islamismo. O principal fator que os une, porém, não
é a religião, mas a língua, que pertence ao tronco semítico (assim como o
hebraico).
PERSAS: São descendentes de povos
indo-europeus que chegaram à região do Irã através da Ásia Central por volta do
ano 1000 a.C. A língua é escrita em caracteres árabes. Sendo uma língua
indo-europeia, o persa é mais próximo do português que do árabe.
TURCOS: São
originários da Ásia Central, de onde migraram por volta do século 10. Eles
formam mais de 80% dos habitantes da Turquia. O idioma era escrito em
caracteres árabes até 1929, quando se adotou o alfabeto latino. Não confunda
árabe com turco. Durante seis séculos, até a Primeira Guerra Mundial, os árabes
do Líbano e da Síria foram dominados pelo Império Turco-Otomano.
CURDOS: São o
maior grupo étnico sem Estado do mundo. Embora não haja um número exato dessa
população, o Instituto Curdo de Paris, uma entidade que se dedica a estudar
esse grupo, estima que existem entre 36,4 milhões e 45,6 milhões de curdos no
mundo. Eles ocupam um território de cerca de 500 mil quilômetros quadrados –
maior que o do Iraque – que engloba parte da Turquia, Irã, Iraque, Síria,
Armênia e Azerbaijão. O idioma curdo é indo-europeu, como o persa, mas a grafia
varia. Os curdos da Turquia usam o alfabeto latino. Os da Síria, Iraque e Irã
usam o árabe.
RELIGIÃO: Mais de 90% da
população do Oriente Médio professa o islamismo. A religião, que conta com 1,8
bilhão de fiéis em todo o mundo, tem duas principais vertentes: o sunismo e o
xiismo. Os sunitas são maioria, cerca de 85% do total. A palavra vem do árabe
sunnat annabi (“tradição do profeta”). Os xiitas são maioria apenas no Irã,
Iraque e Barein. Cidades que são símbolo dessa religião: Meca É a cidade mais sagrada para todos os muçulmanos. Ali
está o santuário da Caaba, local de peregrinação anual (hajj) construído por
Abraão, o patriarca bíblico. Todo fiel deve fazer suas cinco orações diárias
voltado para Meca. Jerusalém
O maior centro de tensão do Oriente Médio é a terceira cidade mais sagrada para
os sunitas (cristãos e judeus também a têm como santuário). Lá está a mesquita
do Domo da Rocha, de onde Maomé teria ascendido aos céus. Karbana Santuário xiita onde está o túmulo de Hussein,
neto de Maomé. Ele acreditava ser o sucessor do profeta, mas quem assumiu o
trono foi Yazid. Seu assassinato marcou o cisma entre os xiitas – seguidores de
Ali, pai de Hussein– e os sunitas. Najaf A cidade é o terceiro local de
adoração dos xiitas. Lá está o túmulo de Ali, genro de Maomé e pai de Hussein.
Os xiitas consideram Ali o sucessor de Maomé. A cidade é aberta a não
muçulmanos, ao contrário de Meca e Medina. Medina
Guarda os restos mortais do profeta Maomé e foi a cidade para onde o profeta
fugiu. Essa fuga, no ano de 622, é chamada de Hégira e marca o início do
calendário muçulmano. É o segundo local mais sagrado para qualquer fiel do
Islã. Mashad É onde está o túmulo do imã Ali
al Rida, mártir para os muçulmanos xiitas. Centro importante de peregrinação no
Irã, Mashad é considerada a quinta cidade mais sagrada do xiismo (o quarto
lugar é ocupado por Karbala).
“Não existe
sucesso pessoal sem causa. (EM).”
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