PRESERVAÇÃO
E-mail: ernidiomigliorini@gmail.com
Os problemas socioambientais afetam a todos. E levarão às empresas a
inovar conjuntamente, na busca para a solução da sua problemática. Nem sempre
investir em sustentabilidade dá lucro. Mas não é mais admissível pensar só em
resultados. A mudança de paradigma é uma questão de sobrevivência da espécie.
A Gestão
lida com pessoas, para obter ótimos resultados econômicos; mas não pode ignorar
o fato de que a confiança social está em colapso. Há pouca criatividade, no que
é sustentável. Não se é capaz de
solucionar os problemas ambientais só com tecnologia. É necessário um novo
modelo de estratégia corporativa, que proporcione criatividade,
sustentabilidade e, acima de tudo, sobrevivência. Com as
empresas perseguindo um propósito independente dos resultados. As empresas
precisam gerar bons resultados econômicos; ser uma empresa com propósito é ter
um negócio que gere influência positiva. É fazer a diferença sempre que puder e
até usar essa diferença para ampliar o negócio se isso for viável.
A competição deve obedecer a regras; não usar mão de obra infantil; não
dar propinas embora gere benefícios e outras práticas não aceitáveis. As
empresas precisam encontrar formas de criar valor social para o seu produto e
para a sua própria institucionalidade. Para se criar modelos de negócio mais sustentáveis e
lucrativos, precisa-se de criatividade, de pensar nos problemas de maneiras
diferentes. Usar os recursos de modo mais eficiente e mudar a direção.
É
fundamental entender que ser sustentável é ser eficiente, é usar os recursos como
energia elétrica, água, matérias-primas de maneira mais eficaz. Um contexto de recessão pode ser uma ótima oportunidade para
repensar isso detalhadamente. Usar os recursos de maneira mais eficaz gera
maior lucratividade. Todo mundo está ocupado com outras coisas, perdendo
oportunidades de se diferenciar de seus concorrentes; porque há uma nova pressão
dos consumidores no sentido de produtos e serviços que contemplem às
preocupações sociais e ambientais. E essa pressão vai se acelerar. Com os
consumidores mais dispostos a adquirir produtos e serviços sustentáveis, A hostilidade
com quem não se importa com sustentabilidade vai aumentar.
Uma
empresa bem-sucedida mostrando que se importa com o meio ambiente em um lugar
bem resolvido. Onde têm água tratada, ambientes
de trabalho salubres; tem os consumidores querendo ter uma relação com esta
empresa e acham que ela está contribuindo para a sustentabilidade. Quando as organizações pesam custos e
benefícios de ser sustentáveis na balança, o prato dos benefícios parece mais
leve. Há um tipo de benefício que muitas se esquecem de pôr na balança:
a alegria dos colaboradores quando trabalham para fazer a diferença
socioambientalmente, e não só para deixar os acionistas mais ricos.
Existem causas que realmente motivam os
funcionários: empresas empreendedoras, nas quais
as pessoas fazem aquilo em que acreditam, com elevado grau de paixão e
comprometimento de seu pessoal, seu desempenho econômico é satisfatório. As oportunidades de negócios vêm da cadeia de
fornecimento e de ouvir o que o consumidor quer, em vez de fazer o que se acha
que ele quer. E isso vale para as oportunidades de ser mais sustentável também.
Há muita preocupação de que os empregos se
evaporem, com a tecnologia, ou com a redução da produção e do consumo, por não
haver preservação ambiental. Não precisa optar entre meio ambiente e
emprego; pode-se fazer os dois. É melhor ter esperanças, tentar algo novo e ver
no que isso vai dar do que nos fecharmos e ficarmos lamentando. Estabelecer um
cenário de esperança e ela pode ser refeita da seguinte maneira: sair de uma
situação em que só pensamos em nós mesmos para outra em que agimos como
comunidade.
Todos nós precisamos enxergar os problemas
ambientais como uma preocupação individual e coletiva. Pensar na necessidade de
investir em novas matrizes energéticas ou no problema da limitação da água, investimentos-chave
para o futuro, que podem gerar empregos e, consequentemente, os consumidores
com poder de compra. Essa é a transição que precisamos fazer. Isso requer mudar o pensamento-base da
competição. Não pensar nas empresas apenas como competitivas. Para
prosperar, com regras, solidariamente com os interesses preservacionais da
espécie. Se elas começam a competir de qualquer jeito, destroem as estruturas
que lhes permitem ser boas organizações e acabam destruindo a sociedade de que
fazem parte. A competição, utilizada com sabedoria, é uma fonte enorme de
inovação e crescimento. Tudo deve ser feito com uma noção de equilíbrio,
pensando histórica-filosofia e sociologicamente.
O desafio das empresas de todos os
portes e como podem fazer a diferença em prol
da sustentabilidade sem se transformar em organizações sem fins lucrativos. É
submeter as principais decisões estratégicas a uma matriz que cruza tempo e pessoas,
para criar valor social. Hoje as decisões se concentram no quadrante que reúne
“eu + agora”. Os gestores precisam fazer com que essas decisões migrem, cada
vez mais, para quadrantes que envolvam “nós” e “mais tarde”,
colocando a maior parte possível delas no quadrante que soma “nós + mais
tarde”. A outra parte é obedecer a regras para competir, seguindo o
lema: gerar lucro decente de maneira decente.
“O emprego
é uma das três mais importantes fontes de felicidade das pessoas; e os
microempreendimentos são relevantes para a criação de empregos. (EM).”
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