EFEITOS COLATERAIS DA TORRE DE BABEL
O Relato Bíblico: A Torre
de Babel foi construída pelos descendentes de Noé, que após o Dilúvio foram
morar no oriente, na planície de Sinear,
região da Mesopotâmia. Disseram um aos outros edifiquemos para nós uma cidade e
uma torre, cujo cume toque no céu, a morada de Deus e façamo-nos um nome, para
que não sejamos espalhados por toda a face da Terra. Produziram tijolos e
betume de argamassa, para substituir o uso de pedras. Em toda a Terra havia uma
só língua. E o Senhor desceu para ver o que os homens edificavam e vendo o que
faziam, decidiu confundir-lhes as línguas para impedir que prosseguissem com a sua
obra, dizendo "Vinde, desçamos e confundamos ali a sua linguagem, para que
não entendam a linguagem um do outro." Indo contra a ordem dada por Deus a
Adão e Eva, para que se multiplicassem e enchessem a Terra. O texto apresenta a
palavra "Babel", que significa confusão em hebraico. Bab e El é uma
combinação do acadiano Bab ("porta",
com o hebraico El ("Deus"). "Porta de Deus". Quando Deus fala “desçamos”,
se refere aos anjos. Deus disse ainda "Eles formam um só povo e falam uma
só língua. Isto é apenas o começo de seus empreendimentos. Agora, nada os
impedirá de fazer o que se propuserem. Vamos descer ali e confundir a língua
deles, de modo que não se entendam uns aos outros”. E Deus os dispersou daquele
lugar por toda a superfície da terra, e eles pararam de construir a cidade.
Além do relato bíblico: Nimrod filho de Cus, casado com Semíramis, a sua própria
mãe é que teria mandado construir a Torre-templo de Babel. Acreditam que tenha
sido Cus quem iniciou a sua construção, antes da confusão das línguas. Após
isso, seu filho Nimrod, teria continuado a urbanização do local, dando origem à
futura cidade de Babilônia.
A Literatura Rabínica oferece muitos relatos
diferentes sobre outras causas para a Torre de Babel ter sido construída, e
sobre as intenções dos seus construtores. Na Mishná era vista como uma rebelião contra Deus. Uns midrash mais tardios registram que os
construtores da Torre, chamados "a geração da secessão" nas fontes
Judaicas, disseram: "Deus não tem o direito de escolher o mundo superior
para Si próprio, e de deixar o mundo inferior para nós; por isso iremos
construir uma torre, com um ídolo no topo segurando uma espada, para que pareça
como se pretendesse guerrear com Deus" A construção da Torre foi feita
para desafiar não só Deus, mas também Abraão, que exortava os construtores a
reverenciar. Alguns entre essa geração pecaminosa até queriam pelejar contra
Deus no céu.
Outras tradições similares a da Torre de Babel:
muçulmanas, gregas, Orientais, judaicas, América Central, indígenas, os astecas
os toltecas, na Índia, no Nepal, a Estônia e os aborígenes da Austrália e da
Nova Zelândia. 2484 metros de altura teria a torre. Simboliza a confusão das
"falsas religiões".
Era uma enorme torre escalonada, construída bem no
meio da cidade, feita de tijolos de barro cozidos, usando betume por argamassa.
Essa torre revelaria uma intenção vaidosa dos seres humanos, pois estes queriam
“tornar célebres seus nomes”.
Restos de construções do tipo citado pela Bíblia e
pelos historiadores antigos que trataram desse assunto foram desenterrados em
vários sítios arqueológicos do Oriente Médio, especialmente nos locais citados
na Bíblia e na Mesopotâmia atual Iraque.
Na mística maçônica, o episódio da Torre de Babel é
uma alegoria de grande significado iniciático. Ele se conecta, de um lado, à
arte do maçom, que se refere ao seu ofício de construtor, e de outro ao
significado esotérico da “Escada de Jacó”, já que esta é, na mística da
Maçonaria, uma “via” pela qual os anjos descem á terra e os homens ascendem ao
céu. Na simbologia da Arte Real ela significa a escalada do espírito humano
pelos degraus do aperfeiçoamento espiritual. Por isso ela será invocada no
catecismo maçônico dos graus superiores como designativo de um importante
ensinamento. Parte integrante de um edifício, e a sua planta pode variar
formalmente: circular, quadrangular ou poligonal.
Templos-torres posteriores modeladas segundo a de
Babel, tinham aparência de pirâmides. A construção destas últimas torres
começava por se amontoar primeiro barro socado numa colina artificial de grande
altura. Esta elevação era então nivelada no cume e revestida de tijolo queimado
ou de pedra. Nesta elevação se lançava o alicerce da torre, duma altura de uns
sessenta a noventa centímetros, que por sua vez era cercado por barro socado,
dando assim mais firmeza à construção. Sobre este alicerce construíam-se
sucessivos degraus de barro endurecido e de tijolos queimados ao sol, um por
cima do outro, cada um menor que o inferior. Os degraus eram geralmente em
número de quatro, sete ou oito, e por cima do último degrau construía-se o
santuário do deus da cidade. A torre de Ur tinha originalmente 60 metros de comprimento, 45 de largura e 21
de altura. A torre da cidade de Borsipa
tinha sete degraus. Cada lado do degrau inferior tinha 82 metros de comprimento,
e a altura do primeiro e do segundo degrau era de oito metros cada. O degrau
final alcançava a altura de 46 metros.
A descoberta de um manuscrito grego (Harpocration)
fornece em pormenores a descrição de uma torre de seis degraus, que ainda estava
em uso um século depois da morte de Jesus. Cada degrau tinha 8, 5 metros de
altura, e no cume havia um santuário de 4, 5 metros de altura. O santuário era
acessível por uma escadaria de 365 degraus; os primeiros 305 degraus eram de
prata e os últimos 60 eram de ouro. Cada estágio do edifício estava pintado com
uma cor diferente e dedicado a um específico deus-astro. O templo-torre como um
todo estava dedicado a um deus-padroeiro da cidade. O verdadeiro templo
erguia-se num aterro perto da torre. Neste aterro encontravam-se também
santuários e capelas dedicadas a divindades menores. Os sacrifícios eram
oferecidos em salas especiais. Toda esta parte da cidade era uma fortaleza,
separada do resto da cidade por uma muralha.
O culto babilônico era místico e se baseava na
astrologia e na adivinhação. O santuário situado no cume da torre servia assim,
além de habitação do deus da cidade, como observatório para estudos
astronômicos e astrológicos. Os sacerdotes eram considerados representantes dos
deuses.
O grande templo de Marduque; situado em Babilônia,
foi reconstruído por Nabucodonosor com a sua grande torre, ao norte. Esta torre
marca o local da torre de Babel, que abrangia uma área de 10.000 metros
quadrados.
Os acontecimentos de Babel ocorreram a uns 5.000 anos
atrás. Os arqueólogos descobriram “registros de linguagem escrita” Na Baixa
Mesopotâmia, a região da antiga Sinear.
Existe forte indicio de que os habitantes de
Sinear, antes da construção da Torre de Babel, só se comunicavam
telepaticamente. A partir da confusão de comunicação entre eles é que surgiram
os idiomas, a oralidade e a escrita.
Efeitos Colaterais da
Torre de Babel:
->O
propósito religioso das grandes torres-templo os zigurates da antiga Suméria
no sul do Iraque moderno. Estes templos enormes, quadrados e com escadas
eram vistos como portões para os deuses virem à terra, escadas literais para o
céu. "Alcançando o céu" é uma inscrição comum nas torres-templo. Os
zigurates as maiores estruturas religiosas e o seu uso remonta aos princípios
da História.
->Uma linguagem única original, a Língua
adâmica. Uma única língua ancestral. Espalhou-se pela Terra a partir do Sinar após o abandono da Torre, uma
diversidade cultural. A tradição de que Deus derrubou a torre com um grande
vento.
->No
Oriente, o templo indiano possui também uma torre sobre a ala principal, para
colocação da representação da divindade em pé. Esta torre, denominada "Sikhara", pode ser circular,
quadrangular ou octogonal e pode mesmo ser substituída por uma cúpula achatada,
caso a divindade no seu interior seja representada na posição sentada (de
Ioga). Na mesma região pode citar-se ainda a stupa, edificação também com fins
religiosos, composta por diversos níveis e que reduz a sua largura
progressivamente em direção ao topo.
->Na China e no Japão, destacam-se o pagode,
edificação religiosa composta por diversos níveis em altura (em número ímpar),
em que se sobrepõem vários telhados de beirais curvos e prolongados que
retrocedem em largura até ao topo. A planta é de forma variável (quadrangular
ou poligonal) e a estrutura pode ser construída em madeira ou mármore com
decorações escultóricas e sinetas.
->Em
termos de arquitetura militar, edificavam-se torres integradas nas muralhas
defensivas ladeando as portas de acesso à povoação ou cidade e que, durante o
período grego, passam a ser dispostas a distâncias regulares entre si
apresentando uma planta circular ou semi-circular.
->Na
Europa ocidental, na Idade Média, a torre assume um papel arquitetônico de
extrema importância funcional e simbólica, as suas dimensões variam até à
monumentalidade. Podendo ter as funções de defesa e de simples vigia, ou
servirem de habitação. As torres passaram a fazer parte integrante dos castelos
distribuindo-se por pontos estratégicos ao longo das muralhas. No interior do
recinto situa-se a torre de menagem, habitação do senhor feudal, com planta
quadrangular, dividida internamente em vários pavimentos. Alguns castelos
possuem também uma torre forte que serve de atalaia.
->A torre
como elemento simbólico da independência administrativa, aplicando-a a palácios
comunais e câmaras municipais "torre comunal". Especial impacto a
norte da Europa, as instituições
governativas da cidade apresentam uma torre esguia de proporções exacerbadas em
comparação com os edifícios em que estão integradas.
->Torre militar tem proporcionado um recurso importante para o
estabelecimento de posições defensivas e para a obtenção de uma melhor
visualização das áreas ao redor.
->Torre
eclesiástica, um dos elementos principais da caracterização da arquitetura
religiosa em igrejas e catedrais.
->No estilo gótico, a torre ajuda ao
verticalismo acentuado da arquitetura gótica.
->Um tipo moderno de torre, o arranha-céu
economiza bastante espaço no terreno.
->Usando a
gravidade para mover objetos ou substâncias para baixo, a torre é usada para
armazenar itens ou líquidos na forma de silo ou uma caixa d'água.
->Torres
de faróis, torres de relógio, torres de sinal, antenas de rádio, torres de
telefonia, de energia elétrica, de apoio para pontes, torres de controle aéreo.
Obeliscos.
->A maioria dos dispendiosos edifícios de
igrejas que tem sido construídos através dos séculos tem como padrão uma torre.
Cada geração de construtores de igrejas tem copiado a geração anterior,
provavelmente jamais questionando a origem da ideia. Algumas torres tem custado
fortunas para construir. Isto não tem acrescentado qualquer valor espiritual.
->Surgimento
dos idiomas em todo o mundo.
->A soberba daqueles homens pagãos se voltou contra eles mesmos e se
desentenderam entre si, afastando-se uns dos outros e fracassando no seu
projeto. Não houve uma súbita multiplicação das muitas línguas, mas em
consequência da dispersão surgiram
lentamente as línguas diferentes.
->O episódio da
torre de Babel quer mostrar que o mal que foi gerado pelo pecado original,
consumado na morte de Abel, punido pelo dilúvio, vai-se alastrando cada vez
mais, o que faz constituir um povo à parte em Abraão (Gn 12) a fim de preparar
a salvação da humanidade perdida no pecado.
Simbolismo:
->As
torres simbolizam para as religiões e para os orientais o acesso ao céu, quanto
mais alta, mais próximo de Deus. Como se tivessem o poder de estabelecer a
ligação entre a Terra e o Céu.
->O obelisco estava associado com a adoração do
sol, um símbolo de "Baal". Os
antigos tendo rejeitado o conhecimento do verdadeiro Criador, vendo que o sol
dava vida as plantas e ao homem, olhavam para o sol como um deus, o grande
doador da vida. Para eles, o obelisco também tinha um significado sexual.
Sabendo que através da união sexual era produzida a vida. Para que os obeliscos tenham o simbolismo que pretendiam
para eles, foram colocados apontados para cima
eretos. Eles apontavam para cima na direção do sol. Como um símbolo do
falo.
->Céu não
é um espaço; é uma condição paradisíaca. Onde só habitam espíritos: Deus Pai,
Filho de Deus (Que se corporificou em Jesus, o Cristo: “Por isso, ao entrar no mundo, diz: Sacrifício e oferta não
quiseste; antes, um corpo me formaste” Hebreus 10:5), Divino Espírito Santo e
os Santos Anjos de Deus. Espírito não tem corpo, não tem massa e nem volume é
invisível e não ocupa espaço. Onde Deus estiver o espaço fica santo. (“E vendo
o Senhor que se virava para ver, bradou Deus a ele do meio da sarça, e disse:
Moisés, Moisés. Respondeu ele: Eis-me aqui. E disse: Não te chegues para cá;
tira os sapatos de teus pés; porque o lugar em que tu estás é terra santa.” Êxodo
3:4-6).
->Os antigos
babilônicos concebiam o mundo como uma alta montanha e achavam que os deuses
habitavam nos cumes dos montes; então colocavam no último patamar das torres a
morada dos deuses da cidade. Na Babilônia a torre mais famosa era a do deus
Marduque, chamada de “casa do fundamento do céu e da terra”.
->A torre
de Babel mostra um empreendimento pagão religioso, de homens que queriam criar
para si um nome famoso, que os mantivesse unidos, formando assim um poderoso
centro político e cultural, impregnado do culto de um ídolo. Queriam construir,
longe do Deus verdadeiro, um centro político e religioso que tivesse domínio
universal. O símbolo desse poderio seria a torre muito alta.
->As
línguas de Pentecostes mostram um homem de coração novo, e derruba as barreiras
antigas. reunindo todos novamente na Igreja, a família nova de Deus, como
irmãos unidos no mesmo ideal de amar e servir a Deus, longe de uma vida de
orgulho e soberba que divide e faz os homens não se entenderem nem mesmo na
língua.
Para refletir: Então disse o Senhor Deus: Eis que o homem é como um de nós,
sabendo o bem e o mal; ora, para que não estenda a sua mão, e tome também da
árvore da vida, e coma e viva eternamente. Gênesis
3:22.
E o Senhor
disse: Eis que o povo é um, e todos têm uma mesma língua; e isto é o que
começam a fazer; e agora, não haverá restrição para tudo o que eles intentarem
fazer. Gênesis 11:6.
Dá a entender
que o ser humano, foi criado perfeito; pois as obras de Deus são perfeitas. E
nesta condição de perfeição a sua capacidade era infinita. O que é perfeito não
tem limites. A desobediência do pecado tornou o homem: mortal, imperfeito,
impuro, injusto e inverídico.
“Tudo é
transformação, movimento e cíclico. Agora é a época das descobertas físicas,
energéticas, da cibernética, das ondas eletromagnéticas, da informática, da
internet e ciência se multiplicará. (EM).”
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