TEMPO MAIS RÁPIDO
Prolifera a
sensação de que o tempo está passando mais rapidamente na atualidade. A
possível configuração da fatualidade deste fenômeno tende a encontrar suporte,
em alguns fatores, a seguir elencados:
>Em função
da grande
quantidade de informações e experiências que circulam atualmente. Fazendo com
que os sentidos do individuo fiquem mais ligados, inicialmente, absorvendo cada
detalhe do cenário. Nas etapas seguintes, conhecendo o contexto, assimila mais
rapidamente, dando a sensação que houve uma aceleração do processo de
aprendizagem e apropriação do conteúdo.
>Ressonância
Schumann. Este cientista constatou que a Terra é cercada por um poderoso campo
eletromagnético, que fica a cerca de 100 km acima. A Terra sob este campo, em
ritmo normal, possui uma pulsação que funciona como um marca-passo, à razão de
7,83 pulsações por segundo. Ele percebeu
que esta pulsação marca o ritmo de funcionamento de toda a vida na
terra, tanto vegetal, quanto animal. A Ressonância Schumann passou dos 7,83
pulsações para 11 e depois para 13 hertz por segundo, fazendo com que o tempo
passe mais ligeiro, encurtando o horário de duração de um dia para 16 horas.
>Com a
revolução industrial, as máquinas que trabalham mais rápido que os homens. Encurtando
do tempo para atingir a produção.
>A
invenção dos motores dos veículos, permitindo chegar mais rápido aos destinos
desejados.
>O desenvolvimento
tecnológico contribuindo, cada vez mais, para deixar os processos mais rápidos.
>A ciência
da informação e a internet provocaram uma imensa transformação na geração e transmissão de informações, em
tempo real.
>Os sistemas e veículos de transporte modernos,
com redução considerável de tempo de percurso.
>À medida que se envelhece cai a produção
cerebral de dopamina, neurotransmissor responsável pela sensação de energia e
disposição. Esse processo interfere no relógio biológico.
>O cérebro
humano mede o tempo por meio da observação dos movimentos dos objetos, pessoas,
sinais naturais e da repetição de eventos cíclicos: o nascer e o pôr do sol, as
fases da lua, os dias da semana, os meses. O cérebro evita fazer duas vezes a
mesma tarefa. Um adulto tem entre 40 e 60 mil pensamentos por dia, a maioria
destes pensamentos é automatizada e não aparece no rol de eventos do dia. Quando
se vive uma experiência pela primeira vez, o cérebro dedica muitos recursos
para compreender o que está acontecendo. À medida que a mesma experiência vai
se repetindo, o cérebro vai colocando as
reações no modo automático e apagando as experiências duplicadas. Parece que o
tempo acelera, quando se envelhece. No começo da existência tudo parece muito
complicado, a atenção é requisitada ao máximo. Quando se repete procedimentos, o
cérebro já sabe o que tem que ser feito e
toma as experiências passadas e usa, no lugar de repetir realmente a
experiência. Ou seja, para o cérebro a experiência repetida no presente é como
se não estivesse sendo vivenciada. Quando se começa a repetir algo exatamente
igual, a mente apaga a experiência repetida. Conforme se envelhece as coisas
começam a se repetir e as experiências
novas que fazem a mente parar e pensar de verdade, fazendo o dia parecer mais longo e cheio de novidades, vão diminuindo. O que
faz o tempo parecer que acelera é a rotina. Quando se vivencia intensamente situações
diferentes e criativas de quebra de rotina a sensação de tempo parece mais
longa. Permitindo que se criem condições reais da sensação de expansão do
tempo.
>Quando se
viaja, tem-se a sensação de que a viagem de retorno ao ponto de partida é mais
rápida. Porque na viagem de ida, o cérebro apropriou-se de imagens e
informações, das quais, no retorno não precisa retomar, pois não repete
experiências de imagens já adquiridas. Reservando energias para as suas novas
incursões.
>Quanto mais experiente for o indivíduo, menos
delongas para aprender e praticar procedimentos anteriores já configurados,
tudo isto gera a impressão de que o tempo passa mais rápido.
>O fator
ansiedade contribui mais para a idéia de que o tempo está demorando para
passar. Enquanto que fator gozo ou usufruto de algo agradável, com tempo
pré-determinado, gera a sensação de que tempo passa ligeiro. De acordo com o
tipo de variável ou condicionante temos nuances diferentes a respeito da
performance do tempo. Mas é inegável que o componente emocional interfere na
avaliação e vivenciamento do processo temporal pelo ser humano.
“Vivenciamos,
efetivamente o agora. O passado não retorna. O Futuro ainda não chegou; quando
ele chega é o agora. Portanto antenemo-nos. (EM).”
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