INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL
As relações
do homem com a tecnologia, nas suas variáveis: hipertecnologia, inteligência
artificial, nanotecnologia e biotecnologia, determina a ocorrência de riscos,
ainda não sobre pleno controle. Não há limites intransponíveis para a
tecnologia, ela sempre prosseguirá.
A inteligência artificial numa simbiose com a biotecnologia está gerando seres
artificiais conscientes. Sinalizando para o processo de replicação do ser
humano. Mesmo sem uma compreensão completa da natureza da consciência humana.
Robôs associados a cérebros humanos vão gerar inteligência artificial
biológica; nisto está convergindo a robótica e a neurociência, modificando a antropologia.
Os
contemporâneos estão absolutamente dependentes da Informática e da Internet.
Cada vez mais profundamente nos adaptamos a este quadro, acabamos nos tornando
extensão e periféricos em relação a esta tecnologia, que adquiriu vida própria
e coordena o ritmo humano. Tendendo, estas tecnologias mentais, a substituir os
humanos no seu raciocínio, memória e capacidade de calcular; exigindo que a
plasticidade do cérebro se reconfigure com mais agilidade. A tecnologia, quase
autônoma, passa a orientar até temas filosóficos. Estamos perdendo espaço para
a ficção científica.
Um programa de computador manipula símbolos, que
não tem significado algum para esta máquina; por enquanto! Como a consciência e
a inteligência são exclusivas dos humanos, com os seus cérebros biológicos
complexos, para produzir inteligência artificial, será necessário replicá-lo. O
movimento transumanismo está adiantado nisso, com a tese do surgimento de vida
a partir da matéria inanimada; culminando com o abandono da mente humana,
gradativamente, da sua base neural e migrando para uma nova base material que
substitua o seu corpo perecível. Com o cérebro podendo ser escaneado e
transformado num software, cabível
num minúsculo computador. Os transumanistas já vislumbram isso brevemente.
Segundo eles o fenômeno da singularidade, vai chegar a um nível em que o tempo
será zero ou nulo. Neste momento a inteligência das máquinas será igual à
inteligência humana e assim as máquinas herdam consciência humana, num processo
de replicação mecânica. Neste estágio chips implantados no cérebro, ensejarão
falar e escrever em todos os idiomas; raciocinar e manipular velozmente;
expandindo imensamente a memória humana e até uma conexão permanente com a
Internet. Palavras pronunciadas podem ser lidas em inscrições no espaço, sem
tela.
Outro
estágio, segundo os transumanistas, é a intervenção no código genético, o DNA.
Com a sua consequente manipulação. Uma máquina cuja inteligência se iguala a do
ser humano, inclusive com emoções e sentimentos; que seleciona informações
relevantes, necessárias para agir apropriadamente. Decorre desse avanço
tecnológico o risco de geração de robôs pouco amigáveis, humanoides
inteligentes alienígenas ameaçadores incontroláveis e autônomos.
Neste mesmo
diapasão tecnológico, serão construídos robôs para os cérebros humanos. Não
replicando a vida, mas associando-se a ela. Estes robôs terão mais capacidade
do que os humanos, para processar informações e aprendem com os seus erros para
não repeti-los. A biotecnologia conceitua-se na ideia da replicação de humanos
através da inteligência artificial. As máquinas do futuro chegarão ao auge de
ter corpo de carne e osso, como androides, mas não nascem e nem morrem como os
humanos; são produzidas e mais tarde, defasadas, são desativadas. Produzirão
outras máquinas mais inteligentes, então será a última era da tecnologia. Nada
mais se acrescentará é o ápice tecnológico. Elas vão gerar tecnologia
eficiente, mas talvez incompreensível para a inteligência humana. Chegar-se-á a
um nível de máquinas espirituais.
Conceito de virtual: é uma alucinação consensual.
Uma prótese intersubjetiva para ampliar a imaginação. Um sonho lúcido. Ambiente
sintético que se mistura com a experiência cotidiana.
Com a singularidade gera-se dispensabilidade de certas
funções, modifica-se o conceito do trabalho humano, os valores monetários dos
bens, as vendas, as compras, as profissões terão uma nova reconfiguração espantosa.
Resultando, em síntese, a substituição de tudo, pelas máquinas. Uma emanação
cósmica transcendente reflete que a inteligência humana não é mais única e
nem abrange todas as formas possíveis de
existência inteligente. O ser humano criará as máquinas, elas serão mais
inteligentes do que ele e vão se tornando autônomas. Isto já ocorre no presente,
onde vários cientistas foram vítimas dos seus próprios inventos.
O humano chegará
num momento em que se não se associar com as máquinas não conseguirá mais gerir
a sua existência. Terá que praticar a estratégia: não podendo competir com uma
realidade maior do que o seu potencial, a única forma é aliar-se e aderir. Já
estão no mercado veículos auto dirigíveis, isto é uma sinal da supremacia e
autonomia alarmante e preocupante das máquinas. Seremos controlados pelos
nossos próprios inventos. A grande revolução científica está na intervenção da
robótica, diretamente no contexto biológico e físico do ser humano. O biônico é
uma realidade, o implante de órgãos gerados pela inteligência artificial no
corpo humano será uma realidade cruel, uma mistura homem-robô e assim também
será na robótica; mistura robô-homem. Com interferência direta no DNA e
aplicação do seu código genético binário e as suas variações, construindo
corpos vivos para os robôs. Não é o material do que é feito o ser vivo, o
importante; mas como ele é combinado com moléculas de carbono. Os neurônios
serão, progressivamente, substituídos por neurônios de silício.
Os computadores são capazes de mudar a sua
programação aleatoriamente. Eles aprendem com repetição das funções. Com
inteligência artificial podem fazer escolhas, criar ideias, ter reações,
intenções, ter plena autonomia e consciência. Mas, pouco farão no tocante a
ponderar e refletir sobre as consequências dos seus impulsos. O Robô é
totalmente inorgânico. Os humanos que sofrem intervenção da robótica são
ciborgues.
A inteligência artificial ajudará a tornar os humanos mais
inteligentes e capacitados, alterando o código genético, o DNA humano. Também
está em pauta a longevidade humana, através da mistura do DNA humano com o de alguns
animais mais longevos, além disto a ampliação da capacidade de visão, a
expansão da memória. Em suma, a unificação da ciência da computação com a
neurociência.
“Filosoficamente,
uma verdade é o degrau para descobrir outra nova verdade e assim sucessivamente,
pois o conhecimento e o infinito são infindáveis. E o invisível é que gera e
move o visível. (EM).”
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