ORIGEM DA PONTUAÇÃO GRÁFICA
E-mail:
ernidiomigliorini
Til (~): Surgiu
para substituir uma letra “m” ou “n”, que tornava nasal a vogal anterior.
&: Para
substituir a palavra latina “et” (e). Que significa entrelaçamento.
@: Para
substituir a preposição latina “ad”, que tinha o sentido de “casa de”. Aparecia
entre a quantidade de unidades da mercadoria e o preço. A sua denominação como arroba,
porque @ lembra a sua inicial. A palavra “arroba” vem do árabe
“ar-ruba”, que significa “a quarta parte”. Ao desenvolver o primeiro programa
de correio eletrônico (“e-mail”), Roy Tomlinson aproveitou o sentido @ (“at”),
disponível no teclado, e utilizou-o entre o nome do usuário e o nome do
provedor. Assim, “fulano@provedor X” ficou significando “fulano no provedor X”.
Os termos
"fulano", "beltrano" e "sicrano": "Fulano"
vem do árabe fulân, significa
"tal". Por volta do século 13, os espanhóis usavam "fulano"
como pronome: fulana casa (tal casa), fulano sujeito (tal sujeito). "Beltrano" vem do nome próprio Beltrão, ou
Beltrand, de origem francesa, O nome acabou levando a terminação
"ano" influenciada pelo "fulano". A origem de "sicrano" tem três hipóteses:
"sicra" pode tanto se tratar de um derivado da palavra securu, do
latim, do desfiguramento de um nome próprio.
Estas formas designam vagamente alguém que não se tem
interesse em nomear, ou o seu nome é desconhecido. Usam-se as demais depois de
haver utilizado a primeira. Tais pronomes podem ser substantivados. Nota-se um
traço pejorativo no seu uso.
Expressões equivalentes, que ocorrem em outras
línguas:
Inglês: Tom, Dick, and Harry;
Espanhol: Fulano, Zutano y Mengano;
Italiano: Tizio, Caio, e Sempronio;
Russo: Ivanov, Petrov, Sidorov;
Persa: Are, Oore, Shamsi Kooreh;
Sueco: Andersson, Pettersson och Lundström.
O Alfabeto: Apareceu
na Grécia, composto apenas por letras maiúsculas. E também os diacríticos: o
acento agudo, o acento grave e o acento circunflexo, na era helenística, entre
os sécs. IV e I a.C..
A educação
baseava-se no latim, aprendia-se a ler e a escrever em latim antes de se
aprender a escrever e a ler na própria língua. As línguas vernáculas
apresentavam sons que não existiam em latim, obrigando os falantes a modificar
o alfabeto latino.
Ponto de exclamação !: Foi
criado por Aristófanes de Bizâncio no século II a.C.. Foi reintroduzido na
escrita internacional no século I a.C. pelos romanos. Do Latim exclamare,
“gritar alto”, de ex-, intensificativo, mais clamare, “gritar, chamar”. Introduzido
na impressão inglesa no século XV, para indicar ênfase, e denominado como
"sinal de admiração ou de exclamação". Na ortografia alemã e na
brasileira, a exclamação surgiu na primeira impressão de suas respectivas
Bíblias (Alemanha: 1797; Brasil: 1748). Na sinalização de trânsito, o ponto de
exclamação significa perigo, surpresa, espanto, arrebatamento, entusiasmo, cólera
e dor. Adicionado ao ponto de interrogação, reforça simultaneamente dúvida,
surpresa e descontentamento. Também é usado após: Imperativo, Interjeição
e Vocativo.
Ponto e vírgula ;: Os gráficos italianos inventaram o
ponto-e-vírgula e a vírgula, no séc. XV. Para separar orações, porque marca uma
pausa mais longa que a da vírgula e menor que a do ponto.
Ponto .: Tem o nome derivado do Latim punctus, “ponto,
picada”, particípio passado de pungere, “fincar, espetar, picar”. “pequeno furo
feito por algo aguçado”, passou a significar “pequeno sinal, partícula, mancha”
e tomou o sentido atual. O Sinal de
Ponto final surgiu em 3000 a.C.
Dois pontos : Surgiram no séc. XVI.
Apóstrofo ‘: Para indicar
a supressão de uma letra, surgiu no século XVI, no Francês. Seu nome vem do
Grego apostrophos, “ato de virar, de afastar”, formado por apo, “para fora”,
mais strephein, “virar”.
Barra /: Para
separar datas, dizer “ou”, simbolizar o sinal de percentagem %. O seu nome vem
do Latim barra, “tranca de porta, travessa”.
Sinais diacríticos: Cedilha, til e trema. Do Grego
diakritikós, “aquele que pode distinguir, que consegue separar”, do verbo
diakrinein, “separar um de outro”, formado por dia-, “através, por meio de”,
mais krino, “separar, discernir, distinguir”.
Acento: Do Latim
accentus, “tom, canção ajuntada à fala”, particípio passado do verbo accinere,
formado por a-, “junto”, mais canere, cantar. São sinais que servem para
indicar a subida ou descida do tom de voz ou se a vogal a ser emitida é aguda
ou grave.
Acento circunflexo ^: Do Latim
circumflexus, “dobrado ao redor”, formado por circum, “ao redor”, que deriva de
circus, “forma redonda, anel”, mais flexus, “dobrado, fletido”, particípio
passado de flectere, “dobrar”.
Acento agudo ´: Indica um aumento de freqüência na voz; torna aguda a vogal
por ele marcada. Do Latim acus, “agulha, objeto cortante, pontudo”.
Acento Grave `: Para mostrar a crase, do
Grego krasis, “fusão, mistura”, união do artigo feminino com preposição ou
pronome demonstrativo. Do Latim gravis, “pesado, solene, som de baixa
freqüência”.
Trema ¨: Usado sobre o “U”
depois do “Q” ou “G” para indicar que ele não é mudo. Do Grego trema, “pequeno
furo; cada um dos buracos de um dado”. Sinônimo diérese, do Latim diairesis, “separação das vogais de
um ditongo”, do Grego diairein, “dividir, separar”.
Cedilha: Sinal que, colocado sob a letra “C”, a faz soar como “SS”.
Deriva do Espanhol zetilla, “pequena Z”, de zeta, “Z”, que deriva do Grego
zeta, “Z”. Os escribas da Espanha
escreviam, em letra cursiva,o “Z” com a parte de cima encurvada e aumentada que o traço superior
acabou parecendo um “C”.
Parênteses ( ): Do Grego parenthesis,
“colocado ao lado”, do verbo parentithenai, “colocar ao lado de”, formado por
para, mais tithenai, “colocar, pôr”. É para isto que esse sinal serve para
“colocar ao lado” de outra uma idéia ou informação. Em 1734, em Portugal.
Reticências ...: Do Latim reticentia, “silêncio”, do verbo
reticere, “manter-se quieto, fazer silêncio”, que se forma por re-,
intensificativo, mais tacere, “calar, não falar”. É um sinal que se usa quando se
quer dar a entender que há mais no assunto do que se escreveu…Em 1606 na língua
portuguesa.
Ponto de Interrogação ?: Surgiu no Século XV. Do Latim interrogare, “perguntar”, formado por inter,
“entre”, mais rogare, “perguntar, pedir, questionar”. O ponto interrogação era uma
variante da letra Q em forma de um gancho. Este sinal era uma abreviatura da
palavra latina QUAESTIO (pergunta).
Vírgula ,: Surgiu no
Século XVI. Do Latim virgula, diminutivo de
virga, “verga, vara, trave, ramo”. O nome foi escolhido devido à forma do
sinal.
Hífen -: Do Grego hyphén, “em conjunto com”, serve para unir palavras que assumem um
sentido diferente de quando estavam separadas.
Asterisco *: De áster, estrela, por semelhança de forma.
Aspas “: Surgiram
no séc. XVII.
Parágrafo §: O símbolo
do parágrafo era um triângulo retângulo
com um dos lados numa linha horizontal superior e outro numa vertical.
Surgimento dos Sinais de
pontuação: Os primeiros sinais surgiram no Império Bizantino, o ponto já era usado no antigo Egito, com funções eram
diferentes.
Os espaços em branco só apareceram no séc. VII, na Europa, quando o ponto
passou a finalizar as frases. A maioria surgiu na Europa entre os séculos XIV e XVII. Para
facilitar a leitura e a compreensão dos textos. O período em que o hábito de
ler, crescia com o surgimento da impressão tipográfica, que exigiu que houvesse
a padronização e simplificação dos sinais. O ancestral da pontuação, o ponto já
era usado no antigo Egito em textos poéticos e no ensino de crianças na escrita
hierática, letra de fôrma que simplificava os hieróglifos. O ponto na Idade Média era inserido antes do nome do herói ou de um
personagem importante da narrativa, por respeito ou enfatização. Até o séc. IV, os textos eram escritos sem pontuação, as
mensagens ou textos escritos tinham que ser interpretados por quem os lia. Os monges medievais que
organizaram à separação que atualmente usamos. Atribui-se o uso da
acentuação ao gramático de Alexandria chamado Aristófanes de Bizâncio (260 a.
C.). A partir do século
sétimo que a separação das palavras se tornou freqüente e a partir do século
nono que a acentuação e a pontuação, foram postas em prática. Só no século 17
elas entram plenamente em uso.
“O fenômeno
do fenômeno está no próprio fenômeno. (EM).”
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