CENÁRIO
MUNDIAL
O mundo
está instabilizado. Os fundamentos que norteavam as ações internas e externas
das nações estão abalados, perdendo a unicidade dos componentes das suas
estruturas concepcionais, vendo perecer o seu carisma, perdendo espaço
filosófico e ideológico, enfim à beira de um caos anárquico.
A ordem está ultra fragilizada; o sistema de
liberdade de fazer, ter, conservar, progredir, acumular, circular, manifestar-se,
conquanto tudo se contenha num conceito ético e moral, está ameaçado.
Desenha-se no ar, uma era pós-ocidental. Convém ter
em mente os benefícios advindos do Ocidente para todo o planeta, em todos os
campos, especialmente no âmbito da ciência, das artes, da educação, da cultura
e da saúde.
Os riscos são abrangentes e atentam contra a ordem,
contra a verdade. Apontam para um vácuo de poder, uma escalada militar,
insegurança internacional e abalo dos pilares sustentáculos de instituições,
padrões, valores e princípios.
A multi lateralidade, a
negociação, a formação de blocos de interesse comum, a flexibilização de
fronteiras, estão passando por um processo de pouca colaboração, gerando
divergência em prejuízo da convergência de boas relações internacionais.
Uma retórica populista, licenciosa de querer ter,
sem contribuir para construir as fontes de recursos, permanecendo na ociosidade
e clamando por assistencialismo e paternalismo.
Expressões
e intenções de lançar o conceito de que nada é verdade e tudo é
possível. A desinformação e a sua
capacidade de influenciar as estruturas políticas e minar as narrativas dos
meios de comunicação tradicionais, como um fenômeno pós-verdade. Esta
situação tem claras repercussões sobre a confiança dos cidadãos nos políticos
e continua se deteriorando, criando um círculo vicioso que ameaça à democracia.
O terrorismo inflado por motivação religiosa é um
fenômeno agravante da instabilização mundial. Manifesta-se no Oriente e no
Ocidente, criando um clima de tensão permanente e incerteza sobre o próximo
alvo.
A problemática política está repercutindo
profundamente na economia mundial, gerando além da sua efetiva realidade
crítica, o comportamento de não dispender e não investir, até que o quadro
melhore. Os governos e as autoridades estão cada vez mais impotentes para
lidarem com a imensidão de problemas de cada país e, em contrapartida aumenta a
insatisfação popular; que tende para o assistencialismo e paternalismo de um
lado e, pela quebra da ordem pública, violência desenfreada, exceção
comportamental, modismo vulgar, ridículo, involução de padrões estéticos, de
outro lado.
É inevitável e absolutamente necessário o levante
de uma nova era. Com novos e eficazes paradigmas para todos os setores,
restabelecendo a qualidade de tudo; para que haja o domínio da lógica, do
adequado, do eficaz com moral, ética, bons costumes, com a finalidade e
objetivo de tudo, sempre preservando o equilíbrio, o bem estar social. A
atividade econômica como um meio de suprimento de recursos necessários e
utilidade prática na existência das pessoas. Uma educação que contemple o
cognitivo, mas ao mesmo tempo, contribua para a construção de uma cidadania
consciente e sadia, com respeito à dignidade pessoal e às instituições. Mesmo
que as atividades sejam mercantis, econômicas, financeiras, negociais,
produtivas de bens duráveis e de consumo, que decorra preservando valores,
princípios, virtudes e espiritualidade. Afinal, o agente operacional e
funcional, nunca deixa de ser a sua essência: um ser humano sujeito à normas
sociais, morais e transcendentais. Só assim, teremos, de fato, um mundo melhor
e vivível!
O mundo só vai
ficar estável, previsível e sustentável; se cada indivíduo, independente de
qualquer norma, coerção, ou monitoramento; agir espontaneamente e
responsavelmente, sempre de maneira solidariamente correta, pensando na construção
e manutenção do bem comum, o grande tesouro almejado por todos.
“Dia virá em que
cada cidadão será governado pela sua própria sã consciência e bom senso. Então
a harmonia residirá aqui e atrairá magneticamente a felicidade. (EM).”
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