REAÇÃO DO MERCADO IMOBILIÁRIO
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Os escândalos de corrupção envolvendo construtoras, a redução do
crédito ao consumidor e as incertezas na economia em 2015, formam um cenário
nebuloso para o mercado imobiliário. A perspectiva de empresários e analistas é
de que, o primeiro semestre seja marcado por reajuste e seletividade por parte
das incorporadoras, enquanto a retomada fica, para o segundo semestre do ano.
A partir de julho de 2015, se espera um quadro de maior
crescimento dos lançamentos, depois da maturação dos esperados ajustes
econômicos. Os seis primeiros meses de 2015 serão marcados por maior cautela do
consumidor, conforme a postura adotada ao longo de 2014. Neste ano, ocorreu um
comportamento mais cauteloso do comprador. As empresas acabaram sendo mais
seletivas nos lançamentos, aprofundaram o conhecimento dos mercados, buscaram
analisar estoques, inovar em produtos e tiveram oportunidades de melhorias
operacionais importantes.
Há uma perspectiva de frear novos investimentos no primeiro
semestre de 2015, para avaliar o
desempenho da nova equipe econômica do governo federal. Havia crédito e demanda
o suficiente para trabalhar. Agora há menos demanda e pouquíssimo crédito, o
que recomenda cautela.
O crescimento moderado
2014 foi um termômetro importante para o setor, levou o mercado imobiliário a
um patamar mais realístico. Ao final do terceiro trimestre de 2014, as maiores empresas
do ramo, verificaram os seus estoques recuarem 24,3% na comparação com o
verificado no primeiro trimestre.
As construtoras estão registrando resultados operacionais ruins
desde 2013. O mercado já dava sinais de problemas sucessivos prejuízos. Agora
devem reestruturar todo o modelo de operação para patamares mais reais.
De janeiro a outubro de 2014, houve uma queda de 44,7% nas vendas
de imóveis novos. Há uma perspectiva de queda gradual nos estoques das
construtoras nos próximos meses. Uma retração de 22% nos lançamentos e recuo de
37% nas vendas.
A perspectiva é bem pior do que a
projetada no inicio do ano de 2015. O mercado vê estagnação na construção civil
em 2015. Além de todos os fatores econômicos, resquícios da Operação Lava Jato,
com a prisão de diversos executivos de grandes empreiteiras, também interfere
na estrutura do mercado no médio prazo. Com alguma impactação ainda em 2016. Quem
tem competência, qualidade, agregação de valor e preço tende a melhorar.
Com relação ao futuro, a previsão do mercado imobiliário deverá
prosseguir em fase de ajuste, a renda e o consumo deverão crescer menos e as
contratações de obras relacionadas a novos investimentos deverão ocorrer com
mais intensidade somente a partir do segundo semestre de 2015.
“O gerenciamento contemporâneo exige comportamentos embasados em métodos
científicos, com contínuo acompanhamento do movimento do mercado e alinhamento
adequado de posturas compatíveis com as suas demandas. (EM).”
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